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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS Direito Internacional Público Dr. Elias Grossmann Introdução ao Direito Internacional Humanitário Uma idéia: em tempo de guerra nem tudo é permitido. (http://www.cicr.org/por/) 1 - DIH- Origem 1- Métodos de guerra primitivos. 2- Normas não escritas. 3- Tratados bilaterais limitados em tempo e espaço. 2 - DIH- Origem Lembrança de Solferino: « Em momentos extraordinários como os que reúnem príncipes da arte militar, de nacionalidades diferentes, sería desejável que aproveitassem esta espécie de congresso para formular algum princípio convencional que uma vez aprovado e ratificado, servisse de base para sociedades de socorro aos feridos nos países » (Jean Henri Dunant – 1828-1910 – Suíço) 3 - 1864 . Nascimento do DIH moderno 4 - O que é o Direito Internacional Humanitário (DIH)? “O DIH é um conjunto de normas internacionais, de origem convencional ou consuetudinária, especificamente destinado a ser aplicado nos conflitos armados, internacionais ou não-internacionais, e que limita, por razões humanitárias, o direito das partes em conflito escolherem livremente os métodos e os meios utilizados na guerra (Direito de Haia) ou proteger as pessoas e os bens afetados (Direito de Genebra).” Christophe Swinarski. 4.1 - Normas para proteger certas categorias de pessoas: pessoas que não participam das hostilidades pessoas que já não participam das hostilidades proíbe certos métodos e meios de combate 4.2 - Direito Internacional Humanitário (DIH) É parte do direito internacional Rege as relações entre E durante os Conflitos Armados Tem como finalidade minimizar o máximo possível os sofrimentos, perdas e danos causados no Conflito Armado Impõe obrigações às pessoas desses Estados (FFAA) Não tem como finalidade impedir a eficiência militar Jus ad bellum / Jus in bello 5 Tipos conflitos que se aplicam o DIH Guerra declarada. Conflito armado sem que uma parte reconheça o estado de guerra. Ocupação total ou parcial do território de um estado (mesmo sem resistência militar). Conflito armado interno entre forças armadas e FA dissidentes ou grupos armados organizados. 6 Convenções de Genebra e Protocolos Adicionais a) Âmbito de Aplicação Material Limite aos métodos e meios de combate Proteção às vítimas e aos bens necessários para sua sobrevivência: Conflitos Armados Internacionais: 4 Convenções de Genebra + Protocolo Adicional I de 1977. Conflitos Armados não Internacionais: Artigo 3° comum às 4 Convenções de Genebra + Protocolo Adicional II de 1977. b) Âmbito de aplicação pessoal Estados: pelas suas próprias forças armadas e respeito por parte dos demais Estados Parte das Convenções. (art. 1° comum) Todas as partes envolvidas no conflito. Movimentos de libertação nacional. Grupos armados organizados, sob um comando responsável, que exerçam sobre parte do território do Estado um controle tal que lhes permita realizar operações militares sustentadas e concertadas e que respeitem as normas do DIH. Operações de imposição da paz Combatentes em geral. c) Âmbito de aplicação temporal Desde o começo das hostilidades Até o fim das hostilidades Seqüelas do conflito / normas de aplicação temporal: Prisioneiros de guerra, Internados civis, Pessoal sanitário retido, Outros casos. d) Âmbito de aplicação espacial Território dos Estados envolvidos (CAI). Território onde se leva a cabo a luta de libertação nacional contra a dominação colonial e a ocupação estrangeira e contra os regimes racistas no exercício do direito dos povos à livre determinação. Território de um Estado (CANI). 6) Convergências entre DH e DIH CONVERGÊNCIAS Critérios DDHH DIH Objeto de proteção Pessoa Humana Pessoa Humana Proteção contra Abuso de agentes estaduais Abuso por parte adversária Em conflito armado Núcleo inderrogável Direitos Fundamentais Núcleo inderrogável Direitos Fundamentais DIVERGÊNCIAS Critérios DH DIH Tipo Direito aplicável em todo tempo e lugar Direito de exceção Foco Direitos individuais e comunitários Obrigações do Estado e do combatente Desenvolvimento Universal e regional Universal http://www.cicr.org/por/ Gabriel Valladares, CICR_BUE Jus ad bellum / Jus in bello Pacto da S. N. (1919) Moratória da Guerra Pacto Briand-Kellog (1928) Proscrição da Guerra Carta da ONU Proibição do recurso ao uso da força * Exceções: Legítima Defesa Medidas de segurança coletiva Guerras de libertação nacional
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