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TEORIA GERAL DO PROCESSO – 2013/1
Profª: Neida Leal Floriano
Contato: neida@saofranciscodeassis.edu.br; neida@florianoadvocacia.com.br
1 - DIREITO E SOCIEDADE
A história das civilizações tem demonstrado que a sociedade, em seus diversos graus de desenvolvimento, sempre esteve regulada por normas de conduta. As regras sociais são indispensáveis e se constituem em condição essencial para uma convivência harmônica da sociedade. Nesta, as normas, se adaptam, se modificam, crescem, ou diminuem, mas não desaparecem. As regras de conduta, escritas ou costumeiras jamais poderão prever todas as hipóteses de comportamento humano, mas o Direito, como solução normativa, mesmo diante de fatos novos, apresenta definições possíveis para tais hipóteses, pois tem como característica a unidade e a totalidade, ou seja, a integral determinação da conduta humana, e, por isso mesmo, ontologicamente indivisível.
O ser humano possui uma vocação, a qual faz parte da sua essência, que é viver em grupo, associado a outros da mesma espécie, ou seja, tem a necessidade dos demais para sobreviver e se aperfeiçoar. Trata-se de uma necessidade natural do homem.
 
Conceitos processuais básicos:
a) Necessidade: se traduz numa situação de carência ou desequilíbrio biológico ou psíquico. Advém da junção do nec + esse que significa “não ser, não existir”, ou seja, se traduz na falta de alguma coisa. O ser humano sente as mais diversas necessidades e tende a se comportar no sentido de satisfazê-las, para que desapareça a carência, restabelecendo o equilíbrio perdido. A necessidade decorre do fato que o homem depende de certos elementos, não só para sobreviver, mas, também, para se aperfeiçoar social, política e culturalmente, portanto, o homem é um ser dependente. As necessidades são satisfeitas por meio alguns elementos denominados bem ou bem da vida.
b) Bem: “é tudo que é apto para satisfazer, ou que satisfaz, a uma necessidade�” (Ugo Rocco). No conceito de bem pode-se agrupar muitas categorias, podendo ser um bem material (alimento, vestuário, transporte, etc) ou imaterial (paz, liberdade, honra, etc,)
c) Utilidade: é idoneidade de um bem para satisfazer uma necessidade.
d) Interesse:”é um juízo formulado por um sujeito acerca de uma necessidade, sobre a utilidade ou sobre o valor de um bem, em quanto meio de satisfação dessa necessidade”�. Em síntese, o interesse é um ato de inteligência que resulta da tríplice representação: de um bem, de uma necessidade e da aptidão do bem para satisfazer a essa necessidade. O interesse pode ser:(i) imediato (a posição de que possui o alimento para satisfazer a necessidade de alimentar-se) e (ii) mediato (a posição de quem possui o dinheiro para adquirir o alimento). Também, distingue-se em interesse individual (quando a situação favorável á satisfação de uma necessidade pode determinar-se em apenas a um indivíduo – ex.: o uso de uma casa) e interesse coletivo (relacionada a vários indivíduos – ex.: uso de uma grande via de comunicação) 
e) Conflito: oposição, choque, colisão, divergência 
f) Conflito de interesse: posição antagônica entre dois interesses. Ocorre quando a situação favorável à satisfação de uma necessidade exclui ou limita a situação favorável à satisfação de outra necessidade. Ex.: hipótese em que alguém tem necessidade de alimentar-se e vestir-se e, apenas, possui recursos para satisfazer somente uma delas. Esse conflito é individual e se resolve mediante sacrifício do interesse menor. Trata-se de um conflito subjetivo de interesses. Quando envolve interesses de duas pessoas denomina-se conflito intersubjetivo de interesses. Desse resulta a importância para o Estado, diante da hipótese de uma solução violenta entre os interessados que lutam pela prevalência de seu interesse.
g) Pretensão: “É a exigência de subordinação do interesse de outrem ao interesse próprio”�. A pretensão pode ser deduzida tanto por quem tem (fundada) como por quem não tem o direito (infundada).
h) Resistência: é a não aceitação à subordinação do interesse próprio ao interesse alheio, ou seja, é a oposição à pretensão.
i) Lide: “conflito de interesses, qualificado pela pretensão de um dos interessados e pela resistência do outro”�. Elementos da lide: material (conflito de interesses) e formal (a pretensão e a resistência, ou seja, a oposição)
Formas ou métodos de solução dos conflitos de interesses: parcial e imparcial
Solução parcial de conflitos: resolvido pelos próprios litigantes. Podem ser classificadas em:
I – Autodefesa: a defesa que alguém faz de si mesmo (mais primitiva) 
II – Autocomposição:forma mais evoluída de autodefesa, com caráter altruísta, na qual um dos interessados renuncia ou reconhece o interesse do adversário em detrimento de seu interesse. Três formas de composição: renúncia ou desistência; submissão ou reconhecimento e transação
Solução imparcial: resolvido mediante decisão imperativa de terceiro: ( PROCESSO
Inicialmente denominada “arbitragem facultativa” realizada por terceiro desinteressado da disputa entre os contendores. No começo, esta era exercida pelos sacerdotes pois acreditavam os litigantes que devido à formação religiosa tinham ligação com os deuses (decisão decorria da vontade divina). Depois, passou para os anciãos do grupo (conheciam os costumes dos antepassados). Com a evolução da sociedade a arbitragem passou de facultativa para obrigatória e com esta nasce o PROCESSO como última etapa na evolução dos métodos de resolução de conflitos.
O processo se revela no método mais adequado para assegurar a estabilidade da ordem jurídica e o mais satisfatório para preservar e restabelecer a razão daqueles que a tem, tendo em vista que alguns interesses (direitos) não admitem renúncias ou transações, a exemplo do direito à vida, à liberdade, etc.
Etimologia da palavra processo: processus, derivado do verbo procedere que significa avançar, caminhar para frente, etc. 
Caracteres do Processo: 
imparcialidade (juiz: terceiro imparcial);
força das decisões (mecanismo coativo do Estado);
concretude (instrumentalidade)
definitividade
Conceito de Processo: é o instrumento que se serve o Estado para, no exercício da função jurisdicional, resolver os conflitos de interesses, solucionando-os; ou seja, o instrumento previsto como normal pelo Estado para a solução de toda classe de conflitos jurídicos.
Para Carnelutti processo é “o conjunto de atos destinados à formação ou à atuação de comandos jurídicos, cujo caráter consiste na colaboração, para tal fim, de pessoas interessadas (partes), com uma ou mais pessoas desinteressadas (juízes).
1.6 Sujeitos Processuais: principais e acessórios
II – DIREITO PROCESSUAL E ESTADO
Surgimento do processo (autêntico): quando o Estado avocou para si a aplicação do direito como algo de interesse público em si mesmo, proibindo a justiça privada, momento em que foi estruturado o sistema de direitos e garantias individuais dos cidadãos, com a criação de órgãos jurisdicionais, tornando o Poder Judiciário um poder político, indispensável ao equilíbrio social e democrático, restando o processo um instrumento dotado de garantias, voltado ao bem comum. 
� ROCCO, Ugo apud ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria Geral do Processo. 15 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
� Idem, ibidem.
� CARNELUTTI apud ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria Geral do Processo. 15 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
� Idem, ibidem.
�Faculdade São Francisco de Assis - Credenciamento Portaria 3.558 de 26/11/2003 – D.O.U. 28/11/2003
Curso de Administração - Reconhecimento Portaria 164 de 16/02/2007 – D.O.U. 21/02/2007
Curso de Arquitetura e Urbanismo – Autorização Portaria 116 de 13/06/2011 – D.O.U. 14/06/2011
Curso de Ciências Contábeis – Reconhecimento Portaria 1.134 de 21/12/2006 – D.O.U. 26/12/2006
Curso de Direito – Autorização Portaria 209 de 27/06/2011 – D.O.U. 29/06/2011
Curso de Psicologia – Autorização Portaria 245 de 05/07/2011 – D.O.U.06/07/2011
Unidade Navegantes: Av. Sertório, 253, Unidade Concórdia: Av. Presidente Franklin Roosevelt, 770, Unidade São Francisco: Av. Baltazar de Oliveira Garcia, 4879
Fone/Fax: (51) 3014-1800 - Porto Alegre – RS - � HYPERLINK "http://www.saofranciscodeassis.edubr" ��www.saofranciscodeassis.edubr�

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