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TEORIA DA NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO TGP

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TEORIA DA NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO
FERNANDA DA SILVA WEECK
O estudo da Natureza Jurídica da Ação tem inúmeras teorias, todas com certa dificuldade de compreensão devido aos vários significados que o conceito apresenta. As principais teorias são:
1ª – Doutrina Civilista (Clássica ou Imanentista) – Quem desenvolveu tal teoria foi Savigny, influente jurista do século XIX. Este é o direito de pedir em juízo o que nos é devido. É a primeira teoria a tentar explicar o direito material e o direito de ação, ela pressupõe que o direito material e o direito de ação são a mesma coisa, mas tal teoria não conseguiu explicar determinados casos.
2ª – Teoria do Direito Concreto – Seu maior defensor era Adolpho Wach que demonstra a independência entre o direito de ação e o direito subjetivo material. O direito de ação não se confunde com o direito subjetivo privado e muito menos com a pretensão do direito civil. Fala ainda que o direito de ação só compete a quem é titular de um interesse real, e não imaginário. Por fim, ele impõe três condições para a ação, a existência de um direito violado, legitimação e possibilidade jurídica do pedido. Ao contrário dos civilistas, separa o direito material do processual defendendo que o direito de ação não depende do direito material e é concreto, já que para ser exercida, toda ação deve ser julgada procedente.
3ª – Teoria do Direito Abstrato – A Teoria da Ação como Direito Abstrato de Agir foi criada em 1877 pelo alemão Degenklob e o húngaro Plósz. Segundo eles, a ação não estabelece relação com o direito meramente firmado pelo autor. Portanto, dizemos que a ação é abstrata porque não está condicionada ao acolhimento do direito alegado pelo autor.
Se por um lado a ação é abstrata (independe da existência do direito), por outro é concreta (depende da existência do direito alegado pelo autor).
4ª – Teoria da Ação como Direito Potestativo – Segundo o italiano Giuseppe Chiovenda, a ação caracteriza um direito independente, que é distinto do direito material. Ele entende que os direitos se dividem em duas grandes categorias: a) direitos tendentes a um bem da vida a conseguir-se, antes de tudo, mediante a prestação positiva ou negativa de outros (direitos a uma prestação) e b) tendentes a modificação do estado jurídico existente (direitos potestativos). 
5ª – A Teoria Eclética do Direito de Ação – Foi desenvolvida por Liebman, define a ação como um direito autônomo e abstrato, independente do direito subjetivo material, embora condicionada a requisitos para que se possa analisar seu mérito. Trata-se de um direito subjetivo público à disposição dos cidadãos. Esta última teoria entende que, ainda que haja improcedência da ação, o exercício da ação terá se efetivado, pois independe da necessidade de a ação ser procedente ao autor.
Com as teorias vistas acima, conclui-se que o direito de ação é o instituto através do qual aquele que tenha um interesse lesado ou ameaçado de lesão faça chegar às portas do Poder Judiciário o pedido de prestação jurisdicional, solucionando assim o problema.

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