Tópicos O Desenvolvimento Cognitivo na Adolescência

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O Desenvolvimento Cognitivo na Adolescência 
 
O pensamento do Adolescente 
Uma nova qualidade de mente. 
Características do pensamento: 
Sistemático 
Lógico 
Hipotético 
Emergência das novas capacidades: 
Surge da combinação das mudanças biopsicossocial: 
Capacidade de reprodução 
Mudanças nas relações sociais 
Novo status social 
Novas responsabilidades 
Pesquisas sobre a maneira de pensar do adolescente 
Ênfase nas diferenças entre o pensar infantil e na adolescência 
Raciocinar hipoteticamente 
Maior probabilidade de se engajarem em uma maneira de pensar que exija que eles produzam 
e testem mentalmente hipóteses 
Crianças tendem a tomar decisões sem contemplar hipóteses. 
Metapensamento: O pensar sobre a maneira de pensar 
Capacidade de monitorar, avaliar e modificar suas estratégias de encontrar as respostas e de 
descrever esse processo. 
 Habilidade atribuir pensamentos e intenções a outras pessoas ou entidades 
Planejar o futuro 
Fazem com maior frequência e sistematização que crianças menores 
Pensar além dos limites convencionais 
Repensam questões fundamentais das relações sociais, moralidade, política e religião. 
Vinculação desse aspecto com o idealismo da juventude 
Operações formais 
Estágio do desenvolvimento cognitivo postulado por Piaget 
Aconteceria entre 12 e 19 anos de idade 
"O pensamento característico dessa etapa se refere ao modo abstrato, flexível e complexo, 
pelo qual as ideias, os objetos e as situações são analisadas e compreendidas." (Sprinthall & 
Collins, 2003) 
Utiliza simultaneamente um grande número de aspectos na resolução de problemas de forma 
sistemática. 
Relembrando 
0 a 2 anos: Estágio sensório-motor 
2 a 6 anos: Estágio pré-operatório 
6 a 12 anos: Estágio Operatório concreto 
Exemplo: 
 
 
Variação no desenvolvimento de operações formais 
Grande variabilidade em quando, e sob quais circunstâncias, esse pensamento é exibido. 
Influência de treinos e trocas sobre sistemas lógicos e dedutivos. 
Diferenças de gênero? 
Diferenças entre culturas? 
Tomada de decisão 
A tomada de decisões tende a crescer e se incrementar nessa fase da vida 
Como o processo de tomada de decisão se desenvolve ao longo do tempo? 
Estudo de Weithorn e Campbell (1982): 
Pag. 110 
4 grupos: 9; 14; 18 e 21 anos 
Apresentação de um caso e a decisão seria sobre o tratamento médico. 
Entrevistas sobre quais seriam suas reações frente a situação apresentada 
Resultados: 
Jovens de 14 anos obtiveram uma compreensão equivalente aos mais velhos 
Os de 9 anos consideravam menos fatores na tomada de decisão 
Estudo de Lewis (1981) 
Respostas espontâneas dadas a questões sobre que tipo de conselhos adolescentes dariam a 
indivíduos da mesma idade que estivessem enfrentando uma decisão difícil. 
Conclusão: Aos 16 anos ainda não se possui capacidades suficientes para a tomada de decisão 
Abordagens alternativas 
Neopiagetianos: Mudanças na capacidade da memória: pensamento sistemático e mais 
complexo. 
Abordagens do processamento de Informação: Expansão da base de conhecimento e 
estratégias de resolução de problemas 
Perspectiva culturalista: Ênfase na importância do contexto cultual: prática em certos domínios 
leva ao pensamento sistemático 
Julgamento Moral - Teoria de Kohlberg 
Baseado no desenvolvimento cognitivo 
Dilema de Heinz 
Três níveis de desenvolvimento moral 
Moralidade pré-convencional 
Aprox. até 6 a 10 anos 
Dualidade: certo e errado, bom e mau. 
Reduz-se a um conjunto de normas externas 
Obedece-se para evitar o castigo, a punição, ou para satisfazer desejos e interesses 
estritamente individualistas. 
Exemplos de resposta: 
A favor: "Ele deveria roubar o remédio, não é errado, porque primeiro ele quis pagar. O 
remédio valia somente 200 dólares" 
Contra: "Ele não deveria roubar o remédio, é crime. Ele não tinha permissão, usou a força, 
invadiu e entrou. Ele causou muitos danos e roubou um remédio muito caro” 
Moralidade Convencional 
Aprox. entre 10 e 13 anos 
Conformidade às normas sociais e morais vigentes. 
Busca-se seguir o socialmente aceito e compartilhado pela maioria. 
Tendência a agir de modo a ser bem visto aos olhos dos outros, para merecer estima, respeito 
e consideração. 
Exemplo: 
A favor: "Ele deveria roubar o remédio. Só está fazendo que é natural para o marido fazer, não 
se pode culpá-lo por fazer algo por amor à esposa. Seria culpado se não amasse a esposa o 
suficiente para salvá-la" OU 
"Se não roubar, sua mulher vai morrer e a responsabilidade será sua" 
Contra: "Não deveria roubar, é sempre errado roubar, se ela morrer a culpa é do farmacêutico, 
que é cruel e egoísta" 
Moralidade pós-convencional 
Início: começo da adolescência ou no começo da vida adulta 
Reconhecimento de conflitos entre padrões morais e fazem seus próprios julgamentos com 
base princípios éticos universais, tais como o direito à vida, à liberdade e à justiça. 
Normas sociais são relativizadas. 
Exemplos 
A favor: "A lei não foi criada para essas circunstâncias, levar o remédio nessa situação não é 
certo, mas é justificável." 
Contra: "Não se pode culpar totalmente a pessoa por roubar, mesmo em situações extremas, 
não se justifica fazer justiça com as próprias mãos. O objetivo pode ser bom, mas não justifica 
os meios."