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Teorias da Ação - TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO

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TEORIA GERAL DO PROCESSO
Profª Neida Leal Floriano
TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO
Várias teorias buscaram explicar a natureza jurídica da ação. 
As primeiras teorias defendiam a ação como um direito concreto.
Teoria civilista ou imanentista (tradicional ou civilista): Principais representantes: Savigny e Celso. Para essa corrente existiria, necessariamente, uma correlação entre o direito material e a ação. Por isso denominada imanentista porque a ação era algo imanente ao próprio direito material, sem ter vida própria, do que resultou a clássica proposição: não há direito sem ação, não há ação sem direito; a ação segue a natureza do direito”. 
Crítica: essa teoria não faz a distinção entre direito de ação e direito material
Polêmica Windscheid- Muther (juristas alemães): discussão em meados do séc. XIX sobre a existência de uma distinção entre direito material e direito de ação. Muther atacava Windscheid dizendo que havia uma clara distinção entre o direito (material) lesado e a ação do sujeito. Defendia que da ação nascem dois direitos, ambos de natureza pública: o direito do ofendido à tutela jurídica do estado (dirigido contra o Estado) e o direito do Estado de eliminar a lesão contra aquele que a praticou. Concluíram que pode haver a lesão a um direito e que essa lesão pode ser reparada ou eliminada pelo Estado (direito de ação), ou seja, o direito de ação é autônomo.
Teoria da ação como um direito autônomo e concreto - Principais defensores: Wach e Büllow. Para essa teoria o direito material é distinto do direito de ação. Defendem que a ação é um direito autônomo, mas concreto à proteção jurídica. Para os concretistas, somente teria o direito de ação aquele litigante que obtivesse uma decisão jurídica favorável, ou seja, caso a parte não conseguisse provar o direito (de ação) subjetivo alegado, o magistrado deve fazer constar na sentença a inexistência ou a improcedência do direito de ação. Para essa teoria, a ação era considerada um direito público, mas concreto à existência do direito subjetivo.
Na sequência, surgiram teorias da ação como um direito abstrato.
Teoria da ação como um direito autônomo e abstrato (de agir) – Principais defensores: Degenkolb e Plósz. Para essa teoria a ação passou a ser defendida como um direito autônomo e abstrato, ou seja, o direito de ação é exercitado independentemente da obtenção de uma sentença favorável ou desfavorável ao autor ou de haver a presença ou ausência de determinado direito subjetivo material. Deve, em qualquer caso, a demanda ser formulada contra o Estado detentor do monopólio da jurisdição e responsável pela função jurisdicional de dar a cada um o que é seu. Independentemente de obter ou não uma decisão favorável, a parte interessada terá exercido o seu direito de ação, que consistirá tão somente na movimentação do aparelho judicial do Estado.
Teoria eclética da ação de Pekelis: acentua que o direito subjetivo contido na ação não é um direito de agir, mas um direito de fazer agir o Estado e que os demais direitos seria derivados desse direito subjetivo. Sustenta que o direito subjetivo material é condicionado à existência da coação (imperatividade) e que isso não ocorre em relação ao direito de ação. Conclui que o direito de ação seria o único direito subjetivo do indivíduo, por ser o único instrumento capaz de dar efetividade às relações jurídicas.
Teoria eclética da ação de Liebman - principal defensor: Enrico Liebman. Essa teoria reconhece o direito de ação como autônomo e abstrato, porém condicionado ao preenchimento de certas condições. Para Liebamn a ação seria um direito subjetivo instrumental no qual, de um lado, haveria um poder do indivíduo em solicitar a prestação jurisdicional e, no outro, uma obrigação do Estado em pacificar a lide. Somente haveria prestação jurisdicional quando o magistrado pudesse emitir uma sentença de mérito favorável ou desfavorável ao autor. Para tanto, o Estado precisaria verificar a presença de alguns requisitos chamados de condições da ação, em número de três: a possibilidade jurídica do pedido, a legitimidade para a causa e o interesse de agir. Ausente qualquer desses requisitos, não haveria o direito de ação.
Essa teoria eclética de Liebaman foi acolhida pelo CPC de 1973.
�Faculdade São Francisco de Assis - Credenciamento Portaria 3.558 de 26/11/2003 – D.O.U. 28/11/2003
Curso de Administração - Reconhecimento Portaria 164 de 16/02/2007 – D.O.U. 21/02/2007
Curso de Arquitetura e Urbanismo – Autorização Portaria 116 de 13/06/2011 – D.O.U. 14/06/2011
Curso de Ciências Contábeis – Reconhecimento Portaria 1.134 de 21/12/2006 – D.O.U. 26/12/2006
Curso de Direito – Autorização Portaria 209 de 27/06/2011 – D.O.U. 29/06/2011
Curso de Psicologia – Autorização Portaria 245 de 05/07/2011 – D.O.U. 06/07/2011
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