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CLASSIFICAÇÃO E TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS SUÍNAS_PARENTE

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Universidade Federal do Tocantins 
Campus Universitário de Araguaína 
Escola de Medicina Vetrinária e Zootecnia 
Zootecnia - Suinocultura 
Prof: Gerson Fausto 
AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E 
TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇAS 
Araguaína – To 
2013 
ACADÊMICO: Ranniere Rodrigues Pereira Parente 
DADOS ECONÔMICOS 
SUINOCULTURA 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
4º 
11 
10º 
12 
13 
14 
15 
16 
1º 
2º 
3º 
4º 
5º 
DEFINIÇÃO DE ALGUNS CONCEITOS 
17 
Definição de Alguns Conceitos 
• Classificação 
• Agrupar em classes, aquilo que tem características semelhantes. 
• Ex.: categorias de sexo, idade, peso. 
 
• Tipificação 
• Diferenciação das classes em tipos hierarquizados. 
• Ex.: gordura de cobertura e conformação de carcaça. 
 
• Finalidades da Tipificação 
• Auxiliar na comercialização entre produtores – frigoríficos – varejo 
• Garantir ao consumidor ESPEFIFICAÇÕES diferenciadas de cortes e 
produtos 
• Auxiliar a indústria frigorífica quanto ao destino dado a carcaça e 
exportação, mercado interno, fabricação de produtos ―light‖, venda 
―in natura‖. 
18 
Definição de Alguns Conceitos 
 A carcaça pode ser avaliada quanto as características de 
maior importância: o RENDIMENTO e a QUALIDADE 
da carne: 
 
 Rendimento: 
◦ Refere-se a quantidade de carne comercializável na carcaça. 
 
 Qualidade: 
◦ Inclui fatores de interesse do setor varejista, indústria e 
consumidores. 
◦ Visual: cor, textura e firmeza 
◦ Atributos organolépticos: maciez, sabor e suculência 
◦ Tecnológicos: capacidade de retenção de água, sabor, etc. 
19 
RENDIMENTO de carne na carcaça 
 Depende do conteúdo de músculo e relação 
com ossatura e gordura. 
 
 Curvas de Crescimento Alométrico e 
deposição de tecidos. 
 
 Relação com crescimento e 
desenvolvimento 
◦ Fatores como genótipo, sexo, estado hormonal, 
nutrição e ambiente. 
20 
RENDIMENTO: Indicadores 
 Utilizados individualmente ou combinados, em 
índices ou equações, as medidas ou avaliações 
seguintes: 
◦ Peso da carcaça 
◦ Avaliações subjetivas: 
 Conformação/musculosidade (relação carne/osso) 
 Acabamento ou cobertura da carcaça – escores 
◦ Espessura de gordura que recobre a carcaça em pontos 
específicos 
◦ AOL - seção transversal do Longissimus dorsi 
◦ CC entre o bordo cranial da sínfise pubiana ao bordo 
crânio-ventral do Atlas 
 
21 
Características Qualitativas 
 Estimadas por indicadores que tenham uma 
certa correlação com as medidas que 
poderiam ser feitas em laboratórios 
◦ Maturidade fisiológica – ossificação de cartilagens, 
dentes incisivos permanentes – idade e maciez da 
carne 
◦ Avaliação do marmoreio – maciez, sabor 
◦ Cor da carne e da gordura – associada ao pH 
pode detectar PSE, DFD ou carne ácida 
◦ pH da carne - 45 min e 24 h após o abate 
22 
CORTES DA CARCAÇA SUÍNA 
23 
SISTEMAS DE 
AVALIAÇÃO 
CLASSIFICAÇÃO 
TIPIFICAÇÃO 
SISTEMA 
BRASILEIRO 
SISTEMA 
EUA (NPPC) 
SISTEMA 
AUSTRÁLIA 
(AUS-MEAT) 
SISTEMA 
EUROPEU 
(SEUROP) 
24 
SISTEMA BRASILEIRO 
25 
• Foi desenvolvido 
o Método 
Brasileiro de 
Classificação de 
Carcaças (MBCC) 
1965 
• Foi instituído 
oficialmente o 
Sistema Brasileiro 
de Tipificação 
1981 • ABCS criou e 
oficializou o 
Método Brasileiro 
de Classificação de 
Carcaças 
1973 
SISTEMA BRASILEIRO 
 Tradicionalmente - carcaças eram avaliadas 
em relação ao PCQ e a ET 
 
 Depois, foram desenvolvidos índices de 
bonificação e penalização com referência ao 
PCQ e o rendimento estimado de carne. 
26 
SISTEMA BRASILEIRO 
 Para diferentes composições corporais 
◦ Acréscimo ou decréscimo na remuneração 
 
 Hoje, a tipificação é feita de forma 
independente e variada pelas indústrias 
 
 Algumas das características em comum: 
◦ Tipificação das carcaças sem a cabeça, pés e 
patas. 
27 
SISTEMA BRASILEIRO 
28 
Dados para um exemplo (ACCS, 2012): 
- Preço: R$ 2,22/kg 
- Rendimento: 78 – 82% 
SISTEMA BRASILEIRO 
29 
SISTEMAS AMERICANOS (EUA) 
1. Aprovado 
oficialmente 
pelo governo 
(Departamento 
de Agricultura, 
USDA) 
2. Desenvolvido 
pelo National 
Pork Producers 
Council (NPPC) 
30 
SISTEMA AMERICANO (USDA) 
 Iniciou em 1931 e foi revisada em 1933, 
em 1949 e em 1955. 
 
 Os padrões do USDA para tipificação de 
suínos avaliam a COMPOSIÇÃO e a 
QUALIDADE 
 
 A cobertura de gordura é classificada em 
números de 1 a 4, valorizando os animais 
com menor proporção gordura/músculo 
31 
SISTEMA AMERICANO (USDA) 
32 
SISTEMA AMERICANO (USDA) 
33 
Figura 9. Escores de musculosidade 
do USDA Fonte: AMSA, 2001 
SISTEMA AMERICANO (USDA) 
 Categoria USDA = (1,576 x EGUC) - EM 
34 
SISTEMA AMERICANO (NPPC) 
 ―Carcass Lean Value Program‖ 
 
 Predição da composição através de medidas 
de gordura e de musculatura. 
 
 Scanning eletromagnético ToBEC® 
 
 Pesagem da carcaça pela sua correlação com 
a gordura e musculatura → consistência dos 
dados de rendimento. 
 
35 
SISTEMA AMERICANO (NPPC) 
 A medida de gordura é feita entre a 10a e a 11a costela 
 
 A musculosidade é avaliada pela medida da área de olho 
de lombo (longissimus dorsi) entre a 10a e a 11a costela 
 
36 
Figura 10. Medição de gordura e área do olho do lombo em suínos, método NPPC. 
Fonte: AMSA, 2001 
SISTEMA AMERICANO (NPPC) 
37 
SISTEMA AMERICANO (NPPC) 
Carne pálida, 
mole e 
exudativa. 
Carne vermelha, 
firme e não-
exudativa. 
Carne escura, 
dura e seca. 
38 
Figura 11. Padrões de qualidade do NPPC. Fonte: AMSA, 2001. 
PSE RFN DFD 
SISTEMA AMERICANO (NPPC) 
39 
Figura 12. Padrões de coloração do NPPC. Fonte: AMSA, 2001. 
Sugerido: 
3 a 5 
SISTEMA AMERICANO (NPPC) 
40 Figura 13. Padrões de marmoreio do NPPC. Fonte: AMSA, 2001. 
Sugerido: 
2 a 4% 
SISTEMA AUSTRALIANO (AUS-MEAT) 
41 
EX.: uma carcaça com peso quente de 68 kg, e 15 mm de gordura, estaria na classe H2 ? 
SISTEMA AUSTRALIANO (AUS-MEAT) 
 A medida da gordura é realizada no “Sítio P2”, ou seja, na última 
costela do lado direito, a 59 mm abaixo da linha mediana 
 
42 
Figura 14. Medição da gordura no sítio P2 (AUS-MEAT). 
SISTEMA EUROPEU (SEUROP) 
Os animais são tipificados no momento 
da pesagem de acordo com a estimação 
do rendimento de carne magra. 
Utilização de medidas objetivas para 
predizer a percentagem de carne de 
referência. Medidas de espessura de 
toucinho e profundidade de músculo 
Definição de percentagem de carne. 
Baseada na dissecação das quatro peças 
principais da carcaça, ou seja, pernil, 
lombo, paleta e barriga 
43 
SISTEMA EUROPEU (SEUROP) 
44 
Estimativa do percentual de carne. 
 
%Carne = peso das quatro peças x1,3 x 100 
 peso da carcaça 
Classificação das carcaças segundo as letras 
EUROP mais a classe especial S. Cada letra 
corresponde a um intervalo de % de carne. 
Marcação de cada carcaça com a letra 
correspondente ao percentual de carne 
SISTEMA EUROPEU (SEUROP) 
45 
MÉTODOS 
ANTE 
MORTEM 
Ultrassom 
PT aliado ao CC 
e Peso 
Régua 
milimétrica 
Impedância 
Bioelétrica 
Capacitância 
Elétrica 
ABSORMETRIA POR 
RAIO-X DE DUPLA 
ENERGIA (DXA): 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE 
CARCAÇAS 
46 
MÉTODOS 
POST 
MORTEM 
Moagem das 
Carcaças 
―Cutter‖ 
Análises 
Quimicas 
Medidas feitas 
na Carcaça 
MÉTODOS TRADICIONAIS 
 Cálculo do PT, aliadoao peso e o comprimento 
◦ Colocados em uma equação, forneciam uma projeção da 
quantidade de carne e gordura 
◦ Desvantagem: necessita de constantes ajustes, em função 
do rápido progresso genético da suinocultura. 
 
47 
MÉTODOS TRADICIONAIS 
 Régua metálica milimétrica 
◦ Necessita de uma pequena incisão a 2,5 cm da 
linha dorso lombar, na altura da última 
vértebra lombar, denominado sítio P2 
◦ Trata-se portanto de um método invasivo 
◦ Desvantagem: restringe-se a medir somente a 
espessura de toucinho, baixa precisão. 
◦ *Em crescente desuso* 
 
48 
MÉTODOS TRADICIONAIS 
 ANÁLISES QUÍMICAS do corpo inteiro 
(livre de ingesta) ou após a separação física 
de músculos, gordura e ossos 
 
 Consomem muito tempo 
 
 Inviabilizam carcaça ou reduzem valor 
 
 SHIELDS e MAHAN (1983): Utilização de 
meia carcaça – disponibiliza a outra metade 
para comercialização 
49 
MÉTODOS TRADICIONAIS 
 MEDIDAS FEITAS NAS CARCAÇAS 
◦ Percentagem de pernil 
◦ Comprimento de carcaças 
◦ Profundidade de gordura (ET) 
◦ Área do músculo longissimus dorsi (AOL) 
◦ Percentagem de cortes cárneos 
 
 Métodos bastante precisos, porém de difícil 
realização pelas indústrias 
◦ São lentos e impedem desta forma a coleta de 
dados na linha de abate. 
50 
AVALIAÇÃO POR APARELHOS 
ÓTICOS ―Probes‖ 
 Baseada na diferença de condutividade ou 
refletância elétrica entre os diferentes tecidos 
corporais 
 
 Instrumentos capazes de estimar espessura de 
toucinho e a profundidade de músculos. 
◦ Medição da profundidade de músculo e gordura em 
determinados pontos da carcaça 
◦ Leituras dos aparelhos → equações de regressão 
 
 São as técnicas mais empregadas no mundo p/ 
avaliação de carcaças na linha de abate 
◦ Facilidade, rapidez, precisão 
51 
AVALIAÇÃO POR APARELHOS 
ÓTICOS ―Probes‖ 
 Hennessy Grading Probe (HGP) 
 Pistola com um sensor photoelétrico em sua 
agulha. 
◦ Mede a profundidade da gordura e do músculo (e a 
sua coloração) 
◦ Calcula a porcentagem de carne magra e a 
classificação SEUROP 
 
 
52 
Figura 17. Hennessy Grading Probe. Fonte: Didai Tecnologia, 2000. 
AVALIAÇÃO POR APARELHOS 
ÓTICOS “Probes” 
 Outros tipos de sondas elétricas ―probes‖: 
◦ Ulster Probe (UP), desenvolvida pela Queen’s 
University of Belfast, Ireland, UK 
◦ Probe Espectroscópica Reflexiva 
◦ Optical Probe (OP) 
◦ Fat Depth Indicator (FDI) o qual foi aperfeiçoado 
pela Hennessy Grading Systems Ltd., Auckland, 
NZ 
◦ Danish Meat Fat Automatic Probe (MFA) 
◦ DESTRON PG-1, equipamento Canadense 
53 
AVALIAÇÃO POR APARELHOS 
ÓTICOS “Probes” 
 Local para a tomada da medida é o sítio 
P2 (altura da última costela a 6 cm abaixo 
da linha média) 
 
54 
Tabela 1. Médias para E.T. tomadas por três ―probes‖ e os respectivos 
cortes nas carcaças. 
TECNOLOGIAS QUE SIMULAM A 
OBSERVAÇÃO VISUAL DO 
AVALIADOR 
• Ultrassonografia 
• Análise de imagens de vídeo 
 
55 
MÉTODO ULTRASSONOGRAFIA 
 Componentes: 
◦ Eco câmara – Unidade principal 
◦ Gerador de pulso – produz corrente elétrica 
◦ Transdutor – energia elétrica em mecânica 
◦ Amplificador - impulsos na tela (interpretação) 
 
 Tipos de Equipamentos: 
◦ Modo A - unidimensional mede a profundidade de 
músculo ou gordura. 
◦ Modo B (brilho) – bidimensional, gera uma imagem com 
diferentes tons de cinza, que representam distância e 
capacidade de refletância dos tecidos 
◦ ―Real Time‖ – atualização de 20 vezes/s (mais adequado) 
56 
MÉTODO ULTRASSONOGRAFIA 
 Correlações entre as medidas ultra-sônicas e as 
medidas na carcaça (SCHINKEL, 1994): 
◦ r = 0,92 e 0,94 para espessura de toucinho no método 
Tempo Real 
◦ R = 0,68 a 0,82 para as medidas estimadas pelo modo A. 
57 
Tabela 2. Correlações entre estimações de medidas ultra-sônicas e medidas na 
carcaça para Área de Olho de Lombo e músculo livre de gordura. 
MÉTODO ULTRASSONOGRAFIA 
 Atualmente, existe o aparelho AutoFom 
(Automatic Fat-O-Meater), da Dinamarca 
capaz de fazer estas análises de forma 
totalmente automática. 
 
 O Autofom tem 16 sondas, e faz 3.200 
medições em cada carcaça, formando uma 
imagem tri-dimensional da musculatura, 
gordura e esqueleto da mesma 
 
58 
MÉTODO ULTRASSONOGRAFIA 
59 
Figura 18. Esquema do AutoFom, mostrando a apresentação da carcaça às 
sondas, e a captura da imagens transversais. Fonte: SFK, 2001. 
MÉTODO ULTRASSONOGRAFIA 
60 
Figura 1 - Imagem transversal do músculo Longissimus dorsi, entre a 10ª e a 11ª 
costela, em suínos. 
MÉTODO ULTRASSONOGRAFIA 
 Os resultados até hoje indicam que este 
instrumento é capaz de fazer predições 
muito precisas da composição da carcaça 
e do rendimento de carne magra. 
 
 A sua adoção irá depender do custo do 
aparelho e de operação, e do benefício a 
ser obtido pela maior precisão nas 
avaliações. 
61 
ANÁLISE DE IMAGENS DE VÍDEO 
 Atualmente, há vários instrumentos: 
◦ VIAScan® da Austrália 
◦ Computer Vision Systems (CVS®) do Canadá 
◦ BCC-2 da Dinamarca 
◦ USDA: instrumento em fase de testes 
 
 Capturam várias imagens da carcaça por vídeo digital, 
e um computador analisa as imagens, faz uma série de 
mensurações, e estima a classificação 
 
 Podem medir a coloração da gordura e a área do 
olho do lombo e a gordura de cobertura, desde que a 
carcaça seja cortada transversalmente como nos EUA 
62 
ANÁLISE DE IMAGENS DE VÍDEO 
 Têm sido estudados mais para bovinos que para 
suínos, porque são incapazes de medir a 
espessura do toucinho sem cortar a carcaça. 
63 
Figura 19. Análises de imagens de carcaça (A, BCC-2), e do olho do lombo e a 
gordura de cobertura (B e C, CVS). 
TECNOLOGIAS QUE MENSURAM 
CARACTERÍSTICAS NÃO 
OBSERVÁVEIS VISUALMENTE 
• Condutividade Elétrica Total 
• Impedância Bioelétrica 
• Capacitância Elétrica 
• Absormetria por raio-x de dupla energia (DXA) 
 
 
 
64 
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA TOTAL 
 O aparelho ToBEC™ mede a absorção de energia por 
uma carcaça, corte, ou caixa de carne exposta a um 
campo eletromagnético. 
 
 Esta absorção está estreitamente relacionada com o 
conteúdo de carne magra, porque esta tem 20 vezes a 
condutividade elétrica da gordura 
 
 Esta tecnologia sofre alguns problemas relacionados à: 
◦ Temperatura, forma de apresentação, custos de operação e 
manutenção. 
 
 Entretanto, ela está sendo aplicada em várias indústrias 
de suínos nos EUA e no Canadá, porque as predições de 
rendimento de carne magra são excelentes 
65 
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA TOTAL 
66 
Figura 20. ToBEC, mostrando o túnel pelo qual passa a carcaça. 
Fonte: Sioux Preme Pork Products, 2001. 
IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA 
 Tanto in vivo como nas carcaças 
 
 Mede a velocidade com que o sinal atravessa o 
corpo do animal 
 
 É baseada na condutância ou resistência 
◦ Dependente da configuração geométrica, volume 
corporal, intensidade do sinal e frequência da 
corrente aplicada 
 
 Diferença em RESISTÊNCIA a uma corrente 
elétrica que existe entre o TECIDO MAGRO e a 
GORDURA. 
67 
IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA 
 Vários eletrodos são 
inseridos em pontos 
estratégicos da carcaça, e 
uma corrente elétrica é 
aplicada. 
 
 Um equipamento mede a 
resistência da carcaça e 
estima o conteúdo de carne 
magra 
68 
Figura 21. Instrumento para medir a impedânica bioelétrica, com a colocação de 
quatro eletrodos. Fonte: Bohuslavek, 2001. 
CAPACITÂNCIA ELÉTRICA 
 A capacidade de reter água e a reflectância à luz, são importantescaracterísticas comerciais da carne, pois determina a qualidade do 
processamento e seu tempo de conservação. 
 
 Correlaciona o pH com a reflectância 
 
 Pode ser medida por um par de barras de aço, limpas mantidas 
paralelamente a uma distância de 1 cm uma da outra; 
 
 Identificação da característica P.S.E. (Pale, Soft, Exudative) 
 
 Devem também ser feitos ajustes, para diferenças de populações e 
sistemas de abate. 
69 
ABSORMETRIA POR RAIO-X DE 
DUPLA ENERGIA (DXA) 
 Desenvolvida inicialmente para medir a massa mineral e a 
densidade dos ossos em humanos. (DPA) 
 
 A medida da DXA é definida como a quantidade de radiação 
absorvida pelo corpo (emitida – detectada) 
 
 Transposição dos fótons de energia em diferentes tecidos 
 
 Resultados do estudo de Mitchel et al. (1996) 
◦ % gordura: (18,2 ± 0,9 %) e (17,8 ± 0,6%), para a técnica DXA e 
análises químicas, respectivamente, (P = 0,076). 
◦ Gordura total: (r=0,989), com médias de (7,31 ± 0,62 Kg) e (7,20 ± 
0,50 Kg) para o DXA e análises químicas respectivamente, 
(P=0,089) 
◦ Obs.: Precisão relativa ao tamanho da massa corporal analisada 
70 
COMPARAÇÃO ENTRE TÉCNICAS 
 Características desejáveis a qualquer 
técnica 
 1) Precisão na tomada da medida 
 2) Acuracidade na interpretação dos resultados 
 3) Fácil aplicação e execução 
 4) Custo acessível 
 5) Aplicável a uma ampla variação de idades e 
composições corporais 
 6) Permitir avaliar o animal in vivo com a 
mínima perturbação, de modo a não interferir 
em sua performance. 
COMPARAÇÃO ENTRE TÉCNICAS 
 Vários procedimentos – nenhum 
consegue atender a todos os requisitos 
 
◦ Sondas elétricas ou probes: são capazes de 
medir as carcaças com razoável precisão, 
porém não se aplicam para animais vivos. 
 
◦ Impedância bioelétrica, o raio-x e a ultra-
sonografia: relativamente precisos porém 
apresentam limitações de custo e de 
operação. 
72 
MODELOS PARA ESTIMATIVAS DE 
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 Inúmeros estudos desenvolvidos por 
diferentes pesquisadores: 
◦ Técnicas de avaliação (ultrassom, raio-x, etc) 
◦ Pontos de tomada das medidas 
◦ Tipos de equipamentos (ToBec®, FOM, etc) 
 
 Determinações importantes nas equações 
◦ Coeficiente de correlação (r) 
◦ Coeficiente determinação (r2) 
◦ Desvio Padrão (S) 
 
73 
MODELOS PARA ESTIMATIVAS DE 
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
74 
Tebela 3: Equações de predição para alguns tecidos e cortes da carcaça de suínos, 
utilizando como base a Área de Olho de lombo estimada por ultra-som em tempo 
real. 
NORMATIZAÇÃO E 
PADRONIZAÇÃO DA 
TIPIFICAÇÃO DE 
CARCAÇAS 
 
• Normatização: estabelecimento de conceitos e 
normas que orientam um processo 
 
• Padronização: padronização ou unificação pressupõe a 
utilização de uma equação única de tipificação de 
carcaças em todas as indústrias frigoríficas. 
75 
OBJETIVOS E BENEFÍCIOS DA 
TIPIFICAÇÃO 
 Objetivo premiar a qualidade da carcaça 
 Benefícios: 
◦ Ao produtor: melhor remuneração pelas 
carcaças de qualidade superior 
◦ Às indústrias: pagamento das carcaças 
proporcional ao rendimento em carne 
◦ Ao comércio: produto apresentável, padrão, que 
evite desperdícios, estimule as vendas; 
◦ Ao consumidor: produto sem excessos de 
gordura, seguro, nutritivo e saudável 
76 
REFLEXOS DA TIPIFICAÇÃO 
 Busca de material genético especializado 
 Melhorias na nutrição e manejo alimentar 
 Maior comprometimento do produtor com a sanidade dos 
animais 
 
77 
Tabela 1 — Evolução do percentual médio de carne nas carcaças de suínos 
observado nos frigoríficos de Santa Catarina 
SITUAÇÃO ATUAL TIPIFICAÇÃO 
 Desuniformidade dos critérios de 
tipificação entre as indústrias 
◦ Tipificação implantada em cada indústria a 
partir de estudos próprios 
◦ Locais de tomadas das medidas 
◦ Nº medidas e inclusão do peso de carcaça 
◦ Utilização de diferentes equações 
◦ Equações fornecidas pelo fabricante das 
pistolas 
78 
SITUAÇÃO ATUAL TIPIFICAÇÃO 
79 
Tabela 2 — Médias e desvios-padrão das características dos machos castrados e 
das fêmeas encaminhadas para abate em quatro distintas indústrias (FÁVERO, 1999) 
2,0% a mais de pagamento para 1,1% a menos de carne na carcaça. 
• Não são transparentes e confundem o produtor na busca de uma melhoria 
contínua de sua produção 
• Não há legitimação do processo que garanta tipificação não tendenciosa 
NORMATIZAÇÃO DA 
TIPIFICAÇÃO 
 Deve contemplar os seguintes aspectos: 
◦ Base do valor pago ao produtor; 
◦ Conceituação de carcaça; 
◦ Cálculo do peso frio; 
◦ Definição de carne; 
◦ Cálculo do percentual de carne na carcaça; 
◦ Estabelecimento do método de dissecação para 
obtenção do percentual de carne da carcaça; 
◦ Método de predição de carne na carcaça baseado 
em medidas objetivas; 
◦ Atendimento de estatísticas mínimas para aprovação 
do método. 
80 
NORMATIZAÇÃO DA 
TIPIFICAÇÃO 
 Exemplo da União Européia: 
 Atendimento dos princípios básicos 
 
 Determinação das equações de predição cada país 
◦ a) A informação deve estar baseada em uma amostra 
representativa de pelo menos 120 carcaças dissecadas; 
◦ b) A equação deve predizer o percentual de carne com 
um desvio padrão residual máximo de 2,5%. 
 
 O importante é normalizar o objetivo (forma de 
predição da carne na carcaça) e não os meios 
(aparelhos e número de medidas) ou a forma de 
pagamento. 
81 
PADRONIZAÇÃO DA TIPIFICAÇÃO 
 Exemplo da França, onde busca-se: 
 Facilitar o progresso técnico da produção, com 
todos os segmentos envolvidos falando a 
mesma linguagem 
 Facilitar a negociação do sistema de pagamento, 
tendo como referência a produção de uma 
matéria prima padronizada 
 Melhorar o equilíbrio entre a oferta e a 
demanda em toda a dimensão do mercado 
82 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Existem muitos sistemas de avaliação, 
classificação e tipificação de carcaças no 
mundo inteiro. 
 Avaliações subjetivas de características que 
são indiretamente relacionadas com as 
propriedades de interesse econômico. 
 Por sua vez, o mercado exige tecnologias de 
avaliação mais acuradas e precisas, de alta 
capacidade com uma relação custo:benefício 
favorável. 
83 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 A curto prazo as reclamações dos produtores poderiam 
ser atendidas com uma maior transparência do 
processo, a partir da divulgação das equações de 
predição de carne, bem como a tabela ou equação 
de bonificação das carcaças. 
 A normatização da tipificação é uma medida urgente, 
que permitirá a sua legitimação. O papel legislador do 
MAPA é fundamental para a concretização dessa ação. 
 A pretendida unificação do processo de tipificação só 
poderá tornar-se uma realidade, se fundamentada em 
estudo prévio, que garanta adequada precisão na 
predição de carne em todos os frigoríficos do universo 
considerado. 
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OBRIGADO! 
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