Trabalho 2 Escolas penais

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UNIFIN – FACULDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
ESCOLAS PENAIS
– DIREITO PENAL –
NEIDA FLORIANO
FERNANDA DA SILVA WEECK
PORTO ALEGRE, 09 DE SETEMBRO DE 2013
INTRODUÇÃO
Este trabalho visa falar das principais escolas penais para discussão em sala de aula, tratando dos seus principais pensadores e suas principais características.
ESCOLA CLÁSSICA
Surgiu no final do século XVIII na Itália, é antecessora ao Positivismo. Nasceu sob os ideais iluministas e também é conhecida como Idealista, Filosófico-jurídica, Crítico Forense. Em um primeiro momento, a escola clássica procurou pontuar a diferença entre a justiça divina e a justiça humana, lutando pela soberania popular contra o absolutismo e também pelos direitos e garantias individuais. Já no segundo momento, focou-se no estudo jurídico do crime e da pena através da sistematização de normas jurídicas repressivas tendo como principais conceitos a responsabilidade penal, o crime e a pena.
Os expoentes desses períodos foram Beccaria, precursor do Direito Penal Liberal, e Carrara, criador da dogmática jurídica. Beccaria, com seu manifesto Dos Delitos e das Penas, escrito em 1764, iniciou a luta pelos direitos e garantias individuais contra o poder absoluto e Francesco Carrara, com sua obra Programma del corso di Diritto Criminale estudou todo o direito penal como ciência jurídica. Devem ser destacados, ainda, como doutrinadores do período dogmático da escola clássica: Pelegrino Rossi, Giovanni Carmignanni, Enrico Pessina e, na Alemanha, Anselm Von Fuerbach, segundo sua doutrina a pena tem duas vertentes. Uma que abrange seus aspectos psicológicos, em que o indivíduo é levado a não cometer delitos devido à influência negativa que a pena exerce diretamente sobre sua vida, e a outra que trata da coação propriamente dita, exercida pelo Estado na aplicação da pena em concreto.
ESCOLA POSITIVA
Fundada Ao final do século XIX, a Escola Positivista, demonstrando a necessidade de defender a sociedade contra ação do deliquente, com isso, priorizam-se os interesses sociais em relação aos individuais. Neste período a pena possui como seus fundamentos a personalidade do réu, sua capacidade de adaptação e essencialmente sua perigosidade.
A escola positiva pode ser dividida em três fases e cada uma delas tem seu principal representante, a primeira fase foi a de César Lombroso, médico legista, considerado criador da escola positiva com a fase Antropológica. O médico tinha como idéia básica a existência de um criminoso nato, que possuía um aspecto antropológico definido. Este aspecto do criminoso nato seria reconhecido por diversos sinais físicos como dentição anormal, orelhas grandes, tatuagens, etc
A segunda fase foi criada por Enrico Ferri advogado criminalista , com a Sociologia Criminal, na qual o foco principal era a substituição da responsabilidade moral para a social, uma vez que a pena se atribuía pelo fato de o agente do delito ser membro da sociedade. O ponto característico da escola de Ferri era o entendimento acerca da grande possibilidade da readaptação do deliquente.
E a terceira fase foi a fase Jurídica, representada por Rafael Garófalo, com sua obra Criminologia, que insiste que o crime está no indivíduo, pois é um ser temível, um degenerado. O delinqüente é um ser anormal portador de anomalia de sentido moral.
ESCOLA TÉCNICO-JURÍDICA
Influenciada pela Escola Clássica, a Escola Técnico-Jurídica junto a esta repudia a intervenção da filosofia no Direito Penal indo de encontro ao pensamento positivista. O seu primeiro expoente é Arturo Rocco, com sua famosa aula magna na Universidade de Sassari.  O Direito Penal continha de tudo, menos Direito. Rocco propõe uma reorganização onde o estudo do Direito Criminal se restringiria apenas ao Direito Positivo vigente. O Direito penal seria aquele expresso na lei, e o jurista deve-se ater apenas a ela.O Direito Penal é o que está na lei. O seu estudo compõe-se de três partes:
Exegese: da sentido as disposições do ordenamento jurídico;
Dogmática: investigação dos princípios que irão nortear o direito penal fixando assim os seus elementos;
Crítica: que irá orientar na consideração do direito vigente demonstrando assim o seu acerto ou a sua conveniência de reforma.
Outros importantes defensores dessa escola são: Manzini, Massari, Delitala, Cicala, Vannini, Conti.
A ESCOLA CRÍTICA
Adolf Merkel, grande expoente dessa fase, foi o primeiro, muito antes de Welzel, a afirmar a existência de um injusto pessoal, apesar de não ter distinguido injusto penal (fato típico e antijurídico) da culpabilidade.
A importância dessa Escola foi a de se individualizar a pena diante de cada caso concreto.
CONCLUSÃO
A história do Direito Penal é descrita em fases da história, o Iluminismo deu uma visão mais ética sobre o homem e o tratamento que a ele deveria ser dado.
As escolas penais são as diversas correntes filosófico-jurídicas sobre crimes e punições que apareceram nos Tempos Modernos.
BIBLIOGRAFIA
SITES:
http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=1762&idAreaSel=4&seeArt=yes
http://permissavenia.wordpress.com/2013/02/25/as-escolas-penais/
http://direitoefil1.dominiotemporario.com/doc/ESCOLAS_PENAIS_-_Antonio_Carlos_Santoro_Filho_-_Site_Direito_Nacional_-_Verlu_Editora.pdf
http://pt.shvoong.com/law-and-politics/law/1977907-escola-penal-positivista/
http://www.inverbis.com.br/edicoes/ed03.pdf