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Direito Penal II

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Direito Penal II – Mauricio Manso
[Curso dias 9,10 e 11 de março aqui na Anhanguera oferecido pela OAB]
B1 E ATPS (ETAPAS 1 E 2) - DIA 4/4/16
SANÇÕES PENAIS
Conceito -
Espécies - 
TEORIAS SOBRE A PENA
Retribuição
Relativas/Prevenção/Utilitarista
Prevenção Geral { Negativa
			 Positiva
Misto
Princípios:
Obs: Sanção penal é aqui colocada como um gênero que vai colocar duas espécies, independentemente da espécie, todas elas devem ser impostas através do poder estabelecido (estado juiz), e é imprescindível que a pessoa seja submeta a um processo penal.
Prisão pena ou sanção penal = decorrentes de sentença penal condenatória transitada em julgado
Prisão processual = pessoas estão respondendo a um processo, mas por serem perigosas ao andamento do processo ele tem que ter sua liberdade restringida (prisão cautelar = garantir ou preservar o bom andamento do processo) [esse período de tempo vai ser detraído da pena total]
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Penas = quando a punição é aplicada ao réu IMPUTÁVEL.
Medidas de segurança = esta é aplicada quando o réu é INIMPUTÁVEL.
“Art. 26. - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.”
Essa medida só pode ser aplicada depois de feito o critério biológico, identificando o retardo mental ou não pelo psiquiatra.
Art. 26 - Redução de pena 
Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Essa só se aplica ao “boarder line” ou “fronteiriços”, pessoa que não tem desenvolvimento completo, vaga entre a sanidade e a insanidade.
A pessoa que é inimputável não é “culpada”, mas sim considerada perigosa (oferecem periculosidade), logo, tem que ser submetida a um tratamento psiquiátrico, ou seja, a medida de segurança (aplica-se a qualquer tipo de CRIME).
Os menores de 18 anos são inimputáveis, porém, são submetidos a uma medida SOCIO-EDUCATIVA e não a uma MEDIDA DE SEGURANÇA.
TEORIAS DA PENA
IMMANUEL KANT – “Se você aquece o metal a uma determinada altura ele derrete, existe uma lei que determina assim, mas do ponto de vista do direito é o prognostico das coisas como elas devem ser e não como elas efetivamente o é.”
- Qual o propósito de punir?
Teoria da Retribuição: Aplicar uma pena por retribuição (vejamos alguns dos retribucionistas ):
Kant – “Para o mal do crime o mal da pena”;
Hegel – “o crime é a negação da ordem, é a negação da ordem jurídica, por isso preciso de uma negação da negação da ordem jurídica que seria a pena, esta para restabelecer a ordem”.
Teoria da Prevenção geral: aplicar uma pena com o propósito de evitar a prática de outros crimes ou infrações penais:
Prevenção geral: a ideia diz respeito a “nós”, a pena tem a finalidade de que “nós” não venhamos a praticar o crime;
Prevenção geral negativa: tem o intuito de produzir certo “temor”, ao que o individuo verificando a punição penal seja imbuído de uma ideia de “terror” a fim de não praticar aquele crime;
Prevenção geral positiva: quando se vê uma pessoa sendo punida pelo sistema penal, cria-se um censo de justiça e segurança quanto àquele bem jurídico que foi “preservado”, ainda que um morto não ressuscite, e por muitas vezes não há restituição do roubo;
Teoria da Prevenção especial: [Essas dizem mais respeito ao apenado]
Prevenção especial negativa: punir para que ele não venha mais a praticar novos crimes;
Prevenção especial positiva: restringindo-se a liberdade dessa pessoa, fazendo-a ser reinserida na sociedade novamente;
Teorias Mistas: é a combinação das duas teorias anteriores.
“A pena tem que ser justa e útil”.
“Art. 59. - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:”
O exemplo é de alguém que pratica o ato de queimar ou competir para queimaduras em alguém e tem muito dinheiro mas lhe é imposta uma pena de serviço comunitário em um hospital de queimados a fim de que lhe seja imposto algo útil e necessário para a sua reabilitação/reintegração na sociedade.
Sanções Penais
Pena de admoestação (advertência/Bronca) Lei de drogas 11.343/06 (art. 28)
Princípios da Pena (medida de segurança)
Legalidade / Anterioridade – não existe pena sem prévia cominação legal anterior ao ato a ser punível
Personalidade – art. 5º XLV CF/88 – apena não pode ultrapassar a pessoa do condenado, mas pode estender -se ao seus sucessores a reparar o dano.(civil), não é pena de multa.
Individualização – art. 5º XLVI CF/88 – apesar de 2 indivíduos praticar o mesmo crime, não necessariamente a pena será a mesma
Proporcionalidade – Para questões graves, consequências graves, para questões leves, consequências leves, esse principio é dividido em 3 etapas.- 
Legislativa
Judicial
Executória
Inderrogabilidade – O juiz não pode deixar de aplicar a pena, por mais ínfima que seja, exceção no art. 120 C.P. - Perdão Judicial – lei 9.807/96 ou 93 art.13
Humanidade – art. 5º XLIX CF/88, art. 75 C.P. – Principio da Dignidade da pessoa Humana, então não existe pena de morte, pena de caráter perpétuo.
Penas Privativas de Liberdade
Espécies – Qualidade da Pena, não quantidade da pena
Reclusão – cumprida em qualquer regime penitenciário
Detenção – apenas no regime aberto e semiaberto
Prisão Simples – só pode ser cumprida no regime aberto
Regimes penitenciários (Site SAP)
Fechado – apenas em penitenciaria segurança máxima ou média
Semiaberto – Colônia agrícola ou Industrial, ou até fora no período diurno
Aberto – apenas assistido de longe, com horários de ficar na rua o condenado se recolhe ou em casa do albergado, ou em Estado que não exista como São Paulo em casa mesmo
Se o condenado fugir ou cometer um crime quando no cumprimento da pena, esta regredirá de regime. Nesse caso até um detento condenado a detenção poderá ir ao fechado computado pelo tempo de pena se acumuladas 2 ou mais condenações.
Sumula 716 e 717 do STF
 Progressão de Regime
Remição
- Iniciou se primeiramente por conta do trabalho, 3 dias de trabalho, menos 1 de pena, depois entrou o estudo a mesma regra desde que ele estude 4 horas por dia dentro ou fora do presidio, se o detento trabalhar e estudar é aplicado a remição dupla.
Detração
- Trata-se do abatimento da pena quando transitado em julgado, por conta de um período que essa pessoas ficou presa durante um processo, tanto por prisão temporária, preventiva ou administrativa
Reclusão
Pena Superior a 8 anos – Fechado 
De 4 a 8 anos – Semi – aberto – não reincidente
Até 4 anos – Aberto
Reincidência
2 Requisitos:
Sentença condenatória transitado em julgado
Após esse fato cometer um novo crime - seja doloso ou culposo
Após 5 anos a pena ser extinta seja por cumprimento, anistia, prescrição este elemento deixa de ser reincidente e passa ser PMA (portador de maus antecedentes)
H.C. 126.315 2º turma do STF
Progressão de Regime de Pena
Regra Geral – 2 Requisitos:
Objetiva - Temporal (tempo) 1/6 da pena
Subjetiva – Bom comportamento carcerário atestado pelo diretor do presidio
Sumula vinculante nº 26 STF
Sumula 439 STJ– as duas tratam do exame criminológico
Nos Crimes contra a Adm. Publica
Além de 1/6 e bom comportamento, ela tem que devolver o montante ou reparar o prejuízo que causou ao erário. 
Nos Crimes Hediondos
Lei 8072/90 –crimes hediondos dizia que crime hediondo se cumpria integralmente, após 2006 o STF e STJ começou a entender que a vedação para progressão de regimesseria inconstitucional, assim após essa declaração do STF todo condenado por crime hediondo passou a gozar da regra geral.
Em 28-03-2007 foi alterada a letra da lei para que a progressão de 2/5 da pena ou 3/5 se o detento for reincidente em crimes hediondos ou equiparados a hediondo. Determina o beneficio a data que foi cometido crime
Não é possível pular regimes, a não ser que a espera pela progressão demore mais 1/6 – art. 491, é possível pleitear a progressão se preso mesmo se ainda não tenha transitado em julgado
HC 111840 – fala sobre a individualização da pena, foi declarada a inconstitucionalidade do art 1º paragrafo 2º da lei de crimes hediondos
Regime Disciplinar Diferenciado
Pessoas que praticam crime que subvertam a ordem carcerária, causem tumulto, ou façam parte de organização criminosa, por no máximo 1/6 da pena. Sempre por ordem da autoridade judiciária.
Art. 52 – Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal)
Penas Restritivas de Direito

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