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Eletrônica Digital

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Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Eletromecânica
Eletrônica Digital
Governador
Vice Governador
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Cid Ferreira Gomes
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Andréa Araújo Rocha
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Eletromecânica – Eletronica Digital 1 
 
Índice 
 
Capitulo 1 – Funções Lógicas 2 
Capitulo 2 – Interligação entre expressões, Circuitos e Tabela Verdade 10 
Capitulo 3 – Circuitos Comerciais Básicos 16 
Capitulo 4 – Flip-Floap 21 
Capitulo 5 – Multivibradores 27 
Capitulo 6 – Registradores de Deslocamento 32 
Capitulo 7 – Contadores 35 
Capitulo 8 – Contadores Para Circuitos Temporizados 42 
Capitulo 9 – Experiências 44 
 
Bibliografia 49 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 2 
 
Capitulo 1 
 
Funções Lógicas 
 
Introdução 
No início da era eletrônica, todos os problemas eram resolvidos por sistemas analógicos, 
também conhecidos por sistemas lineares, onde uma quantidade é representada por um sinal 
elétrico proporcional ao valor da grandeza medida. As quantidades analógicas podem variar em 
uma faixa contínua de valores. 
Com o avanço da tecnologia, esses mesmos problemas começaram a ser solucionados 
através da eletrônica digital, onde uma quantidade é representada por um arranjo de símbolos 
chamados dígitos. Este ramo da eletrônica emprega em suas máquinas, tais como: 
computadores, calculadoras, sistemas de controle e automação, codificadores, 
decodificadores, entre outros, apenas um pequeno grupo de circuitos lógicos básicos (que 
realizam funções lógicas), que são conhecidos como portas OU, E, NÃO e flip-flop. 
Então, um circuito digital emprega um conjunto de funções lógicas, onde função é a 
relação existente entre as variável independente e a variável dependente (função) assim como 
aprendemos na matemática. Para cada valor possível da variável independente determina-se o 
valor da função. 
O conjunto de valores que uma variável pode assumir depende das restrições ou 
especificações do problema a ser resolvido. Esta variável é, normalmente, conhecida como 
variável independente. 
Para o momento, nosso interesse está no comportamento de um sistema lógico como o 
descrito por George Boole em meados do século passado. Nestes sistemas as variáveis 
independentes são conhecidas como variáveis lógicas e as funções, como funções lógicas 
(variável lógica dependente). As variáveis lógicas (dependentes ou independentes) possuem as 
seguintes características: 
- Pode assumir somente um de dois valores possíveis; 
- Os seus valores são expressos por afirmações declarativas, ou seja, cada valor está 
associado a um significado; 
- Os dois valores possíveis das variáveis são mutuamente exclusivos. 
Uma variável lógica A pode assumir um valor verdadeiro (A=V) ou o valor falso 
(A=F). Em geral, usa-se uma faixa de tensão em volts compatível com os circuitos digitais 
utilizados para representar o valor falso ou verdadeiro de uma variável lógica. 
Lógica Positiva: A tensão mais positiva representa o valor V (1) e a mais negativa o valor 
F(0). 
Lógica Negativa: O valor V é representado pela tensão mais negativa (1) e F pela tensão 
mais positiva (0). 
Lógica Mista: No mesmo sistema, usam-se as lógicas positiva e negativa. 
 
Funções Lógicas Básicas 
O passo seguinte na evolução dos sistemas digitais foi a implementação dos sistemas 
lógicos (funções lógicas Booleanas), utilizando-se dispositivos eletrônicos (circuitos digitais), 
obtendo-se assim, rapidez na solução dos problemas (descritos pela álgebra de Boole). Nos 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 3 
 
circuitos digitais tem-se somente dois níveis de tensão, que apresentam correspondência com 
os possíveis valores das variáveis lógicas. Exemplo: lógica TTL (“Transistor Transistor Logic”) 
Lógica Positiva: 0 V → 0 lógico +5 V → 1 lógico. 
Um sistema lógico pode ser implementado utilizando-se funções lógicas básicas. Pode-
se citar: NÃO (NOT), E (AND), OU (OR), NÃO-E (NAND), NÃO-OU (NOR), OU EXCLUSIVO 
(XOR) e flip-flop. Vamos conhecê-las... 
 
Função Lógica NÃO (NOT) 
É normalmente denominado de inversor, pois se a entrada tem um valor a saída 
apresentará o outro valor possível. 
Símbolo: A Simbologia representa um conjunto de circuitos eletrônicos que implementa 
a função lógica correspondente. A Porta Lógica Inversora é representada pelo seguinte 
símbolo: 
 Y=Variável dependente 
A=Variável independente 
Tabela da Verdade: É uma tabela que mostra todas as possíveis combinações de 
entrada e saída de um circuito lógico. 
 (esta equação representa a função lógica correspondente) 
 
Função Lógica E (AND) 
A função lógica “AND” de duas entradas realiza a seguinte operação de dependência. 
Y = f(A,B) = A.B = B.A (produto lógico) 
 
Símbolo: 
 
Tabela da Verdade: 
A B Y 
0 0 0 
0 1 0 
1 0 0 
1 1 1 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 4 
 
 
Exemplo: 
 
 Convenção: 
CH A aberta = 0 
CH A fechada = 1 
CH B aberta = 0 
CH B fechada = 1 
Lâmpada apagada = 0 
Lâmpada acesa = 1 
 
Se analisarmos todas as situações possíveis das chaves verifica-se que a lâmpada 
acende somente quando as chaves A e B estiverem fechadas (assume 1 somente quando 
todas as entrada forem 1). 
 
Função lógica AND com mais de duas variáveis de entrada. 
Y = A.B.C = B.A.C = C.A.B = (A.B).C = A.(B.C) 
 Comutatividade Associatividade (propriedades aritméticas...) 
 
Símbolo representativo: 
 
 
Tabela da Verdade 
(3 var. → 2
3
 combinações) 
A B C Y 
0 0 0 0 
0 0 1 0 
0 1 0 0 
0 1 1 0 
1 0 0 0 
1 0 1 0 
1 1 0 0 
1 1 1 1 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 5 
 
Se tivermos N entradas teremos: 
 
A tabela da verdade terá 2N combinações na entrada e Y será 1 somente quando todas 
as entradas forem 1. 
 
Função Lógica OU (OR) 
A função lógica OR de duas variáveis realiza a seguinte operação de dependência: 
Y = f(A,B) = A+B (soma lógica) 
Símbolo: 
 
Tabela da Verdade: 
A B Y 
0 0 0 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 1 
 
Exemplo: 
 
Utiliza-se as mesmas convenções adotadas para a porta AND. Ao analisar-se todas as 
situações que as chaves podem assumir verifica-se que a lâmpada acende quando CH A OU 
CH B OU ambas estiverem ligadas (a saída assume 0 somente quando todas as entradas 
forem 0). 
 
Função lógica OR de mais de duas variáveis de entrada 
Y = A+B+C = C+B+A = B+C+A = A+(B+C) = (A+B)+C 
Comutatividade Associatividade 
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Símbolo: 
 
 
 Tabela da Verdade: 
A B C Y 
0 0 0 0 
0 0 1 1 
0 1 0 1 
0 1 1 1 
1 0 0 1 
1 0 1 1 
1 1 0 1 
1 1 1 1 
 
Se tivermos N entradas,teremos: 
 
 
Função Lógica NÃO E (NAND) 
Como o próprio nome diz esta função é uma combinação das funções AND e 
INVERSOR, onde é realizada a função E invertida. 
Y = f(A,B) = 
 
Tabela da Verdade: 
A B Y 
0 0 1 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
Símbolo: 
 
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Função Lógica NÃO OU (NOR) 
Como o próprio nome diz esta função é uma combinação das funções OR e 
INVERSOR, onde é realizada a função OU invertida. 
Y = f(A,B) = 
Tabela da Verdade: 
A B Y 
0 0 1 
0 1 0 
1 0 0 
1 1 0 
Símbolo: 
 
 
Exercícios: 
1. Representar portas NOR e NAND com mais de duas entradas (símbolo, função e 
tabela da verdade). 
2. Pesquisar sobre a porta OU-EXCLUSIVO. 
3. Pesquisar sobre a porta COINCIDÊNCIA. 
 
Tabela resumo das Portas (blocos) lógicas básicas: 
 
BLOCOS LOGICOS BÁSICOS 
PORTA Símbolo Usual Tabela da 
Verdade 
Função Lógica Expressão 
 
E 
 
END 
 
 
 
A B S 
0 0 0 
0 1 0 
1 0 0 
1 1 1 
Função E: 
Assume 1, 
quando todas as 
variáveis forem 1 
e 0 nos outros 
casos 
 
 
S= A.B 
 
OU 
 
OR 
 
 
 
A B S 
0 0 1 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
Função E: 
Assume 0, 
quando todas as 
variáveis forem 0 
e 1 nos outros 
casos 
 
 
S=A+B 
NÃO 
 
NOT 
 
 
 
A S 
0 1 
1 0 
Função NÃO: 
Inverte a variável 
Aplicada a sua 
entrada 
 
 
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NE 
 
NAND 
 
 
A B S 
0 0 1 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
 
Função NE: 
Inverso da função 
E 
 
 
 
NOU 
 
NOR 
 
A B S 
0 0 1 
0 1 0 
1 0 0 
1 1 0 
 
Função NOU: 
Inverso da Função 
OU 
 
 
 
 
OU 
exclusivo 
 
 
 
 
A B S 
0 0 0 
0 1 1 
1 0 1 
1 1 0 
Função OU 
exclusivo: 
Assume 1 quando 
as variáveis 
assumirem 
valores diferentes 
entre si 
 
 
 
 
 
Coincidência 
 
 
 
 
A B S 
0 0 1 
0 1 0 
1 0 0 
1 1 1 
Função 
Coincidência ou 
Bicondicional: 
Assume 1 quando 
houver 
coincidência entre 
os valores das 
variáveis 
 
 
 
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Capitulo 2 
 
Interligação entre Expressões, Circuitos e Tabela da Verdade 
Todo circuito lógico, por mais complexo que seja, é formado pela combinação de portas 
lógicas básicas. 
 
Expressões Booleanas Obtidas de Circuitos Lógicos 
Todo o circuito lógico executa uma função booleana e, por mais complexo que seja, é 
formado pela interligação das portas lógicas básicas. Assim, pode-se obter a expressão 
booleana que é executada por um circuito lógico qualquer. 
Para exemplificar, será obtida a expressão que o circuito da abaixo executa. 
 
 
 
Para facilitar, analisa-se cada porta lógica separadamente, observando a expressão 
booleana que cada uma realiza, conforme ilustra o exemplo da Fig. 2.17. 
O exemplo da figura a seguir visa evidenciar um símbolo de negação muito utilizado 
e que muitas vezes é esquecido e não considerado. Ele pode ser utilizado na saída de uma 
porta lógica (o-----), como na porta NÃO E abaixo, e na entrada de algumas portas, como será 
visto mais adiante (-----o). 
 
 
Circuitos Lógicos Obtidos de Expressões Booleanas 
Será visto neste tópico que é possível desenhar um circuito lógico que executa uma 
função booleana qualquer, ou seja, pode-se desenhar um circuito a partir de sua expressão 
característica. 
O método para a resolução consiste em se identificar as portas lógicas na expressão e 
desenhá-las com as respectivas ligações, a partir das variáveis de entrada. Deve-se sempre 
respeitar a hierarquia das funções da aritmética elementar, ou seja, a solução inicia-se 
primeiramente pelos parênteses. 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 10 
 
Para exemplificar, será obtido o circuito que executa a expressão S=(A+B).C.(B+D). 
Para o primeiro parêntese tem-se uma soma booleana A+B, logo o circuito que o executa será 
uma porta OU. Para o segundo, tem-se outra soma booleana B+D, logo o circuito será uma 
porta OU. Posteriormente tem-se a multiplicação booleana de dois parênteses juntamente com 
a variável C, sendo o circuito que executa esta multiplicação uma porta E. Para finalizar, unem-
se as respectivas ligações obtendo o circuito completo. 
 
Primeiro Passo Segundo Passo Terceiro Passo 
 
 
 
 
 
 
Exercícios. 
Esboce os circuitos obtidos a partir das seguintes expressões: 
1. S = 
2. S = (A + B +C ) . 
3. S = . C.(A +C ). 
4. S = + (B .D.(A + (B .D))) 
 
Tabelas da Verdade obtidas de Expressões Booleanas 
Uma maneira de se fazer o estudo de uma função booleana é a utilização da tabela da 
verdade. Para extrair a tabela da verdade de uma expressão deve-se seguir alguns 
procedimentos: 
1º) Montar o quadro de possibilidades; 
2º) Montar colunas para os vários membros da equação; 
3º) Preencher estas colunas com os seus resultados; 
4º) Montar uma coluna para o resultado final e 
5º) Preencher esta coluna com os resultados finais. 
 
Para exemplificar este processo, utiliza-se a expressão: 
 
A expressão contém 4 variáveis: A, B, C e D, logo, existem 24=16 possibilidades de 
combinação de entrada. Desta forma, monta-se o quadro de possibilidades com 4 variáveis de 
entrada, três colunas auxiliares, sendo uma para cada membro da expressão, e uma coluna 
para o resultado final. 
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Variáveis de Entrada 
1º 
Membro 
2º 
Membro 
3º 
Membro 
Resultado 
Final 
A B C D A.B.C A.D A.B.D 
0 0 0 0 0 0 0 0 
0 0 0 1 0 0 0 0 
0 0 1 0 0 0 0 0 
0 0 1 1 0 0 0 0 
0 1 0 0 0 0 0 0 
0 1 0 1 0 0 1 1 
0 1 1 0 0 0 0 0 
0 1 1 1 0 0 1 1 
1 0 0 0 0 1 0 1 
1 0 0 1 0 0 0 0 
1 0 1 0 1 1 0 1 
1 0 1 1 1 0 0 1 
1 1 0 0 0 1 0 1 
1 1 0 1 0 0 0 0 
1 1 1 0 0 1 0 1 
1 1 1 1 0 0 0 0 
 
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas da Verdade 
Neste item, será estudada a forma de obter expressões e circuitos a partir de tabelas da 
verdade, sendo este o caso mais comum de projetos práticos, pois, geralmente, necessita-se 
representar situações através de tabelas da verdade e a partir destas, obter a expressão 
booleana e consequentemente, o circuito lógico. 
Para demonstrar este procedimento, será obtida a expressão da seguinte tabela: 
A B C S 
0 0 0 0 
0 0 1 0 
0 1 0 0 
0 1 1 1(a) 
1 0 0 0 
1 0 1 1(b) 
1 1 0 1(c) 
1 1 1 1(d) 
 
Na tabela, analisa-se onde S=1 e monta-se a expressão adequada. 
 Em (a). S=1 se S= 
 Em (b) S= 1 se S= 
 Em (c) S= 1 se S= 
 Em (d) S=1 se S= 
 
Para se obter a expressão basta realizar a soma booleana de cada termo acima: 
 
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Nota-se que o métodopermite obter, de qualquer tabela, uma expressão padrão 
formada sempre pela soma de produtos. Utilizando a álgebra de Boole e também mapas de 
Karnaught é possível realizar a simplificação de expressões de funções lógicas, possibilitando 
a obtenção de circuitos reduzidos e portanto mais baratos. Estas técnicas não fazem parte de 
nosso objetivo, mas é interessante conhecê-las através de uma bibliografia adicional. 
 
Equivalência Entre Blocos Lógicos 
As portas lógicas podem ser montadas de forma que possam realizar as mesmas 
tarefas, ou seja, ter as saídas funcionando de maneira igual a uma outra já conhecida. Estas 
equivalências são muito importantes na prática, ou seja, na montagem de sistemas digitais, 
pois possibilitam maior otimização na utilização dose circuitos integrados comerciais, 
assegurando principalmente a redução de componentes e a consequente minimização do custo 
do sistema. 
Bloco Lógico Bloco Equivalente 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os Blocos lógicos e expressões podem ser verificadas utilizando-se a tabela da 
verdade. 
 
Exercícios de Fixação 
Determine as expressões das funções lógicas dos circuitos abaixo: 
a) 
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b) 
c) 
d) 
 
2) Desenhe o circuito que executa as seguintes expressões: 
a) 
b) 
c) 
 
3) Levante a tabela verdade das seguintes expressões: 
a) 
b) 
4 ) Escreva a expressão característica do circuito abaixo e levante respectiva tabela verdade: 
 
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5 )Determine a expressão booleana a partir das seguintes tabelas: 
a) Tabela 1 
 
b) Tabela 2 
 
6 ) Desenhe o sinal de saída do circuito abaixo: 
 
7 ) Mostre que o circuito abaixo é um OU exclusivo: 
 
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8 ) Mostre que o circuito é um circuito Coincidência: 
 
9 ) Prove que: 
 
10 ) Levante a tabela verdade e esquematize o circuito que executa a seguinte expressão: 
 
11 ) Esquematize o circuito coincidência usando apenas porta NOU 
12 ) Esquematize o circuito OU exclusivo utilizando somente 4 portas NE 
13 ) Esquematize o circuito coincidência utilizando apenas 4 portas NOU 
14 ) Levantar a Tabela verdade e a partir desta, desenhe o circuito somente com portas NE 
 
 
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Capitulo 3 
 
Circuitos Comerciais Básicos 
Sabe-se que todos os circuitos digitais, por mais complexos que sejam, são obtidos 
através de portas lógicas. As portas lógicas, por sua vez, não são encontradas comercialmente 
de uma forma discreta (como os resistores) e sim encapsuladas em Circuitos Integrado – CI´S, 
que serão melhor explorados nas aulas de Instrumentação. 
TODO circuito integrado possui um conjunto de contatos externos, denominados “pinos” 
(leads ou ainda, terminais), cada qual com sua função específica. São numerados a partir do 
número “1” no sentido anti-horário. O pino “1” é identificado olhando-se o CI pela parte superior, 
conforme mostra a Figura 1.TODO circuito integrado possui um manual no qual a função de 
cada um de seus pinos está descrita. Os CI´s que implementam funções lógicas podem possuir 
uma ou mais portas, geralmente todas de uma mesma função. 
 
 
 
Figura 1 - Vista superior, em diferentes posições, da pinagem de um CI e suas 
diferentes formas de indicação. a) CI de 20 pinos com pino “1” identificado por “chanfro”; b) CI 
de 16 pinos orientado em outra direção; c) CI de 24 pinos com “traço” de identificação do pino 
“1” (repare que a contagem dos pinos continua sendo realizada no sentido anti-horário); d) CI 
de 14 pinos com pino “1” identificado por um “ponto”; 
Deve-se tomar todo o cuidado possível no manuseio de circuitos integrados, pois os 
mesmos podem vir a ser facilmente danificados através das DESCARGAS ELETROSTÁTICAS 
ACUMULADAS quando tocamos seus terminais. Portanto, jamais deve-se tocar os pinos de um 
CI, ou as pistas de uma placa de circuito impresso sem a proteção adequada para o desvio 
destas descargas. 
Abaixo vocês podem observar algum CI´s comercialmente disponíveis. Identifique qual a 
função desempenhada por cada CI. 
 
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Exercício: 
Considerando os CIs comerciais vistos no item anterior, realize o projeto (o diagrama 
com os CIs utilizados) e obtenha a expressão e tabela verdade para o circuito digital abaixo: 
 
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Exercícios Desafio: 
1) A tabela verdade de um subtrator de 1 bit é indicada abaixo: 
 A B D BL 
0 0 0 0 
0 1 1 1 
1 0 1 0 
1 1 0 0 
 
A e B são os bits a serem subtraídos, D é a diferença entre eles e BL indica o Borrow (o 
“vem 1”, análogo ao carry do somador). Projete um circuito para executar a diferença entre as 
entradas A e B e descreva sua função lógica. 
 
2) Considere o circuito abaixo. Desenhe a forma de onda das saídas do circuito para as 
entradas indicadas no diagrama de sinal abaixo. Considere um delay de 5 unidades de tempo 
para cada gate (PORTA) básico (observe o delay do XNOR – toda a porta possui algum...) 
 
 
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3) Considere o circuito abaixo. No tempo t0 a chave é fechada e no tempo t1, aberta. 
Desenhe a forma de onda dos pontos internos B e C e da saída do circuito. Assuma que o 
delay de cada gate é de uma unidade de tempo. 
 
 
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Capitulo 4 
 
Flip-Flops 
 
Características 
 A saída depende do valor das entradas e/ou dos estados armazenados; 
 Operam sob o comando de pulsos de clock; 
 Possuem 2 estados estáveis e complementares (Q e ); 
 Mantém armazenado (memorizado) o valor na saída até ser ativado, podendo mudar seu 
estado em função dos valores na entrada. 
 
 
Flip-flop RS Básico 
 
S R QA QF 
0 0 0 0 - estável QA 
0 0 1 1 - estável 
0 1 0 0 - estável 0 
0 1 1 0 - instável 
1 0 0 1 - instável 1 
1 0 1 1 - estável 
1 1 0 1 - instável (não permitido) 
1 1 1 1 - instável (não permitido) 
 
S R QF 
0 0 QA 
0 1 0 
1 0 1 
1 1 não perm. 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 22 
 
Flip-flop RS comandado por pulso de clock 
 
 
Para Clock = 0 ? a saída Q do flip-flop mantém seu estado armazenado; 
Para Clock = 1 ? o flip-flop responde conforme os níveis lógicos das entradas. 
 
O latch responde em nível (0 ou 1) e o flip- flop responde em transição (subida ou 
descida). 
Se o circuito de controle detecta: - transição ? Clock (Ck) 
- nível ? Enable (En) 
 
 
Exemplo de Diagrama de Tempo de um Flip-flop RS ativado na subida do ClockEscola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
Eletromecânica – Eletronica Digital 23 
 
Flip-flop JK 
Objetivo: evitar a saída Q com situação não permitida. 
 
 
J K QA QA S R QF 
0 0 0 1 0 0 0 QA 
0 0 1 0 0 0 1 
0 1 0 1 0 0 0 0 
0 1 1 0 0 1 0 
1 0 0 1 1 0 1 1 
1 0 1 0 0 0 1 
1 1 0 1 1 0 1 QA 
1 1 1 0 0 1 0 
 
J K QF 
0 0 QA 
0 1 0 
1 0 1 
1 1 
 
Circuito análogo do Flip-flop JK (com portas lógicas Não-E) 
 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 24 
 
Característica inconveniente no funcionamento do circuito: 
 Para J e K = 1, ocorrem constantes oscilações (mudanças de estado) na saída Q, em 
função das duplas realimentações. 
 
Possíveis soluções: 
 Forçar o clock para zero num tempo conveniente após a aplicação dos níveis lógicos 
nas entradas J e K (deve levar em conta o atraso na propagação de cada porta lógica); 
 Inserir blocos (portas lógicas) de atraso em série com as linhas de realimentação e 
comutar a entrada clock da mesma forma. 
 
Flip-flop JK Mestre -Escravo 
Objetivo: evitar as constantes oscilações na saída Q quando as entradas J e K = 1. 
 
 
 
Sequência de funcionamento: 
 Para clock = 1: ocorre a passagem dos níveis lógicos J e K do Mestre; 
 não passagem de Q1 e Q1 , porque o clock do escravo é zero. 
 Para clock = 0: Q1 e Q1 estavam bloqueadas com o último estado assumido; 
 passagem das entradas R e S (escravo), mudando as saídas Q e Q. 
Conclusão: o circuito só reconhece as entradas J e K quando o clock passa de 1 para 
zero. 
 
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Flip-flop JK Mestre -Escravo com entradas Preset e Clear 
 
 
Clr Pr QF 
0 0 Não permitido 
0 1 0 
1 0 1 
1 1 Func. normal 
 
Flip-flop tipo T 
 
J K T QF T QF 
0 0 0 QA 0 QA 
0 1 1 
1 0 
1 1 1 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 26 
 
Flip-flop tipo D 
 
J K D QF D QF 
0 0 0 0 
0 1 0 0 1 1 
1 0 1 1 
1 1 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 27 
 
Capitulo 5 
 
Multivibradores 
Os multivibradores dividem-se em: monoestável, astável e biestável (flip- flop). 
 
Multivibrador monoestável 
É semelhante ao flip- flop, porém, é instável num de seus estados, voltando à 
configuração estável sem necessidade de sinal externo. A transição de instável para estável, 
produzindo um sinal de tempo determinado após o "trigger" externo, é usada para aplicações 
de circuito de atraso. 
 
 
 
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Multivibrador astável 
É um mero oscilador, apresentando instabilidade nos dois estados (Set e Reset). O 
tempo de oscilação é controlado pela escolha de R e C. 
 
O Circuito Integrado 555 
O CI 555 é classificado como integrado linear, funcionando com alimentação entre 4 e 
18 Volts, possui boa estabilidade e baixo custo. É utilizado frequentemente como temporizador 
(operação monoestável) ou oscilador (operação astável). É composto por dois comparadores 
de nível de tensão, um flip-flop, um transistor de descarga e um estágio de potência. Seus 
pinos têm as seguintes funções, destacadas na tabela abaixo. 
 
Pinos Funções 
1 - alimentação (terra) 
2 - entrada de disparo 
3 - saída dos sinais: pode fornecer até 200 mA 
4 - entrada de reciclagem: em nível baixo, bloqueia o funcionamento do integrado 
5 - tensão de controle: varia a frequência de saída, de acordo com a tensão a ele aplicada 
6 - sensor de nível 
7 - descarga 
8 - alimentação (+Vcc) 
 
Funcionamento 
Operação Monoestável 
Cada vez que se leva a massa à entrada de disparo, há o funcionamento como 
monoestável, gerando um pulso na saída, cuja duração depende de R e C, dada pela 
expressão: 
T = 1,1 . R . C 
O valor mínimo de R é 1 K? e o máximo não deve exceder 1 M? . O valor de C não tem 
limite. 
Porém, devido às correntes de fuga, convém não exceder 1.000 ? F. 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 29 
 
Operação Astável 
O CI age como oscilador, gerando ondas digitais em sua saída, cujo período depende de 
Ra, Rb e C. 
 
- Período em nível alto: Ta = 0,7 (Ra + Rb) . C 
- Período em nível baixo: Tb = 0,7 . Rb . C 
- Período total: T = 0,7 (Ra + 2.Rb) . C 
Quando se desejar períodos de alta e baixa exatamente iguais: T = 1,4 . R . C 
 
 
 
CI 555 em configuração monoestável. Ao se ligar à massa o pino 2, através de Ch1, 
ocorre a formação do pulso na saída, cuja duração depende dos valores de R e C. O pino 4 
deve estar ligado a Vcc para evitar disparos por ruídos espúrios. Costuma-se acoplar o pino 5 à 
massa, através de um capacitor de 10 nF, quando este pino não é usado para variar a tensão 
de referência nos comparadores. 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 30 
 
 
 
CI 555 em configuração astável (oscilador). O tempo de carga é dado por C e (Ra+Rb) e 
a descarga por C e Rb. 
 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 31 
 
Schmitt Trigger 
É também conhecido como disparador ou limitador Schmitt. Trata-se de um circuito 
biestável, cujo circuito possui a propriedade de mudar de estado segundo níveis bem definidos 
de tensão de entrada. Ou seja, a entrada só reconhece como nível lógico 1 uma tensão maior 
do que um valor especificado (tensão de transição positiva V+), e só reconhece como nível 
lógico 0 uma tensão menor do que um valor especificado (tensão de transição negativa V-). 
Os gráficos abaixo demonstram que o Schmitt Trigger possui a propriedade de quadrar 
ou retangular a forma de onda da tensão de entrada. Os valores típicos (TTL) são: V+ = 1,7 V e 
V- = 0,9 V. 
 
 
Exemplos de CIs Schmitt Trigger 
7414 e 40106 - 6 portas inversoras 
4093 - 4 portas Não-E de 2 entradas 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 32 
 
Capitulo 6 
 
Registradores de Deslocamento 
 
Introdução 
Informação paralela 
Todos os bits se apresentam simultaneamente. Necessita de tantos fios quantos forem 
os bits. Exemplo: impressora. 
 
Informação série 
Os bits vêm sequencialmente um após o outro. Necessita de apenas um fio. Exemplo: 
modem. 
 
Conversor série-paralelo 
 
 
Conversor paralelo-série 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 33 
 
Se Enable=0 ? Preset(PR) dos flip- flops são iguais a 1 e atuam no rmal; 
Se Enable=1 ? Preset(PR) dos flip-flops terão valores complementares às entradas PR3, 
PR2, PR1, PR0 e, portanto, as saídas assumirão os valores destes terminais. 
 
Exemplo: Se PR3 = 0 ? Pr=1 ? Q3 mantém seu estado; 
 Se PR3 = 1 ? Pr=0 ? Q3 = 1. 
 
Entrada paralela da informação: 
Se limparmos o registrador (Clear=0) eintroduzirmos a informação paralela através dos 
terminais PR, então, as saídas Q dos flip-flops assumirão estes valores. 
 
Saída série da informação: 
Para Clear=0, a cada descida do Clock, Q0 irá assumir os valores, sequencialmente, de 
Q0, Q1, Q2 e Q3. 
 
Registrador de Entrada Série e Saída Série 
Após a entrada da informação, inibe-se o clock. A informação permanece no Registrador 
até novo clock (funciona como memória). 
Entrada de informação série: através da entrada série; 
Saída da informação: em Q0 
 
Registrador de Entrada Paralela e Saída Paralela 
Entrada de informação: através dos terminais Preset e Clear; 
Saída da informação: inibindo o clock, as saídas são obtidas pelos terminais Q3, Q2, Q1 
e Q0. 
 
Registrador de Deslocamento usado como Divisor por 2 (shift right) 
 
 
Entra-se com zero na Entrada Série e, através do clock, desloca-se uma casa à direita. 
Exemplo: 1010(2) = 10(10) ? 0101(2) = 5(10) 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 34 
 
Registrador de Deslocamento usado como Multiplicador por 2 (shift left) 
 
Desloca-se uma casa à esquerda através do clock e força-se Q0 = 0. 
Exemplo: 0001(2) = 1(10) ? 0010(2) = 2(10) 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 35 
 
Capitulo 7 
 
Contadores 
 
Características 
 Variam os seus estados, sob comando de pulsos de clock, de acordo com uma 
sequência prédeterminada; 
 São usados para contagens, divisores de frequência, geradores de forma de onda, 
conversores analógico-digitais, etc; 
 Classificam-se em contadores: assíncronos e síncronos. 
 
Contadores Assíncronos 
 Não têm clocks comuns; 
 O clock é efetivado no primeiro flip- flop. O clock no flip- flop seguinte é obtido a partir da saída 
do flip- flop anterior. E assim, segue sucessivamente esta lógica para os demais flip-flops. 
 
Contador de Pulsos 
Apresenta na saída a sequência de contagem do código binário. 
 
 
 
Inicialmente, supõem-se as saídas zeradas. Aplica-se um pulso de clock no primeiro flip- 
flop, cuja mudança de estado na saída ocorrerá na descida do clock. O flip-flop seguinte 
mudará o nível lógico na saída sempre que ocorrer a mudança (descida do clock) de nível 
lógico no flip-flop anterior. O diagrama de tempo abaixo ilustra melhor a sequência de 
funcionamento do contador. Após o 160 pulso de clock, o contador irá reiniciar a contagem. 
Observa-se que este circuito possui também a característica de divisor de frequência. 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 36 
 
 
 
Contador Assíncrono de Décadas 
 
 
Para contar de 0 a 9: somente quando as saídas apresentarem Q3Q2Q1Q0 = 1010 (2) = 
10 (10) 
A lógica auxiliar (porta Não-E) zera todas as saídas e o contador reinicia a contagem. 
 
Contador Assíncrono Decrescente 
O circuito que efetua a contagem decrescente se diferencia da contagem crescente 
apenas pela forma de obtenção dos clocks dos flip- flops: a partir das saídas complementares. 
Um outro circuito com mesmo resultado pode ser obtido quando as saídas do contador são 
extraídas das saídas complementares dos flip- flops. O diagrama de tempo a seguir demonstra 
a sequência de contagem. 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 37 
 
 
 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 38 
 
 Contador Assíncrono Crescente e Decrescente 
Variável de controle: X = 1 ? contagem crescente 
 X = 0 ? contagem decrescente 
 
 
 
 Contadores Síncronos 
 Os clocks são simultâneos em todos os flip- flops; 
 Para haver mudança de estado lógico: estuda-se as entradas J e K dos flip-flops e 
obtém-se as saídas desejadas; 
 Escreve-se a tabela de transição analisando quais devem ser as entradas J e K dos flip-
flops, para que assumam o estado seguinte desejado. 
 
J K QF QA QF J K 
0 0 QA 0 0 0 X 
0 1 0 0 1 1 X 
1 0 1 1 0 X 1 
1 1 1 1 X 0 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 39 
 
Contador Síncrono Binário 
a) Estuda-se as entradas J e K que irão definir os estados lógicos nas saídas dos flip- flops. 
 
Q3 Q2 Q1 Q0 J3 K3 J2 K2 J1 K1 J0 K0 
0 0 0 0 0 X 0 X 0 X 1 X 
0 0 0 1 0 X 0 X 1 X X 1 
0 0 1 0 0 X 0 X X 0 1 X 
0 0 1 1 0 X 1 X X 1 X 1 
0 1 0 0 0 X X 0 0 X 1 X 
0 1 0 1 0 X X 0 1 X X 1 
0 1 1 0 0 X X 0 X 0 1 X 
0 1 1 1 1 X X 1 X 1 X 1 
1 0 0 0 X 0 0 X 0 X 1 X 
1 0 0 1 X 0 0 X 1 X X 1 
1 0 1 0 X 0 0 X X 0 1 X 
1 0 1 1 X 0 1 X X 1 X 1 
1 1 0 0 X 0 X 0 0 X 1 X 
1 1 0 1 X 0 X 0 1 X X 1 
1 1 1 0 X 0 X 0 X 0 1 X 
1 1 1 1 X 1 X 1 X 1 X 1 
 
b) Obtém-se as expressões simplificadas das entradas J e K dos flip-flops, utilizando-se os 
diagramas de Veitch-Karnaugh. 
J3 = Q2.Q1.Q0 K3 = Q2.Q1.Q0 
J2 = Q1.Q0 K2 = Q1.Q0 
J1 = Q0 K1 = Q0 
J0 = 1 K0 = 1 
c) Desenha-se o circuito do contador a partir das expressões obtidas. 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 40 
 
Contador Síncrono de Décadas 
Q3 Q2 Q1 Q0 J3 K3 J2 K2 J1 K1 J0 K0 
0 0 0 0 0 X 0 X 0 X 1 X 
0 0 0 1 0 X 0 X 1 X X 1 
0 0 1 0 0 X 0 X X 0 1 X 
0 0 1 1 0 X 1 X X 1 X 1 
0 1 0 0 0 X X 0 0 X 1 X 
0 1 0 1 0 X X 0 1 X X 1 
0 1 1 0 0 X X 0 X 0 1 X 
0 1 1 1 1 X X 1 X 1 X 1 
1 0 0 0 X 0 0 X 0 X 1 X 
1 0 0 1 X 1 0 X 0 X X 1 
 
J3 = Q2.Q1.Q0 K3 = Q0 
J2 = Q1.Q0 K2 = Q1.Q0 
J1 ? Q0. K1 = Q0 
J0 = 1 K0 = 1 
 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 41 
 
Contador Síncrono Crescente/Decrescente 
X Q2 Q1 Q0 J2 K2 J1 K1 J0 K0 
0 0 0 0 0 X 0 X 1 X 
0 0 0 1 0 X 1 X X 1 
0 0 1 0 0 X X 0 1 X 
0 0 1 1 1 X X 1 X 1 
0 1 0 0 X 0 0 X 1 X 
0 1 0 1 X 0 1 X X 1 
0 1 1 0 X 0 X 0 1 X 
0 1 1 1 X 1 X 1 X 1 
1 1 1 1 X 0 X 0 X 1 
1 1 1 0 X 0 X 1 1 X 
1 1 0 1 X 0 0 X X 1 
1 1 0 0 X 1 1 X 1 X 
1 0 1 1 0 X X 0 X 1 
1 0 1 0 0 X X 1 1 X 
1 0 0 1 0 X 0 X X 1 
1 0 0 0 1 X 1 X 1 X 
 
J2 ? X. ? .Q1.Q0 K2 ? X. ? .Q1.Q0 
J1 = X? Q0 K1 = X? Q0 
J0 = 1 K0 = 1 
 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 42 
 
Capitulo 8 
 
Contadores Para Circuitos Temporizados 
 
Contador de 0 a 59 
Para contagem de minutos e segundos: ciclo igual a 60. 
Formas de obtenção: 
a) um contador assíncrono ou síncrono de contagem 0 a 59. 
b) dois contadores assíncronos ou síncronos: um para dezena (0 a 5) e outro para 
unidade (0 a 9) 
 
Contador de 1 a 12 
Para contagem de horas: ciclo de 1 a 12. 
Mais usado é o contador síncrono, pois permite o início da contagem pelo estado 1. 
 
Contador de 0 a 23 
Para contagem de horas: ciclo igual a 24. 
Formas de obtenção: 
c) um contador assíncrono ou síncrono de contagem 0 a 23. 
d) dois contadores assíncronos ou síncronos: um para dezena (0 a 2) e outro para 
unidade (0 a 9) 
 
Diagrama de blocos de um Relógio Digital Básico 
 
 
Contadores Integrados 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 43 
 
Contador 7490 
R0(1) R0(2) RG(1) RG(2) QD QC QB QA 
1 1 0 X 0 0 0 0 
1 1 X 0 0 0 0 0 
X X 1 1 1 0 0 1 
X 0 X 0 Contagem 
0 X 0 X Contagem 
0 X X 0 Contagem 
X 0 0 X Contagem 
 
Contador 74190 
 
Contagem CP D0-D1-D2-D3 
Crescente 1 0 0 ? 0 
Decrescente 1 1 0 ? 0 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 44 
 
Capitulo 9 
 
Experiências 
 
EXPERIÊNCIA 1 - FLIP-FLOPS 
1. Identifique a pinagem dos circuitos integrados e monte em matriz de contatos os seguintes 
circuitos digitais: 
1.1 - Flip-flop RS com clock, usando portas lógicas Não-E (7400); 
 
 
1.2 - Flip-flop RS com clock, usando portas lógicas Não-ou (7402); 
 
 
1.3 - Flip- flop JK com Preset e Clear (7476); 
 
 
1.4 - Flip- flop tipo T (7476); 
 
 
1.5 - Flip- flop tipo D (7474). 
 
2. Na sequência, energize os circuitos e simule, via chaves, os valores possíveis para as 
entradas; 
3. Organize e interprete os dados coletados na experimentação. Verifique se os valores 
encontrados na saída correspondem à análise teórica do circuito (tabela de transição); 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 45 
 
4. Desmonte os circuitos e reponha o equipamento e componentes aos seus lugares; 
5. Mantenha sempre limpo e organizado o ambiente de experimentação educativa. 
 
EXPERIÊNCIA 2 - MULTIVIBRADORES 
1. Identifique a pinagem dos circuitos integrados e monte em matriz de contatos os 
seguintes circuitos digitais: 
1.1 - CI 555 na configuração monoestável; 
 
1.2 - CI 555 na configuração astável; 
 
1.3 - CI Schmitt Trigger com 6 portas lógicas inversoras (7414). 
 
2. Na sequência, energize os circuitos e simule, via chaves, os valores possíveis para as 
entradas; 
3. Organize e interprete os dados coletados na experimentação. Verifique se os valores 
encontrados 
na saída correspondem à análise teórica do circuito; 
4. Desmonte os circuitos e reponha o equipamento e componentes aos seus lugares; 
5. Mantenha sempre limpo e organizado o ambiente de experimentação educativa. 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 46 
 
EXPERIÊNCIA 3 - REGISTRADORES DE DESLOCAMENTO 
1. Identifique a pinagem do circuito integrado e monte em matriz de contatos o seguinte 
circuito digital: 
1.1 - Registrador de Deslocamento de 4 bits (7495) 
 
2. Na sequência, energize o circuito e simule, via chaves, os valores possíveis para as 
entradas; 
3. Organize e interprete os dados coletados na experimentação. Verifique se os valores 
encontrados na saída correspondem à análise teórica do circuito; 
4. Desmonte o circuito e reponha o equipamento e componentes aos seus lugares; 
5. Mantenha sempre limpo e organizado o ambiente de experimentação educativa. 
 
EXPERIÊNCIA 4 - CONTADORES ASSÍNCRONOS 
1. Identifique a pinagem dos circuitos integrados e monte em matriz de contatos os 
seguintes circuitos digitais: 
1.1 - Contador assíncrono crescente de 4 bits (2x7476); 
 
1.2 - Contador assíncrono decrescente de 4 bits (2x7476); 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 47 
 
1.3 - Contador assíncrono crescente de décadas (2x7476, 7420). 
 
2. Na sequência, energize os circuitos e simule, via chaves, os valores possíveis para as 
entradas; 
3. Organize e interprete os dados coletados na experimentação. Verifique se os valores 
encontrados na saída correspondem à análise teórica do circuito; 
4. Desmonte os circuitos e reponha o equipamento e componentes aos seus lugares; 
5. Mantenha sempre limpo e organizado o ambiente de experimentação educativa. 
 
EXPERIÊNCIA 5 - CONTADORES SÍNCRONOS 
1. Identifique a pinagem dos circuitos integrados e monte em matriz de contatos o 
seguinte circuito digital: 
1.1 - Contador síncrono crescente de 4 bits (2x7476, 7408); 
 
2. Na sequência, energize o circuito e simule, via chaves, os valores possíveis para as 
entradas; 
3. Organize e interprete os dados coletados na experimentação. Verifique se os valores 
encontrados na saída correspondem à análise teórica do circuito; 
4. Desmonte o circuito e reponha o equipamento e componentes aos seus lugares; 
5. Mantenha sempre limpo e organizado o ambiente de experimentação educativa. 
 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 48 
 
EXPERIÊNCIA 6 - CONTADORES INTEGRADOS 
1. Identifique a pinagem dos circuitos integrados e monte em matriz de contatos os 
seguintes circuitos digitais: 
1.1 - Contador integrado BCD 0-9 (7490); 
1.2 - Contador integrado binário 0-15 (7493); 
1.3 - Contador integrado crescente/decrescente BCD 0-9-0 (74190); 
1.4 - Contador integrado crescente/decrescente binário 0-15-0 (74191); 
1.5 - Contadores integrados BCD 00-99 (7490 e 74190). 
 
2. Na sequência, energize os circuitos e simule, via chaves, os valores possíveis para as 
entradas; 
3. Organize e interprete os dados coletados na experimentação. Verifique se os valores 
encontrados na saída correspondem à análise teórica do circuito; 
4. Desmonte os circuitos e reponha o equipamento e componentes aos seus lugares; 
5. Mantenha sempre limpo e organizado o ambiente de experimentação educativa. 
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Eletromecânica – Eletronica Digital 49 
 
Bibliografia 
 
Material Disponibilizado: 
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA – CEFET-SC. 
Eletrônica Digital 1. São José: [S. d.]. 
ZAPELINI, W. Eletrônica Digital 2: Circuitos Sequenciais. Florianópolis: CEFET-SC, 2001. 
 
Bibliografia do material disponibilizado: 
BIGNELL, J. W. e DONOVAN, R. L. Eletrônica Digital. Volumes 1 e 2, São Paulo: Makron 
Books, 1995 
CAPUANO, F. e IDOETA, I. Elementos de Eletrônica Digital. São Paulo: Érica, 25.a Edição, 
1997. 
CAPUANO, Francisco G. Exercícios de Eletrônica Digital. São Paulo: Érica, 1991. 
MELO, Mairton de Oliveira. Eletrônica Digital. São Paulo: Makron Books, 1994. 
MELO, Mairton de Oliveira. Contadores Digitais – Aplicações. Florianópolis: Editora da 
UFSC, 1985. 
MALVINO, A. P. e LEACH, D. P.. Eletrônica Digital – Princípios e Aplicações. Volumes 1 e 
2, São Paulo: McGraw-Hill, 1987. 
SZAJNBERG, Mordka. Eletrônica Digital. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Ltda, 
1988. 
 
 
Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheirosE vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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