Aula 02

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Direito Ambiental
Noções introdutórias sobre o Direito ambiental; classificação e conceito de meio ambiente
Aula do dia 4 de março
Prof. João Hélio
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A evolução do tratamento ambiental no Brasil – (histórico)
Período Pré-Colonial e Colonial
1500/1530 – Exploração do Pau-Brasil e Tráfico de Animais Silvestres
1530 – Capitanias Hereditárias e Sesmarias
1548 – Governo Geral (certa autonomia jurídica e administrativa)
1603 – Ordenações Filipinas (regras para o combate de poluição das águas, à caça e a pesca predatória)
1605 - 1ª Lei de Proteção às Florestas – Regimento do Pau Brasil
1797 – Proteção de Rios, nascentes e encostas
1799 – Regimento de corte de madeira
Período Brasil Imperial
1822 – Fim do Regime das Sesmarias
1824 – Constituição do Império (Proibição do corte raso de madeiras de lei)
 Pena para o corte ilegal de madeira
1850 – Lei de Terras do Império-Lei n 601/1850
 Criou regras para proteção e vegetação e do solo
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A evolução do tratamento ambiental no Brasil – (histórico)
Período Republicano
1891 – Constituição Republicana NÃO disciplinou matéria ambiental
1916 – O CÓDIGO CIVIL contempla artigos sobre águas, fauna e flora (visão patrimonial)
1934 - 1º Código Florestal Brasileiro e Código das águas
1960 – Política Nacional de Saneamento Básico
1965 – Código Florestal Brasileiro
1967 – Lei de proteção à Fauna
1981 – Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6938)
1985 – Lei da Ação Civil Pública (instrumentaliza da tutela coletiva do MA)
1988 – Constituição Federal (art 225 e outros)
1989 – Criação o IBAMA
1997 – Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos (lei 9.433/97)
1998 – Lei de Crimes Ambientais (lei 9.605/98)
1999 - Lei da Política Nacional de Educação Ambiental (lei 9.795/99)
2000 – Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC (lei 9.985/00)
2001 – Estatuto das Cidades (lei 10.257/01)
2005 – Lei da Biossegurança (lei 11.105/05)
2007 – Lei do Saneamento Básico (Lei 11.445/07)
2008- Lei sobre o uso cientifico de animais ( Lei 11.794/08)
2009 - Política Nacional sobre Mudança do Clima (lei 12.187/09
2010 – Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei 12.305/10)
2012 – Novo Código Florestal (lei 12.651/12)
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O Direito Ambiental no âmbito dos direitos renovados e dos novos direitos
Direitos renovados pelas implicações ambientais:
Direito Constitucional  art. 225, 170 da CF/88 (direito-dever)
Direito Penal  Lei dos Crimes Ambientais – Lei 9.605/98
Direito Internacional  Tratados internacionais
Direito Processual Civil  Tutela inibitória
Direito Tributário  incentivos fiscais; ICMS ecológico
Direitos renovados ou Novos direitos???
O direito permanece inalterado, 
foi renovado, ou criado em novas bases??
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O meio ambiente como direito de terceira geração
DIREITOS DE 1ª GERAÇÃO: 
direitos individuais  garantias do indivíduo diante do poder do Estado
DIREITOS DE 2ª GERAÇÃO: 
direitos sociais  caracterizados por prestações que o Estado deve ao indivíduo
DIREITOS DE 3ª GERAÇÃO: 
direitos difusos  consiste num DIREITO-DEVER
A pessoa ao mesmo tempo que o titulariza, deve preservá-lo e defendê-lo como tal, em níveis procedimental e judicial, através da figura do interesse difuso. 
Assim, o direito ao meio ambiente diferencia-se de um direito individual ou de um direito social na medida em que a obrigação a que ele corresponde não é apenas dever jurídico do Estado, mas também do próprio particular, que é seu titular.
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Conceito de meio ambiente
1866 - surgimento da expressão ECOLOGIA 
 criada por Ernst Haeckel para se referir ao estudo da “influência do ambiente sobre os animais”, o qual, não necessariamente, precisaria levar em consideração a presença do homem.
A ecologia trata-se de uma ciência transdisciplinar capaz de compreender e estudar, de forma sistemática, as relações entre os seres vivos e seu meio. 
MEIO AMBIENTE
A expressão meio ambiente surge para compreender as relações entre o homem e o seu meio ambiente natural ou artificial, ampliando o campo de estudo e abrangência que propõe a ecologia. Há uma restrição por parte da doutrina em empregar o termo ECOLOGIA quando se trata da proteção jurídica do meio ambiente. 
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Conceito de meio ambiente
Isso porque, não há como se falar em Direito ecológico, pois o direito deve regulamentar condutas humanas, não tendo aptidão para reger as normas da natureza. 
Assim, a expressão comumente utilizada para representar a preocupação com o meio ambiente e regular as condutas humanas relacionadas ao tema é Direito Ambiental ou Direito do Meio Ambiente. 
Contudo, essas são expressões maleáveis, tanto que, em diversos idiomas possuem uma certa variação na forma de se externar, sem com isso perder o sentido original. 
Um exemplo de outras formas de denominação desse ramo do direito pode ser verificada nos seguintes idiomas: 
Droit de l’Environnement (francês), Diritto del’Ambiente (italiano), Umweltsrecht (alemão), Environmental Law (inglês), Derecho del Ambiente.
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Conceito de meio ambiente
“é o conjunto de condições, leis, influências, alterações e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” 
(art. 3º, I, da Lei 6.938, de 31.8.81). 
Com base na Constituição Federal de 1988, passou-se a entender também que o meio ambiente divide-se em:
 físico ou natural, cultural, artificial e do trabalho. 
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Conceito de meio ambiente
MEIO AMBIENTE NATURAL: formado pelo solo, a água, o ar, flora , fauna e todos os  demais elementos naturais responsáveis pelo equilíbrio dinâmico entre os seres vivos e o meio em que vivem (art.225, caput e §1º da CF ) 
MEIO AMBIENTE CULTURAL: é aquele composto pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico, turístico, científico e pelas sínteses culturais que integram o universo das práticas sociais das relações de intercâmbio entre homem e natureza (art.215 e 216 da CF).
MEIO AMBIENTE ARTIFICIAL: é o constituído pelo conjunto e edificações, equipamentos, rodovias e demais elementos que formam o espaço urbano construído (art. 21, XX, 182 e segs., art. 225 CF) 
MEIO AMBIENTE DO TRABALHO: é o integrado pelo conjunto de bens, instrumentos e meios, de natureza material e imaterial, em face dos quais o ser humano exerce as atividades laborais (art.200, VIII CF). 
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