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ENZIMAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR CURSO - FARMÁCIA DISCIPLINA - INTRODUÇÃO A BIOQUÍMICA Parte 1 2016.1 Manutenção da Vida Celular As reações químicas nos seres vivos devem ocorrer em velocidades adequadas e de forma específica Enzimas São proteínas, na sua grande maioria, responsáveis pela catálise das reações dos sistemas biológicos Características Enzimas Catalisadores QUÍMICOS Especificidade ao substrato alta baixa Natureza da estrutura complexa simples Sensibilidade à T e pH alta baixa Formação de subprodutos baixa alta Atividade catalítica (temperatura ambiente) alta baixa Presença de cofatores sim não Energia de ativação baixa alta Velocidade de reação alta baixa Propriedades das enzimas em relação a outros catalisadores A atividade catalítica da enzima depende da integridade de sua conformação nativa Enzimas Sítio ativo – Região da enzima onde ocorre a reação (transformação) Enzimas O sítio ativo é específico para o substrato Enzimas Substrato – Molécula que é ligada no sítio ativo e sobre a qual a enzima pode agir. Algumas enzimas requerem outros grupos químicos além de seus resíduos de aminoácidos para a atividade - COFATORES •Íons inorgânicos - Fe2+, Mg2+, Mn2+, Zn2+ •Coenzimas – molécula orgânica não proteica OBS – As coenzimas podem ser derivadas de vitaminas, nutrientes orgânicos requeridos da dieta Grupo prostético – Coenzima ou íon metálico ligado firmemente, ou mesmo covalentemente, à enzima Holoenzima – Enzima cataliticamente ativa juntamente com sua coenzima ligada e/ou íon metálico. Apoenzima ou apoproteína – parte proteica Classificação das enzimas Quais os componentes da reação enzimática? Componentes da reação enzimática E + S E S E + P E - Enzima S - Substrato(s) ES - Complexo Enzima -Substrato P – Produto(s) O que as enzimas fazem para aumentar a velocidade das reações? Energia de ativação – é a quantidade de energia livre requerida para levar os reagentes ao estado de transição. Como ocorre a interação ENZIMA – SUBSTRATO? Mecanismos ainda não bem definidos. Mas já é entendido que ocorrem ligações entre a enzima e o substrato. Interação ENZIMA - SUBSTRATO •Ligações covalentes transitórias entre substratos e grupos funcionais da enzima (cadeias laterais de aminoácidos, íons metálicos, coenzimas) •Interações não covalentes entre a enzima e o substrato – Grande parte da energia requerida para diminuir a energia de ativação é derivada de interações fracas Interação ENZIMA-SUBSTRATO Cada interação fraca no complexo ES libera uma pequena quantidade de energia livre que confere estabilidade à interação. Energia de Ligação (ΔGB) – •É a energia derivada da interação enzima- substrato. •É a principal fonte de energia livre usada pelas enzimas para diminuir a energia de ativação das reações Caminho da Reação Energia de ativação sem enzima S P Energia de ativação com enzima Diferença entre a energia livre de S e P As enzimas aumentam a velocidade de uma reação sem alterar a constante de equilíbrio ou a variação de energia livre ∆G’o = -RT ln K’eq E + S E S E + P Interação ENZIMA-SUBSTRATO Modelo 1 - Chave e Fechadura Não leva em consideração a flexibilidade conformacional Interação ENZIMA-SUBSTRATO Modelo 2 – Encaixe induzido Interação ENZIMA-SUBSTRATO Modelo 2 – Encaixe induzido Determinar as constantes de afinidade da enzima; Conhecer as condições ótimas da catálise; Ajuda a elucidar os mecanismos de reação; Determinar a função de uma determinada enzima em uma rota metabólica. Estudos de Cinética Enzimática E + S k1 k-1 ES k2 E + P Etapa rápida Etapa lenta •Estado Estacionário V0 formação de ES = V0 quebra de ES (1) •[ Et ] = [ E ] + [ ES ] (2) •V0= k2 [ ES ] (etapa limitante) (3) então Vmax = k2 [ ES ] (4) •Em Vmax, [ Et ] = [ ES ] (5) E + S k1 k-1 ES k2 E + P Etapa rápida Etapa lenta •Estado Estacionário V0 formação de ES = V0 quebra de ES (1) •[ Et ] = [ E ] + [ ES ] (2) •V0= k2 [ ES ] (etapa limitante) (3) então Vmax = k2 [ ES ] (4) •Em Vmax, [ Et ] = [ ES ] (5) Enzima saturada → quando toda a enzima estiver na forma ES Essa equação expressa algebricamente o gráfico de velocidade e foi deduzida baseada na hipótese de que a etapa limitante numa reação enzimática é a quebra de ES para formar P e E livre. Constante de Michaelis-Menten Km é igual a concentração do substrato na qual Vo é metade de Vmáx. Km alto – baixa afinidade entre a enzima e o substrato Km baixo – alta afinidade entre a enzima e o substrato ENZIMA SUBSTRATO Km (mM) Catalase H2O2 25 Hexoquinase ATP 0,4 D-Glicose 0,05 D-Frutose 1,5 Quimotripsina Gliciltirosinilglicina 108 N-benzoiltirosinamida 2,5 Equação de Lineweaver-Burk
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