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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL FELIPE MUNIZ LOPES SISTEMAS DE FÔRMAS PARA PILARES: UMA PROPOSTA DE APOIO À DECISÃO PELO PROCESSO DE ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) Orientador: Prof. DSc. Esperidião Fecury Pinheiro de Lima Co-Orientador: Prof. MSc. Ricardo Ribeiro do Nascimento Trabalho de Conclusão de Curso elaborado junto ao Curso de Bacharelado em Engenharia Civil, como requisito parcial da avaliação da disciplina Estágio Supervisionado. Trabalho de Conclusão de Curso – TCC Rio Branco – Acre 2016 FELIPE MUNIZ LOPES PROPOSTA DE APOIO À DECISÃO PELO PROCESSO DE ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) NA ESCOLHA DO SISTEMA DE FÔRMAS PARA PILARES Trabalho de Conclusão de Curso elaborado junto ao Curso de Bacharelado em Engenharia Civil, como requisito parcial da avaliação da disciplina Estágio Supervisionado. Apresentado em: 10/05/2016 BANCA EXAMINADORA: Prof. DSc. Esperidião Fecury Pinheiro de Lima (Orientador) UFAC – Rio Branco / AC Prof. MSc. Ricardo Ribeiro do Nascimento (Co-Orientador) UFAC – Rio Branco / AC Prof. DSc. José Roberto de Lima Murad UFAC – Rio Branco / AC Rio Branco 2016 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a meus pais que sempre colocaram todo seu amor e dedicação à minha disposição, na exata medida necessária para que este sucesso fosse possível. “E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar. Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá- las. Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução. Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis. Decidi ver cada noite como um mistério a resolver[...]Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornarem-se realidade. E desde aquele dia já não durmo para descansar. Simplesmente durmo para sonhar.” Walt Disney AGRADECIMENTOS Agradeço primeiro a Deus. Sem Teu amor eu nada seria. Agradeço aos meus pais Zeloi e Romilda por dedicarem parte de suas vidas a mim, terem sido comigo os melhores pais que alguém pudesse ter, por cada orientação recebida e cada lição aprendida. Cada momento que passarmos juntos será um eterno aprendizado, devo tudo que alcancei e alcançarei a vocês. Agradeço a minha princesa, Isabela Stéfani, por compartilhar dos meus sonhos, por ser meu porto seguro, ser minha companheira nas horas boas e ruins. Agradeço aos meus amigos, antigos e novos, por terem me acolhido como um irmão e por isso fizeram da minha jornada um caminho mais fácil e divertido. Agradeço a meus orientadores Prof. DSc. Esperidião Lima e Prof. MSc. Ricardo Nascimento pela paciência, orientação e por toda contribuição à este trabalho. Agradeço a todos os professores e profissionais que estiveram envolvidos direta ou indiretamente em minha formação acadêmica, profissional e pessoal, pelos ensinamentos tanto como engenheiro quanto para a vida. SUMÁRIO Dedicatória Epígrafe Agradecimentos Sumário Lista de Figuras Lista de Tabelas Lista de Abreviaturas e Siglas Resumo 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 13 1.1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................................... 13 1.2 – JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 13 2 – OBJETIVOS ..................................................................................................................... 14 2.1 – OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 14 2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 14 3 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 15 3.1 – PROCESSO DE ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) ................................................... 15 3.2 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CONCEPÇÃO ESTRUTURAL ............................... 17 3.3 – FÔRMAS PARA PILARES ........................................................................................... 19 3.4 – PRINCIPAIS SISTEMAS DE FÔRMAS PARA PILARES ......................................... 20 3.4.1 – Madeira ........................................................................................................................ 20 3.4.2 – Metal ............................................................................................................................ 25 3.4.3 – Papelão ......................................................................................................................... 27 3.4.4 – PVC .............................................................................................................................. 31 4 – METODOLOGIA ............................................................................................................ 34 5 – RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 36 5.1 – MODELAGEM DO PROBLEMA ................................................................................ 36 5.1.1 – Definição dos Critérios ................................................................................................ 36 5.1.1.1 – Número de Pilares ...................................................................................................... 38 5.1.1.2 – Regularidade das Dimensões ..................................................................................... 38 5.1.1.3 – Índice de Produtividade .............................................................................................. 38 5.1.1.4 – Acabamento ................................................................................................................ 39 5.1.1.5 – Fluidez do Concreto ................................................................................................... 39 5.1.1.6 – Controle de Estoque ................................................................................................... 40 5.1.1.7 – Especialização da Mão de Obra ................................................................................. 40 5.1.2 – Decomposição do Problema ......................................................................................... 40 5.2 – COLETA DE DADOS ................................................................................................... 41 5.2.1 – Entrevistado D01 .......................................................................................................... 41 5.2.2 – Entrevistado D02 .......................................................................................................... 47 5.2.3 – Entrevistado D03 .......................................................................................................... 52 5.2.4 – Entrevistado D04 .......................................................................................................... 57 5.3 – RESUMO DOS DADOS CONSISTENTES ................................................................. 62 5.4 – APLICAÇÃO .................................................................................................................68 6 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................... 71 6.1 – CONCLUSÕES .............................................................................................................. 71 6.2 – RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS ............................................. 72 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 73 APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO ....................................................................................... 76 LISTA DE FIGURAS Figura 3.1 – Estrutura Hierárquica Básica ............................................................................... 16 Figura 3.2 – Edificação com Estrutura Reticulada ................................................................... 18 Figura 3.3 – Edificação em Elementos Planos (Alvenaria Estrutural) ..................................... 18 Figura 3.4 – Igreja São Francisco de Assis – Belo Horizonte .................................................. 19 Figura 3.5 – Pilar circular com fôrma de madeira .................................................................... 22 Figura 3.6 – Encontro de viga e pilar – Fôrma de madeira – Pilar Retangular ........................ 22 Figura 3.7 – Detalhes de Colunas 1 .......................................................................................... 23 Figura 3.8 – Detalhes de Colunas 2 .......................................................................................... 23 Figura 3.9 – Pilar modulado metálico retangular ..................................................................... 26 Figura 3.10 – Fôrma circular metálica SH ............................................................................... 27 Figura 3.11 – Papel Kraft ......................................................................................................... 28 Figura 3.12 – Fôrma de Papelão ............................................................................................... 28 Figura 3.13 – Concretubo ......................................................................................................... 29 Figura 3.14 – Desenforma do concretubo ................................................................................ 30 Figura 3.15 – Modelos de Fôrmas de Papelão.......................................................................... 31 Figura 3.16 – Rib Loc para pilares ........................................................................................... 31 Figura 3.17 – Desenforma de pilares – Fôrma em tubo de PVC .............................................. 32 Figura 3.18 – Pilar circular com fôrma em PVC ...................................................................... 33 Figura 5.19 – Hierarquia do Problema ..................................................................................... 41 LISTA DE TABELAS Tabela 3.1 – Escala de julgamento de importância do método AHP ....................................... 16 Tabela 3.2 – Consumo de madeira serrada pela construção civil no estado de São Paulo ....... 21 Tabela 5.3 – Comparativo entre sistemas de fôrmas para pilar ................................................ 36 Tabela 5.4 – Dimensões Uniformes – Entrevistado D01 ......................................................... 41 Tabela 5.5 – Dimensões Variáveis – Entrevistado D01 ........................................................... 42 Tabela 5.6 – Acabamento Concreto Aparente – Entrevistado D01 .......................................... 42 Tabela 5.7 – Acabamento Pilar Revestido – Entrevistado D01 ............................................... 42 Tabela 5.8 – Acabamento Irregular – Entrevistado D01 .......................................................... 42 Tabela 5.9 – Concreto de Alta Fluidez – Entrevistado D01 ..................................................... 43 Tabela 5.10 – Concreto de Fluidez Moderada – Entrevistado D01 ......................................... 43 Tabela 5.11 – Concreto de Baixa Fluidez – Entrevistado D01 ................................................ 43 Tabela 5.12 – Estocagem Adequada – Entrevistado D01 ........................................................ 43 Tabela 5.13 – Estocagem Mediana – Entrevistado D01 ........................................................... 44 Tabela 5.14 – Estocagem Inadequada – Entrevistado D01 ...................................................... 44 Tabela 5.15 – MDO Muito Especializada – Entrevistado D01 ................................................ 44 Tabela 5.16 – MDO com Especialização Média – Entrevistado D01 ...................................... 44 Tabela 5.17 – MDO Pouco Especializada – Entrevistado D01 ................................................ 45 Tabela 5.18 – De 1 à 3 Pilares – Entrevistado D01 .................................................................. 45 Tabela 5.19 – De 4 à 30 Pilares – Entrevistado D01 ................................................................ 45 Tabela 5.20 – 31 ou mais Pilares – Entrevistado D01 .............................................................. 45 Tabela 5.21 – Produtividade Rápida – Entrevistado D01 ........................................................ 46 Tabela 5.22 – Produtividade Média – Entrevistado D01.......................................................... 46 Tabela 5.23 – Produtividade Lenta – Entrevistado D01 ........................................................... 46 Tabela 5.24 – Comparação entre Critérios – Entrevistado D01 ............................................... 46 Tabela 5.25 – Dimensões Uniformes – Entrevistado D02 ....................................................... 47 Tabela 5.26 – Dimensões Variáveis – Entrevistado D02 ......................................................... 47 Tabela 5.27 – Acabamento Concreto Aparente – Entrevistado D02 ........................................ 47 Tabela 5.28 – Acabamento Pilar Revestido – Entrevistado D02 ............................................. 47 Tabela 5.29 – Acabamento Irregular – Entrevistado D02 ........................................................ 48 Tabela 5.30 – Concreto de Alta Fluidez – Entrevistado D02 ................................................... 48 Tabela 5.31 – Concreto de Fluidez Moderada – Entrevistado D02 ......................................... 48 Tabela 5.32 – Concreto de Baixa Fluidez – Entrevistado D02 ................................................ 48 Tabela 5.33 – Estocagem Adequada – Entrevistado D02 ........................................................ 49 Tabela 5.34 – Estocagem Mediana – Entrevistado D02 ........................................................... 49 Tabela 5.35 – Estocagem Inadequada – Entrevistado D02 ...................................................... 49 Tabela 5.36 – MDO Muito Especializada – Entrevistado D02 ................................................ 49 Tabela 5.37 – MDO com Especialização Média – Entrevistado D02 ...................................... 50 Tabela 5.38 – MDO Pouco Especializada – Entrevistado D02 ................................................ 50 Tabela 5.39 – De 1 à 3 Pilares – Entrevistado D02 .................................................................. 50 Tabela 5.40 – De 4 à 30 Pilares – Entrevistado D02 ................................................................ 50 Tabela 5.41 – 31 ou mais Pilares– Entrevistado D02 ............................................................... 51 Tabela 5.42 – Produtividade Rápida – Entrevistado D02 ........................................................ 51 Tabela 5.43 – Produtividade Média – Entrevistado D02.......................................................... 51 Tabela 5.44 – Produtividade Lenta – Entrevistado D02 ...........................................................51 Tabela 5.45 – Comparação entre Critérios – Entrevistado D02 ............................................... 52 Tabela 5.46 – Dimensões Uniformes – Entrevistado D03 ....................................................... 52 Tabela 5.47 – Dimensões Variáveis – Entrevistado D03 ......................................................... 52 Tabela 5.48 – Acabamento Concreto Aparente – Entrevistado D03 ........................................ 52 Tabela 5.49 – Acabamento Pilar Revestido – Entrevistado D03 ............................................. 53 Tabela 5.50 – Acabamento Irregular – Entrevistado D03 ........................................................ 53 Tabela 5.51 – Concreto de Alta Fluidez – Entrevistado D03 ................................................... 53 Tabela 5.52 – Concreto de Fluidez Moderada – Entrevistado D03 ......................................... 53 Tabela 5.53 – Concreto de Baixa Fluidez – Entrevistado D03 ................................................ 54 Tabela 5.54 – Estocagem Adequada – Entrevistado D03 ........................................................ 54 Tabela 5.55 – Estocagem Mediana – Entrevistado D03 ........................................................... 54 Tabela 5.56 – Estocagem Inadequada – Entrevistado D03 ...................................................... 54 Tabela 5.57 – MDO Muito Especializada – Entrevistado D03 ................................................ 55 Tabela 5.58 – MDO com Especialização Média – Entrevistado D03 ...................................... 55 Tabela 5.59 – MDO Pouco Especializada – Entrevistado D03 ................................................ 55 Tabela 5.60 – De 1 à 3 Pilares – Entrevistado D03 .................................................................. 55 Tabela 5.61 – De 4 à 30 Pilares – Entrevistado D03 ................................................................ 56 Tabela 5.62 – 31 ou mais Pilares – Entrevistado D03 .............................................................. 56 Tabela 5.63 – Produtividade Rápida – Entrevistado D03 ........................................................ 56 Tabela 5.64 – Produtividade Média – Entrevistado D03.......................................................... 56 Tabela 5.65 – Produtividade Lenta – Entrevistado D03 ........................................................... 57 Tabela 5.66 – Comparação entre Critérios – Entrevistado D03 ............................................... 57 Tabela 5.67 – Dimensões Uniformes – Entrevistado D04 ....................................................... 57 Tabela 5.68 – Dimensões Variáveis – Entrevistado D04 ......................................................... 57 Tabela 5.69 – Acabamento Concreto Aparente – Entrevistado D04 ........................................ 58 Tabela 5.70 – Acabamento Pilar Revestido – Entrevistado D04 ............................................. 58 Tabela 5.71 – Acabamento Irregular – Entrevistado D04 ........................................................ 58 Tabela 5.72 – Concreto de Alta Fluidez – Entrevistado D04 ................................................... 58 Tabela 5.73 – Concreto de Fluidez Moderada – Entrevistado D04 ......................................... 59 Tabela 5.74 – Concreto de Baixa Fluidez – Entrevistado D04 ................................................ 59 Tabela 5.75 – Estocagem Adequada – Entrevistado D04 ........................................................ 59 Tabela 5.76 – Estocagem Mediana – Entrevistado D04 ........................................................... 59 Tabela 5.77 – Estocagem Inadequada – Entrevistado D04 ...................................................... 60 Tabela 5.78 – MDO Muito Especializada – Entrevistado D04 ................................................ 60 Tabela 5.79 – MDO com Especialização Média – Entrevistado D04 ...................................... 60 Tabela 5.80 – MDO Pouco Especializada – Entrevistado D04 ................................................ 60 Tabela 5.81 – De 1 à 3 Pilares – Entrevistado D04 .................................................................. 61 Tabela 5.82 – De 4 à 30 Pilares – Entrevistado D04 ................................................................ 61 Tabela 5.83 – 31 ou mais Pilares – Entrevistado D04 .............................................................. 61 Tabela 5.84 – Produtividade Rápida – Entrevistado D04 ........................................................ 61 Tabela 5.85 – Produtividade Média – Entrevistado D04.......................................................... 62 Tabela 5.86 – Produtividade Lenta – Entrevistado D04 ........................................................... 62 Tabela 5.87 – Comparação entre Critérios – Entrevistado D04 ............................................... 62 Tabela 5.88 – Resumo Dados Consistentes – Dimensões Uniformes ...................................... 63 Tabela 5.89 – Resumo Dados Consistentes – Dimensões Variáveis ........................................ 63 Tabela 5.90 – Resumo Dados Consistentes – Acabamento Concreto Aparente ...................... 63 Tabela 5.91 – Resumo Dados Consistentes – Acabamento Pilar Revestido ............................ 63 Tabela 5.92 – Resumo Dados Consistentes – Acabamento Irregular....................................... 63 Tabela 5.93 – Resumo Dados Consistentes – Concreto de Alta Fluidez ................................. 64 Tabela 5.94 – Resumo Dados Consistentes – Concreto de Fluidez Moderada ........................ 64 Tabela 5.95 – Resumo Dados Consistentes – Concreto de Baixa Fluidez ............................... 64 Tabela 5.96 – Resumo Dados Consistentes – Estocagem Adequada ....................................... 64 Tabela 5.97 – Resumo Dados Consistentes – Estocagem Mediana ......................................... 64 Tabela 5.98 – Resumo Dados Consistentes – Estocagem Inadequada ..................................... 65 Tabela 5.99 – Resumo Dados Consistentes – MDO Muito Especializada ............................... 65 Tabela 5.100 – Resumo Dados Consistentes – MDO com Especialização Média................... 65 Tabela 5.101 – Resumo Dados Consistentes – MDO Pouco Especializada ............................ 65 Tabela 5.102 – Resumo Dados Consistentes – De 1 à 3 Pilares .............................................. 65 Tabela 5.103 – Resumo Dados Consistentes – De 4 à 30 Pilares ............................................ 66 Tabela 5.104 – Resumo Dados Consistentes – 31 ou mais Pilares .......................................... 66 Tabela 5.105 – Resumo Dados Consistentes – Produtividade Rápida ..................................... 66 Tabela 5.106 – Resumo Dados Consistentes – Produtividade Média ...................................... 66 Tabela 5.107 – Resumo Dados Consistentes – Produtividade Lenta ....................................... 66 Tabela 5.108 – Resumo Dados Consistentes – Comparação entre Critérios ........................... 67 Tabela 5.109 – Tabela dos coeficientes de prioridade .............................................................. 67 Tabela 5.110 – Tabela Auxiliar ................................................................................................ 68 Tabela 5.111 – Aplicação – Passo 1 ......................................................................................... 69 Tabela 5.112 – Aplicação – Passo 2 ......................................................................................... 69 Tabela 5.113 – Aplicação – Passo 3 ......................................................................................... 70 Tabela 5.114 – Aplicação – Passo 4 ......................................................................................... 70 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AHP – Analytic Hierarchy Process DER – Departamentode Estradas de Rodagem NBR – Norma Brasileira PVC – Policloreto de Vinila OSB – Oriented Strand Board SindusCon – Sindicato da Industria da Construção Civil TCPO – Tabela de Composição de Preços para Orçamentos λmáx – Lambda Máximo CI – Índice de Consistência CR – Grau de Consistência MDO – Mão de Obra Nº – Número RESUMO O presente trabalho se propõe a construir, com base no método AHP – Analytic Hierarchy Process – desenvolvido por Saaty, uma metodologia de apoio à decisão na escolha do sistema de fôrmas para pilares de concreto. A estrutura hierárquica foi definida em quatro níveis (objetivo geral, critérios, subcritérios e alternativas). Os critérios e subcritérios foram definidos com base na bibliografia e opinião do autor. Os pesos da estrutura hierárquica foram estipulados por quatro especialistas através de questionário. O resultado final do trabalho é uma tabela de coeficientes de prioridade calculados pela combinação linear ponderada entre os julgamentos. Após a construção da tabela foi realizada uma aplicação a título de ilustração do seu modo de utilização em um caso convencional fictício. Palavras-chave: Fôrmas. AHP. Multicritérios. 13 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS O ramo da construção civil, segundo a literatura, é um dos setores que mais consome insumos e recursos na atualidade, é também este que lidera os rankings de desperdício de insumos no Brasil. Segundo Faria (2006), uma pesquisa feita por 16 universidades brasileiras obteve como resultado uma taxa de perdas, em volume, de 28% dos insumos aplicados no setor, representando 5% dos recursos financeiros aplicados. Os sistemas de fôrmas, compostos por molde, escoramento e travamento, estão entre os itens que mais consomem tempo de execução como também recursos financeiros, humanos e materiais. Mesmo com uma grande variedade de sistemas disponíveis no mercado é preciso observar que cada obra possui algumas peculiaridades que precisam ser consideradas no momento de aquisição deste sistema. 1.2 JUSTIFICATIVA Segundo Nakamura (2003), na construção de edifícios o conjunto fôrma-escoramento pode representar cerca de 45% do valor gasto com toda a estrutura. Só esta afirmação já seria suficiente para dedicar muita atenção à escolha do sistema utilizado. Porém esse é apenas um dos aspectos que o sistema de fôrmas influencia, além do custo direto, também pode ser responsável por boa parte do dispêndio de tempo, recursos ambientais e humanos. Portanto não se pode comparar apenas o custo de aquisição, mas sim realizar um comparativo geral, tanto com o preço quanto com as questões operacionais, estéticas, ambientais, entre outros critérios. Um exemplo disso seria uma fôrma mal executada que pode gerar gastos até o final do processo construtivo, Farinha (2005) cita o caso de um pilar fora de prumo, o qual necessitaria de muito esforço e insumos além do previsto para poder “arrumá- lo”, e ainda assim apenas esteticamente, pois sua resistência não seria a mesma se comparada a de um pilar corretamente executado. É perceptível que a comparação dos tipos de fôrmas não é uma tarefa simples e leva em conta diversos aspectos, tanto técnicos quanto pessoais, e é em vista disso que este estudo vem para propor uma metodologia que auxilie o leitor. Dentre os diversos métodos multicritérios de apoio à decisão utilizou-se o método de análise hierárquica (AHP), pois, além de considerar diversos critérios e níveis hierárquicos, também leva em conta aspectos quantitativos, qualitativos e pessoais. Entretanto a principal característica do método é a redução da subjetividade no momento da escolha, trazendo mais segurança ao usuário. 14 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL O trabalho tem como objetivo geral propor uma metodologia de apoio à decisão na escolha do sistema de fôrmas para pilares utilizando o processo de análise hierárquica. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Para alcançar o objetivo geral é necessário o delineamento dos seguintes objetivos específicos: Decompor o problema hierarquicamente; Ponderar cada elemento da estrutura hierárquica por meio de comparações paritárias baseadas na opinião de especialistas; Construir um modelo de apoio à decisão; Realizar aplicação da proposta para um caso convencional fictício. 15 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A revisão bibliográfica apresentada a seguir demonstra conceitos sobre a metodologia de apoio ao sistema de decisão que será utilizado, o tipo de edificação que utiliza pilares circulares e as fôrmas empregadas na produção destes, seus diferentes sistemas e materiais. 3.1 PROCESSO DE ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) Segundo Saaty & Vargas (2012) o Processo de Análise Hierárquica, do inglês Analytic Hierarchy Process (AHP), é um método para a tomada de decisão. Foi concebido para lidar tanto com o racional quanto com a intuição para assim selecionar a melhor alternativa a partir de certo número de opções avaliadas no que diz respeito a vários critérios. O usuário realiza simples julgamentos de comparação que são então usados para desenvolver as prioridades gerais e assim classificar as alternativas por ordem de prioridade. A ferramenta AHP é um dos métodos mais utilizados nos dias de hoje como apoio a tomada de decisões, ela decompõe as diversas variáveis que envolvem a escolha em fatores e subfatores até níveis que possam ser facilmente dimensionáveis, definindo a importância percentual de cada fator. A precisão da ferramenta depende tanto dos dados levantados quanto da experiência profissional do tomador de decisões. (OLIVEIRA; MARTINS 2015) Para Marins, Souza e Barros (2009) o método agrega um valor significativo na tomada de decisão, na medida em que não somente permitem a abordagem de problemas considerados complexos e, não tratáveis pelos procedimentos intuitivo-empíricos usuais, bem como conferem, ao processo de tomada de decisão, grande clareza e consequentemente transparência. Costa (2002) divide a elaboração do procedimento em três partes: Construção de hierarquias – A decisão é estruturada em níveis hierárquicos, sendo que o primeiro nível corresponde ao objetivo geral do problema, o segundo nível aos critérios, podendo ser dividido em subcritérios, e no terceiro nível as alternativas (Figura 3.1). 3 – Revisão Bibliográfica 16 Figura 3.1 – Estrutura Hierárquica Básica Fonte: (MARINS; SOUZA; BARROS 2009) Definição de prioridades – Nesta etapa ocorrem os julgamentos paritários, de modo que dado um critério, o decisor compara duas alternativas e avalia qual delas é mais satisfatória em relação à outra. (OLIVEIRA; MARTINS 2015) Na comparação das alternativas são definidos pesos para indicar qual o nível de importância da mesma sobre as alternativas de nível inferior (Tabela 3.1). Com essa intensidade de importância e através de cálculos matriciais são feitas as devidas interações chegando assim a uma escala de opções mais favoráveis. Tabela 3.1 - Escala de julgamento de importância do método AHP Fonte: (OLIVEIRA; MARTINS 2015) Consistência lógica – A última etapa está relacionada, ainda segundo Costa (2002), com a habilidade do ser humano de relacionar de forma coerente 3 – Revisão Bibliográfica 17 objetos e ideias, desta forma o método AHP calcula o nível de consistência dos julgamentos realizados pelo decisor e assim avalia se estes precisam ser refeitos ou descartados. Para que o julgamento possa ser considerado consistente o grau de consistência (CR) não pode ser superior a 0,1 (SAATY e VARGAS, 2012). De modo garantir a eficácia do método Saaty e Vargas (2012) descrevemquatro axiomas que devem ser seguidos no método AHP: Reciprocidade: A intensidade de preferência deverá seguir a regra da reciprocidade, ou seja, se A é X vezes mais preferível que B, logo B é 1/X vezes mais preferível que A. Se não for constatado este axioma no método, a pergunta feita no julgamento não está correta. Homogeneidade: Indica a existência de uma escala limitada, com limite superior de 9, sendo que os elementos de um mesmo nível hierárquico devem estar na mesma ordem de magnitude, caso contrário os elementos estão agrupados em grupos errados. Independência: Sugere que os critérios tidos como preferenciais devem obrigatoriamente ser independentes das propriedades das alternativas. Expectativa: O problema deve ter todos os critérios de julgamento elencados. 3.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CONCEPÇÃO ESTRUTURAL Dentre as diversas áreas de atuação da Engenharia Civil destaca-se o estudo das estruturas. Estas podem ser classificadas quanto à concepção estrutural, ou seja, quanto a forma de transmissão dos esforços em: Reticulada; Elementos Planos; Outras (Cascas, pneumáticas, etc.). Segundo Barros e Melhado (2006) a estrutura reticulada é aquela em que a transmissão de esforços ocorre por elementos singulares, são as edificações mais tradicionais (Figura 3.2), compostas por pilares, vigas, etc. Já na estrutura por elementos planos a transmissão de esforços ocorre de forma distribuída, como o próprio nome indica, através de 3 – Revisão Bibliográfica 18 planos de cargas, é a segunda ocorrência mais usual atualmente, como no caso de alvenaria estrutural (Figura 3.3) ou paredes maciças em concreto. Figura 3.2 – Edificação com Estrutura Reticulada Fonte: <http://metroform.com.br/blog/?p=144> Acesso: 13 de julho de 2015 Figura 3.3 – Edificação em Elementos Planos (Alvenaria Estrutural) Fonte: <http://metroform.com.br/blog/?p=103> Acesso: 13 de julho de 2015 Existem outros tipos de estruturas que transmitem os esforços de maneiras diferenciadas. Um exemplo destas outras estruturas é a casca (Figura 3.4), que pode ser definida como “uma superfície contínua onde a espessura é bem menor que as outras dimensões” (MEIRELLES; DINIS; MEDRANO, 2009). 3 – Revisão Bibliográfica 19 Figura 3.4 – Igreja São Francisco de Assis – Belo Horizonte Fonte: <http://portalarquitetonico.com.br/igreja-da-pampulha/> Acesso: 13 de julho de 2015 Como explicitado anteriormente, as edificações com estrutura reticulada são as que utilizam pilares, dentre estes o pilar com seção transversal circular. Quando o mesmo é fabricado em concreto armado moldado in loco, surge à necessidade da utilização de fôrmas em sua execução na obra, tema que será estudado a seguir. 3.3 FÔRMAS PARA PILARES Resumidamente para Assahi (2005 apud AZEVEDO, 2008) fôrma é o molde provisório que tem a função de dar ao concreto fresco a geometria e textura desejada, e cimbramento é o “conjunto de elementos-suporte que garantem o apoio consistente, indeformável, resistente às intemperes, às cargas de peso próprio do concreto e das fôrmas, inclusive às cargas decorrentes da movimentação operacional, de modo a garantir total segurança durante as operações de concretagem das unidades estruturais.” (DER-SP 2013 apud COSTA, 2014). Assahi ainda completa explicando que o sistema de fôrmas é o conjunto completo das peças que a compõem, incluindo a fôrma, cimbramento, escoramento remanescente, equipamento de transporte, etc. As fôrmas precisam respeitar uma série de características e precauções essenciais ao seu funcionamento ideal, essas características são apontadas pelas normas NBR 14931/2004 (Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento) e NBR 15696/2009 (Fôrmas e escoramentos para estruturas de Concreto – Projeto, dimensionamento e procedimentos executivos). 3 – Revisão Bibliográfica 20 Entre outras características, pode-se citar: Resistência às ações a que possa ser submetido durante o processo de construção; Rigidez suficiente para assegurar que as tolerâncias especificadas para a estrutura sejam satisfeitas e a integridade dos elementos estruturais não seja afetada; A retirada do escoramento e das formas deve ser efetuada sem choques e obedecer ao plano de desforma elaborado de acordo com o tipo da estrutura; Ser suficientemente estanques, de modo a impedir a perda de pasta de cimento, admitindo-se como limite o surgimento do agregado miúdo da superfície do concreto; Ter regularidade geométrica; Baixa aderência ao concreto; Não influenciar nas características do concreto, por exemplo, absorvendo parte da água de hidratação do cimento. Em resumo os sistemas fôrmas devem ter resistência adequada, boa estabilidade, travamento perfeito para que o pilar se mantenha em prumo e com a geometria desejada e não causarem qualquer tipo de reação com o concreto seja aderindo-se a ele ou alterando alguma de suas características. 3.4 PRINCIPAIS SISTEMAS DE FÔRMAS PARA PILARES As fôrmas são elementos que conferem aos pilares características essenciais à execução de elementos estruturais moldados in loco como, por exemplo, prumo, nível, esquadro e alinhamento. Em pilares com seção transversal circular os conceitos se mantêm e, da mesma forma, se faz necessário um estudo aprofundado sobre cada um destes procedimentos para que se possa fazer a escolha ideal. Papelão, madeira, aço e PVC. Há diferentes sistemas e materiais disponíveis para executar pilares redondos e de formatos especiais. A escolha da solução mais adequada depende de análise técnica, estética e, principalmente, econômica. (NAKAMURA, 2008) 3.4.1 Madeira Conhecida por ser um dos materiais mais utilizados na construção civil, a madeira também assume a liderança quando se trata de fôrmas, seja por costume, prévio domínio pela 3 – Revisão Bibliográfica 21 mão de obra, facilidade de obtenção ou efetiva economia em seu uso. Fabricadas em compensado ou OSB – Oriented Strand Board - as fôrmas em madeira ocupam uma grande fatia do mercado, como demonstra um estudo sobre o consumo de madeira no estado de São Paulo (Tabela 3.2) um terço da madeira gasta na construção civil em 2001 no estado foi utilizado em sistemas de fôrmas. (SOBRAL et al. 2002 apud SindusCon, 2009) Tabela 3.2 – Consumo de madeira serrada pela construção civil no estado de São Paulo Usos na Construção Civil Consumo % Estrutura de Cobertura 50% Andaimes e formas para concreto 33% Forros, pisos e esquadrias 13% Casas pré-fabricadas 4% Total 100% Fonte: SOBRAL et al. 2002 apud SindusCon, 2009 A madeira compensada é obtida com a colagem de lâminas de madeira sobrepostas, com fibras perpendiculares, tem grande resistência física e mecânica. Já o OSB veio para substituir o compensado, fabricado em maneiras de menor qualidade tem suas dimensões definidas pelo tipo de tecnologia aplicada na fabricação, diferente do compensado que depende do tamanho das toras (MACEDO, 2014). Segundo Morikawa (2003): “Os painéis são formados por chapas de madeira compensada ligadas por sarrafos. O seu travamento e prumo se dá por meio de gravatas, gastalho e mão francesa, amarrados por tensores. Para pilares circulares ou especiais, utilizam-se sarrafos de 2,5 x 5 cm forrados por chapa de zinco e estruturados por combinação de chapa e sarrafos denominados de "cambota" travados por gravatas e mão francesa.” 3 – Revisão Bibliográfica 22 Figura 3.5 – Pilar circular com fôrma de madeira Fonte: Revista TÉCHNE 137 – Agosto 2008 Figura 3.6 – Encontro de viga e pilar – Fôrma de madeira – Pilar RetangularFonte: http://francaconstrucoespa1.xpg.uol.com.br/formas-de-madeira-para-moldar-vigas-e-pilares.html Acesso: 25 de abril de 2016 Existem de modo geral três principais maneiras de se utilizar deste sistema (Figura 3.5 e Figura 3.6), primeiro pela fabricação in loco, segundo pela compra dos sistemas prontos ou ainda pela terceirização do serviço por uma empresa especializada na fabricação deste tipo de fôrmas. 3 – Revisão Bibliográfica 23 As fôrmas fabricadas in loco demandam um grande espaço no canteiro bem como mão-de-obra especializada, tanto para que seja moldada de maneira adequada quando para que a desenforma seja do modo mais proveitoso possível, permitindo assim a reutilização de boa parte do material. A madeira, por ser amplamente utilizada na construção há anos, possui ótimas referencias quando se trata de normatização e testes de qualidade, ou seja, não há mais duvidas quanto a qualidade da mesma, se bem executada, e quando as exigências de resistência e controle de qualidade. A seguir são demonstrados desenhos técnicos do detalhamento de pilares circulares em fôrmas de madeira (Figura 3.7 e 3.8): Figura 3.7 – Detalhes de Colunas 1 Figura 3.8 – Detalhes de Colunas 2 Fonte: AZEREDO, 1997 Fonte: AZEREDO, 1997 O uso consciente da madeira é uma maneira de racionalização do sistema, e a fôrma de madeira atualmente cumpre esse papel, pois uma das grandes vantagens deste tipo é a quantidade de reutilizações, que pode chegar a 30 utilizações se bem executada (Marton, 2013 apud Santos, 2013). Outras características importantíssimas da fôrma de madeira são a alta capacidade de suporte de carga e uma grande flexibilidade em relação às dimensões possíveis (NAZAR e MORIKAWA, 2008 apud NAKAMURA, 2008). Porém em contra ponto à boa resistência mecânica, domínio pela mão-de-obra e grande disponibilidade no mercado local o sistema de fôrmas em madeira para ser viável 3 – Revisão Bibliográfica 24 necessita de grandes cuidados quanto ao travamento, prumo e uma prévia especificação dos materiais e sistemas a serem utilizados, como afirma Nakamura (2007). Assim como em pilares retangulares, as fôrmas de madeira para pilares redondos podem ser confeccionadas em madeira compensada ou OSB, porém tanto em um quanto em outro caso a fôrma não deixa uma superfície lisa e perfeitamente circular, devido ao fato de ser modulada com pequenas fatias planas de madeira o pilar fica com uma aparência irregular e necessita de uma grossa camada de revestimento para moldá-lo e preparar a superfície para a pintura. Outro cuidado que deve ser tomado é no momento da desenforma, pois é aí quando ocorre a maior parte dos danos nas fôrmas de madeira, se danificada o número de reutilizações pode cair de 30 para até mesmo uma única vez, o que diminui e muito a vantagem de se utilizar madeira. Em um edifício, a construção de um pavimento atípico, o item fôrma, com fôrmas que terão apenas uma utilização, por alcançar até 50% do orçamento, já em um pavimento tipo, aonde elas podem ser mais bem aproveitadas, esse valor pode cair para apenas 5% (JÚNIOR; ASSAHI; NAZAR apud NAKAMURA, 2007). Hoje em dia há uma tendência em racionalizar o sistema de fôrmas em madeira para pilares circulares adotando um projeto de fôrmas no qual se descreve exatamente as dimensões de cada peça a ser montada e sua posição ideal, esse projeto também descreve o passo-a-passo da desenforma de maneira a aproveitar o maior número de utilizações possíveis. Segundo Barros e Melhado (2006) essa é a melhor maneira de se economizar com o sistema, pois além de facilitar a fabricação da fôrma também interfere na montagem, descrevendo tanto o molde quanto o escoramento e o reescoramento. É importante destacar que, segundo Chade (apud Nakamura, 2007) existe atualmente uma propensão maior a se fazer concretos mais fluidos, ou seja, com slump mais alto e isso interfere diretamente nas características da fôrma. Salienta-se que a fôrma de madeira possui estanqueidade menor que os demais tipos devido às frestas que possui, e dependendo do tipo de concreto que será utilizado na obra é necessário uma analise mais aprofundada sobre esse fator. Muito embora o sistema exija grande controle e atenção da equipe de planejamento e engenharia, ainda é uma solução muito viável principalmente nos pequenos centros, pois, na 3 – Revisão Bibliográfica 25 maioria das vezes, não possuem opções variadas de fôrmas quando se trata de pilares e o transporte de materiais de outras cidades pode tornar outros métodos inviáveis. 3.4.2 Metal Fôrmas metálicas para estruturas simples, reticuladas, não são nenhuma novidade no Brasil, é um sistema que foi introduzido no mercado brasileiro na década de 80 e nos últimos anos vem conquistando cada vez mais público. Segundo Obata (1996 apud Farinha, 2005) os sistemas metálicos tornam a área de trabalho mais limpa, com peças mais esbeltas despoluindo a visão de quem caminha pela obra. Tirando aquela má impressão de paliteiro que geralmente é deixada pelo sistema tradicional, de madeira. O sistema metálico para fôrmas surgiu na realidade para suprir um problema bem específico, aprimorar a execução de obras de grande porte nas quais não era possível, ou viável, a utilização de qualquer outro sistema, como por exemplo, hidrelétricas. Após isso o metal ganhou grande destaque em meio às empresas de Engenharia, pois se verificou a não necessidade de mão-de-obra especializada, a velocidade de execução, limpeza do ambiente de trabalho – diminuindo até mesmo o número de acidentes – e a diminuição do espaço de armazenamento. Essa praticidade é encontrada tanto no tempo de execução do pilar, que é extremamente reduzido, quanto nos processos pós-concretagem, pois deixa a estrutura com uma superfície perfeitamente lisa e preparada para receber o acabamento, não necessitando ainda de revestimento se a intenção for concreto aparente, essa vantagem diminui valor quando somado o custo final do processo. O sistema tradicional é composto por peças articuladas que podem executar pilares com seção retangular de diversas dimensões, justamente por serem ajustáveis. Já o sistema para pilares circulares, chamado de cofragem, é composto por duas meia-luas metálicas que se unem com um travamento simples utilizando parafusos e utiliza um escoramento próprio do sistema através de hastes metálicas. Dentre todos os sistemas, o metálico é o que mais perde vantagens ao comparar pilares retangulares com circulares, porém a mais expressiva é a regulagem de dimensionamento do pilar. Enquanto uma empresa pode adquirir algumas fôrmas metálicas para pilares retangulares e estas podem ser utilizadas em uma variedade enorme de dimensões, pois são 3 – Revisão Bibliográfica 26 ajustáveis (Figura 3.9), as fôrmas circulares não são ajustáveis, o que significa que ela tem uma dimensão fixa e somente será utilizada com este diâmetro. Figura 3.9 – Pilar modulado metálico retangular Fonte: Catálogo Técnico PERI 2000 apud FARINHA, 2005 Esse fato, somado ao elevado custo de compra desse sistema o torna extremamente inviável, excepcionalmente em caso aonde a empresa trabalhe repetidamente com pilares de diâmetros iguais, no qual possa se aplicar a homogeneização no dimensionamento das peças estruturais e apenas se faça alteração na quantidade ou bitola do ferro empregado. Conforme os engenheiros Nazar e Morikawa (apud Nakamura, 2008) o sistema de fôrmas metálico (Figura 3.10) para pilares circulares é constituído de módulos em forma de meia-luae possui escoramentos próprios. Nazar (2007) afirma: “Para pilares, esse sistema tem excelente funcionamento quando [...] não possuem vigas, que cheguem a sua seção. Caso contrário, são necessárias adaptações custosas e quase sempre com resultados decepcionantes [...]”. O mesmo afirma Correa (apud Nakamura, 2003) afirma que dependendo da estrutura o custo pode se elevar ainda mais, no caso de existirem, por exemplo, vigas a mais, é necessário cerca de cinco vezes mais mão-de-obra devido as aberturas para receber as vigas no topo do pilar. 3 – Revisão Bibliográfica 27 Figura 3.10 – Fôrma circular metálica SH Fonte: SH – Catálogo de equipamentos (2015) É um material expressivamente caro, porém extremamente durável, chega a atingir um número de 60 reutilizações, de 2 a 3 vezes mais que a madeira, sem levar em conta que a madeira pode ser reutilizada, mas partes de seu sistema precisam ser substituídas, já no metálico o sistema permanece totalmente usual do começo ao fim. Possui ótima resistência contra intempéries, e boa resistência mecânica. Muito embora a fôrma metálica não pareça atraente, há no mercado uma opção que vem alcançando cada vez mais consumidores, são os alugueis de fôrmas. Segundo Nazar (2007) tudo depende do ritmo da obra, ou seja, se existe uma grande quantidade de pilares para serem executados em um curto espaço de tempo o aluguel se torna extremamente viável, entretanto se esta mesma quantidade de pilares serão executados ao longo de muitos meses o aluguel do sistema acaba por atingir um alto custo. As velocidades de montagem e desenforma chegam a serem maiores que a da fôrma de papelão, demanda uma quantidade bem pequena de mão de obra para sua efetiva montagem, porém o transporte é mais difícil devido ao peso elevado. Podendo ser em aço e alumínio, são fôrmas que possuem ótimo custo benefício, entretanto por ser em formato circular perde boa parte desta vantagem já que o diâmetro é fixo, assim devendo se adquirir uma para cada tamanho de pilar. 3.4.3 Papelão Fabricadas em papel Kraft (Figura 3.11) e semi-Kraft, enrolado de maneira helicoidal, as fôrmas de papelão, embora pouco conhecidas na região norte do país, já são fabricadas no 3 – Revisão Bibliográfica 28 Brasil a mais de 40 anos e possuem um amplo mercado principalmente na região sul e sudeste. O papel Kraft é definido por Sékula (2011) como aquele produzido com polpa de madeira e cuja característica principal é sua resistência mecânica. Já o Semi-Kraft é produzido de material reciclado, denegrindo algumas características e melhorando outras. Figura 3.11 – Papel Kraft Fonte: Tubominas (2015) As formas de papelão (Figura 3.12) são tubos cilíndricos com revestimento externo impermeabilizado e internamente com papel especial não aderente ao concreto, conforme a empresa DIMIBU (2015), fabricante deste tipo de fôrma a mais de 45 anos Figura 3.12 – Fôrma de Papelão Fonte: DIMIBU – Catálogo 2015 3 – Revisão Bibliográfica 29 A fôrma de papelão (Figura 3.13) por ser feita em papel Kraft e semi-Kraft faz dela a mais leve dentre todas sem deixar a resistência mecânica de lado, suporta muito bem as cargas de empuxo do concreto e precisa de um travamento simples, não necessita de contraventamento. O concretubo já vem pronto para a instalação, ou seja, é um tipo de fôrma extremamente fácil de trabalhar (MORIKAWA, 2003). Figura 3.13 – Concretubo Fonte: < http://www.portaldosequipamentos.com.br/prod/e/concretubo-dimibu_1405_13556#> É um material leve, de fácil transporte, montagem e desenforma simples, o que exige menos mão-de-obra, barateando o sistema, produz uma superfície perfeitamente lisa e própria para estruturas de concreto aparente. Segundo Morikawa (2003), “para o seu travamento e escoramento, pode usar pontaletes, mão francesa ou cimbramento metálico, e não necessita de contraventamento”. Sua desenforma ocorre de forma destrutiva (Figura 3.14), causando tanto vantagens quanto desvantagens. Primeiramente é necessário ressaltar o benefício que isso trás para a obra, pois devido a essa desenforma o processo é extremamente rápido e não necessita de mão-de-obra especializada. Em contra ponto existe uma grande desvantagem envolvida, a fôrma de papelão só é utilizada uma única vez, já indicando que, por exemplo, para obras em que existem muitos pilares o concretubo não é indicado, pois encarece o custo final da construção. 3 – Revisão Bibliográfica 30 Figura 3.14 – Desenforma do concretubo Fonte: MORIKAWA, 2003 Porém apesar de todas as vantagens deve-se tomar cuidado com o armazenamento, que deve ter muita atenção para não se inutilizar o material, segundo o boletim técnico do fabricante Tubominas (2015) as fôrmas não podem ficar expostas às intempéries da natureza, não podem ser molhadas e devem ser armazenadas na vertical para evitar amassamentos. O Tubo é estanque e não absorve a água do concreto, porém é preciso atentar às extremidades dele para que no momento da concretagem não haja deslocamento e consequentemente vazamento de concreto. A fôrma de papelão é extremamente adaptável, ou seja, se o pilar encontrar muitas vigas isso não aumentará em nada o custo da fôrma, pois basta cortar o molde de maneira a receber a viga. Os procedimentos pós-concretagem são mínimos, ainda mais simples que os da fôrma metálica, pois a desenforma é mais rápida e da mesma maneira que a de metal, a superfície fica perfeitamente lisa e pronta para receber tratamento ou ser deixada em concreto aparente. (DIMIBU, 2015) Quando surgiu no Brasil na década de 70, só havia modelos para pilares circulares, porém ao decorrer dos anos um novo método surgiu, e com o preenchimento em isopor hoje 3 – Revisão Bibliográfica 31 se tem mais de 40 modelos de pilares, para seção quadrada, retangular, hexagonal, como ilustrados na Figura 3.15, entre vários outros modelos. Figura 3.15 – Modelos de Fôrmas de Papelão Fonte: DIMIBU – Catálogo 2015 A variedade de dimensões e formatos é grande e permite ao construtor realizar diversos tipos de edificações com praticidade e velocidade. O custo é relativamente baixo, porém perde se comparado a fôrmas que tem uma quantidade de reutilizações grande, então seu custo-benefício deve ser analisado caso a caso. 3.4.4 PVC Semelhante à fôrma de papelão descrita anteriormente o sistema é baseado em dois tipos, um em tiras de policloreto de polivinila (PVC) nervuradas enroladas de maneira helicoidal e coladas quimicamente e outro em tubos de PVC que são utilizados como molde, travados com peças de madeira. Estes conjuntos de fôrmas são muito leves, segundo Nakamura (2007): “O baixo peso do sistema (uma fôrma de 600 mm pesa menos de 9 kg/m²) permite que as peças possam ser transportadas manualmente”. Figura 3.16 – Rib Loc para pilares Fonte: TIGRE, 2003 apud MORIKAWA, 2003 3 – Revisão Bibliográfica 32 Esse tipo de fôrma, também conhecido como Rib Loc (Figura 3.16), tem uma maior resistência aos esforços aos quais as fôrmas para pilares estão submetidas, o que faz deles mais fáceis de trabalhar, pois evita perdas de material no transporte e agiliza o processo de execução do pilar. Figura 3.17 – Desenforma de pilares – Fôrma em tubo de PVC Fonte: O autor Disponível somente para pilares com seção circular (Figura 3.17) possui uma variação de diâmetros de até 150 cm. São utilizadas de maneira descartável, pois sua desenforma é de maneira destrutiva, geralmente executada de duas formas: com o desenrolamento das tiras de PVC utilizando alicate e estilete ou fazendo cortes longitudinais no pilar com o uso de serracircular, porém este segundo método, apesar de mais rápido, deixa a marca do corte no pilar que geralmente se corrige no revestimento. 3 – Revisão Bibliográfica 33 Figura 3.18 – Pilar circular com fôrma em PVC Fonte: Revista TÉCHNE 137 – Agosto 2008 Para Morikawa (2003) as fôrmas de PVC (Figura 3.18) muito embora só sirvam para pilares com seção circular possuem uma maior resistência mecânica que as de papelão. O Material também agrega outra grande vantagem à forma, é extremamente resistente às intempéries, consequentemente permite seu armazenamento ao ar livre. Assim como em outros sistemas de fôrmas, a grande facilidade deste material em montagem e desenforma permite sua utilização sem que a mão-de-obra seja especializada. Entretanto sua leveza deve ser vista como vantagem com cautela, pois necessita de um bom travamento para que no lançamento do concreto a fôrma não saia do prumo. Para não interferir em sua estanqueidade os fabricantes não recomendam o uso de pregos na execução do travamento, a mesma recomendação é feita em fôrmas de papelão. O PVC é um material que funciona extremamente bem com o concreto, pois não provoca nenhum tipo de reação e possui fácil desenforma, é leve e ao mesmo tempo rígido. Confere bom acabamento ao pilar, com a exceção já mencionada de deixar a marca do corte da fôrma, o que permite uma boa velocidade na continuidade dos serviços. 34 4 METODOLOGIA Inicialmente foi feita uma revisão da literatura a fim de conceituarem-se os principais sistemas de fôrmas existentes para pilares de concreto armado e também conceituando o Processo de Análise Hierárquica (AHP) de apoio à tomada de decisão. Seguindo a metodologia de Saaty e Vargas (2012) o problema foi hierarquizado em 4 níveis, sendo o primeiro composto pelo objetivo a ser atingido, “escolha do sistema de fôrmas para pilares de concreto”, o segundo pelos critérios, definidos como sendo: A regularidade das dimensões, o acabamento desejado do pilar, a fluidez do concreto, a qualidade do armazenamento, especialização da mão de obra, número de pilares da obra e índice de produtividade do sistema, escolhidos com base em Ary (apud Nakamura 2014), Nazar (2007) e Comunidade da Construção (2015). Ainda com base nos autores já citados foram definidos os subcritérios que compõem o terceiro nível. Já o quarto nível contém as alternativas, que dentre as várias disponíveis no mercado foram escolhidos os sistemas de fôrmas de madeira maciça, fôrmas metálicas, de papelão e PVC. Para a ponderação de cada elemento da hierarquia proposta foi elaborado um questionário comparando par a par cada critério para que especialistas pudessem fazer os julgamentos necessários para o método AHP. Foram então selecionados 5 especialistas com experiência e conhecimento nos 4 tipos de fôrmas citados nesta pesquisa para que pudessem embasar o cálculo da importância de cada critério, os coeficientes de importância foram calculados através do software Assistat, o qual também calcula a consistência ou inconsistência das respostas e assim se as respostas forem consideradas inconsistentes, segundo o método, ou seja, se o grau de consistência resultar em um valor maior que 0,1, são descartadas. Foi então construído o modelo de solução, utilizando a metodologia de combinação linear ponderada, através da fórmula: 𝑝𝑎 =∑𝑤𝑖𝑥𝑖𝑗 Onde 𝑤𝑖 é o peso de cada critério, 𝑥𝑖𝑗 são os pesos de cada subcritério e 𝑝𝑎 é a ordem de prioridade de cada alternativa, formando então a matriz de prioridade composta por (𝑝𝑎, 𝑝𝑏 , 𝑝𝑐, 𝑝𝑑). Então foi elaborada de uma tabela de coeficientes de importância no qual o 4 – Metodologia 35 leitor adequa seu caso concreto em uma situação prevista pela metodologia e encontra o nível de prioridade de cada um dos quatro sistemas. Posteriormente a metodologia foi aplicada em caso fictício envolvendo uma residência unifamiliar de um pavimento, com um número pequeno de pilares e mão de obra com pouca especialização, tratando assim de um caso bem rotineiro da construção civil. 36 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Os sistemas de fôrmas para pilares de concreto armado podem interferir sobretudo no custo final da obra, se faz necessário então aplicar os conceitos do método de análise hierárquica e das boas práticas da engenharia, para que se possa identificar e selecionar o sistema mais eficiente para cada caso e assim edificar de maneira econômica e eficaz. Em pesquisa bibliográfica o autor constatou a grande diversidade de possibilidades em que um ou outro sistema pode se tornar o mais eficiente e assim pode acabar sendo o escolhido para a execução da obra. Ponderando as possibilidades foi elaborada uma tabela (Tabela 5.3) elencando as principais vantagens e desvantagens, as quais interferirão diretamente na escolha do método mais eficaz em cada caso. Tabela 5.3 - Comparativo entre sistemas de fôrmas para pilar Tipos Nº Usos Especialização Da Mão-de-obra Custo Tempo Travamento Acabamento Recomendações¹ Madeira Até 30 Alta Médio Lento Muito Regular Várias utilizações. Metálica Até 60 Baixa Alto Rápido Pouco Ótimo Poucas utilizações em período equivalente ou menor que um mês. (Aluguel) Papelão 1 Média Baixo Rápido Médio Ótimo Poucas utilizações em período maior que um mês. (Compra) PVC 1 Média Baixo Rápido Médio Bom Poucas utilizações em período maior que um mês. (Compra) ¹ Recomendações feitas por Nazar (2007) Fonte: Elaborado pelo autor 5.1 MODELAGEM DO PROBLEMA Visto que a meta global é estimar o nível de eficiência de cada sistema de fôrmas para pilares de concreto, então há a necessidade de se definir os critérios que interferem na seleção e eficiência dos sistemas. 5.1.1 Definição dos Critérios A bibliografia indica alguns dos critérios mais importantes que se deve levar em conta no ato da seleção do melhor sistema de fôrmas. Ary (apud Nakamura, 2014) cita como 5 – Resultados e Discussões 37 exemplos: A leveza do material de constituição da fôrma, a facilidade de montagem e desenforma, se o sistema é autoalinhável, qualidade e adaptabilidade do sistema, flexibilidade geométrica e por fim se o sistema é resistente e seguro. Segundo a Comunidade da Construção (2015) os critérios mais importantes são a concepção arquitetônica e estrutural, o planejamento, que inclui ritmo da obra e sequência de execução dos trabalhos, o tipo do concreto, o custo final do sistema juntamente com a verificação de se o mesmo está disponível no mercado local, o número de reutilizações, equipamento e espaço no canteiro para movimentar e estocar os materiais de composição da fôrma, a produtividade do sistema bem como o desperdício de material e principalmente a segurança para os trabalhadores. Nazar (2007) ainda acrescenta a importância de se verificar o número de utilizações em relação ao intervalo de tempo entre elas, gerando assim um importante argumento sobre quando se deve alugar ou comprar um sistema. Por exemplo, uma grande quantidade de pilares, porém com um grande intervalo entre uma concretagem e outra pode inviabilizar o aluguel de fôrmas metálicas, que teriam que ser alugadas durante muito tempo, encarecendo o sistema. Objetivando calcular a eficiência dos sistemas o autor não se ateve a considerar o custo nem a disponibilidade no mercado local, que seriam critérios a serem estudados no quesito viabilidade, não abordados neste trabalho. Os critérios escolhidos como os que mais afetam a eficiência dos sistemas, segundo Ary (apud Nakamura 2014), Nazar (2007) e Comunidade da Construção (2015), foram: Número de pilares; Regularidade das dimensões; Índice de Produtividade; Acabamento Desejado; Fluidez do Concreto Utilizado; Controle de Estoque; Especialização da Mão de Obra. 5 – Resultados e Discussões 38 5.1.1.1 Número de Pilares Os sistemas apresentados, com exceção do PVC e do Papelão, possuem um número grande de utilizações, fato que muitas vezes torna o mesmo extremamente vantajoso. Uma fôrma metálica, por exemplo, possui um número de utilizações médio de 60 vezes, consequentemente seria inviável adquirir um jogo de fôrmas para a concretagem de apenas um pilar. Em decorrência disso é possível observar que o número de utilizações que serão efetivamente aproveitadas, ou seja, o número de pilares à executar, é de suma importância no cálculo da eficiência do sistema, visto que a eficiência trata justamente de se executar uma ação de maneira eficaz com o mínimo recurso, não apenas financeiro, mas também de material, humano e qualquer outro envolvido no processo. 5.1.1.2 Regularidade das Dimensões No âmbito do setor de projetos, um cuidado que pode ser estudado para que haja mais racionalidade na obra seria adotar uma padronização das dimensões das estruturas, ou seja, verificar se não é mais viável unificar o tamanho dos pilares para que possa haver um ganho na execução dos mesmos, pois com tamanhos padronizados a montagem de fôrmas de madeira, por exemplo, pode ser feita de maneira mais rápida, melhora também o reaproveitamento do molde, entre outras vantagens. Observou-se, portanto que a uniformidade das dimensões dos pilares é um fator que contribui sobremaneira para o aumento da eficiência de diversos sistemas de fôrmas. Entretanto cada sistema reage de modo diferente a esta uniformidade, por exemplo, a fôrma de papelão não altera sua eficiência se houver ou não regularidade nas dimensões, pois por ser descartável, de qualquer maneira, deve-se comprar uma fôrma para cada pilar. 5.1.1.3 Índice de Produtividade O fator tempo em uma construção é essencial, tanto pela economia, quanto pelo cumprimento de prazos e até mesmo pela sequência de serviços, entre outras coisas. O construtor pode optar por adotar um sistema mais rápido se desejar, mesmo que este possua alguma outra desvantagem, a velocidade com que se executa a fôrma tem grande relevância na determinação do sistema que será utilizado. Esta velocidade de execução é chamada de índice de produtividade do sistema, o tempo médio que se leva para executar uma determinada quantidade de fôrmas. O autor optou 5 – Resultados e Discussões 39 por utilizar uma unidade convencional, hh/m, ou seja, o tempo necessário, por equipe, para se executar um metro linear de fôrma de pilar, incluindo também escoramento e desenforma. Segundo a TCPO (Tabela de Composição de Preços para Orçamentos 2008) o índice de produtividade do sistema de fôrmas de madeira maciça varia entre 1 e 5 horas por metro linear de pilar aproximadamente, dependendo do tipo de seção, das dimensões do pilar e do número de reutilizações do sistema. Este índice, em fôrma de papelão, chega a somente 0,2 horas por metro de pilar. A fôrma de PVC por utilizar um sistema muito parecido com o de papelão em sua montagem e desenforma, com a única diferença sendo o material de composição do molde, tem seu índice de produtividade de aproximadamente 0,2 horas por metro, o mesmo do papelão. Já a fôrma metálica, segundo o fabricante SH Fôrmas e Escoramentos em seu catálogo de equipamentos (2015) informa que o sistema tem um índice de produtividade de cerca de 0,37 horas por metro, para um pilar médio de 20x20cm. 5.1.1.4 Acabamento Uma das funções precípuas do sistema de fôrmas é manter a regularidade estrutural e também a aparência da estrutura. Ambas estão diretamente ligadas ao acabamento deixado pelo molde, que varia em função do material de composição. Alguns deixam uma superfície extremamente lisa, perfeita para o uso em pilares de concreto aparente, como, por exemplo, as fôrmas metálicas e em papelão. O PVC também compartilha desta característica, entretanto, devido ao seu processo de desenforma, pode vir a deixar marcas no pilar. O molde de madeira maciça deixa a superfície levemente enrugada, porém é muito comum na prática, devido ao excesso de umidade e calor, ocorrer o empenamento do molde, mesmo se bem travado, por isso podem surgir pequenas irregularidades na seção do pilar, que na maioria das vezes é imperceptível, porém inadequado para o uso em concreto aparente. 5.1.1.5 Fluidez do Concreto A estanqueidade é uma das características mais importantes do sistema de fôrmas, pois o mesmo deve manter o concreto dentro do molde, sem permitir que ocorra nenhum vazamento. Entretanto, esta característica está diretamente ligada à fluidez do concreto que 5 – Resultados e Discussões 40 será utilizado, de modo que quanto mais fluido o concreto, melhor deve ser a estanqueidade do molde. Algumas fôrmas possuem estanqueidade limitada, ou seja, por mais bem feita que seja ainda há uma probabilidade de ocorrerem vazamentos, um exemplo disso seriam os moldes em madeira maciça. Consequentemente, dependendo do tipo do concreto que se deseja utilizar em obra, é possível que algum sistema ganhe certa preferência e vice-versa, devido a este fator. 5.1.1.6 Controle de Estoque As fôrmas, para manterem suas características originais, necessitam de alguns cuidados, entre estes o cuidado na armazenagem. Alguns materiais como o papelão, por exemplo, não podem de maneira alguma ficar expostos à chuva. Também, no caso do papelão, deve-se cuidar para que o armazenamento ocorra na vertical, livre de umidade, etc. Todo material, seja ele PVC, alumínio ou até mesmo a madeira, sofrem degradações com as intempéries e o mal cuidado no momento do armazenamento. Contudo alguns destes sofrem menos do que outros, ou seja, mesmo que a obra não possua um controle de estocagem muito rigoroso, ainda sim o sistema não será muito afetado. 5.1.1.7 Especialização da Mão de Obra É certo que uma mão de obra mais especializada trás vantagens para qualquer processo produtivo, inclusive o de estruturas em concreto. Porém, principalmente em lugares mais afastados dos grandes centros, existe uma escassez de mão de obra especializada, fazendo com que o construtor só tenha como opção treinar a própria equipe. Este problema acaba sendo um limitador em alguns sistemas que necessitam de algum cuidado especial ou uma metodologia desconhecida na região. Todavia não só pelo desconhecimento é afetado um sistema, mesmo as fôrmas em madeira maciça, por exemplo, com uma mão de obra pouco especializada, segundo alguns especialistas, só atinge uma taxa de reaproveitamento de 3 à 4 reutilizações, e apenas de parte dos materiais, já com mão de obra altamente especializada este valor pode até chegar à 20 ou 30 reutilizações. 5.1.2 Decomposição do Problema A metodologia foi montada de maneira que o leitor possa selecionar uma opção que se encaixe melhor à sua situação concreta entre intervalos definidos na Figura 5.19 a seguir. 5 – Resultados e Discussões 41 Figura 5.19 – Hierarquia do Problema Fonte: O Autor 5.2 COLETA DE DADOS Os dados a seguir foram coletados, através de questionário (Apêndice 1), de especialistas Engenheiros Civis com experiência profissional e acadêmica nos quatro tipos de sistemas de fôrmas estudados nesta pesquisa. 5.2.1 Entrevistado D01 Tabela 5.4 – Dimensões Uniformes – Entrevistado D01 Determinar Sistema de Fôrmas para Pilares Número de Pilares De 1 à 3 De 4 à 30 31 ou mais MADEIRA Regularidade das Dimensões UniformesVariáveis METÁLICA Índice de Produtividade Até 0,3 h/m de pilar De 0,3 à 2 h/m de pilar Mais de 2 h/m de pilar PVC Acabamento Concreto Aparente Pilar Revestido Sem regularidade PVC Fluidez do Concreto Alta Fluidez Fluidez Moderada Baixa Fluidez METÁLICA Controle de Estoque Adequado Médio Inadequado PAPELÃO Especialização da Mão de Obra Muito Especializada Especialização Moderada Pouco Especializada MADEIRA Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/7 5 1/5 0,12024 Metálica 7 1 7 5 0,59338 Papelão 1/5 1/7 1 1/5 0,04953 PVC 5 1/5 5 1 0,23686 λ-max 4,59887 CI 0,199623 1,00 CR 0,2218 → INCONSISTENTE D01-1 5 – Resultados e Discussões 42 Tabela 5.5 - Dimensões Variáveis – Entrevistado D01 Tabela 5.6 - Acabamento Concreto Aparente – Entrevistado D01 Tabela 5.7 - Acabamento Pilar Revestido – Entrevistado D01 Tabela 5.8 - Acabamento Irregular – Entrevistado D01 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/5 5 5 0,27421 Metálica 5 1 7 3 0,5232 Papelão 1/5 1/7 1 1/5 0,04844 PVC 1/5 1/3 5 1 0,15415 λ-max 4,64953 CI 0,21651 1,00 CR 0,24057 → INCONSISTENTE D01-2 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/3 5 1/7 0,12653 Metálica 3 1 5 1/7 0,19071 Papelão 1/5 1/5 1 1/7 0,04921 PVC 7 7 7 1 0,63355 λ-max 4,52373 CI 0,174576 1,00 CR 0,19397 → INCONSISTENTE D01-3 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1 5 1 0,30301 Metálica 1 1 5 1/3 0,23722 Papelão 1/5 1/5 1 1/5 0,0606 PVC 1 3 5 1 0,39917 λ-max 4,15427 CI 0,051423 1,00 CR 0,05714 → CONSISTENTE D01-4 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 5 5 5 0,53437 Metálica 1/5 1 7 5 0,27949 Papelão 1/5 1/7 1 1/5 0,05523 PVC 1/5 1/5 5 1 0,1309 λ-max 4,73732 CI 0,245773 1,00 CR 0,27308 → INCONSISTENTE D01-5 5 – Resultados e Discussões 43 Tabela 5.9 - Concreto de Alta Fluidez – Entrevistado D01 Tabela 5.10 - Concreto de Fluidez Moderada – Entrevistado D01 Tabela 5.11 - Concreto de Baixa Fluidez – Entrevistado D01 Tabela 5.12 - Estocagem Adequada – Entrevistado D01 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1 5 1 0,3125 Metálica 1 1 5 1 0,3125 Papelão 1/5 1/5 1 1/5 0,0625 PVC 1 1 5 1 0,3125 λ-max 4 CI 0 1,00 CR 0 → CONSISTENTE D01-6 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 3 3 3 0,43055 Metálica 1/3 1 5 5 0,32364 Papelão 1/3 1/5 1 1/5 0,07632 PVC 1/3 1/5 5 1 0,16949 λ-max 4,71542 CI 0,238473 1,00 CR 0,26497 → INCONSISTENTE D01-7 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/5 5 5 0,25252 Metálica 5 1 7 5 0,56618 Papelão 1/5 1/7 1 1/5 0,04931 PVC 1/5 1/5 5 1 0,13199 λ-max 4,58798 CI 0,195993 1,00 CR 0,21777 → INCONSISTENTE D01-8 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/5 5 1/5 0,14066 Metálica 5 1 5 3 0,50442 Papelão 1/5 1/5 1 1/5 0,0603 PVC 5 1/3 5 1 0,29463 λ-max 4,53043 CI 0,17681 1,00 CR 0,19646 → INCONSISTENTE D01-9 5 – Resultados e Discussões 44 Tabela 5.13 - Estocagem Mediana – Entrevistado D01 Tabela 5.14 - Estocagem Inadequada – Entrevistado D01 Tabela 5.15 - MDO Muito Especializada – Entrevistado D01 Tabela 5.16 - MDO com Especialização Média – Entrevistado D01 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/7 7 5 0,24573 Metálica 7 1 7 5 0,56975 Papelão 1/7 1/7 1 1/7 0,04289 PVC 1/5 1/5 7 1 0,14163 λ-max 4,92078 CI 0,306926 1,00 CR 0,34103 → INCONSISTENTE D01-10 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/7 7 1/7 0,12578 Metálica 7 1 7 1/5 0,26854 Papelão 1/7 1/7 1 1/7 0,04344 PVC 7 5 7 1 0,56224 λ-max 4,95792 CI 0,319306 1,00 CR 0,35479 → INCONSISTENTE D01-11 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/7 1/7 1 0,06695 Metálica 7 1 1 5 0,42696 Papelão 7 1 1 5 0,42696 PVC 1 1/5 1/5 1 0,07914 λ-max 4,01426 CI 0,004753 1,00 CR 0,00528 → CONSISTENTE D01-12 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/5 1/5 1/3 0,06688 Metálica 5 1 1 5 0,40791 Papelão 5 1 1 5 0,40791 PVC 3 1/5 1/5 1 0,1173 λ-max 4,16024 CI 0,053413 1,00 CR 0,05935 → CONSISTENTE D01-13 5 – Resultados e Discussões 45 Tabela 5.17 - MDO Pouco Especializada – Entrevistado D01 Tabela 5.18 - De 1 à 3 Pilares – Entrevistado D01 Tabela 5.19 - De 4 à 30 Pilares – Entrevistado D01 Tabela 5.20 - 31 ou mais Pilares – Entrevistado D01 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/3 1/3 1/3 0,09538 Metálica 3 1 3 5 0,48466 Papelão 3 1/3 1 5 0,28508 PVC 3 1/5 1/5 1 0,13487 λ-max 4,52668 CI 0,17556 1,00 CR 0,19507 → INCONSISTENTE D01-14 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 7 7 7 0,675 Metálica 1/7 1 3 1 0,13214 Papelão 1/7 1/3 1 1/3 0,06071 PVC 1/7 1 3 1 0,13214 λ-max 4,15646 CI 0,052153 1,00 CR 0,05795 → CONSISTENTE D01-15 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 7 7 7 0,61313 Metálica 1/7 1 5 5 0,2189 Papelão 1/7 1/5 1 1/5 0,04863 PVC 1/7 1/5 5 1 0,11934 λ-max 4,74605 CI 0,248683 1,00 CR 0,27631 → INCONSISTENTE D01-16 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/3 5 7 0,29361 Metálica 3 1 7 7 0,53946 Papelão 1/5 1/7 1 1/5 0,05075 PVC 1/7 1/7 5 1 0,11617 λ-max 4,59682 CI 0,19894 1,00 CR 0,22104 → INCONSISTENTE D01-17 5 – Resultados e Discussões 46 Tabela 5.21 - Produtividade Rápida – Entrevistado D01 Tabela 5.22 - Produtividade Média – Entrevistado D01 Tabela 5.23 - Produtividade Lenta – Entrevistado D01 Tabela 5.24 - Comparação entre Critérios – Entrevistado D01 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/7 5 1/5 0,11934 Metálica 7 1 7 7 0,61313 Papelão 1/5 1/7 1 1/5 0,04863 PVC 5 1/7 5 1 0,2189 λ-max 4,74605 CI 0,248683 1,00 CR 0,27631 → INCONSISTENTE D01-18 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 5 5 5 0,55114 Metálica 1/5 1 1/5 1/3 0,06427 Papelão 1/5 5 1 5 0,26989 PVC 1/5 3 1/5 1 0,11469 λ-max 4,51463 CI 0,171543 1,00 CR 0,1906 → INCONSISTENTE D01-19 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 5 5 5 0,54129 Metálica 1/5 1 1/5 1/5 0,05915 Papelão 1/5 5 1 1/5 0,13951 PVC 1/5 5 5 1 0,26004 λ-max 4,73078 CI 0,243593 1,00 CR 0,27066 → INCONSISTENTE D01-20 Nº pilares Reg. Dim. Índ. Prod. Acabam. Fluidez Estoque MDO Auto Vetor Nº pilares 1 7 5 1 5 1/3 1/5 0,14896 Reg. Dim. 1/7 1 1/3 1/3 1 1/7 1/7 0,03205 Índ. Prod. 1/5 3 1 1 3 1/3 1/7 0,07038 Acabam. 1 3 1 1 3 1 1/7 0,09074 Fluidez 1/5 1 1/3 1/3 1 1/5 1/7 0,03364 Estoque 3 7 3 1 5 1 1/7 0,16514 MDO 5 7 7 7 7 7 1 0,45908 λ-max 7,77088 CI 0,12848 1,00 CR 0,09733 → CONSISTENTE D01-21 5 – Resultados e Discussões 47 5.2.2 Entrevistado D02 Tabela 5.25 – Dimensões Uniformes – Entrevistado D02 Tabela 5.26 – Dimensões Variáveis – Entrevistado D02 Tabela 5.27 – Acabamento Concreto Aparente – Entrevistado D02 Tabela 5.28 – Acabamento Pilar Revestido – Entrevistado D02 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/9 1/5 1/7 0,03993 Metálica 9 1 7 7 0,64396 Papelão 5 1/7 1 1/3 0,11454 PVC 7 1/7 3 1 0,20157 λ-max 4,44041 CI 0,146803 1,00 CR 0,16311 → INCONSISTENTE D02-1 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/5 1/3 1/5 0,06666 Metálica 5 1 5 3 0,53289 Papelão 3 1/5 1 1/3 0,12759 PVC 5 1/3 3 1 0,27287 λ-max 4,20126 CI 0,067086 1,00 CR 0,07454 → CONSISTENTE D02-2 Madeira Metálica Papelão PVC Auto Vetor Madeira 1 1/9 1/7 1/7 0,03701 Metálica 9 1 5 7 0,58763 Papelão 7 1/5 1 1/5 0,13573 PVC 7 1/7 5 1 0,23963 λ-max
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