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Aula 02 - Geografia IBGE

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Aula 02
Geografia e Conhecimentos Gerais p/ IBGE - 2016 (Técnico em Informações
Geográficas e Estatísticas)
Professor: Mário Machado
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Apresentação 
 
 Olá, pessoal! 
 Hoje iniciamos a aula 02, que abordará tópicos relevantes nas áreas de 
cultura e sociedade. 
 Havendo dificuldade, deixe sua pergunta no fórum de dúvidas! ☺ 
 Se você está interessad@ em dicas de estudo, estratégias de preparação 
e motivação para concursos, faço 2 convites: 
• Assine meu Canal do YouTube com dicas gratuitas 
(https://www.youtube.com/channel/UC1oknPByu1Fk0Na3IetiXNw?); 
• Siga-me no Periscope (@mariomachado), é só baixar o aplicativo no 
seu smartphone. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forte abraço e vamos em frente. 
Mário Machado 
Periscope: @mariomachado 
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC1oknPByu1Fk0Na3IetiXNw? 
Facebook: https://www.facebook.com/mario.machadorj 
Email: mariomachado@estrategiaconcursos.com.br 
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Tópicos Relevantes – Cultura 
 
a) As Artes Clássicas 
 Meio de expressão dos sentimentos e aspirações do ser humano, a arte 
surge no período pré-histórico, com pinturas rupestres feitas em cavernas há 
dezenas de milhares de anos. As artes plásticas surgem como manifestação 
cultural muito antes da escrita. Atualmente, a humanidade conta com 
diversas formas de manifestação, além das seis artes clássicas – 
música, dança, pintura, escultura, literatura e teatro. 
 No mundo moderno, surgiram outras, como o cinema (conhecido como 
sétima arte), a fotografia, a animação e a arte digital. Veremos aqui uma 
breve contextualização de movimentos artísticos mais significativos da cultura 
ocidental. 
 
Arte Grega 
 O conceito de arte que dá a base para a produção no mundo ocidental 
surge na Grécia, especialmente durante os períodos clássico (480 a.C. a 323 
a.C.) e helenístico (323 a.C. a 146 a.C.). Associado à ideia de mimese (em 
grego, “imitação”), considera a manifestação artística uma busca do ideal feita 
a partir da imitação da perfeição da natureza. Na arte grega não existia 
separação entre arte, ciência, matemática e filosofia, e os gregos 
usavam a mesma palavra (tekné) para designar arte e também técnicas e 
ofícios. O artista grego cria uma arte de elaboração intelectual na qual 
predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia idealizada. O homem, tema 
central, é visto como “a medida de todas as coisas”. 
 
Arte Romana 
 Mais realistas e práticos que os gregos, de quem obtiveram influência 
decisiva, os escultores romanos buscavam uma representação mais fiel das 
pessoas, e não de um ideal de beleza. Assim, retratavam os imperadores e os 
homens da sociedade com ênfase mais realista do que idealista, como os 
gregos. Para eles, “as coisas belas deviam ser úteis”, enquanto para os 
gregos “as coisas úteis deviam ser belas”. 
 
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Arte Medieval 
 Com o declínio do Império Romano e sua queda, em 476 d.C., muitas 
das técnicas artísticas desenvolvidas na Grécia antiga foram perdidas, o que 
levou a pintura medieval a ser predominantemente bidimensional. Na Idade 
Média, a arte europeia sofre forte controle da Igreja Católica, que detém 
grande poder político e econômico no período. Como a vasta maioria da 
população era analfabeta, as artes visuais tornaram-se um importante meio 
usado pela Igreja para levar as ideias religiosas aos fiéis. No período 
medieval, distinguem-se dois estilos artísticos principais: o românico 
(até meados do século XII) e o gótico (de meados do século XII em 
diante). 
 
Renascimento 
 Movimento europeu de renovação intelectual e artística em 
ruptura com a arte medieval, o Renascimento atinge o apogeu no século 
XVI, sobretudo na Itália. O ideal renascentista se alicerça na restauração dos 
valores do mundo greco-romano e é marcado pela crença em uma capacidade 
ilimitada na criação humana. Sua origem remonta aos valores do humanismo, 
surgido na Itália dois séculos antes. É impulsionado pelo progresso econômico 
das cidades italianas, dominadas na época por uma rica burguesia interessada 
nas letras e nas artes. O Renascimento italiano é favorecido por uma tradição 
clássica, já que o país abrigou o centro do Império Romano. 
 
Barroco 
 Movimento nascido na Europa que se manifesta nas artes 
plásticas, na literatura, na música e no teatro nos séculos XVII e 
XVIII. Em um período no qual a Igreja Católica se bate para recuperar o 
espaço perdido com a Reforma Protestante, a arte barroca busca conciliar a 
espiritualidade da Idade Média com a racionalidade do Renascimento. Sua 
característica marcante, portanto, é o contraste e a contradição, com obras 
rebuscadas, que expressam exuberância e emoções extremas. 
 
Romantismo 
 Tendência das artes plásticas, da música e da literatura do fim do 
século XVIII ao fim do XIX. Privilegia a liberdade de criação e a 
emoção, com obras que valorizam o individualismo, o sofrimento 
amoroso, a natureza e o passado. O movimento é influenciado pela tese 
do filósofo Jean-Jacques Rousseau de que o homem nasce bom e a sociedade 
o corrompe. O alemão Felix Mendelssohn e o húngaro Franz Liszt estão entre 
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os principais nomes na música. Na literatura, destacam-se o alemão Johann 
Goethe e os ingleses William Blake e Lord Byron. 
 
Realismo 
 Estilo da segunda metade do século XIX, caracteriza-se por uma 
abordagem objetiva da realidade natural e da sociedade. Na pintura, as 
obras privilegiam cenas de grupos sociais menos favorecidos. Na literatura, 
predomina o romance social e destacam-se o francês Gustave Flaubert, o 
russo Fiodor Dostoievski e Machado de Assis, que inicia o estilo no Brasil 
com o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas. 
 
Impressionismo 
Movimento que surge na França, na segunda metade do século XIX, nas artes 
plásticas e na música. Constitui-se no marco da arte moderna, com o 
início da dissolução da representação figurativa. Em suas paisagens, os 
impressionistas dão enorme importância à luz natural e à decomposição das 
cores. Entre seus expoentes estão os franceses Claude Monet e Edgar 
Degas. Na música, o francês Claude Debussy é considerado o pioneiro 
do movimento. 
 
Expressionismo 
 Tendência surgida no fim do século XIX, enfatiza a subjetividade. Nas 
artes plásticas, defende o distanciamento da representação figurativa e o uso 
arbitrário de cores e traços fortes, com formas contorcidas e dramáticas. 
Destacam-se os pintores Vincent van Gogh, o precursor do 
movimento, e o norueguês Edvard Munch. O movimento espraia-se no 
cinema, com destaque para o alemão Friedrich Murnau e o austríaco Fritz 
Lang. 
 
Cubismo 
 Tendência das artes plásticas, sobretudo da pintura, que a partir 
do início do século XX rompe com as perspectivas anteriores. Os 
artistas decompõem as figuras em formas geométricas, como cubos e 
cilindros, achatam os objetos e rompem com o ideal de retratar a 
realidade fielmente. As obras eliminam a ilusão de tridimensionalidade (a 
perspectiva). Seu principal expoente é o pintor espanhol Pablo Picasso. 
 
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Surrealismo 
 Escola artística e literária que surge na França na década de 1920. 
Fortemente influenciada pelapsicanálise, enfatiza o papel do inconsciente na 
criação. Propõe uma arte livre das exigências da lógica e da razão, que 
expresse o inconsciente e os sonhos. Destacam-se os escritores franceses 
André Breton e Paul Éluard, Antonin Artaud (no teatro), o cineasta espanhol 
Luis Buñuel e, na pintura, o belga René Magritte, o alemão Max Ernst e o 
espanhol Salvador Dalí. 
 
Pop Art 
 Estilo das artes plásticas que surge nos anos 1950 no Reino Unido e 
ganha força nos Estados Unidos na década seguinte. Explora elementos da 
cultura de massa e da sociedade de consumo, a linguagem da 
publicidade, da televisão e das embalagens de produtos. O principal 
expoente é o norte-americano Andy Warhol. 
 
Arte Conceitual 
 Movimento das décadas de 1960 e 1970 que privilegia o conceito 
como base para produzir uma obra, acima da importância dada a 
materiais e técnicas. Propõe um rompimento conceitual, a 
desmaterialização da obra, materiais não convencionais e instalações. 
 
(Questão INÉDITA / 2015) Pablo Picasso é provavelmente a 
figura mais importante do século 20, em termos de 
movimentos de arte que ocorreram ao longo deste período. 
Antes dos 50 anos , o artista nascido espanhol tornou-se o 
nome mais conhecido na arte moderna, com o estilo mais 
distinto e olho para a criação artística. Antes de Picasso, não 
houve outro artista que impactou de forma tão significativa 
o mundo da arte, ou que tivesse uma massa de seguidores 
fãs e críticos. 
Considerando o texto acima, julgue o item seguinte. 
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Picasso foi um dos artistas mais influentes do surrealismo, 
que propõe uma arte livre das exigências da lógica e da 
razão, que expresse o inconsciente e os sonhos. 
Comentário do professor: Apesar da correta definição de 
surrealismo, Picasso foi um expoente do cubismo, onde os 
artistas decompõem as figuras em formas geométricas, 
como cubos e cilindros, achatam os objetos e rompem com 
o ideal de retratar a realidade fielmente. Questão errada. 
 
b) Cinema e Dança 
Cinema 
 Definido como a sétima arte, o cinema é um sistema de reprodução de 
imagens registradas em filme ou digitalmente e projetadas sobre uma tela. 
Seu nome deriva da palavra cinematógrafo (em grego, kino significa 
movimento e graphos, escrita) e representa uma das mais populares 
expressões culturais da humanidade, sustentada por uma milionária indústria 
do entretenimento. 
 A invenção do cinematógrafo é creditada aos irmãos franceses 
Louis e Auguste Lumière. Eles se tornam os pioneiros em conseguir projetar 
um filme em tela num ritmo constante, para vários espectadores 
simultaneamente. 
 A primeira sessão da história ocorreu num café de Paris, em 28 de 
dezembro de 1895. A programação reuniu nove filmes curtos, entre eles A 
Chegada do Trem à Estação de Ciotat, que provoca tumulto entre os 
espectadores, assustados com a suposta proximidade da locomotiva. No ano 
seguinte, Georges Méliès constrói um estúdio nos arredores de Paris e dirige 
Viagem à Lua, o primeiro sucesso comercial da história do cinema. 
 No Brasil, em 1896, foi realizada no Rio de Janeiro uma sessão inaugural 
do cinema no país. Dois anos depois, Alfonso Segreto, que fundara a primeira 
sala de cinema brasileira, roda cenas na Baía de Guanabara. 
 Com o advento da Primeira Guerra Mundial, assiste-se ao declínio 
da produção europeia e à ascensão da norte-americana. Um grupo de 
produtores instalou-se no povoado de Hollywood, ao lado de Los Angeles, e 
nasceu ali a verdadeira “Meca” do cinema. 
 Autor de épicos como O Nascimento de uma Nação (1915), David Griffith 
é o responsável pela consolidação da linguagem cinematográfica. É um dos 
pioneiros na utilização do close e na montagem paralela (mostrar situações 
simultâneas por meio de cortes). Há um intenso desenvolvimento da comédia 
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em torno de nomes como Buster Keaton e Charles Chaplin, este o mais bem-
sucedido artista do cinema europeu na época. 
 Durante a década de 90, a Índia destacou-se como a maior produtora de 
filmes do mundo – apelidada de Bollywood, a indústria cinematográfica indiana 
lança a cada ano mais de 800 títulos, o dobro do mercado norte-americano. O 
neorrealismo de Abbas Kiarostami projeta o cinema iraniano para o mundo. 
 Titanic (lançado em 1997), dirigido por James Cameron, torna-se 
a produção mais cara e a maior bilheteria do cinema até então, 
superada em 2009 por Avatar, mais uma produção do mesmo diretor. 
 No Brasil, com a extinção da Embrafilme no governo de Fernando Collor, 
o cinema atravessou um período crítico. A retomada ocorre apenas após o 
surgimento de uma nova lei de audiovisual, em 1993. 
 Em 1998, as Organizações Globo fundaram a Globo Filmes, cujas 
produções e coproduções são responsáveis por larga fatia do crescimento de 
público e de receita do filme nacional. Depois de obter o Urso de Ouro no 
Festival de Berlim, entre outros prêmios, Central do Brasil, de Walter Salles, é 
indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1999, e Fernanda 
Montenegro, para o de melhor atriz. 
 No Brasil, é criada a Agência Nacional do Cinema (ANCINE), em 
2001. No ano seguinte, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, tem mais de 3 
milhões de espectadores no Brasil e direitos de distribuição vendidos a 62 
países. Diários de Motocicleta (2004), de Walter Salles, recebe 25 prêmios 
internacionais, entre eles o Oscar de melhor canção. 
 Em 2007, Tropa de Elite, de José Padilha, divide a crítica ao tratar da 
violência policial, mas é sucesso de público e ganha o Urso de Ouro do Festival 
de Berlim 2008. Em 2009, a comédia Se Eu Fosse Você 2, de Daniel Filho, 
alcança 6,1 milhões de espectadores e quebra o recorde da década. Em 2010, 
Tropa de Elite 2 (também de José Padilha) bateu o recorde histórico de 
bilheteria do cinema brasileiro, com 11 milhões de espectadores no 
ano. 
 O sucesso de filmes brasileiros vem culminando com a participação de 
artistas do Brasil em produções norte-americanas, com destaque para Alice 
Braga, Rodrigo Santoro e Wagner Moura. O público total de cinema no país 
cresce de 72 milhões de espectadores em 2000 para 149 milhões em 2013, 
dos quais aproximadamente 28 milhões para filmes brasileiros. 
 No século XX, diversos países criaram premiações para o cinema, como 
forma de estimular a produção de filmes e divulgar sua cultura. Algumas 
premiações, com o tempo, ganharam prestígio internacional, como o Oscar, 
nos Estados Unidos, e os festivais de Berlim, na Alemanha, de Cannes, na 
França, e de Veneza, na Itália. 
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 No Brasil, destacam-se os festivais de cinema de Gramado e de 
Brasília, de animação Anima Mundi, de documentários É Tudo Verdade, 
a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e o Festival 
Internacional de Cinema do Rio de Janeiro. 
 
 
(CESPE / Técnico Judiciário STM / 2011) Um dos maiores 
sucessos de público da história do cinema nacional, o filme 
Tropa de Elite 2 foi dirigido por José Padilha. 
Comentário do professor: Conforme estudamos, o filme 
Tropa de Elite 2 (dirigido por José Padilha) bateu o recorde 
histórico de bilheteria de um filme brasileiro no ano de 
2010, atingindo 11 milhões de espectadores. Questão certa. 
 
Dança 
 
 Uma das três artes cênicas da antiguidade (juntamente com a música e 
o teatro), a dança é a forma de expressão artística que faz uso do corpo e de 
suas possibilidades rítmicas e plásticas, seguindo uma coreografia ensaiada ou 
improvisada e espontânea, como nasdanças populares. 
 Vejamos alguns exemplos de danças populares no Brasil: 
Carimbó: Batuque de terreiro popular no Pará, parecido com o jongo (SP, 
RJ) e o tambor de crioula (MA). No carimbó, homens e mulheres cantam e 
dançam em roda, quase sempre descalços. 
Cateretê: É dança e nome de origem indígena, também muito chamada de 
catira, que recebeu elementos da cultura negra e tornou-se típica da cultura 
caipira. Está presente do Sudeste ao Centro-Oeste e Norte. Seu registro 
remonta ao Padre Anchieta. Homens e mulheres, em duas fileiras frontais, 
batem palmas e sapateiam, usando bota e, frequentemente, lenço e chapéu. 
São acompanhados por um ou mais violeiros, que cantam apenas no intervalo 
entre as danças. 
Coco: Dança de roda, de influência africana, acompanhada de cantoria e 
executada em pares, fileiras ou círculos. O canto é improvisado por um solista, 
o “tirador de coco”, enquanto os demais respondem com um refrão. Sua 
origem está associada ao trabalho de escravos, que quebravam cocos. 
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Cururu: Dança masculina de origem indígena do Brasil central, que se 
misturou à religião e virou louvação aos santos. Os participantes desafiam-se 
em círculos, ao som de violas de cocho e reco-recos. 
Fandango: Dança de influência ibérica do sul do país na qual os 
participantes formam rodas ou pares. No Nordeste, pode designar a 
marujada. 
Frevo: Dança nordestina que embala multidões de carnavalescos, sobretudo 
em Pernambuco, que parecem “ferver” ao som da música, daí o nome. São 
três tipos, todos com passos derivados da capoeira: o de rua, com ritmo 
eletrizante produzido por instrumentos de sopro; o de canção, apresentado 
em clubes, por um cantor; e o frevo de bloco, mais lento, no qual se usam 
instrumentos como flauta, violão e banjo. 
Jongo: Uma das formas de batuque praticadas pelos negros de origem banto 
no Sudeste. Diz a tradição que a linguagem velada da dança permitiria aos 
escravos transmitir mensagens incompreensíveis aos brancos. 
Pau de fita: Típica das festas juninas, executada em círculos à volta de um 
mastro enfeitado com fitas coloridas. Os participantes dançam ao redor do 
mastro, entrelaçando as fitas, acompanhados por sanfona, violão e pandeiro. 
Quadrilha: Dança da cultura caipira, comum às festas juninas. Tem as 
raízes em um bailado palaciano praticado nas cortes europeias no 
século XVIII. As coreografias são executadas aos pares, ao som da 
sanfona e de instrumentos de percussão, como zabumba e triângulo. 
Siriri: Com influência africana, portuguesa e espanhola, é uma dança típica do 
Centro-Oeste. Costuma ser executada em pares, que marcam o ritmo ao som 
da viola de cocho, do ganzá e do mocho – instrumento feito de madeira e 
couro cru, percutido com dois bastões. 
Tambor de crioula: Dança de umbigada típica do Maranhão, reservada às 
mulheres. As dançarinas (coreiras) vestem blusa branca e saia colorida e 
comprida. Os homens participam com os tambores e cânticos. O tambor de 
crioula foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, em 2007. 
 
c) Música e Teatro 
Música 
 A música (“arte das musas”, em grego) é uma manifestação artística 
presente em todo agrupamento humano, desde os primórdios da civilização, 
cumprindo funções de ritual, combate, narração de histórias ou 
entretenimento. 
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 A expressão Música Popular Brasileira, também conhecida pela 
abreviação MPB, refere-se a todos os gêneros musicais criados ou 
cultivados no país no decorrer de sua história, a partir da musicalidade 
inerente à cultura dos diferentes componentes de sua população e dos ritmos e 
tradições das diversas regiões do Brasil. O samba é, por excelência, a mais 
forte manifestação musical popular brasileira, mas também o são o 
choro, a seresta, a marcha-rancho, o baião, a música sertaneja e o 
frevo. Desde sua origem, a MPB mistura elementos da música folclórica e 
incorpora as influências de ritmos estrangeiros. 
 Um rico universo sonoro forma-se com as contribuições musicais das 
diversas etnias que compõem o povo brasileiro. Os colonizadores europeus 
trouxeram a tradição das peças eruditas europeias e um acervo de cantigas 
populares. Há também a influência da música sacra, que chegou com as 
missões católicas. Os escravos africanos praticam uma música marcada por 
forte energia rítmica e percussiva. E os indígenas contribuem com uma 
sonoridade intimamente ligada às cerimônias da vida tribal. 
 No fim do período colonial, a maioria dos compositores no Brasil era 
filiada às irmandades de homens negros e mulatos. Uma das razões é que a 
música religiosa era vista como atividade artesanal. Músicos que atuam nas 
cidades mineiras de Diamantina, Ouro Preto (Vila Rica) e Tiradentes (São José 
Del-Rei) têm a produção mais bem documentada da época. 
 Entre os expoentes estão José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, 
Marcos Coelho Neto, Ignácio Parreiras Neves, Manoel Dias de Oliveira e João 
de Deus de Castro Lobo. O mais antigo manuscrito de um autor brasileiro 
é Recitativo e Ária, atribuído ao padre Caetano de Mello Jesus. No 
Recife estão músicos como Luís Álvares Pinto. Herdeiro da tradição do barroco 
mineiro, o padre José Maurício Nunes Garcia é o responsável pela estreia do 
Réquiem, de Mozart, na corte do Rio de Janeiro. 
 O predomínio dos elementos portugueses, africanos e indígenas fez 
surgir duas formas musicais: o lundu e a modinha. A modinha é inspirada nas 
árias de óperas europeias com um tratamento simples e leve, abordando 
temas amorosos. 
 O lundu é uma canção originada das danças africanas, que tem, por isso, 
caráter rítmico, cadenciado e um sentido mais sensual. As duas formas estão 
relacionadas ao ambiente urbano e, na época, são executadas nas serenatas e 
em casas de classe média. 
 Os músicos são quase sempre poetas. Entre os mais famosos estão 
Domingos Caldas Barbosa, Xisto Bahia e Castro Alves. Ritmos musicais 
provenientes da Espanha, como o bolero, a zarzuela e a habanera, e da 
Alemanha, como a polca, também se tornaram populares. Com a chegada da 
família real, em 1808, o Rio de Janeiro começa a se destacar no cenário 
musical, até então dominado pelo florescimento musical de Minas Gerais no 
século XVIII. 
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 Com o romantismo, nasceu uma ópera nacional. Os expoentes são 
Antonio Carlos Gomes, criador de “O Guarani”, e Elias Álvares Lobo – ambos 
auxiliados por libretistas, como Machado de Assis e José de Alencar. O 
movimento perdeu força e uma última ópera foi apresentada nesse período: O 
Vagabundo, de Henrique Alves de Mesquita. 
 Anos depois (por volta de 1850), surgiu no Rio de Janeiro uma geração 
de compositores com obras criadas para o teatro de revista, sob a influência 
dos gêneros europeus de dança de salão, da modinha e do lundu. Trabalham 
com o choro – termo que, na época, designava grupos instrumentais 
populares que tocam à base de improvisação. 
 Em 1899, Chiquinha Gonzaga compõe “Ô Abre Alas”, a primeira marcha 
carnavalesca. Com dezenas de peças teatrais e mais de 2 mil partituras, ela 
ajudou a consolidar a música popular brasileira. Outros nomes de destaque, 
como compositores de choro, foram Joaquim Antônio da Silva Callado e 
Ernesto Nazareth. 
 O aparecimento da gravação mecânica possibilitou a veiculação do 
trabalho de vários compositores populares. Um exemplo é o poeta e músico 
Catulo da Paixão Cearense, autor de Luar do Sertão. 
 Também foram estabelecidas as condições para a origem do 
samba. De um lado, os negrospobres – recém-libertos, moradores de 
cortiços no Rio de Janeiro – continuaram exercitando seus batuques e 
rodas de capoeira. De outro, ocorriam os pagodes nas festas das casas 
das chamadas “tias” baianas (a mais famosa é a Tia Ciata), depois dos 
ritos de devoção aos orixás. 
 O Carnaval ganhou importância e incorpora os blocos dos negros, com 
suas batucadas, e os ranchos organizados pelos mestiços, que se agrupam em 
corporações nas quais se desenvolve a marcha-rancho. 
 Em 1917, Donga registrou o samba Pelo Telefone, que marca o 
começo da profissionalização na música popular e o nascimento oficial 
do samba. É do mesmo ano a primeira gravação de Pixinguinha, que se 
tornaria um dos mais importantes compositores nacionais. Ele instaurou as 
bases da música popular, particularmente do choro, e dá início a uma 
linguagem orquestral brasileira. Outros nomes ligados à criação e ao 
amadurecimento do samba são Caninha, João da Baiana e Noel Rosa. 
 Na música erudita, Leopoldo Miguez, seguidor da escola wagneriana, e 
Henrique Oswald, influenciado pelo impressionismo musical de Debussy, são os 
destaques no início do século XX. Nesse período, Alberto Nepomuceno, ao 
empregar elementos do folclore em suas composições, antecipou a busca de 
um estilo brasileiro perseguido por Heitor Villa-Lobos na primeira metade do 
século XX. 
 
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 Ainda no começo do século XX, no âmbito da música clássica, destacou-
se a apropriação de temas nacionais por compositores como Brasílio Itiberê e 
Luciano Gallet. 
 Na Semana de Arte Moderna de 1922, Heitor Villa-Lobos apontou 
um novo rumo para a música nacional, trazendo elementos folclóricos 
e sonoridades diversas. Sua estética inspirou compositores como Francisco 
Mignone, Camargo Guarnieri e Radamés Gnattali. 
 
Bossa Nova, Jovem Guarda e Tropicália 
 
 Em 1946 foi lançado “Baião”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que 
marca o aparecimento de um estilo com sólidas raízes no folclore rural 
nordestino. Uma série de canções, como Asa Branca e Assum Preto, consolida 
o sucesso de Luiz Gonzaga. 
 O prestígio de Luiz Gonzaga abriu caminho para que outros 
aprofundassem o movimento de agregar ao sul a rica musicalidade do 
Nordeste. O baião, o coco e o xaxado são ritmos trazidos por artistas como 
Jackson do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho. 
 Enquanto, de um lado, firmava-se o baião, de outro, aparecia o samba-
canção, mais lento, suave e com orquestração elaborada. Logo o samba-
canção se torna um modismo. Sua temática gira em torno de grandes 
decepções amorosas. Antonio Maria, Dolores Duran, Marlene, Emilinha Borba, 
Dalva de Oliveira, Nelson Gonçalves, Vicente Celestino, Angela Maria e Cauby 
Peixoto, entre outros, consolidam seu sucesso nessa época, marcada pelo 
apogeu do rádio. 
 A suavização rítmica e as harmonias mais sofisticadas, 
introduzidas no samba pelo samba-canção, contribuem para o 
aparecimento da bossa nova. Nesse período, o jazz norte-americano já 
influencia intérpretes como Dick Farney, Lúcio Alves e Johnny Alf, este também 
compositor. 
 Um dos marcos desse movimento é o disco Canção do Amor 
Demais, de Elizete Cardoso. Nele atuam, em especial na faixa Chega de 
Saudade, os três personagens mais importantes da bossa nova: Tom 
Jobim (o autor da música), o poeta Vinicius de Moraes e João Gilberto. 
Pouco depois dessa obra, João Gilberto gravou seu primeiro disco, Chega de 
Saudade, que lança sua carreira e, por consequência, todo o movimento da 
bossa nova. 
 Outros destaques do movimento são Carlos Lyra, Roberto Menescal e 
Ronaldo Bôscoli. 
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 Músicos ligados à bossa nova iniciaram um movimento de revalorização 
do samba tradicional e da temática dos morros. Nara Leão grava músicas de 
Cartola e Nelson Cavaquinho. Em 1962, o Festival de Bossa Nova realizado no 
Carnegie Hall, em Nova York, dá projeção internacional ao gênero. Na mesma 
época, Celly Campello torna-se a primeira estrela nacional do rock, 
com os hits Estúpido Cupido e Banho de Lua, que levarão ao 
movimento chamado de jovem guarda. 
 Em 1965, a TV Excelsior realizou o primeiro Festival de Música Popular 
Brasileira. Em 1966 e 1967 são feitos outros dois pela TV Record, ambos em 
São Paulo. De 1966 a 1972, a TV Globo realizou o Festival Internacional da 
Canção, no Rio. Esses festivais revelaram ao público músicos como Edu Lobo, 
Chico Buarque, Milton Nascimento, Elis Regina, Geraldo Vandré. 
 A Record é palco da estreia do programa Jovem Guarda, que batiza o 
estilo. Com uma sonoridade próxima à do rock e letras descontraídas, a jovem 
guarda vira sucesso entre os jovens e destaca Roberto Carlos, Erasmo Carlos, 
Wanderléa, Jerry Adriani, Ronnie Von e Vanusa. 
 A tropicália surgiu no Festival da Record, em 1967, com os 
baianos Caetano Veloso (concorrendo com Alegria, Alegria) e Gilberto 
Gil (com Domingo no Parque). As guitarras de rock na apresentação 
causaram rejeição de parte do público. Como a plateia era constituída, 
sobretudo, de universitários, e os festivais apareciam como um espaço 
cultural de resistência ao regime militar, a guitarra foi vista como 
apoio à cultura vinda dos Estados Unidos. 
 A polêmica não parou por aí. O disco-manifesto Tropicália ou Panis et 
Circencis (1968), com a presença de Nara Leão, Tom Zé, Gal Costa, Os 
Mutantes e do maestro Rogério Duprat, trazia referências ao cantor Vicente 
Celestino, ao rock e à bossa nova e afirmava a posição do grupo sobre a falsa 
oposição entre as formas supostamente “puras” da música brasileira e as 
influências do pop e outros ritmos internacionais. 
 
 
 
(CESPE / Analista Legislativo Câmara dos Deputados / 
2012) O Brasil nunca mais seria o mesmo após aqueles três 
dias de vertigem e vaias no teatro refinado de São Paulo. A 
Semana de Arte Moderna apresentou ao país seus 
“neotupis”: os poetas Mário e Oswald de Andrade, a pintora 
Anita Malfatti, o compositor Villa-Lobos. A Semana rompeu 
com o passado e apresentou o Brasil das letras ao Brasil das 
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calçadas. Plantou o pau-brasil — e só poupou o Machado. 
(...) As vaias viraram urros e os urros se tornaram ofensas. 
O poeta seguia berrando, sob os riffs lancinantes da 
guitarra: “Vocês estão por fora. Vocês não dão pra 
entender. Mas que juventude é essa? Vocês são iguais 
sabem a quem? Sabem a quem? Àqueles que foram no 
Roda Viva e espancaram os atores. Não diferem em nada 
deles”. Era 12/9/1968 e, acompanhado dos Mutantes, 
Caetano Veloso estava tentando apresentar a canção É 
proibido proibir. 
Eduardo Bueno. Brasil: uma história — cinco séculos de um 
país em construção. São Paulo: Leya, 2010, p. 319-20 e p. 
403 (com adaptações) 
Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes. 
No campo da música popular, há consenso acerca da 
importância de Noel Rosa para o surgimento de um gênero 
musical, o samba, que se tornaria sinônimo de música 
brasileira. Ao longo de sua vida, que se estendeu por mais 
de oitenta anos, o poeta da Vila, como ficou conhecido Noel 
Rosa, também se destacou na composição de boleros, 
valsas e maxixes. 
Comentário do professor: Questão difícil! Noel Rosa, 
apesar de sua imensa contribuição para o samba, não viveu 
mais de 80 anos. Pelo contrário, sua vida foi curta: faleceu 
antes dos 30 anos. Questão errada. 
 
No contexto citado, Caetano Veloso colocava-se na linha de 
frente de um movimento artístico-cultural inovador: a 
Tropicália. O título da canção citada no texto remete ao 
movimento contestatóriode 1968, que começou em Paris, 
com as manifestações estudantis, e se espalhou por várias 
regiões do mundo. 
Comentário do professor: Caetano Veloso, juntamente 
com Gilberto Gil, estiveram a frente do movimento 
conhecido como Tropicália, que contestava a falsa oposição 
entre as formas supostamente “puras” da música brasileira 
e as influências do pop e outros ritmos internacionais (como 
a polêmica do uso da guitarra). Questão certa. 
 
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Teatro 
 O teatro é uma das formas mais antigas de expressão do ser humano e, 
na cultura ocidental, sua origem está na Grécia da Antiguidade. 
 O nascimento do teatro (do grego théatron, “lugar onde se vai para ver”) 
remonta aos festivais religiosos gregos em honra ao deus Dionísio. Os 
cânticos eram entoados por um coro, e conduzidos por um solista, o 
corifeu. 
 Na Itália do século XVI surgiram as primeiras peças em língua 
nacional (no caso, o italiano) e foram construídos os primeiros teatros 
com a divisão palco-plateia atual. As comédias de Ariosto, como La 
Cassaria, marcam o nascimento do teatro erudito. 
 A commedia dell’arte nasceu em 1545, em Pádua, quando oito atores 
formaram uma companhia para se apresentar ao ar livre ou nas cortes. Na 
Espanha, os mais relevantes foram Lope de Vega e Calderón de la Barca. No 
Brasil, os jesuítas utilizaram o teatro para catequizar os índios – e a 
primeira apresentação teatral registrada foi o Auto de Santiago, 
encenada na Bahia, em 1564. 
 Ainda no século XVI, agora no Reino Unido, o ano de 1558 marcou o 
início do teatro elisabetano. Durante o reinado de Elizabeth I foram construídas 
as primeiras salas de espetáculo e consolidou-se o teatro profissional. Os 
expoentes foram Christopher Marlowe, Ben Jonson e William Shakespeare, 
considerado o maior dramaturgo de todos os tempos. 
 No que concerne ao teatro brasileiro no século XX, vale 
mencionar que a dramaturgia sofreu com a censura do regime militar. 
Em 1974, a polícia invadiu o Teatro Oficina. A estreia de Macunaíma (1978), 
com direção de Antunes Filho, marcou o início de uma nova linguagem cênica 
brasileira, com a valorização narrativa das imagens e o surgimento dos 
diretores-encenadores. Destacou-se, também, o grupo Teatro do Ornitorrinco, 
de Cacá Rosset. 
 Entre os nomes de destaque do teatro contemporâneo internacional 
estão o austríaco Peter Handke, os norte-americanos Edward Albee, David 
Mamet e Sam Shepard e o nigeriano Wole Soyinka. 
 Na cena contemporânea brasileira, é importante destacar que José 
Celso Martinez Corrêa realizou em 2002 uma trilogia de Os Sertões (de 
Euclides da Cunha) no Teatro Oficina, que se encerrou em 2005. Sérgio Roveri, 
Mário Bortolotto, Dib Carneiro Neto são outros nomes de importância. 
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d) Políticas Culturais 
 
 O Ministério da Cultura (MinC) é um órgão integrante da estrutura do 
Poder Executivo Federal. O MinC tem como áreas de competência a 
política nacional de cultura e a proteção do patrimônio histórico e 
cultural. 
 Por meio das metas do Plano Nacional da Cultura (PNC), o MinC trabalha 
a concepção de cultura articulada em três dimensões: simbólica, cidadã e 
econômica. 
 Antes de abordar as três dimensões da cultura, vale destacar a definição 
do PNC. 
 O PNC foi instituído como política de Estado pela Lei nº 12.343/2010. 
Constitui-se de um conjunto de princípios, diretrizes, objetivos e estratégias 
que devem orientar o poder público no setor. Ele define 53 metas a serem 
atingidas até 2020, entre elas aumentar a leitura de livros no país, modernizar 
museus e ampliar para 15 mil os Pontos de Cultura. 
 Os Pontos de Cultura são locais com estrutura e equipamentos públicos, 
principalmente para produção, gravação e comunicação digitais, para grupos 
que já atuam nas comunidades. Objetiva formar redes de contato entre as 
pessoas e dos pontos entre si. Até outubro de 2014, haviam sido criados 4.080 
Pontos de Cultura. 
 Vejamos agora as três dimensões da cultura utilizadas pelo MinC no 
âmbito do PNC: 
Dimensão Simbólica 
 A dimensão simbólica abrange o aspecto do conceito de cultura 
que considera que todos os seres humanos possuem o potencial de 
criar símbolos que se expressam em práticas culturais diversas como 
idiomas, costumes, culinária, modos de vestir, crenças, criações tecnológicas e 
arquitetônicas, e também nas linguagens artísticas: teatro, música, artes 
visuais, dança, literatura, circo etc. 
Dimensão Cidadã 
 A dimensão cidadã leva em conta o aspecto em que a cultura é 
compreendida como um direito básico do cidadão. Dessa feita, faz-se 
necessário garantir que os brasileiros participem de forma mais intensa da vida 
cultural, criando e tendo mais acesso a livros, espetáculos de dança, teatro e 
circo, exposições de artes visuais, filmes nacionais, apresentações musicais, 
expressões da cultura popular, acervo de museus, entre outros. 
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Dimensão Econômica 
 A dimensão econômica está ligada ao aspecto da cultura como 
vetor econômico. A cultura como um lugar de inovação e expressão da 
criatividade brasileira faz parte do novo cenário de desenvolvimento 
econômico, socialmente justo e sustentável. 
 
 Quando se fala em incentivo a cultura no Brasil, não se pode 
esquecer da Lei Rouanet. A Lei Rouanet (Lei nº 8.313/1991) é um dos 
principais instrumentos do Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC), 
que arrecada recursos por meio do Fundo Nacional da Cultura (FNC). A Lei 
Rouanet, elaborada na gestão do Secretário da Cultura Sérgio Paulo Rouanet 
no MinC, define a política de incentivos fiscais à cultura. 
 O Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC) foi implementado 
pela Lei Rouanet, com o escopo de estimular a produção, a distribuição e o 
acesso aos produtos culturais, proteger e conservar o patrimônio histórico e 
artístico e promover a difusão da cultura brasileira e a diversidade regional, 
entre outras atribuições. 
 O PRONAC estipulou os seguintes mecanismos de apoio: Fundo 
de Investimento Cultural e Artístico (FICART), Incentivo Fiscal e Fundo 
Nacional da Cultura (FNC). 
 O FICART consiste na comunhão de recursos destinados à 
aplicação em projetos culturais e artísticos, de cunho comercial, com 
participação dos investidores nos eventuais lucros, mas, até o momento, não 
foi implementado. 
 O Incentivo Fiscal, também chamado de Renúncia fiscal ou 
Mecenato, é uma forma de estimular o apoio da iniciativa privada ao 
setor cultural. O proponente apresenta uma proposta cultural ao MinC e, 
caso aprovada, fica autorizado a captar recursos junto a pessoas físicas que 
sejam contribuintes do Imposto de Renda ou empresas tributadas com base no 
lucro real, visando à execução do projeto. 
 O FNC é um fundo de natureza contábil (com prazo 
indeterminado de duração) que contempla projetos culturais 
compatíveis com uma das seguintes finalidades: 
I – estimular a distribuição regional equitativa dos recursos a serem aplicados 
na execução de projetos culturais e artísticos; 
II – favorecer a visão interestadual, estimulando projetos que explorem 
propostas culturais conjuntas, de enfoque regional; 
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III – apoiar projetos dotados de conteúdo cultural que enfatizem o 
aperfeiçoamento profissional e artístico dos recursos humanos na área da 
cultura, a criatividade e a diversidade cultural brasileira; 
IV– contribuir para a preservação e proteção do patrimônio cultural e histórico 
brasileiro; 
V – favorecer projetos que atendam às necessidades da produção cultural e 
aos interesses da coletividade, aí considerados os níveis qualitativos e 
quantitativos de atendimentos às demandas culturais existentes, o caráter 
multiplicador dos projetos através de seus aspectos socioculturais e a 
priorização de projetos em áreas artísticas e culturais com menos possibilidade 
de desenvolvimento com recursos próprios. 
 Conforme vimos, o PRONAC possui atualmente dois mecanismos 
ativos: o FNC e o Incentivo Fiscal. 
 
(Questão INÉDITA / 2015) O Fundo de Investimento 
Cultural e Artístico (FICART) consiste na comunhão de 
recursos destinados à aplicação em projetos culturais e 
artísticos, de cunho comercial, com participação dos 
investidores nos eventuais lucros. Juntamente com o 
Mecenato (previsto na Lei Rouanet), é uma das maiores 
fontes de financiamento e incentivo à cultura em 
funcionamento no Brasil. 
Comentário do professor: Fique ligado! O FICART é o 
único mecanismo do PRONAC (Programa Nacional de Apoio 
à Cultura) que ainda não foi implementado (ao contrário do 
FNC – Fundo Nacional da Cultura - e do Mecenato). 
Questão errada. 
 
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Tópicos Relevantes – Sociedade 
 Nesta segunda parte da aula, nós iremos abordar os principais aspectos 
da sociedade (com destaque para literatura), sempre com vistas a identificar 
os pontos e contextualizações que tenham aquele perfil que as bancas 
examinadoras gostam de transformar em questão de prova. Vamos em frente! 
 
a) Principais características da população brasileira 
 
 O Brasil possui a quinta maior população do mundo e em 2014 
ultrapassou a casa dos 202 milhões habitantes, de acordo com 
estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Com mais de 21% da população brasileira, o estado mais populoso é São 
Paulo, com pouco mais de 44 milhões habitantes, também segundo o IBGE. 
 Acompanhando tendência mundial, o crescimento demográfico 
brasileiro vem se desacelerando nas últimas décadas. Esse processo é 
decorrente principalmente da queda constante da taxa de fecundidade (que 
representa a quantidade de filhos que cada mulher tem na vida). 
 Do início da atual série histórica da taxa de fecundidade brasileira, que 
começou em 2000 (e era de 2,39 filhos por mulher), a taxa vem sofrendo 
queda, e a tendência continua. Segundo as projeções da população divulgada 
pelo IBGE, baseadas no Censo Demográfico 2010, em 2013 a taxa continua a 
cair e ainda está abaixo do índice de reposição (que é de 2,1), passando de 1,8 
filho por mulher em 2012 para 1,77 em 2013. O índice de reposição 
representa o valor necessário para que a população não diminua ao 
longo do tempo. 
 Esses dados reforçam a tendência à queda na taxa de natalidade, mas, 
no curto prazo, não significa estagnação populacional, pois existe uma larga 
faixa de população em plena idade reprodutiva – são mais de 50 mil mulheres 
entre 15 e 49 anos, que representam mais de 50% do total de mulheres do 
país, o que faz com que haja mais nascimentos do que mortes. 
 Contudo, a situação pode mudar daqui a 30 anos, caso se mantenha o 
atual ritmo de natalidade, quando a população brasileira deve parar de crescer. 
De acordo com as novas projeções, o Brasil contará em 2045 com uma 
população total de cerca de 228 milhões de pessoas, e então deve começar a 
diminuir. 
 Dividindo-se o número de habitantes pela área total do território 
brasileiro, chega-se à densidade populacional do país: 23,8 habitantes por 
quilômetro quadrado em 2014. Todavia, a ocupação no país varia 
drasticamente de uma região para outra. Na Região Norte, a densidade é de 
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4,5 habitantes por quilômetro quadrado. Já na Região Sudeste (a mais 
populosa do Brasil), existem 92,1 habitantes por quilômetro quadrado, 
sobretudo nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. 
Expectativa de vida 
 No quesito expectativa de vida, vale destacar que esse indicador 
vem crescendo nos últimos anos, o que reflete a melhoria geral das 
condições de vida e saúde no país. Segundo a Tábua Completa de 
Mortalidade no Brasil 2013, do IBGE, o brasileiro atinge 74,9 anos de 
esperança de vida ao nascer em 2013. Entre 2000 e 2013, esse número 
cresceu 5 anos, com uma situação mais favorável para as mulheres. A 
expectativa de vida das mulheres, que era de 74,3 em 2000, subiu para 78,6 
em 2013. No caso dos homens, passou de 66,7 para 71,3 anos. Veja a tabela 
abaixo: 
 
 
Fonte: Dados IBGE 
 
 Os maiores ganhos na expectativa de vida do país ocorreram 
entre as décadas de 1950 e 1980. Os fatores principais foram os 
avanços na área de saúde, como a introdução dos antibióticos, a 
adoção de medidas preventivas de saúde pública e a expansão da rede 
de saneamento básico. Tais elementos levam à redução da mortalidade por 
doenças infecciosas, especialmente entre as crianças. 
 No âmbito dos Estados, Santa Catarina e o Distrito Federal registraram a 
maior expectativa de vida, de 78,1 e 77,3 anos, em 2013. Por outro lado, o 
Maranhão registrou a menor, 69,6 anos. 
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Renda 
 Quanto ao aspecto da renda, existem importantes observações a 
serem feitas. O rendimento médio mensal dos brasileiros aumentou 8,9% de 
2012 para 2013, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
(PNAD), divulgada pelo IBGE em 2014. O rendimento médio mensal de 
pessoas de 10 ou mais anos de idade passou de 1.001 reais em 2012 para 
1.090 reais. De 2012 para 2013, todas as regiões apresentaram aumento do 
rendimento médio mensal: os maiores ganhos ocorreram no Sul (10,6%) e no 
Nordeste (10,2%), seguidos pelas regiões Sudeste (8,1%), Norte (7,9%) e 
Centro-Oeste (7,8%). O Nordeste apresentou o menor rendimento médio: 712 
reais; e o Centro-Oeste registra o maior: 1.345 reais. 
 Em 2012, 43,1% dos domicílios brasileiros apresentaram rendimento 
mensal domiciliar per capita de menos de um salário mínimo. Esse percentual 
representava cerca de 27 milhões de domicílios. Nas Regiões Norte e Nordeste 
esses percentuais eram de 59,2% e 63,3%, respectivamente. 
 O maior aumento da renda per capita dos mais pobres em relação 
aos mais ricos mostra uma diminuição na desigualdade. Uma forma de 
visualizar a queda da desigualdade é observar o crescimento acumulado na 
renda dos 20% mais pobres com os 20% mais ricos. Enquanto em 2009 a 
renda dos 20% mais ricos era 17,8 vezes maior que a dos 20% mais pobres, 
em 2012, passou a ser 16,1 vezes. 
 Mesmo com a melhora, o Brasil ainda possui uma das maiores 
concentrações de renda do mundo: enquanto a população 10% mais rica vive 
com 41,9% da renda nacional, os 40% mais pobres sobrevivem com apenas 
13,3% da renda. Os dados referentes à concentração de renda ainda são 
insatisfatórios, pois evidenciam que esse cenário tem relação com a 
cor da pele e suas implicações históricas e sociais. A população negra 
(pretos e pardos) recebe menos da metade do rendimento dos brancos. Entre 
os 10% mais pobres, estão 14,5% da população negra e apenas 5,3% dos 
brancos. 
 Dados da Síntese 2013, divulgados pelo IBGE, mostram que, enquanto 
apenas 3,5% das pessoas ganhavam mais de cinco salários mínimos mensais 
familiar per capita, 54,8% das pessoas ganhavam até um salário mínimo 
mensal familiar per capita. No Nordeste, 69,8% das pessoas ganhavam até um 
salário mínimo mensal familiar per capital em 2012.Para medir a concentração de renda em níveis mundiais, o padrão 
adotado internacionalmente é o Índice de Gini, cujo valor varia de zero 
(a igualdade perfeita) a 1 (a desigualdade máxima). No Brasil, desde 
1996, houve redução discreta, mas constante, desse índice, partindo de 0,568 
para chegar ao patamar de 0,501, em 2013, de acordo com IBGE. 
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Homens e Mulheres no Brasil 
 No Brasil, as mulheres são maioria, representando 51,4% da 
população, contra 48,6% de homens. Dados da PNAD 2013 demonstram 
que o número de mulheres supera o de homens em quase todas as regiões. O 
norte do país, que até 2009 tinha uma parcela maior de mulheres, apresenta 
agora 49,9%, contra 50,1% de homens. O Sudeste é a região com a maior 
porcentagem de mulheres em 2013, 51,8%, contra 48,2% de homens. 
O principal motivo para esse desequilíbrio é a maior longevidade das mulheres. 
 Algumas das maiores transformações em curso na sociedade brasileira 
envolvem as mulheres. Com maior escolaridade e menor número de 
filhos, cresce a presença da mulher no mercado de trabalho e na 
participação do sustento das famílias. A cada ano, os dados divulgados 
pelo IBGE mostram as mudanças na situação da parcela feminina da 
população. 
 No ano de 2012, por exemplo, as mulheres brasileiras apresentam, em 
média, 0,4 ano a mais de escolaridade do que os homens. A diferença de 
escolaridade entre homens e mulheres é maior no Nordeste, onde elas passam 
oito meses a mais na escola – são 6,8, contra seis –, e no Norte e Centro-
Oeste, regiões em que as mulheres ficam seis meses a mais. Em 2012, o 
percentual de mulheres entre os universitários concluintes é de 59,5%. 
 Em 2014, o IBGE divulgou o estudo Estatísticas de Gênero, com base nos 
dados coletados no Censo Demográfico 2010. Segundo a pesquisa, o 
crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho foi 
acompanhado por algumas mudanças na forma de inserção das 
trabalhadoras nas suas relações, que permite maior autonomia à 
mulher. O aumento da formalização dos trabalhadores é uma das principais 
marcas do período de 2000 a 2010: um número maior de pessoas passou a ter 
acesso aos benefícios advindos da carteira de trabalho assinada e da 
contribuição para a previdência social, tais como: férias, 13º salário, licença-
maternidade, seguro desemprego, licença para tratamento de doenças, além 
de aposentadoria contributiva. 
 Entre as trabalhadoras negras, o crescimento da formalização foi 
ligeiramente superior ao das mulheres brancas. Quando o tema é renda, 
o estudo pontua que a desigualdade de rendimento entre homens e mulheres 
no caso brasileiro é resultado, em grande medida, da inserção no mercado de 
trabalho diferenciada por sexo, com uma maior presença feminina em 
ocupações precárias, de baixa qualificação, pouco formalizadas e 
predominantemente no setor de serviços como, por exemplo, o trabalho 
doméstico. 
 
 
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Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 
 Há duas maneiras básicas de avaliar o desenvolvimento da população de 
uma nação. Uma delas mede a renda per capita, dividindo o Produto Interno 
Bruto (PIB) pelo número de habitantes do país. Contudo, esse método 
(empregado predominantemente até o fim dos anos 1980) pode gerar 
distorções, pois em alguns países a riqueza está concentrada nas mãos de 
poucos e, em outros, a distribuição é mais equilibrada. 
 Para evitar esse tipo de problema, o Programa das Nações Unidas 
para o Desenvolvimento (PNUD) criou o Índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH), que é publicado anualmente, desde 1990. 
 O IDH mede o bem-estar das populações, juntando à renda 
indicadores da qualidade de vida em cada nação. Essa qualidade de 
vida é medida pelo desempenho do país nas áreas de saúde e 
educação. A média geométrica desses índices dá a cada país um 
conceito de muito alto, alto, médio ou baixo desenvolvimento humano. 
 O IDH varia de 0 a 1. Quanto mais perto de 1, maior é o bem-estar. A 
partir do IDH de cada país, o PNUD elabora um ranking que separa os países 
em quatro categorias. Em 2014, a classificação é feita pela divisão dos países 
em quatro partes: os com muito alto desenvolvimento (acima ou igual a 
0,800), alto desenvolvimento (entre 0,700 e 0,799), médio desenvolvimento 
(entre 0,550 e 0,699) e baixo desenvolvimento humanos. 
 No ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que 
mede a qualidade de vida, o Brasil entrou em 2007 no patamar de alto 
desenvolvimento humano, mas ainda atrás de alguns de seus vizinhos, 
como Chile, Argentina e Uruguai. 
 No relatório mais recente divulgado pelo PNUD, divulgado em 2014 com 
dados de 2013, o Brasil fica em 79º lugar entre 187 países, com índice de 
0,744. Devido às mudanças na forma de avaliar o IDH a partir de 2014, não é 
possível estabelecer uma comparação com os anos anteriores. 
 
 
 Nos últimos anos, o Brasil oscilou posições, ainda que de forma suave 
(84º, 85º e, agora, em 79º). O importante, para fins de prova, é saber 
que o Brasil está no grupo de países de alto desenvolvimento, segundo 
o critério do PNUD/IDH. 
 
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 Além do IDH, o PNUD desenvolve também o Índice de 
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), pesquisa realizada a cada 
dez anos e composta de três indicadores, a saber: 
• IDHM Educação; 
• IDHM Renda; 
• IDHM Longevidade. 
 Tais indicadores são sintetizados em um único número, possibilitando a 
comparação entre os municípios brasileiros ao longo dos anos. As faixas de 
desenvolvimento variam de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, mais 
desenvolvido o município: Muito baixo (0 a 0,499); Baixo (0,500 a 0,599); 
Médio (0,600 a 0,699); Alto (0,700 a 0,799); e Muito Alto (0,800 a 1). 
 Em 2013, foi divulgada a última pesquisa, com dados de 2010. O 
IDHM do Brasil ficou em 0,727, considerado Alto Desenvolvimento 
Humano. Nas últimas décadas, o Brasil evoluiu de 0,493, em 1991, para 
0,612, em 2000, até atingir o valor atual. Dessa forma, o país apresenta uma 
evolução de 0,119 pontos nessa escala entre 1991 e 2000, e de 0,115 entre 
2000 e 2010. Em termos percentuais, seu desempenho foi 24,4% maior entre 
1991 e 2000, e cresceu 18,8% entre 2000 e 2010, correspondendo a um 
aumento total de 47,5% no período. 
 No entanto, persistem as desigualdades regionais. A grande 
maioria dos municípios brasileiros que possuem IDHM elevado se 
encontra na região centro-sul do país, enquanto as regiões Norte e 
Nordeste concentram os municípios que apresentam Muito Baixo 
Desenvolvimento Humano e a maioria dos municípios que possuem 
Baixo Desenvolvimento Humano. 
 Apenas cinco capitais figuram entre os 20 municípios de IDHM mais 
elevado do país: Florianópolis, Vitória, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. O 
município com maior IDHM do país é São Caetano do Sul, em São Paulo 
(0,862) e o pior é Melgaço, no Pará (0,418). 
 A dimensão com maior crescimento entre 1991 e 2010 foi 
Educação. O IDHM Educação passou de 0,279, em 1991, para 0,637, 
em 2010. No Atlas IDHM 2013, o indicador de educação foi calculado com 
uma nova metodologia que passou a considerar os adultos com ensino 
fundamental completo e as crianças e os jovens que frequentam os ciclos da 
escola com a idade adequada. 
 No IDHM de 2003, eram levadas em conta apenas a taxa de 
alfabetização dos adultos e a frequência à escola. A nova metodologia mostra 
que é preciso garantir que as crianças e jovens avancem nos ciclos escolares, 
nas idades certas. 
 Os municípios que tiveram crescimentodo IDHM Educação 
superior à média nacional (65% dos municípios brasileiros) 
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encontram-se, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste, nas quais 
os indicadores observados em 1991 e 2000 eram muito baixos. Aqueles que 
tiveram crescimento muito acima da média nacional também estão no Norte e 
Nordeste, principalmente nos estados da Bahia, Maranhão, Ceará e Piauí. 
 O IDHM Renda do Brasil passou de 0,647, em 1991, para 0,692, em 
2000, chegando, em 2010, a 0,739. Ao todo, da totalidade dos municípios 
brasileiros existentes em 2010, apenas 11% deles possuem o IDHM Renda 
superior ao do total do país (0,739). 
 O IDHM Longevidade passou de 0,662, em 1991, para 0,727, em 2000, 
chegando, em 2010, a 0,816. A evolução corresponde reflete ganhos 
significativos na expectativa de vida ao nascer do brasileiro nos últimos 20 
anos. Dos municípios brasileiros, cerca de 40% deles possuem o IDHM 
Longevidade superior ao observado para o país. 
 O IDHM Longevidade reflete o nível de mortalidade e os riscos de 
morte que podem atingir a população dos municípios e reflete as 
condições socioeconômicas da população. É medido pela expectativa de 
vida ao nascer – número médio de ano que as pessoas viveriam a partir do 
nascimento. O aumento do IDHM longevidade pode sugerir uma melhora nas 
condições de vida e acesso a serviços de saúde da população. No Brasil, essa 
dimensão também está associada às quedas de fecundidade e mortalidade 
infantil. 
 
b) Literatura 
 
 Literatura é a arte de escrever textos em prosa ou verso. São 
gêneros da literatura a poesia (épica ou lírica) e a prosa, sob a forma de 
romance, novela, conto, crônica e texto dramático. 
 Duas das obras mais antigas conhecidas no Ocidente são as epopeias 
Ilíada e Odisseia, cuja autoria é atribuída ao poeta grego Homero, que narra 
episódios da Guerra de Troia e as façanhas dos heróis Aquiles e Ulisses 
(Odisseu, em grego). 
 Mais tarde, desenvolvem-se o teatro e a poesia, com nomes como 
Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes. Esopo fica conhecido por suas 
fábulas e Heródoto, por registrar a história da Grécia. 
 Na Grécia clássica, os textos literários dividiam-se em três 
gêneros, que representavam as manifestações literárias da época: o épico, 
centrado na figura do herói; o dramático, destinado à representação cênica, 
na forma de tragédia ou comédia; e o lírico, centrado na subjetividade dos 
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sentimentos. De acordo com Aristóteles, o primeiro gênero seria a palavra 
narrada, o segundo, a palavra representada e o terceiro, a palavra cantada. 
 Ao final da Idade Média, as transformações de ordem econômica, política 
e social levaram ao surgimento de uma concepção humanista de mundo, que 
põe o homem como elemento central do pensamento. No Renascimento, a 
literatura retoma ideais da cultura grega e romana. Na Itália, berço do 
Renascimento, distinguem-se Dante Alighieri (A Divina Comédia), Giovanni 
Boccaccio (Decameron) e Francesco Petrarca, considerado o inventor do 
soneto, poema formado por 14 versos rimados em dois quartetos e 
dois tercetos. 
 No romantismo, que predominou na primeira metade do século XIX, 
fazia-se a apologia da liberdade de criação, com obras de grande subjetivismo. 
Os expoentes foram os ingleses William Wordsworth e Samuel Taylor 
Coleridge, pioneiros do movimento, e os alemães Johann Wolfgang von 
Goethe, Friedrich Schiller, Novalis, Hölderlin e Heinrich Heine. Na França, os 
principais representantes foram Victor Hugo, Honoré de Balzac e Stendhal. 
 Já na segunda metade do século XIX imperou o realismo, que busca 
descrever a realidade de maneira objetiva. Na França, Gustave Flaubert 
publicou Madame Bovary, considerado um marco do movimento. 
 Na Inglaterra, destaca-se Charles Dickens. Na obra O Romance 
Experimental, o francês Émile Zola expõe a teoria do naturalismo, que propõe 
a perspectiva científica na literatura. Nessa época, o francês Júlio Verne 
escreveu mais de 100 livros e é tido como o fundador do gênero ficção 
científica. Vertido em 148 línguas, Verne permanece até hoje como o 
autor mais traduzido da história, segundo pesquisa realizada pela 
Unesco. 
 A poesia desse período (segunda metade do século XIX) é 
representada por duas escolas: o parnasianismo e o simbolismo. O 
primeiro defende o rigor formal. Já o simbolismo valoriza as sugestões do 
subconsciente. 
 Chegando ao século XX, merece destaque a Semana de Arte 
Moderna de 1922 em São Paulo, que marcou o início do modernismo no 
Brasil, cujos expoentes são Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti 
Del Picchia e Manuel Bandeira. Em Portugal, os grandes nomes do modernismo 
são Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa. 
 A segunda geração do modernismo brasileiro focou em temas de teor 
social. Destacam-se José Lins do Rego, Jorge Amado, Dyonélio Machado e 
Graciliano Ramos, que trataram da seca, da miséria e da exploração. 
 Erico Verissimo escreveu romances urbanos, entre eles Olhai os Lírios do 
Campo. Na poesia, Jorge de Lima, Murilo Mendes, Cecília Meireles, 
Vinicius de Moraes, Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade 
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foram nomes de grande destaque. Nessa mesma época Monteiro Lobato 
publicou a turma do Sítio do Picapau Amarelo e Ariano Suassuna suas 
primeiras peças regionalistas. 
 Por sua vez, o escritor em língua portuguesa em maior evidência 
na década de 90 foi José Saramago, autor de obras instigantes como 
Evangelho Segundo Jesus Cristo e Ensaio sobre a Cegueira. Em 1998, tornou-
se o primeiro escritor de língua portuguesa a ganhar o Prêmio Nobel de 
Literatura. 
 Nessa década também merece destaque a consagração, como best-seller 
mundial, do escritor Paulo Coelho, cujo livro O Alquimista atingiu o 
impressionante patamar de um dos mais vendidos no mundo, 
superando 40 milhões de exemplares. 
 Importantes referências de leitura, os prêmios literários são criados para 
apoiar e estimular os escritores de cada país. O prêmio de maior 
reconhecimento em literatura internacional é o Nobel, concedido todo ano pela 
Fundação Nobel, na Suécia. Em 2014, o escritor francês Patrick Modiano 
foi o ganhador do Nobel de Literatura. 
 Merecem destaque também o Prêmio Pulitzer, oferecido anualmente pela 
Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e o Prêmio Camões, concedido 
todo ano pelos governos do Brasil e Portugal, a partir de 1988. 
 
c) A urbanização no contexto social 
 
 Urbanização é o processo de formação ou de ampliação das áreas 
urbanas, em contraposição às áreas rurais. As regiões urbanas caracterizam-se 
pela alta densidade populacional, pela predominância de atividades econômicas 
relacionadas a comércio, serviços e indústria e pela existência de 
equipamentos públicos de uso coletivo, como escolas, hospitais e centros de 
lazer. 
 O processo de urbanização começou a se generalizar no século 
XIX, envolvendo os países que viveram a Revolução Industrial. Nos 
países em desenvolvimento, a urbanização intensificou-se a partir de meados 
do século XX, graças, principalmente, à expansão da industrialização. 
 No Brasil, a definição de área urbana baseia-se em critérios 
administrativos, determinados por lei. O IBGE considera zona urbana 
toda sede de município (cidade) e de distrito (vila), 
independentemente do tamanho da população e da densidade 
demográfica. Um pequeno aglomerado de casas em meio ao campo, sendo 
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sede de distrito, vira zona urbana. Isso faz com que as comparações entre a 
taxa de urbanização no Brasil e a de outros países sejam limitadas. 
 Com o aumento da urbanização, a área das cidades se amplia. Os 
limites entre municípios vizinhos se confundem e, onde antes existiam 
várias cidades, passa a existir uma única mancha urbana. Esse 
processo é chamado de conurbação e aparece no Brasil na década de 
1970, fazendo surgir as regiões metropolitanas. 
 Quando o crescimento da população urbana é acelerado demais e não há 
o planejamento necessário, a infraestrutura nas áreas de saúde, educação, 
segurança e moradia passa a apresentar deficiências. Além disso, há a 
formação de favelas e o surgimento de moradores de rua. 
 Isso ocorre atualmente na maioria das cidades de países em 
desenvolvimento, e é uma questão muito relevante no Brasil. Cerca de 9% dos 
brasileiros vivem em condições precárias de moradia, segundo dados de 2012 
do IBGE. Esse dado engloba não apenas pessoas que vivem em favelas ou 
palafitas, dependendo da região do país, mas também famílias que dividem um 
mesmo espaço em cortiços ou pagam aluguel excessivo. 
 De acordo com o critério utilizado pela ONU, são consideradas 
residências muito pobres as casas que não possuem quatro itens tidos 
como essenciais: água encanada, boas condições sanitárias (esgoto 
coletado ou fossa séptica), espaço suficiente (máximo de três pessoas 
dividindo um mesmo cômodo) e estrutura e qualidade de construção. 
Outros requisitos considerados importantes, mas não essenciais para a 
definição geral são: a regularização do terreno e da construção e o direito 
assegurado de posse da propriedade pelo morador. 
 A falta de moradia nas grandes cidades, e a carência em áreas como 
transporte público, saúde e educação levaram movimentos organizados de 
reivindicações nesses setores recentemente a protestar e reivindicar 
melhorias. Em São Paulo, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto 
(MTST) se destacou nas manifestações. A ocupação Copa do Povo, em 
2014, próxima ao novo estádio em Itaquera, virou símbolo da luta do 
movimento, ao conseguir negociar com o governo federal a construção de 
moradias populares no terreno. 
 Os protestos têm sido mais expressivos nas maiores cidades e regiões 
metropolitanas. Elas são as mais carentes em infraestrutura e serviços na 
quantidade necessária para acompanhar o rápido crescimento da população, e 
representam um desafio para os gestores públicos. 
 No âmbito da regulamentação, vale destacar que a Constituição 
de 1988 dedica um capítulo a políticas urbanas. Em 2001 foi 
sancionada a Lei nº 10.257, que instituiu o Estatuto das Cidades. Ele 
estabelece a exigência de que todas as prefeituras façam um plano diretor 
para planejar e regular seu crescimento e funcionamento, estabelece ainda 
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obrigações e determina que cada plano deve ser aberto à discussão prévia com 
a sociedade e votado na Câmara Municipal. 
 
(Questão INÉDITA / 2015) Com o aumento da urbanização, 
a área das cidades se amplia. Os limites entre municípios 
vizinhos se confundem e, onde antes existiam várias 
cidades, passa a existir uma única mancha urbana. Esse 
processo é chamado de conurbação e aparece no Brasil na 
década de 1970, fazendo surgir as regiões metropolitanas. 
Comentário do professor: O enunciado da questão traz de 
forma correta a definição do fenômeno da conturbação, bem 
como a sua contextualização adequada na realidade 
brasileira. Questão certa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (Questão INÉDITA / 2015) Pablo Picasso é provavelmente a 
figura mais importante do século 20, em termos de movimentos de 
arte que ocorreram ao longo deste período. Antes dos 50 anos , o 
artista nascido espanhol tornou-se o nome mais conhecido na arte 
moderna, com o estilo mais distinto e olho para a criação artística. 
Antes de Picasso, não houve outro artista que impactou de forma tão 
significativa o mundo da arte, ou que tivesse uma massa de seguidores 
fãs e críticos. 
Considerando o texto acima, julgue o item seguinte. 
Picasso foi um dos artistas mais influentes do surrealismo, que propõe 
uma arte livre das exigências da lógica e da razão, que expresse o 
inconsciente e os sonhos. 
Comentários: 
Apesar da correta definição de surrealismo, Picasso foi um expoente do 
cubismo, onde os artistas decompõem as figuras em formas geométricas, 
como cubos e cilindros, achatam os objetos e rompem com o ideal de retratar 
a realidade fielmente. Questão errada. 
 
2. (CESPE / Técnico Judiciário STM / 2011) Um dos maiores 
sucessos de público da história do cinema nacional, o filme Tropa de 
Elite 2 foi dirigido por José Padilha. 
 
Comentários: 
Conforme estudamos, o filme Tropa de Elite 2 (dirigido por José Padilha) bateu 
o recorde histórico de bilheteria de um filme brasileiro no ano de 2010, 
atingindo 11 milhões de espectadores. Questão certa. 
 
3. (CESPE / Analista Legislativo Câmara dos Deputados / 2012) O 
Brasil nunca mais seria o mesmo após aqueles três dias de vertigem e 
vaias no teatro refinado de São Paulo. A Semana de Arte Moderna 
apresentou ao país seus “neotupis”: os poetas Mário e Oswald de 
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Andrade, a pintora Anita Malfatti, o compositor Villa-Lobos. A Semana 
rompeu com o passado e apresentou o Brasil das letras ao Brasil das 
calçadas. Plantou o pau-brasil — e só poupou o Machado. (...) As vaias 
viraram urros e os urros se tornaram ofensas. O poeta seguia 
berrando, sob os riffs lancinantes da guitarra: “Vocês estão por fora. 
Vocês não dão pra entender. Mas que juventude é essa? Vocês são 
iguais sabem a quem? Sabem a quem? Àqueles que foram no Roda 
Viva e espancaram os atores. Não diferem em nada deles”. Era 
12/9/1968 e, acompanhado dos Mutantes, Caetano Veloso estava 
tentando apresentar a canção É proibido proibir. 
 
Eduardo Bueno. Brasil: uma história — cinco séculos de um país em 
construção. São Paulo: Leya, 2010, p. 319-20 e p. 403 (com 
adaptações) 
 
Considerando o texto acima, julgue os itens seguintes. 
 
No campo da música popular, há consenso acerca da importância de 
Noel Rosa para o surgimento de um gênero musical, o samba, que se 
tornaria sinônimo de música brasileira. Ao longo de sua vida, que se 
estendeu por mais de oitenta anos, o poeta da Vila, como ficou 
conhecido Noel Rosa, também se destacou na composição de boleros, 
valsas e maxixes. 
 
Comentários: 
Questão difícil! Noel Rosa, apesar de sua imensa contribuição para o samba, 
não viveu mais de 80 anos. Pelo contrário, sua vida foi curta: faleceu antes dos 
30 anos. Questão errada. 
 
4. (CESPE / Analista Legislativo Câmara dos Deputados / 2012) No 
contexto citado, Caetano Veloso colocava-se na linha de frente de um 
movimento artístico-cultural inovador: a Tropicália. O título da canção 
citada no texto remete ao movimento contestatório de 1968, que 
começou em Paris, com as manifestações estudantis, e se espalhou 
por várias regiões do mundo. 
 
Comentários: 
Caetano Veloso, juntamente com Gilberto Gil, estiveram a frente do 
movimento conhecido como Tropicália, que contestava a falsa oposição entre 
as formas supostamente “puras” da música brasileira e as influências do pop e 
outros ritmos internacionais (como a polêmica do uso da guitarra). Questão 
certa. 
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5. (Questão INÉDITA / 2015) O Fundo de Investimento Cultural e 
Artístico (FICART) consiste na comunhão de recursos destinados à 
aplicação em projetos culturais e artísticos, de cunho comercial, com 
participação dos investidores nos eventuais lucros. Juntamente com o 
Mecenato (previsto na Lei Rouanet), é uma das maiores fontes de 
financiamento e incentivo à cultura em funcionamento no Brasil. 
 
Comentários: 
Fique ligado! O FICART é o único mecanismo do PRONAC (Programa Nacional 
de Apoio à Cultura) que ainda não foi implementado (ao contrário do FNC – 
Fundo Nacional da Cultura - e do Mecenato). Questão errada. 
 
6. (Questão INÉDITA / 2015) Com o aumento da urbanização, a 
área das cidades se amplia. Os limites entre municípios vizinhos se 
confundem e, onde antes existiam várias cidades, passa a existir uma 
única mancha urbana. Esse processo é chamado de conurbação e 
aparece no Brasil na década de 1970, fazendo surgir as regiões 
metropolitanas. 
 
Comentários: 
O enunciado da questão traz de forma correta a definição do fenômeno da 
conturbação, bem como a sua contextualização adequada na realidade 
brasileira. Questão certa. 
 
7. (CESPE / Analista Legislativo Câmara dos Deputados / 2012) Por 
combater um passado cultural considerado submisso aos padrões 
estéticos europeus, os modernistas desqualificaram a arte barroca 
colonial e retiraram dos pedestais em que se encontravam figuras 
exponenciais da literatura brasileira, como o consagrado autor de Dom 
Casmurro e de Memórias Póstumas de Brás Cubas. 
 
Comentários: 
Os modernistas brasileiros não desqualificaram a arte barroca colonial, pelo 
contrário, a reviveram. Questão errada. 
 
8. (FCC / Escriturário Banco do Brasil / 2011) É o filme de maior 
público na estreia da história do cinema nacional. Segundo dados do 
Filme B e da Rentrak - empresas que contabilizam dados de bilheteria 
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no país - entre sexta-feira (08/10/2010), dia do lançamento em 696 
salas do país, e o último domingo (10/10/2010), a produção foi 
assistida por 1,25 milhão de espectadores. 
O título do filme a que se refere o texto é: 
a) Lula - O filho do Brasil. 
b) Chico Xavier. 
c) Nosso Lar. 
d) Tropa de Elite 2. 
e) Se eu fosse você 2. 
 
Comentários: 
Questão direta ao ponto, conforme visto em aula, o filme brasileiro de maior 
bilheteria na história (inclusive na estreia) é a produção de José Padilha, 
denominada “Tropa de Elite 2”. Gabarito opção “D”. 
 
 
9. (CESGRANRIO / Recenseador IBGE / 2010) O cinema brasileiro 
contou, recentemente, com a produção de dois filmes de grande 
repercussão e aceitação pelo público e pela crítica especializada: 
"Tropa de Elite" e "Cidade de Deus". Em conjunto, os filmes 
mencionados enfocam e explicitam a vinculação entre os seguintes 
aspectos da realidade brasileira: 
 
a) cultura popular e tecnologia social. 
b) ecologia urbana e educação pública. 
c) prática religiosa e assistência social. 
d) violência urbana e segurança pública. 
 
Comentários: Tanto o filme “Tropa de Elite” quanto “Cidade de Deus” 
evidenciaram mazelas da sociedade brasileira (em especial no Rio de Janeiro) 
relacionadas aos problemas produzidos pela violência urbana, em função de 
frágeis (em alguns casos, inexistentes) políticas de segurança pública. Gabarito 
opção “D”. 
 
10. (Questão INÉDITA / 2015) Além das seis artes clássicas (música, 
dança, pintura, escultura, literatura e teatro), é correto afirmar que o 
cinema também é conhecido como “a sétima arte”. 
Comentários: 
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Questão tranquila, sem grandes problemas. Enunciou corretamente as 6 artes 
clássicas e apontou o cinema, também conhecido como “a sétima arte”, 
conforme visto em aula. Questão certa. 
 
11. (CESGRANRIO / Agente de Pesquisas e Mapeamento IBGE / 
2013) Em março de 1999, o Brasil parou para torcer por uma de suas 
artistas mais talentosas, indicada ao Oscar de melhor atriz por sua 
atuação no filme de longa-metragem Central do Brasil. O 
reconhecimento dos Estados Unidos ao talento dessa atriz chegou em 
novembro de 2013. Ela conquistou o Prêmio Emmy, a mais reputada 
láurea destinada aos programas de TV, por sua atuação no telefilme 
Doce de Mãe, exibido no final de 2012 pela Rede Globo. 
Veja, ed. 2350, ano 46, n. 49, 04 dez. 2013, p. 56; Época, n. 810, 02 
dez. 2013, p.14. Adaptado. 
A atriz laureada por sua atuação no telefilme mencionado é 
(A) Fernanda Montenegro 
(B) Vera Holtz 
(C) Irene Ravache 
(D) Marília Pêra 
(E) Marieta Severo 
Comentários: 
Central do Brasil (indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 1999), de 
Walter Salles, foi estrelado por Fernanda Montenegro, cuja atuação rendeu 
indicação ao Oscar de melhor atriz do mesmo ano. Gabarito opção “A”. 
 
12. (CESGRANRIO / Agente de Pesquisas e Mapeamento IBGE / 
2013) A magia do escritor brasileiro mais lido no planeta encontra o 
pop. Nos 25 anos de lançamento de O alquimista, ocorrido em 
dezembro de 2013, o livro contemporâneo mais traduzido no mundo 
ganhou exuberante tradução visual assinada pelo pintor Romero Brito, 
inspirado na viagem do jovem pastor Santiago que sai da Espanha em 
busca de um tesouro e, mais tarde, descobre que a riqueza que 
procurava estava lá mesmo onde vivia. 
CLAUDIO, I. O alquimista pop. IstoÉ, ano 37 n. 2299, 11 dez. 2013, p. 
98. Adaptado. 
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O escritor brasileiro e autor da obra literária mencionada é 
(A) Luis Fernando Verissimo 
(B) Paulo Coelho 
(C) João Ubaldo Ribeiro 
(D) Chico Buarque 
(E) Mario Quintana 
Comentários: 
Conforme estudamos, “O Alquimista” (escrito por Paulo Coelho) atingiu o 
impressionante patamar de um dos mais vendidos no mundo, superando 40 
milhões de exemplares. Gabarito opção “B”. 
 
13. (CESGRANRIO / Agente de Pesquisas pelo Telefone IBGE / 2013) 
Euclides da Cunha – engenheiro, escritor, ativista republicano em 1889 
e autor de [...] uma das mais importantes obras literárias brasileiras – 
certa vez definiu o Brasil como “o único caso histórico de uma 
nacionalidade feita por uma teoria política”. Segundo ele, as 
instituições nacionais construídas no Império baseavam-se em 
conceitos políticos e filosóficos importados de fora, que pouco tinham 
a ver com a realidade observada nas ruas e nos campos de um 
território ermo, pobre e atrasado. O Brasil da teoria era diferente do 
Brasil da prática. A construção desse país de sonhos estava confiada a 
uma aristocracia relativamente pequena, que mandava seus filhos 
estudar na França e na Inglaterra, [...] mas tirava sua riqueza da 
exploração da mão de obra cativa e do latifúndio. 
GOMES, Laurentino. 1989. São Paulo: Globo, 2013, p.93. 
A obra mais importante do escritor citado e as ideias que dominavam 
no debate das Universidades e salões da Europa, frequentados pelos 
filhos da aristocracia, no período mencionado, são, respectivamente, 
(A) Os Sertões – ideias liberais 
(B) Vidas Secas – ideias marxistas 
(C) Raízes do Brasil – ideias nazifascistas 
(D) Grande Sertão Veredas – ideias totalitárias 
(E) Casa Grande e Senzala – ideias neoliberais 
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Comentários: 
Euclides da Cunha foi o autor de “Os Sertões”. Reparem que somente com 
essa informação

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