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Tópicos de Direito das Obrigações 
Prof. Ricardo M. Cabezón 
 
1 
 
 
1. CONCEITO DE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES (INTRODUÇÃO) 
 
 
 
 
O Direito das Obrigações, também chamado Direito Pessoal ou Direito de Crédito, diz respeito 
às relações jurídicas que se estabelecem entre os indivíduos e que se consubstanciam em prestações. 
 
Daí, porque, estamos em contato diariamente com este ramo do direito: quando vamos às 
compras, contratamos um serviço, somos contratados etc. Se pararmos e pensarmos nas atividades 
que desenvolvemos no dia de hoje, poderemos enumerar diversas delas que têm relação com o Direito 
Obrigacional. 
 
Diante disso, revela-se de suma importância o estudo desse ramo tão abrangente do direito, 
não somente visando cumprir uma exigência do curso de direito, mas, sobretudo, pela sua relevância no 
dia-a-dia, até mesmo daquele que não é operador do direito, entendendo, assim, aquele que não o 
exerce profissionalmente. 
 
Neste passo, vale frisar que, como o direito das obrigações visa regular as relações estabelecidas 
entre os seres humanos, é óbvio que sua existência é bem mais antiga do que possamos imaginar. 
 
E, por assim ser, podemos dizer que atualmente nos encontramos em um estágio bem 
avançado no que se refere aos direitos pessoais. 
 
Isso, porque, em épocas passadas o devedor era obrigado a responder pela dívida inadimplida 
com o seu próprio corpo, sendo muitas vezes levado como escravo pelo credor, o que era denominado 
autopignoração. 
 
Atualmente, no dizer de Roberto Senise Lisboa, “O receber a prestação devida a qualquer custo 
deve ser limitado pelo receber a prestação devida sem ofender os direitos personalíssimos”. 
 
 
 
 
2. ELEMENTOS DAS OBRIGAÇÕES 
 
A relação obrigacional é composta de três elementos fundamentais, quais sejam o elemento 
subjetivo, o elemento objetivo e o elemento espiritual. 
 
 
 
2.1. Elemento Subjetivo 
 
O elemento subjetivo, também chamado de elemento pessoal, diz respeito às partes, aos 
sujeitos da relação. Neste sentido temos. 
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 O Sujeito Ativo – o credor da obrigação. 
 
 
 O Sujeito Passivo – o devedor da obrigação. 
 
 
Os sujeitos da relação obrigacional poderão ser tanto pessoa física, quanto pessoa jurídica. 
 
O sujeito poderá ser DETERMINADO, ou DETERMINÁVEL, na medida em que a 
indeterminabilidade do sujeito é apenas momentânea. 
 
Temos como exemplo a promessa de recompensa a quem achar um cachorrinho perdido. A 
pessoa que vai receber a recompensa, no momento é indeterminada, pois não se sabe quem achará o 
cachorro. Contudo, é determinável, pois quando o animal for encontrado, saberemos quem deverá 
receber a recompensa. 
 
 
 
 
? 
 
 
 
 
 
2.2. Elemento Objetivo 
 
O elemento objetivo, também chamado de elemento material, diz respeito ao objeto da 
obrigação, ou seja, a prestação. 
 
A prestação, na relação obrigacional, consiste em dar, fazer ou não fazer, podendo ser positivas 
(dar, fazer) ou negativas (não fazer). 
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3 
 
 
 
 
2.3. Elemento Espiritual 
 
 
 
jurídico. 
O Elemento Espiritual, também chamado de elemento imaterial, diz respeito ao vínculo 
 
O vínculo jurídico é o que sujeita o devedor a prestar algo ao credor. É um elemento de coação, 
ou seja, que garante o cumprimento da obrigação. 
 
 
 
 
3. DIFERENÇA ENTRE O DIREITO DAS OBRIGAÇÕES E OS DIREITOS REAIS 
 
O direito obrigacional é aquele em que estabelece uma relação de indivíduo para indivíduo. 
 
 
 
 
Já o DIREITO REAL é aquele que estabelece uma relação de um individuo com uma coisa. 
 
 
 
 
 COISA 
 
 
3.1. Do Titular 
 
Nos direitos reais haverá apenas o sujeito ativo, já que este se relacionará com a coisa. 
 
Exemplo: João exerce propriedade sobre o imóvel “x” 
 
 
Proprietário 
 
 
 
Já no direito das obrigações, como já dito, haverá dois sujeitos: o ativo (credor) e o passivo 
(devedor). 
 
 
Credor Devedor 
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3.2 Do Objeto 
 
No direito real o objeto será sempre uma coisa. No exemplo dado acima, em que João exerce 
propriedade sobre o “imóvel x”, o objeto do direito é o “imóvel x”. 
 

 
 
No direito obrigacional, todavia, o objeto será sempre uma prestação, ou seja, um dar, um 
fazer ou um não fazer algo. 
 
 
 
 
4. DAS OBRIGAÇÕES “PROPTER REM” 
 
A obrigação “propter rem” é uma categoria intermediária entre o direito obrigacional e o 
direito real. Isso porque não podemos dizer que se trata apenas de relação obrigacional, e nem apenas de 
direito real. 
 
Na realidade, é um direito pessoal (obrigacional) que recai sobre um sujeito, em razão de um 
direito real que ele possui. 
 
Exemplo: 
 
 
 
1315, CC). 
- Os condôminos que são obrigados a suportarem as despesas comuns do condomínio (art. 
 
 
Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, 
a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, 
e a suportar os ônus a que estiver sujeita. 
 
- Os proprietários que têm de cercar ou murar sua propriedade, devendo os interessados 
(confrontantes) ratearem os custos da demarcação. (art. 1297, § 1º, CC). 
 
 
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou 
tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode 
constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação 
entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar 
marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se 
proporcionalmente entre os interessados as respectivas 
despesas. 
 
§ 1o Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais 
como sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou 
banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a 
ambos os proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de 
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conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em 
partes iguais, para as despesas de sua construção e conservação. 
 
 
 
 
4.1. Características 
 
As Obrigações “propter rem”: 
 
- existem apenas se vinculadas ao direito real que o obrigado possui. 
 
*se o proprietário abandonar o direito real será exonerado do obrigacional. 
 
*se o proprietário transmite o direito real, a obrigação recairá sobre o novo titular na medida 
em que a obrigação acompanha a coisa. 
 
 
 
 
5. DIFERENÇA ENTRE OBRIGAÇÃO E RESPONSABILIDADE 
Existe alguma diferença entre obrigação e responsabilidade? 
Sim. Embora no cotidiano utilizamos essas expressões como sinônimos, para o direito civil há 
uma relevante diferença. 
 
A diferença está no seguinte: não se cumprindo espontaneamente uma obrigação, surgirá a 
responsabilidade. 
 
Pode existir obrigação SEM responsabilidade? 
 
Sim, é o caso da divida de jogo (art. 814) ou da divida prescrita (art. 882). 
 
 
 
 
 
Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta 
não obrigam a pagamento; mas não se pode 
recobrar a quantia, que voluntariamente se 
pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o 
perdente é menor ou interdito. 
 
Art. 882. Não se pode repetir o 
que se pagou para solver dívida 
prescrita, ou cumprir obrigação 
judicialmente inexigível. 
 
 
 
Nestes casos a pessoa apenas tem obrigação para com o pagamento da dívida, mas não poderá 
ser responsabilizado caso não o faça. (É INEXIGÍVEL) 
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6E responsabilidade SEM obrigação? 
 
Pode existir responsabilidade sem obrigação nos casos da fiança, isso porque o fiador não tem 
obrigação, mas poderá ser responsabilizado caso o devedor principal não pague a dívida. 
 
 
 
* * * * * * * * 
 
 
Observação: A leitura do presente texto não dispensa o aluno do estudo da bibliografia da 
matéria e/ou dos apontamentos delineados em aula pelo docente.

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