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Teoria do crime Aula 07

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Faculdade São Francisco de Assis - Credenciamento Portaria 3.558 de 26/11/2003 – D.O.U. 28/11/2003 
Curso de Administração - Reconhecimento Portaria 164 de 16/02/2007 – D.O.U. 21/02/2007 
Curso de Arquitetura e Urbanismo – Autorização Portaria 116 de 13/06/2011 – D.O.U. 14/06/2011 
Curso de Ciências Contábeis – Reconhecimento Portaria 1.134 de 21/12/2006 – D.O.U. 26/12/2006 
Curso de Direito – Autorização Portaria 209 de 27/06/2011 – D.O.U. 29/06/2011 
Curso de Psicologia – Autorização Portaria 245 de 05/07/2011 – D.O.U. 06/07/2011 
Unidade Navegantes: Av. Sertório, 253, Unidade Concórdia: Av. Presidente Franklin Roosevelt, 770, Unidade São Francisco: Av. Baltazar de Oliveira Garcia, 4879 
Fone/Fax: (51) 3014-1800 - Porto Alegre – RS - www.saofranciscodeassis.edubr 
DIREITO PENAL I 
Profª Neida Leal Floriano 
TEORIA DO CRIME 
Conceitos básicos: 
Tipo: denomina-se tipo a descrição do fato criminoso feito pela lei. O tipo penal é uma fórmula que serve 
de modelo para avaliar se determinada conduta está incriminada ou não pelo legislador, ou seja, é o 
conjunto dos elementos descritivos do crime contidos na lei penal. 
Exemplificando com o art. 155 do Código Penal: “subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”. 
O tipo de furto é o conjunto dos elementos da conduta punível definida pela lei. 
Fato típico: é o comportamento humano (positivo ou negativo) que provoca um resultado (em regra) e é 
previsto na lei penal como infração. Assim, fato típico do homicídio é a conduta humana que causa a 
morte de um homem. Ex.: “A” esfaqueia “B” que vem a morrer em consequência das lesões. O fato se 
enquadra na descrição legal do art. 121, CP: “Matar alguém” 
Elementos do fato típico: 
 a conduta (ação ou omissão) 
 o resultado 
 a relação de causalidade (nexo causal) 
 a tipicidade. 
Conduta: “é a ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinada finalidade” (Damásio de 
Jesus) 
Características da conduta: 
a) comportamento humano (conduta do homem). O sujeito ativo do crime só pode ser uma 
pessoa, salvo nos crimes ambientais, cuja autoria poderá recair sobre pessoa jurídica; 
b) conduta externa - Cogitationis poenam nemo patitur (só as condutas corporais externas 
constituem ações). O Direito Penal não se ocupa de atividade puramente psíquica. A conduta 
exige a necessidade de uma repercussão externa da vontade do agente. 
Obs.: Não constituem conduta o simples pensamento, a cogitação, o planejamento intelectual da 
prática de um crime, pois lhes falta a exterioridade. 
c) Conduta voluntária – a conduta humana só tem importância para o Direito penal quando 
voluntária. 
Elementos da conduta: 
a) Ato voluntário dirigido a um fim – Considera-se ato voluntário quando existe uma vontade do 
agente, quando não é um simples resultado mecânico. 
Obs. 1: ato voluntário não implica que a vontade seja livre, que seja desejado o resultado. 
 
Faculdade São Francisco de Assis - Credenciamento Portaria 3.558 de 26/11/2003 – D.O.U. 28/11/2003 
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Obs. 2: Conduta não significa conduta livre. Ex.: forçar alguém a assinar um documento falso 
mediante grave ameaça. Nesse caso existe o fato típico, pois a ação ocorreu e é juridicamente 
relevante, mas não se pode falar em culpabilidade, devendo ser aplicada a regra do art. 22, 1ª 
parte, do Código Penal. Essa conduta é denominada coação moral, também chamada de “vis 
compulsiva”, pois a conduta existe, mas não há culpabilidade. 
b) Atuação positiva ou negativa dessa vontade no mundo exterior – ação ou omissão 
Ausência de conduta: movimentos involuntários 
a) Coação física irresistível – “vis absoluta” – quando o sujeito pratica movimento em decorrência 
de força corporal exercida sobre ele. 
b) Movimentos praticados durante o sono (sonambulismo) ou sob o efeito de hipnose, de 
embriaguez completa, de desmaio e de outros estados de inconsciência. 
c) Atos reflexos – são reações automáticas de ação ou inibição que ocorre imediatamente após a 
excitação de um nervo sensitivo. 
Obs.: Não se incluem como ausência de conduta os atos instintivos e os atos automáticos. 
Antijuridicidade ou ilicitude: significa contrariedade ao ordenamento jurídico. 
Tipicidade: é a adequação da conduta com a descrição contida no tipo penal. A conduta descrita em 
norma penal incriminadora será ilícita (ou antijurídica) quando não for expressamente declarada lícita. 
Assim, o conceito de ilicitude de um fato típico é encontrado por exclusão. Presente a causa de exclusão 
(art. 23, CP) o fato é típico, mas não antijurídico e, em consequência, não será crime, pois lhe falta um 
dos requisitos genéricos. 
Culpabilidade: é a reprovação da conduta humana pela ordem jurídica, ou seja, é o juízo de reprovação 
incidente sobre o fato e seu autor. Recai sobre o autor, por ter agido de forma contrária ao Direito, 
quando podia ter atuado em conformidade com a vontade da ordem jurídica. 
Elementos normativos da culpabilidade: 
 imputabilidade: possibilidade de se atribuir, imputar o fato típico e ilícito ao agente; 
 potencial consciência sobre a ilicitude do fato: é a análise acerca das condições do agente 
poder compreender, à época dos fatos, a ilicitude de sua conduta; 
 exigibilidade da conduta diversa: é a possibilidade que tinha o agente de, no momento da ação 
ou da omissão, agir de acordo com o direito, considerando-se a sua particular condição de 
pessoa humana. 
 
Resultado: é a modificação do mundo exterior provocada pelo comportamento humano voluntário. Tal 
conceito é denominado naturalístico, pois decorre do efeito natural da ação que configura a conduta 
típica. Ex.: é a morte da vítima no homicídio. 
Obs.: a lei prevê crimes em que não se opera a modificação no mundo exterior. Ex.: invasão de 
domicílio (da conduta do agente – invasão – não sobrevém qualquer resultado material). Nestas 
hipóteses de conduta diz-se que o crime é de mera conduta (sem resultado naturalístico). Assim, 
considerando que o art. 13 do Código Penal afirma que a existência do crime depende de resultado 
deve-se buscar um conceito jurídico ou normativo de resultado a fim de evitar-se a incompatibilidade 
entre os dispositivos que não provocam a modificação do mundo exterior e aquele texto legal. 
Conceito jurídico de resultado: entende-se como lesão ou perigo de lesão de um interesse (bem 
jurídico) protegido pela norma penal. 
 
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Relação de causalidade:é o vínculo que se estabelece entre o comportamento humano e a 
modificação do mundo exterior (resultado), com relevância suficiente para formar o fato típico, ou seja, é 
a condição sem a qual o resultado não teria ocorrido. Portanto, a relação de causalidade tem reflexos 
diretos na tipicidade e, para reconhecê-la, é necessário definir o que significa causa. 
Causa é toda ação ou omissão que é indispensável para a configuração do resultado concreto, por 
menor que seja o seu grau de contribuição. A conduta é causa quando, suprimida mentalmente, o 
evento não teria ocorrido no momento em que ocorreu. Ex.: o fornecimento do revólver utilizado 
pelo agente para desferir os tiros que levaram a vítima à morte é causa do crime, pois a sua 
abstração faria desaparecer a arma do delito e, consequentemente, os tiros que levaram-na à óbito. 
Teorias acerca do nexo de causalidade: 
a) Teoria da equivalência das condições (teoria da equivalência dos antecedentes causais ou 
da conditio sine qua non): entende como causa toda a ação ou omissão sem a qual o 
resultado não teria ocorrido (art. 13, segunda parte, CP); 
b) Teoria da causalidade adequada (teoria das condições qualificadas): defende que um 
determinado evento somente será produto da ação humana quando esta tiver sido apta e idônea 
a gerar o resultado. 
São várias as críticas enfrentadas por ambas as teorias. Adotando-se o exemplo acima 
poderíamos dizer que o fabricante de armas concorre para a prática de homicídios(??). 
Em relação à primeira, teoria da equivalência das condições, a posição adotada pela doutrina, 
com reflexos na jurisprudência é no sentido de reconhecer que mesmo estabelecida a relação de 
causalidade entre o ato de vender e o resultado morte, a relevância penal da causalidade 
encontra-se limitada pelo elemento subjetivo do fato típico, ou seja, só pratica conduta típica 
quem agiu com dolo ou culpa. Por outras palavras, a venda é considerada causa do delito, mas 
o vendedor não é punido, uma vez que não agiu com dolo ou culpa. 
Pela segunda teoria, a ação do vendedor não é razoável, nem idônea para a produção do 
resultado morte, devendo ser considerado, ainda, que a venda da arma foi realizada de forma 
lícita. 
Existe, ainda, uma terceira teoria dominante na Alemanha e bastante difundida na Espanha que 
é a “teoria da imputação objetiva”, defendida, na década de 70, por Clauss Roxin e, atualmente, 
por Günther Jakobs. Essa teoria concentra o seu campo de atuação na análise do nexo causal, 
gerador da tipicidade. A imputação objetiva tem por finalidade imputar ao agente a prática de um 
resultado delituoso apenas quando o seu comportamento tiver criado, realmente, um risco não 
tolerado, nem permitido, ao bem jurídico. Nas palavras de Chaves Camargo, a “atribuição de um 
resultado a uma pessoa não é determinado pela relação de causalidade, mas é necessário um 
outro nexo, de modo que esteja presente a realização de um risco proibido pela norma.
1
” 
Pela teoria da imputação objetiva, a venda da arma, independentemente de qualquer outra 
análise, não pode ser considerada causa do resultado, uma vez que o vendedor não agiu de 
modo a produzir um risco não permitido e intolerável ao bem jurídico, já que a venda da arma foi 
feita de modo lícito e o comerciante não tem a obrigação de checar o uso das mercadorias 
vendidas por quem quer que seja. 
 
1
 CAMARGO, Chaves apud NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 9 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
2013, p. 219. 
 
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O Código Penal adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais ou da “conditio 
sine qua non”, segundo a qual tudo o que concorre para acelerar o curso da ação ou omissão, 
produzindo o resultado é causa e, causador aquele que o provocar inicialmente. Causa, portanto, 
é tudo o que contribui in concreto para o resultado. A rigor, a adoção da teria conditio sine qua 
non tem mais relevância para excluir quem não praticou conduta típica do que para incluir quem a 
cometeu. 
A relação de causalidade entre a conduta humana e o resultado é uma relação valorada que 
deve ser aferida com o vínculo subjetivo do agente (dolo ou culpa). 
Assim, causalidade relevante para o Direito Penal é aquela que pode ser prevista, isto é, 
aquela que é previsível, ou seja, que pode ser mentalmente antecipada pelo agente. Significa 
dizer que o nexo causal será sempre limitado pelo dolo ou culpa. Desse modo, toda a conduta que 
não for orientada pelo dolo ou pela culpa estará na seara do acidental, do caso fortuito ou força maior, 
onde não poderá configurar crime. 
Concausa: é outra causa que ligada à primeira concorre para o resultado. Não se elimina a relação de 
causalidade pela existência de uma concausa que pode ser pré-existente, concomitante ou 
superveniente (regra). 
Exemplos: 
1) “A atira em “B”, com a finalidade de matá-lo, gerando ferimento que não seria fatal não fosse o 
fato de existir causa pré-existente (doença grave). Dessa forma, associando-se a lesão leve com a 
doença grave e consequente debilidade física da vítima, esta morre. Responde o agente por homicídio 
consumado, pois é inequívoco que deu causa ao evento. 
2) ”A” atira em “B” para matar, provocando lesão leve, mas que o faz perder o equilíbrio caindo 
em via pública, quando é atropelado. Há confluência de causas (concomitantes): tiro + atropelamento. 
Responde o agente por homicídio consumado, pois também é previsível que sua ação poderia 
desencadear a queda na via pública, levando a vítima a ser colhida por algum veículo. 
3) “A” atira em “B” para matar, gerando lesão leve, que conduz a vítima ao hospital. Neste local, 
tratando-se, contrai infecção hospital e falece. Responde o agente por homicídio consumado. As 
concausas (tiro + infecção hospitalar) levaram à produção do resultado (morte) e dentro da esfera da 
previsibilidade. 
Causa superveniente: é a causa que ocorre depois que foi praticada a ação, a qual é determinante para 
o resultado. 
Exemplo: “A” atira em “B” para matar, gerando lesão leve e fazendo com que a vítima ingresse 
no hospital para tratamento. Nesse local, ocorre um desabamento e a vítima morre soterrada. Essa 
segunda causa, superveniente, sendo totalmente independente da primeira interrompe o nexo causal 
entre a conduta que provocou a lesão leve e o resultado morte pelo desabamento. 
Essa hipótese é a única exceção aberta pelo art. 13, §1º, do CP, por ser uma causa 
superveniente totalmente independente que por si só gerou o resultado. Assim sendo, desde que surja 
uma nova causa que por si só, seja idônea para produzir o resultado esta substitui a causa resultante da 
ação ou omissão, assumindo a responsabilidade do evento e responderá o agente pelos atos praticados 
até a superveniência da nova causa. 
 
 
 
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As causas supervenientes dividem-se em: 
a) Absolutamente independente em relação à conduta do agente. Essa, por sua vez, 
classificam-se em: 
 Preexistente: “A” atira em “B” que vem a falecer de envenenamento, o qual já 
havia ingerido, anteriormente, antes do disparo. 
 Concomitante: “A” atira em “B” que vem a falecer de colapso cardíaco 
exclusivamente, não estando este relacionado com a agressão sofrida. 
 Superveniente: “A” ministra veneno em “B”. Quando este está ingerindo o veneno 
o teto desaba e o mata. 
As causas supervenientes quando absolutamente independente fazem com que a 
ação (causa) anterior não seja conditio sine qua non. 
b) Relativamente independente em relação à conduta do agente. Essa, por sua vez, 
classificam-se em: 
 Preexistente: “A” atira em “B” que é hemofílico, o qual vem a falecer em consequência 
da complicação clinica motivada pelos ferimentos. 
 Concomitante: “A” atira em “B” que, no mesmo momento, sofre um colapso cardíaco 
decorrente da agressão (a lesão contribuiu para a morte). 
 Superveniente: Um motorista dirigindo um caminhão colide em um poste. Este 
arrebenta os fios que caem na calçada. Um dos passageiros sai do caminhão e 
morre em consequência de choque elétrico. 
As causas preexistentes e concomitantes quando relativamente independentes não excluem 
a linha de desdobramentos desenvolvida pelas ações, de modo que os agentes respondem 
pelo resultado morte. Nessas hipóteses não cabe a aplicação do art. 13, caput, uma vez que 
este artigo trata das causas absolutamente independentes.

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