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CONTRATOS COM A ADMINISTRAÇÃO

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CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Lei 8.987/95
2014
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DIFERENTES SENTIDOS DA EXPRESSÃO
A expressão pode ter diversos objetos a saber:
a) concessão de serviço público – forma comum disciplinada pela Lei 8.987/95
B) concessão de obra pública – Lei 8.987/95
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ORIGEM DA EXPRESSÃO CONCESSÃO PARA O DTO. ADM.
Forma de privatização dos serviços- transferência da prestação de serviços públicos para o particular
Todas estas formas se constituem em instrumentos que tem o Poder Público para diminuir o tamanho do Estado e tornar mais eficientes os serviços públicos.
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REGIME JURÍDICO DAS CONCESSÕES
A) CF – arts. 21, incisos XI e XII e 25, §2º alterados pela EC 8/95; art. 175 e 223;
B) Lei 8.987/95 e 9.074/95 alteradas pelas Leis 9.648/98 e 11.196/05 (concessão de serviços públicos comum ou tradicional)
D) Lei 8.666/93 aplicada subsidiariamente – art. 124.
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LEGISLAÇÃO DE CONCESSÕES ESPECÍFICAS
Leis que criam as Agências Reguladoras que tratam das concessões de energia elétrica, telecomunicações, etc. ANEEL, ANATEL E OUTRAS
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CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Conceito legal: Lei 8.987/95, art. 2º, inciso II:
“a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica, ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para o seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado”
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CONCEITO DOUTRINÁRIO
“o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública delega a outrem a execução de um serviço público, para que o execute em seu próprio nome, por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente da exploração do serviço.” (Di Pietro.Parcerias na Administração Pública: 2009)
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CARACTERÍSTICAS
A) contrato (art. 4º);
B) tarifa( art. 18 – VIII);
C) cláusulas essenciais do contrato (art.23, IV)
D) Licitação na modalidade concorrência, porém, a Lei 9.074 no art. 27 autoriza o leilão para os casos de serviços prestados por pessoas jurídicas controladas pela União onde se pretenda privatizar simultaneamente com a outorga da concessão.
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CARACTERÍSTICAS
E) cláusulas regulamentares;
F) outorga de prerrogativas públicas ao concessionário;
G) concessionário está sujeito aos princípios inerentes à prestação de serviços públicos;
H) reconhecimento de poderes à Administração;
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I) efeitos trilaterais da concessão de serviço público: sobre o poder concedente, o concessionário e os usuários;
J) a natureza contratual da concessão de serviço público;
K) o direito do concessionário à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.
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L) a reversão de bens da concessionária para o poder concedente ao término da concessão;
M) a natureza pública dos bens da concessionária afetados à prestação do serviço;
N)responsabilidade civil regida por normas publicísticas – art. 37, §6º CF; 
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PODERES DA ADMINISTRAÇÃO – PODER CONCEDENTE
Encampação – retomada do serviço pelo poder concedente por motivo de interesse público e durante a vigência do contrato após prévia indenização e com lei autorizativa específica
Intervenção – com o fim de asseguração a prestação adequada do serviço e o cumprimento das cláusulas contratuais;
Uso dos recursos humanos e materiais, poder de direção e controle
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Poder de sancionar e decretar a caducidade por inexecução total ou parcial do serviço (art. 38)
Poder de sancionar e decretar a caducidade por inexecução total ou parcial do serviço (art. 38)
Poder de exigir garantia, aplicação subsidiária do art. 6º, inc. VI, da lei 8.666.
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Princípios Inerentes à Concessão
Princípio da Continuidade do Serviço Público:significa ser impossível a interrupção do serviço, por iniciativa do concessionário, a não ser em hipóteses estritas, previstas em lei e no contrato.
Princípio da Mutabilidade: segundo ele, as cláusulas regulamentares do contrato podem ser unilateralmente alteradas pelo poder concedente a fim de atender razões de interesse público. 
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A necessidade de alteração decorrente do Princípio da Mutabilidade, a qual deve ser devidamente motivada, pode decorrer de mudanças na situação de fato (ex.:progresso científico, que torna superadas técnicas anteriores), bem como pode decorrer de alterações na situação de direito (ex.:a lei que disciplinava o serviço sofre alterações, acarretando alteração de cláusulas regulamentares).
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Responsabilidade Civil
Art. 37,§6°, CF – Responsabilidade Civil Objetiva;
Subsidiária para a administração;
Solidária em determinadas circunstâncias (ex.:omissão do poder concedente no controle da prestação do serviço ou falha na escolha do concessionário);
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Efeitos Trilaterais da Concessão
O contrato alcança terceiros que não fazem parte da sua celebração: os usuários (art. 7º, da lei 8987/95).
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Direitos dos Usuários
A) prestação de serviço adequado
B) fiscalização sobre a prestação do serviço;
C) informação para defesa de interesses individuais ou coletivos;
D) modicidade das tarifas;
E) escolha da data do pagamento da tarifa (no mínimo seis datas opcionais para os dias de vencimentos dos débitos, redação da lei 9.791/99).
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Direitos do Concessionário
É o direito ao equilíbrio econômico-financeiro.
De acordo com os seguintes princípios:
A) Equidade (impede locupletamento ilícito);
B) Razoabilidade (proporção entre custo e benefício);
C) Continuidade do Contrato;
D) Indisponibilidade do interesse público.
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Áleas Ordinárias
A álea ordinária ou empresarial faz parte de qualquer negócio como resultado da flutuação do mercado, são os chamados riscos contratuais. Este risco corre por conta do concessionário, já que é uma álea previsível (vide art. 9º e §2°, da lei 8987).
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Áleas Extraordinárias
A álea extraordinária corresponde a um risco imprevisível, inevitável e não imputável ao concessionário. Abrange os riscos econômicos (Teoria da Imprevisão) e riscos administrativos decorrentes do poder da alteração unilateral do contrato, a teoria do fato do príncipe e do fato da administração.
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Remuneração do Concessionário
A) Tarifa; a tarifa é fixada pela proposta vencedora; 
B) Receitas alternativas, complementares e acessórias; (ex.: taxa mínima de juros para garantias de investimentos na execução, verbas decorrentes de publicidade);
C) Projetos associados; (ex.: rendas decorrentes da execução de projetos associados ou paralelos ao serviço concedido).
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SUBCONTRATAÇÃO, SUBCONCESSÃO, TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO
Poderá haver a subcontratação ou terceirização de serviços sem que a concessionária se exima das responsabilidades contratuais são contratos de direito privado;
Subconcessão – precedida de licitação, se faz aos moldes da concessão e é um contrato administrativo
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TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO OU DO CONTROLE ACIONÁRIO
A lei permite mas não deixa claro se deverá haver licitação, deve sim haver anuência por parte do Poder Concedente. (art. 27)
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Prazo das Concessões
A lei não fixa prazo, mas exige que o edital e contrato indiquem o prazo. É possível, ainda, a prorrogação desde que prevista no edital e no contrato.
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Extinção da Concessão
A) pelo término do prazo;
B) encampação - rescisão unilateral por motivo de interesse público;
C) caducidade – rescisão por inadimplemento do concessionário.
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Concessão de Obra Pública
Conceito doutrinário: “contrato administrativo pelo qual o poder público transfere a outrem a execução de uma obra pública, para que execute por sua conta e risco, mediante remuneração paga pelos beneficiários da obra ou obtida em decorrência da exploração dos serviços ou utilidades que a obra proporciona.” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro)
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Conceito Legal
Art. 2°, inc. III, da lei 8987/95 - “Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público,
delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresa que demonstre capacidade para a sua realização, por conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado, mediante a exploração do serviço ou da obra, por prazo determinado.”
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A remuneração não é feita pelo poder concedente, pois, se assim fosse, seria um mero contrato de empreitada, regulado pela lei 8666/93. A remuneração dá-se ou pode dar-se de diferentes formas:
A) contribuição de melhoria;
B) delegação de execução de um serviço público;
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SUBCONCESSÃO, 
Art. 25, caput, Lei 8.987 determina que via de regra a concessão seja executada pelo concessionário. No §1º autoriza a contratação de 3ºs pela concessionária, porém, mantendo a responsabilidade.
Art. 26 – subconcessão – precedida de concorrência e autorizada previamente pelo poder concedente.
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Exemplo de subconcessão
Uma concessionária que tenha concessão para explorar 10 linhas de ônibus, faz a subconcessão de 2 linhas.
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Casos onde não há subconcessão mas simples contratação
Art. 25 da Lei 8.987/95 –Nestes casos haverá uma contratação de obras ou serviços pelo contrato administrativo comum da lei de licitações e contratos. Ex. Vigilância, limpeza, contabilidade, obras. São contratos de direito privado.
Ver § 2º, do art. 25 da Lei 8987/95 – ausência de relação com poder concedente.
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PERMISSÃO
Conceito legal: art. 2º, inciso IV- “a delegação, a titulo precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco”
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Conceito doutrinário
“o ato unilateral e precário, intuito personae , através do qual o Poder Público transfere a alguém o desempenho de um serviço de sua alçada, proporcionando, à moda do que faz na concessão,a possibilidade de cobrança de tarifas dos usuários.” (Celso Antonio Bandeira de Mello)
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CARACTERÍSITCAS
A) ato administrativo unilateral – contrato de adesão (art. 40);
B) título precário – com ampla possibilidade de revogação a qualquer tempo, não tem prazo;
C) pode ser dada a pessoa física ou jurídica
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AUTORIZAÇÃO
Regime jurídico – art. 21, XI e XII da CF
Ato administrativo unilateral e discricionário através do qual a administração pública faculta a alguém que se interesse o direito de desempenhar determinada atividade ou explorar um serviço público a titulo precário. O autorizado não se investe nos poderes da Administração Pública.
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SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÕES
Se aplica a Lei 9.472/97 cujas características fogem aos conceitos do D. Administrativo. É ato vinculado, portanto, ausência de precariedade e a exploração segue o regime privado.

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