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Professora Monique Susan dos Santos Evolução da Contabilidade Princípios de Contabilidade 1. Entidade 2. Continuidade 3. Oportunidade 4. Registro pelo valor original 5. Competência 6. Prudência Conteúdo programático Critérios e definição de avaliação de ativos 1. Conceituação de ativo 2. Avaliação de ativo e outras características 3. Critérios de avaliação de ativos conforme a Lei das S.A.s Critérios e definição de avaliação de passivo e PL 1. Passivo (exigibilidades) 2. Outras classificações do passivo 3. Patrimônio Líquido 4. O passivo e PL na Lei das S.A.s Receitas, despesas, ganhos e perdas Conteúdo programático Pronunciamento técnico – CPC 00 Relatórios contábeis – Livro do Hendriksen – Teoria da Contabilidade. Evidenciação 1. Generalidades 2. As várias formas (métodos) de evidenciação Conteúdo programático 1ª prova – 35 pontos 2ª prova – 35 pontos Seminário – 15 pontos Atividades extras – 15 pontos Critérios de Avaliação 1º grupo: Princípios e convenções contábeis 2º grupo: Critérios e definição de avaliação de ativos 3º grupo: Critérios e definição de avaliação de passivo e patrimônio líquido 4º grupo: Pronunciamento técnico CPC 00 5º grupo: Relatórios contábeis 6º grupo: Evidenciação / Resumo conteúdo do primeiro módulo Seminários A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos. Evolução da Contabilidade A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. A atividade de troca e venda dos comerciantes requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato, mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C. Evolução da Contabilidade Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada. É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios. Evolução da Contabilidade Com o surgimento das escolas de pensamento contábil, a contabilidade passou a seguir teorias e conceitos aptos para cada época. No Brasil, essa evolução se deu basicamente com o primeiro documento oficial de 1808 que determinava o método das partidas dobradas no Brasil e quarenta e dois anos depois com o Código Comercial que exigia a realização de registros contábeis. Somente em 1940 foi feito um importante decreto de nº2627 com o objetivo de criar a Lei das Sociedades por Ações no qual se instituía que as entidades anônimas deveriam fazer todo o controle contábil. Devido ao grande processo de oferta ser maior que a demanda, a Crise americana de 1929 contribui e muito para a real importância da contabilidade como fator gerencial dentro de uma organização social e econômica. A contabilidade obteve uma forma mais sistêmica, preventiva e de controle gerencial. Evolução da Contabilidade TEORIA DAS CONTAS As principais terias sobre contas, que merecem destaque, são: Teoria personalista Teoria materialista Teoria patrimonialista Evolução da Contabilidade Teoria personalista Esta teoria atribuía às pessoas a responsabilidade para cada conta, de forma que o responsável pelo caixa, devia à empresa o equivalente ao valor registrado nessa conta. Os terceiros de quem a empresa tinha valores a receber eram os devedores e, por fim, os terceiros a quem a entidade devia, eram os seus credores. Desta forma, as contas representativas de bens e direitos eram debitadas, pois as pessoas responsáveis pelos bens e direitos da entidade deviam a esta. As contas representativas de obrigações da entidade, representavam créditos dos terceiros para com esta, por isso eram creditadas. Teoria das Contas • Contas dos Agentes Consignatários — Essas contas representavam os bens da empresa. Existiam pessoas que recebiam em consignação os bens da entidade, sobre os quais eram os responsáveis, portanto eram os devedores (note que as contas representativas de bens são de natureza devedora). • Contas dos Agentes correspondentes – Representavam os direitos e as obrigações da entidade com terceiras pessoas, os correspondentes que eram os credores. • Contas dos Proprietários — Eram as contas do Patrimônio Líquido e suas variações, inclusive as receitas e as despesas, por interferirem diretamente no patrimônio líquido. Teoria das Contas TEORIA MATERIALISTA Conforme o próprio nome nos diz, essas contas representavam uma relação com a materialidade, ou seja, estas contas só deviam existir enquanto existissem também os elementos materiais por ela representados na entidade. As contas, por essa teoria, eram classificadas em: Contas Integrais — Eram aquelas representativas de bens, direitos e obrigações. Contas Diferenciais — Eram as representativas de receitas, despesas e Patrimônio Líquido. Teoria das Contas TEORIA PATRIMONIALISTA É a teoria que atualmente tem repercussão mundial e entende que o patrimônio é o objeto da Contabilidade sendo sua finalidade o seu controle. É a teoria aceita pelos doutrinadores contemporâneos, por entenderem que se amolda à Contabilidade ciência. Por essa teoria, as contas são classificadas em dois grandes grupos: Teoria das Contas Contas patrimoniais — São as contas que representam os bens, direitos, obrigações e a situação líquida das entidades, ou seja: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Estas contas permanecem com o seu saldo no momento da apuração do resultado, vale dizer, elas aparecem no balanço patrimonial. Contas de resultado — São as conta que representam as receitas e as despesas. Estas contas devem ter, sempre, os seus saldos zerados, isto é, devem ser encerradas (tornar o saldo zero e transferi-lo a apuração do resultado) por ocasião da apuração do resultado ou do exercício social. São incorporadas ao Balanço Patrimonial no grupo do Patrimônio Líquido, via contas de lucros, como por exemplo lucros ou prejuízos acumulados e reservas de lucros Teoria das Contas (ESAF/ANALISTAMF/2013) A Teoria Materialista das Contas é aquela que classifica todos os títulos contábeis como sendo a) Contas Materiais e Contas Imateriais. b) Contas Integrais e Contas Diferenciais. c) Contas Patrimoniais e Contas de Resultado. d) Contas de Agentes e Contas do Proprietário. e) Contas de Agentes Consignatários e Contas do Proprietário. Exercício (AFRFB-ESAF/2009)- Exemplificamos, abaixo, os dados contábeis colhidos no fim do período de gestão de determinada entidade econômico-administrativa: Segundo a Teoria Personalista das Contas e com base nas informações contábeis acima, pode-se dizer que, neste patrimônio, está sob responsabilidade dos agentes consignatários o valor de: a) R$ 1.930,00. b) R$ 3.130,00. c) R$ 2.330,00. d) R$ 3.020,00. e) R$ 2.480,00. Exercício Contas Valor Contas Valor Dinheiro existente 200,00 Máquinas400,00 Dívidas diversas 730,00 Contas a receber 540,00 Rendas obtidas 680,00 Empréstimos bancários 500,00 Mobília 600,00 Contas a pagar 700,00 Consumo efetuado 240,00 Automóveis 800,00 Capital registrado 650,00 Casa construída 480,00 (ESAF/AFC CGU 2008) A Ciência Contábil estabeleceu diversas teorias doutrinárias sobre as formas de classificar os componentes do sistema contábil, que são denominadas “Teorias das Contas”. Sobre o assunto, indique a opção incorreta. a) A “Teoria Materialística” divide as contas em Integrais e de Resultado. b) Na “Teoria Personalística”, as contas dos agentes consignatários são as contas que representam os bens, no ativo. c) Segundo a “Teoria Personalística”, são exemplos de contas do proprietário as contas de receitas e de despesas. d) Na “Teoria Materialística”, as contas traduzem simples ingressos e saídas de valores, que evidenciam o ativo, sendo este representado pelos valores positivos, e o passivo representado pelos valores negativos. e) Na contabilidade atual, há o predomínio da “Teoria Patrimonialista”, que classifica as contas em contas patrimoniais e de contas de resultado. Exercício Com o aumento das necessidades de informações, em 1993 ocorreu o surgimento dos princípios e normas contábeis adotadas no Brasil. “Os princípios constituem, de fato, o núcleo central da estrutura contábil. Delimitam como a profissão irá, em largos passos, posicionar-se diante da realidade social, econômica e institucional admitida pelos Postulados”. (LUDICÍBUS, Sérgio; MARTINS,Eliseu; GELBCKE,Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades Por Ações. 5ºed.pg.47.São Paulo.Fipecafi,2000). Princípios contábeis Primeiro módulo A contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades. O patrimônio é definido como um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com terceiros, pertencentes a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro. (BENS + DIREITOS) – (OBRIGAÇÕES) = PL Princípios contábeis Os Princípios de Contabilidade representam o núcleo central da própria Contabilidade. Seus princípios valem para todos os patrimônios, independentemente das Entidades a que pertencem, as finalidades para as quais são usados, a forma jurídica da qual são revestidos, sua localização, expressividade e quaisquer outros qualificativos, desde que gozem de autonomia em relação aos demais patrimônios existentes. Princípios contábeis O principal objetivo da adoção dos princípios contábeis é tornar as informações contábeis divulgadas uniformes, confiáveis e úteis para os usuários internos e externos. Res. 750/93 - alterado por Res. CFC1282/10 Princípios contábeis Res. 750/93 – Princípios e observância § 1º . A observância dos Princípios de Contabilidade (PC) é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Norma Brasileiras de Contabilidade (NBC). § 2º . Na aplicação dos PC há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais (Redação dada pela Res. CFC nº. 1282/10) Princípios contábeis Os PC representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Em termos de conteúdo, os princípios dizem respeito à caracterização da Entidade e do patrimônio, à avaliação do componente deste e ao reconhecimento das mutações e dos seus efeitos diante do patrimônio. Princípios contábeis São princípios de contabilidade: O da ENTIDADE O da CONTINUIDADE O da OPORTUNIDADE O da PRUDÊCIA O do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL O da COMPETÊNCIA Princípios contábeis PRINCÍPIO DA ENTIDADE O Princípio da ENTIDADE reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Princípios contábeis Paragrafo único O PATRIMONIO pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. Tipos de Entidades: Famílias Empresas Governos nas diferentes esferas do poder Sociedades beneficentes, religiosas, culturais, esportivas, de lazer, técnicas Sociedades cooperativas Fundos de investimento e outras modalidades afins Princípios contábeis PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: O Princípio da Continuidade afirma que o patrimônio da Entidade, na sua composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que provavelmente se desenvolverão as operações da Entidade. A suspenção de suas atividades podem provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral de seu valor. A queda no nível de ocupação também podem provocar efeitos semelhantes. Princípios contábeis Art. 5º - A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. Princípios contábeis § 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor de vencimento dos passivos, especialmente quando da extinção da Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível. § 2º A observância do princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de se constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. Princípios contábeis A situação-limite na aplicação do princípio da CONTINUIDADE é aquela em que há a completa cessação das atividades da Entidade. A CONTINUIDADE aplica-se não somente à situação de cessação integral das atividades da Entidade, mas também àqueles casos em que há modificação no volume de operações, de forma a afetar o valor de alguns componentes patrimoniais, obrigando ao ajuste destes, de maneira a ficarem registrados por valores líquidos de realização. Princípios contábeis PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE Exige a apreensão, o registro e o relato de todas as variações sofridas pelo patrimônio de uma Entidade, no momento em que elas ocorrem. Tal preceito é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da Entidade, relativas a um determinado período e com emprego de quaisquer procedimentos técnicos. Princípios contábeis Art. 6º O princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações integras e tempestivas. Paragrafo único. A falta de integridade ou tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. Princípios contábeis A integridade das variações: Diz respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas em sua totalidade, isto é sem qualquer falta ou excesso. Concerne, pois, à completeza da apreensão, que não admite a exclusão de quaisquer variaçõesmonetariamente quantificáveis. Como as variações incluem elementos quantitativos e qualitativos, bem como aspectos físicos pertinentes, e ainda que a avaliação seja regida por princípios próprios, a integridade diz respeito fundamentalmente às variações em si. Tal fato não elimina a necessidade do reconhecimento destas, mesmo nos casos em que não há certeza definitiva de sua ocorrência, mas somente alto grau de possibilidades. Princípios contábeis A tempestividade do registro A tempestividade obriga que as variações sejam registradas no momento em que ocorrem, mesmo na hipótese de alguma incerteza, na forma relatada no item anterior. Sem o registro no momento da ocorrência, ficarão incompletos os registros sobre o patrimônio ate aquele momento, e, em decorrência, insuficientes quaisquer demonstrações ou relatos e falseadas as conclusões, diagnósticos e prognósticos. Princípios contábeis O princípio da Oportunidade deve ser observado, sempre que haja variação patrimonial, cujas origens principais são, de forma geral, as seguintes: eventos de origem externa, de ocorrência alheia à vontade da administração, mas com efeitos sobre o Patrimônio – modificações nas taxas de câmbio, efeitos de catástrofes naturais; Transações realizadas com outras Entidades, formalizadas mediante acordo de vontades, independentemente da forma ou da documentação de suporte - compra ou venda de bens e serviços. Princípios contábeis PRINCÍPIO DA PRUDENCIA Art. 10 O princípio da PRUDENCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio liquido. “Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. Princípios contábeis § 1º O principio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais princípios de contabilidade. § 2º Observado o disposto no art. 7º, o princípio da Prudência somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da Competência. § 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável. Princípios contábeis A aplicação do princípio da PRUDÊNCIA – de forma a obter-se o menor patrimônio líquido dentre aqueles possíveis diante de procedimentos alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais posteriores e às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com o agentes econômicos externos ou da imposição destes. Princípios contábeis Para melhor entendimento da aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA cumpre lembrar que: - custos ativados devem ser considerados como despesa no período em que ficar caracterizada a impossibilidade de eles contribuíres para a realização dos objetivos operacionais da Entidade; - os encargos financeiros decorrentes do financiamento de ativos de longa maturação devem ser ativados no período pré-operacional a partir do momento em que o ativo entrar em operação. Princípios contábeis PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Art. 7. Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da Entidade. Princípios contábeis Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta: I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultados do consenso dos agentes externos ou da imposição destes; II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se tão somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral a outros elementos patrimoniais Princípios contábeis III – o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste; IV – os princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantem atualizado o valor de entrada. V – o uso da moeda do País na tradução do valor do componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos. Princípios contábeis Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. § 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e Princípios contábeis II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; Princípios contábeis c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. Princípios contábeis § 2º São resultantes da adoção da atualizaçãomonetária: I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.” Princípios contábeis Consideração: Para os contadores, o registro pelo valor original reforça o princípio da continuidade por entenderem que, se a empresa não tem prazo definido para encerrar suas atividades, os registros devem ser efetuados a valores de entrada (compras) e não os valores de saída (vendas). Quando ocorrer a venda do bem, este será a preço de mercado, reconhecendo-se somente neste momento a diferença de valor. Princípios contábeis PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA Art. 9º o princípio da competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Paragrafo único. O princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Princípios contábeis § 1º O princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do princípio da OPORTUNIDADE. § 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. Princípios contábeis § 3º As receitas consideram-se realizadas: I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados; II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. Princípios contábeis § 4º Consideram-se incorridas as despesas: I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiros; II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; III – pelo surgimento de um passivo sem o correspondente ativo. Princípios contábeis A compreensão do cerne do princípio da COMPETÊCIA está diretamente ligada ao entendimento das variações patrimoniais e sua natureza. Nestas encontramos duas grandes classes: a daquelas que somente modificam a qualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do patrimônio líquido, e das que o modificam. As primeiras são denominadas de “qualitativas ou permutativas”, enquanto as segundas são chamadas de “quantitativas ou modificativas”. Princípios contábeis Observa-se que o princípio da Competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no período. Mesmo com desvinculação temporal das receitas e despesas, respectivamente do recebimento e do desembolso, a longo prazo ocorre a equalização entre os valores do resultado contábil e o fluxo de caixa derivado das receitas e despesas, em razão dos princípios referentes à avaliação dos componentes patrimoniais. Princípios contábeis Assim... As transações da sociedade avaliada são registradas no momento de sua realização (princípio da ___________), pelos seus valores originais (princípio do _________________), aceitando-se para determinados itens patrimoniais seja reconhecido os efeitos da modificação do poder aquisitivo da moeda nacional (princípio da _____________), reconhecendo-se as mutações patrimoniais (_________ e __________) quando de sua ocorrência (princípio da __________) e adotando-se sempre o menor valor para os ativos e o maior para os passivos, em face de várias alternativas valorativas equivalentes (princípio da __________). Princípios contábeis A resolução CFC 750/93 não faz referencia às convenções contábeis. Entretanto, é pertinente que conheçamos tais convenções, universalmente aceitas, dada a importância doutrinária que elas representam para os registros contábeis como um todo. Convenções Contábeis Convenção da Objetividade Refere-se ao sentido de neutralidade que se deve atribuir à Contabilidade nos registros dos fatos que envolvem a gestão do patrimônio das Entidades. Os registros contábeis, sempre que possível, devem ser baseados em documentos que comprovem as respectivas transações. Assim, por exemplo, toda vez que um contabilista tiver mais de uma opção de valores para atribuir a um dado bem, como um documento original de compra e um laudo pericial de avaliação do bem, deverá optar pelo mais objetivo – no caso, o documento. Convenções Contábeis Convenção da materialidade Tal convenção estabelece que não se deve perder tempo com registros irrelevantes do ponto de vista contábil; registros cujos controles podem se tornar mais onerosos que os próprios valores a serem registrados. A aplicação dessa convenção é relativa em relação à natureza da empresa e seus registros, por isso exige bom senso. Há situações em que, embora os valores sejam irrelevantes, a respectiva importância em relação a um todo exige o registro. Convenções Contábeis Convenção da materialidade Como exemplo podemos citar os materiais de expediente utilizados no escritório, como lápis, papéis, etc.. Esses materiais, embora consumidos diariamente, podem ser contabilizados apenas ao final do período por diferenças de estoques, dados os seus pequenos valores unitários. Convenções Contábeis Convenção da consistência De acordo com essa convenção contábil, os critérios adotados no registro dos atos e fatos administrativos não devem mudar frequentemente. No caso de necessidade de mudanças em tais critérios, tais devem ser informados em notas explicativas. A quebra de consistência na escrituração provoca influências nos demonstrativos contábeis, o que prejudica a análise clara e eficiente em comparação com os demonstrativos dos exercícios anteriores. Convenções Contábeis Convenção do conservadorismo A Resolução CFC 750/93 recepcionou essa convenção por meio do Princípio da Prudência, pelo qual devemos avaliar os elementos patrimoniais sempre optando pela hipótese em que se chegue ao menor valor possível para o patrimônio líquido. É pertinente observar que o princípio do registro pelo valor original define que os elementos patrimoniais permaneçam registrados contabilmente pelos seus valores reais, impossibilitando a alteração dos valores originalmente registrados. Sendo assim, utilizamos contas retificadoras para efetuar o ajuste contábil dos elementos patrimoniais, a fim de adequar tais valores ao princípio da prudência. Convenções Contábeis Ativos e sua mensuração Segundo módulo Conjunto de Bens e Direitos? Ativo e sua mensuração • Duplicata a receber de cliente falido • Máquina sem perspectiva de uso e sem possibilidade de ter um comprador • Direitos expirados – patente da entidade que perdeu a validade Nova-iorquinovende domínio "pizza.com" por US$ 2,6 milhões da Efe, em Nova York O nova-iorquino Chris Clark vendeu por US$ 2,6 milhões (R$ 4,4 milhões), em um leilão, o domínio de internet pizza.com, que havia comprado em 1994 por US$ 20 (R$ 34,2), informou nesta sexta-feira (4) o jornal "New York Post". Clark, que tem uma empresa de consultoria para páginas web, havia comprado esse domínio com a intenção de convencer uma pizzaria de se tornar sua sócia, mas como não conseguiu o acordo, manteve o domínio. O leilão recebeu um total de 24 ofertas, que fizeram com que o preço subisse dos US$ 100 iniciais para os US$ 2,6 milhões, segundo dados da Sedo, a plataforma virtual de compra e venda de nomes de domínio e páginas web na internet. Clark e sua família comemoraram da maneira que consideraram mais adequada para a ocasião: comendo pizza. Com o dinheiro obtido, o vendedor poderia comprar 1,3 milhões de pedaços de pizzas, a um preço de US$ 2,00 cada um. Folha Online 04/04/2008 - 16h15 Um domínio pode ser um ativo? Ativo • “benefícios futuros provocados por um agente”. Eliseu Martins (1972) • “ativos representam benefícios futuros esperados, direitos que foram adquiridos pela entidade como resultado de alguma transação corrente ou passada”. Sprouse e Moonitz (1962) • “ativo é qualquer contraprestação, material ou não, possuída por uma empresa especifica e que tem valor para aquela empresa”. Paton (1924) Ativo e sua mensuração CVM – Ofício Circular 01/2007 O conceito de ativo está relacionado aos recursos dos quais se espera que futuros benefícios econômicos resultem para a entidade. FASB - Statement of Financial Accounting Concepts No. 3 Elements of Financial Statements of Business Enterprises Assets are probable future economic benefits obtained or controlled by a particular entity as a result of past transactions or events. CPC - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro e IASB (The Conceptual Framework) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. Ativo e sua mensuração Aspectos essenciais do ativo, mas não critérios para seu reconhecimento no BP e/ou sua mensuração Ativo e sua mensuração Resultado de Eventos passados Futuros Benefícios Econômicos Recurso Controlado Pela Entidade ATIVO Levar em consideração 3 aspectos para Reconhecimento do Ativo: Materialidade (valor pouco expressivo) Material de Escritório Probabilidade da realização dos benefícios futuros Evidências disponíveis na data das Demonstrações Possibilidade de quantificação de tais benefícios Bases confiáveis para mensuração Estimativas razoáveis Ativo e sua mensuração Receita – Validação do mercado que resulta em um ativo que entrou ou ainda vai entrar (caixa) Ativo Passivo Pat. Líquido Receita Despesa Passivos - Reclamos contra os ativos da entidade Patrimônio Líquido – ativo líquido Despesa – Consumo de bens ou serviços e que resulta em um ativo que saiu ou vai sair (caixa) Mensuração • Em contabilidade, mensuração é o processo de atribuição de valores monetários significativos a objetos ou eventos associados a uma empresa, e obtidos de modo a permitir a agregação (tal como na avaliação total de ativos) ou desagregação quando exigida em situações específicas. Objetos: contas a receber, instalações e equipamentos, dívidas de longo prazo. Ativo e sua mensuração Método de atribuição de unidades monetárias aos ativos através da avaliação de certas propriedades Características dos ativos mensurados, Relevância de informações não monetárias [dados da produção, vida útil dos ativos, quantidades físicas, dispêndios futuros ($) etc.], Base específica de mensuração: preço de custo, de reposição, de realização, etc. Ativo e sua mensuração O conceito de valor: • Contabilmente - montante de unidades monetárias atribuídas a um objeto • Aspectos pessoais, sociais, éticos, emotivos, etc. • Percepção individual o Valor relacionado à disposição individual de abrir mão de alguma coisa para obter determinado item (KAM, 1986). Ativo e sua mensuração Preço de troca Como os bens e serviços são geralmente trocados por dinheiro, os preços de troca são extraídos do mercado, e há dois mercados no qual a empresa opera: Valores de saída Valores de entrada Ativo e sua mensuração Valor de entrada - pago quando um ativo ingressa na companhia. Mercado de compra É objetivo Representação do quanto custa Praticabilidade Facilidade de comprovação Valor de saída - recebido quando um ativo deixa a companhia. Mercado de venda É relativo (depende de vários fatores) Representação do quanto vale Mais subjetivo Ativo e sua mensuração Bases de mensuração Valores de entrada Valores de saída Passados Custos históricos Preços de venda passados Correntes Custos de reposição Preço corrente de venda Futuros Custos esperados Valor realizável esperado Ativo e sua mensuração MEDIDAS DE ENTRADA Custo histórico: é definido pelo preço agregado pago pela empresa para adquirir a propriedade e o uso de um ativo, incluindo todos os pagamentos necessários para colocar o ativo no local e nas condições que permitam prestar serviços na produção ou em outras atividades da empresa. Ativo e sua mensuração Vantagens • Objetividade: Base mais confiável de mensuração • Praticidade: Fácil verificação • Realização da Receita: Muito ligado ao caixa (estoque caixa investido contra caixa recebido) • Ideal para avaliação na continuidade: recuperação do investimento Desvantagens • Não considera a variação da inflação • Não considera a futura capacidade de geração de riqueza • Distorcido por altas taxas de juros Ativo e sua mensuração Custo Corrente: representam o preço de troca que seria exigido hoje para obter o mesmo ativo ou ativo equivalente. Em muitas situações, o custo corrente é uma medida apropriada de valor justo. Ativo e sua mensuração Vantagens • Reduz efeitos inflacionários (mas não elimina) • Variações específicas diferem de inflação geral • Avaliação da empresa Desvantagens • Menor Objetividade • Menor Praticidade • Necessidade de um mercado ativo • Preços podem estar indisponíveis em razão de sazonalidades ou obsolescência da produção Ativo e sua mensuração Custo Futuro de entrada: Se o preço, de acordo com os termos do contrato, deve ser pago mais tarde, o custo do ativo deve ser o valor presente da obrigação contratual. Ativo e sua mensuração MEDIDAS DE SAÍDA o Os preços de saída representam o volume de caixa, ou o valor de algum outro instrumento de pagamento, recebido quando um ativo ou seu serviço deixa a empresa por meio de troca ou conversão. Ativo e sua mensuração VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO Valor corrente de venda deduzido das despesas para a realização do item Montante esperado da entrada líquida de caixa que a venda proporcionaria à entidade. “Valor Líquido de Mercado” Ativo e sua mensuração Vantagens • Informação próxima do valor econômico • Considera as despesas de venda Desvantagens • Problemas na falta de um mercado ativo • Influência do volume de itens avaliados • Influência do tempo para a venda • Dificuldade da mensuração das despesas de venda Ativo e sua mensuração VALORES DE LIQUIDAÇÃO Valores de Liquidação Equivalentes de caixa em uma liquidação em venda forçada Condições Especiais de Mercado Ativos tenham perdido sua utilidade; Obsolescência;Perda do mercado normal; Término das operações Usualmente preços mais baixos Subavaliação dos ativos, reconhecimento de perdas Ativo e sua mensuração Vantagens • ??? Desvantagens • Descontinuidade; • Aplicabilidade restrita (devido ao pressuposto da venda forçada); • Subjetividade na obtenção dos valores, por não haver um mercado organizado de venda forçada. Ativo e sua mensuração VALOR PRESENTE LÍQUIDO Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da entidade. Diferente do Valor Realizável, uma vez que não é o valor de venda, e sim dos benefícios futuros. Ativo e sua mensuração Vantagens • Opção mais próxima do valor econômico • Identifica imediatamente os elementos patrimoniais geradores de riqueza • Alto grau de utilidade Desvantagens • Objetividade e praticabilidade muito baixas • Incertezas • Época de ocorrência • Taxa de desconto Ativo e sua mensuração Não é base de mensuração, e sim um conceito Subavaliação dos ativos totais Conservadorismo no ativo, lucros maiores no futuro Válido e utilizado no Brasil, reforçado com o CPC 01 - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS Custo ou mercado, o menor Fair value não é uma base de mensuração, e sim um conceito Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do assunto e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação. A melhor evidência de valor justo é a existência de preços cotados em mercado ativo. Se o mercado não estiver ativo, a entidade estabelece o valor justo usando uma técnica de avaliação. Hierarquia: Valor de Mercado Valor de Mercado de itens semelhantes VPL Fair Value Passivo e Patrimônio Líquido e sua mensuração Segundo Módulo Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. Passivo e PL e sua mensuração Evento Passado Conduz a uma obrigação presente; Imposição legal; Prática comercial. Obrigação Presente A obrigação deve existir no presente momento; São reconhecidas apenas obrigações que independem de ações futuras da entidade. Passivo e PL e sua mensuração Saída Provável de Recursos A entidade não tenha qualquer alternativa, senão liquidar a obrigação gerada. PROVÁVEL? É SE NÃO FOR PROVÁVEL? Provisões; Passivos contingentes Passivo e PL e sua mensuração PROVISÕES Passivos com prazo ou valor incerto “quando for mais provável que sim do que não que existe uma obrigação presente na data do balanço” – CPC 25 Obrigação presente; Provável saída de recursos; Estimativa confiável do valor da obrigação. Passivo e PL e sua mensuração PASSIVOS CONTINGENTES • Obrigação presente que surge de eventos passados; • Existência será confirmada pela ocorrência de eventos incertos; • Não totalmente sobre o controle da entidade; ou • Obrigação presente que surge de eventos passados; • Não é provável saída de recursos ou não é mensurada confiavelmente. Passivo e PL e sua mensuração RECONHECIMENTO Obrigação presente como resultado e evento passado - Considerações para reconhecimento: Provável saída de recursos com estimativa confiável (BP e nota explicativa) Provável saída de recursos sem estimativa confiável (Nota explicativa) Possível saída de recursos (Nota explicativa) Remota saída de recursos (Nem BP, nem Nota explicativa) Mensuração com confiabilidade Passivo e PL e sua mensuração Exigibilidades monetárias Valor Presente Curto prazo: descontos não relevantes podem ser deixados a valor nominal. Longo prazo: desconto é normalmente relevante, calcula-se valor presente. Passivo e PL e sua mensuração EXIGIBILIDADES NÃO MONETÁRIAS Obrigações de fornecimento de bens ou serviços de quantidade e qualidade predeterminadas; Preços predeterminados ou convencionados; O valor monetário dos bens e serviços podem variar, mas não sua quantidade ou qualidade Passivo e PL e sua mensuração PATRIMONIO LÍQUIDO CPC 00 Interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Iudícibus (2010) -Definição estática: a diferença, em determinado momento, entre o valor do ativo e do passivo. Não tem definição concreta. Passivo e PL e sua mensuração Empresa existe como uma entidade separada e distinta Ativo = Direitos P+PL Direitos diversos em relação à empresa Passivo≠PL avaliação dos direitos dos credores Aplicação: sociedade por ações Passivo e PL e sua mensuração ATIVO= PASSIVOS + PATRIMÔNIO DOS ACIONISTAS Passivo• Normalmente, os credores têm prioridade em receber os seus direitos. • Os valores a serem recebidos pelos beneficiários são determinados com maior grau de certeza. • Os valores a serem pagos aos credores são definidos no ato do fornecimento do recurso. Há a obrigação de fazê-lo (são exigíveis) • A data de vencimento da obrigação é geralmente fixa e determinável. Patrimônio Líquido • Normalmente os direitos dos acionistas são residuais aos dos credores. • Os valores a serem recebidos pelos beneficiários são determinados com menor grau de certeza. • Não há obrigação de valores (não são exigíveis), salvo nos casos dos dividendos obrigatórios ou retirada de sócio da sociedade. • Não há uma data determinável. Passivo x PL Relatórios Contábeis CPC 00 RESOLUÇÃO CFC N. 1121/08 As demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas. Governos, órgãos reguladores ou autoridades fiscais, por exemplo podem especificamente determinar exigências para atender a seus próprios fins. Essas exigências, no entanto, não devem afetar as demonstrações contábeis preparadas segundo esta Estrutura Conceitual (NBC T 1 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis). As demonstrações contábeis satisfazem as necessidades comuns da maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles utilizam essas demonstrações contábeis para a tomada de decisões econômicas, tais como: (a) decidir quando comprar, manter ou vender um investimento em ações; (b) avaliar a Administração quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida, qualidade de seu desempenho e prestação de contas; (c) avaliar a capacidade da entidade de pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefícios; (d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade; (e) determinar políticas tributárias; (f) determinar a distribuição de lucros e dividendos; (g) regulamentar as atividades das entidades. 7 - As demonstrações contábeis são parte integrante das informações financeiras divulgadas por uma entidade. O conjunto completo das demonstrações contábeis inclui, normalmente, o balanço patrimonial, a demonstração do resultado, a demonstração das mutações na posição financeira (demonstração do fluxo de caixa), a demonstração das mutações do patrimônio líquido, notas explicativas e outras demonstrações e material explicativo que são parte integrante dessas demonstrações contábeis. 8 – Esta Estrutura Conceitual se aplica às demonstrações contábeis de todas as entidades comerciais, industriais e outras de negócios que reportam, sejamno setor público ou no setor privado. Entidade que reporta é aquela para a qual existem usuários que se apoiam em suas demonstrações contábeis como fonte principal de informações patrimoniais e financeiras sobre a entidade. Objetivo das Demonstrações Contábeis 12. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica. 15. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários das demonstrações contábeis requerem uma avaliação da capacidade que a entidade tem para gerar caixa e equivalentes de caixa, e da época e grau de certeza dessa geração. Em última análise, essa capacidade determina, por exemplo, se a entidade poderá pagar seus empregados e fornecedores, os juros e amortizações dos seus empréstimos e fazer distribuições de lucros aos seus acionistas. Os usuários podem melhor avaliar essa capacidade de gerar caixa e equivalentes de caixa se lhes forem fornecidas informações que focalizem a posição patrimonial e financeira, o resultado e as mutações na posição financeira da entidade. 19. As informações sobre a posição patrimonial e financeira são principalmente fornecidas pelo balanço patrimonial. As informações sobre o desempenho são basicamente fornecidas na demonstração do resultado. As informações sobre as mutações na posição financeira são fornecidas nas demonstrações contábeis por meio de uma demonstração em separado, tal como a de fluxos de caixa, de origens e aplicações de recursos etc. Pressupostos Básicos Regime de Competência A fim de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são preparadas conforme o regime contábil de competência. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem (e não quando caixa ou outros recursos financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos registros contábeis e reportados nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. As demonstrações contábeis preparadas pelo regime de competência informam aos usuários não somente sobre transações passadas envolvendo o pagamento e recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas também sobre obrigações de pagamento no futuro e sobre recursos que serão recebidos no futuro. Dessa forma, apresentam informações sobre transações passadas e outros eventos que sejam as mais úteis aos usuários na tomada de decisões econômicas. O regime de competência pressupõe a confrontação entre receitas e despesas. Continuidade As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no pressuposto de que a entidade continuará em operação no futuro previsível. Dessa forma, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis têm que ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis As características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações contábeis úteis para os usuários. As quatro principais características qualitativas são: • Compreensibilidade • Relevância • Confiabilidade • comparabilidade. Compreensibilidade Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que os usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e contabilidade e a disposição de estudar as informações com razoável diligência. Todavia, informações sobre assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis por causa da sua relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários não devem ser excluídas em nenhuma hipótese, inclusive sob o pretexto de que seria difícil para certos usuários as entenderem. Relevância Para serem úteis, as informações devem ser relevantes às necessidades dos usuários na tomada de decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros, confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores. Informações sobre a posição patrimonial e financeira e o desempenho passado são frequentemente utilizadas como base para projetar a posição e o desempenho futuros, assim como outros assuntos nos quais os usuários estejam diretamente interessados, tais como pagamento de dividendos e salários, alterações no preço das ações e a capacidade que a entidade tenha de atender seus compromissos à medida que se tornem devidos. Materialidade Uma informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar as decisões econômicas dos usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis. A materialidade depende do tamanho do item ou do erro, julgado nas circunstâncias específicas de sua omissão ou distorção. Assim, materialidade proporciona um patamar ou ponto de corte ao invés de ser uma característica qualitativa primária que a informação necessita ter para ser útil. Confiabilidade Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros ou vieses relevantes e representar adequadamente aquilo que se propõe a representar. Uma informação pode ser relevante, mas não confiável em sua natureza ou divulgação e o seu reconhecimento pode potencialmente distorcer as demonstrações contábeis. Por exemplo, se a validade legal e o valor de uma reclamação por danos em uma ação judicial movida contra a entidade são questionados, pode ser inadequado reconhecer o valor total da reclamação no balanço patrimonial, embora possa ser apropriado divulgar o valor e as circunstâncias da reclamação. Primazia da Essência sobre a Forma Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida Neutralidade Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser neutra, isto é, imparcial. As demonstrações contábeis não são neutras se, pela escolha ou apresentação da informação, elas induzirem a tomada de decisão ou julgamento, visando atingir um resultado ou desfecho predeterminado. Integridade Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa, dentro dos limites de materialidade e custo. Uma omissão pode tornar a informação falsa ou distorcida e, portanto, não- confiável e deficiente em termos de sua relevância. Comparabilidade Os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira e no seu desempenho. Os usuários devem também ser capazes de comparar as demonstrações contábeis de diferentes entidades a fim de avaliar, em termos relativos, a sua posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira. Consequentemente, a mensuração e apresentação dos efeitos financeiros de transações semelhantes e outros eventos devem ser feitas de modo consistente pela entidade, ao longo dos diversos períodos, e também por entidades diferentes. Elementos das Demonstrações Contábeis Demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeirosdas transações e outros eventos, agrupando-os em classes de acordo com as suas características econômicas. Essas classes são chamadas de elementos das demonstrações contábeis. Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no balanço são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho na demonstração do resultado são as receitas e as despesas. Posição Patrimonial e Financeira Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: (a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade; (b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos; (c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Receitas e Despesas Receitas e despesas são definidas como segue: (a) Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade; e (b) Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade. NBC T.3.1 – Das disposições gerais 3.1.1 – As Demonstrações são extraídas dos livros, registros e documentos que compõe e sistema contábil de qualquer tipo de Entidade 3.1.2 – A atribuição e responsabilidade técnica do sistema contábil da Entidade cabem exclusivamente, a contabilista registrado no CRC. 3.1.3 – As demonstrações contábeis observarão os Princípios Fundamentais de Contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade. 3.1.4 – As demonstrações contábeis devem especificar sua natureza, a data e/ou o período e a Entidade a que se referem. Balanço Patrimonial NBC T 3.2 3.2.1 – CONCEITO 3.2.1.1 – O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. Lei da SA - o balanço tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, representando, portanto, uma posição estática. Conforme as intitulações da Lei das SA, o Balanço é composto por 3 elementos básicos: ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO É importante que as contas estejam classificadas de forma ordenadas e uniforme, devendo estar dispostas seguindo, para o Ativo, a classificação em ordem decrescente de grau de liquidez e, para o Passivo, em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades, ou seja: • no Ativo, são apresentadas em primeiro lugar as contas mais rapidamente conversíveis em disponibilidades, iniciando com o disponível (caixa e bancos), contas a receber, estoques, e assim sucessivamente; Dentro desse conceito geral, a segregação dos ativos e passivos se dão nos seguintes grupos: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a L Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO Investimento Capital Social Imobilizado Reservas de Capital Intangível Ajustes de Avaliaçao Patrim. Reservas de Lucros Ações em Tesouraria Prejuízos acumulados IMPORTANTE.: É importante saber que os Lucros Acumulados só podem existir em empresas de pequeno porte. Nas Sociedades por Ações (SAs, Companhias, empresas de grande porte), deve haver distribuição de lucros, sendo a conta Lucros Acumulados uma conta transitória usada para a transferência do lucro apurado do exercício. De acordo com a Lei 11.638/07, torna-se obrigatória a destinação TOTAL dos Lucros nas SAs e empresas de grande porte. IMPORTANTE: Sociedades de Grande Porte são empresas que apresentaram faturamento superior a 300 milhões de reais no exercício imediatamente anterior ao que estamos encerrando. Adicionalmente, são também consideradas de grande porte empresas com ativos iguais ou superiores a 240 milhões de reais. A classificação de porte da empresa adotada pelo BNDES e aplicável a todos os setores esta resumida no quadro a seguir: Classificação Receita operacional bruta anual Microempresa Menor ou igual a R$ 2,4 milhões Pequena empresa Maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões Média empresa Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões Média-grande empresa Maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões Grande empresa Maior que R$ 300 milhões Ativo Circulante: agrupa dinheiro e tudo o que será transformado em dinheiro rapidamente. São contas que estão constantemente em giro, movimento, circulação. 1) Disponibilidades: a) Caixa b) Banco conta movimento c) Aplicações financeiras d) Depósitos bancários a vista e) Etc. 2) Créditos: São direitos que a empresa tem a receber a) Duplicatas a receber/ Clientes b) Títulos a receber c) Outras contas a receber a) Juros a receber b) Adiantamento a fornecedores 3) Estoques: mercadorias para serem revendidas que a empresa possui a) Estoque de produto acabado b) Estoque de mercadoria para revenda c) Estoque de produtos em elaboração d) Estoque de matéria-prima e) Estoque de materiais Outros créditos: São as contas a receber que não se enquadram nos grupos anteriores, sendo contas de curto prazo, assim como as demais do Ativo Circulante. 1) Impostos a recuperar 1) ICMS a recuperar 2) PIS a recuperar 3) COFINS a recuperar 4) IPI a recuperar 2) Adiantamento a terceiros 3) Adiantamento a funcionários Ativo não circulante: são incluídos todos os bens de natureza duradoura destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. 1) Realizável a Longo prazo: contas cujas realizações se darão no longo prazo (após o término do exercício seguinte). Também estão inseridas neste grupo as contas de direitos sem prazo de vencimento. a) Aplicações financeiras de Longo prazo b) Depósitos bancários de Longo Prazo c) Duplicatas a receber de Longo prazo d) Empréstimos, adiantamentos ou vendas: independentemente do prazo de realização, por determinação legal, devem ser classificados no Realizável a longo prazo os valores a receber (desde que não constituam negócios usuais na exploração do objeto da empresa) provenientes de: Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sociedades coligadas Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sociedades controladas Empréstimos, adiantamentos ou vendas a diretores Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sócios Empréstimos, adiantamentos ou vendas a acionistas 2) Investimentos: são classificadas as participações e aplicações financeiras de caráter permanente, com o objetivo de gerar rendimentos e que não sejam destinados à manutenção das atividades normais da companhia. a) Propriedades para investimento: também conhecido como bens de renda, são usadas como forma de gerar renda (lucro) para a empresa, sendo propriedades que não são utilizadas para o desenvolvimento de atividades da própria companhia. Ex.: Imóveis alugados a terceiros, terrenos alugados e edificações alugadas. b) Terrenos e imóveis para futura utilização c) Participações societárias – coligadas e controladas 3) Imobilizado: são classificados as contas de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção das atividades normais da empresa. a) Imóveis – terrenos, edificações, etc. b) Máquinas e equipamentos c) Móveis e utensílios d) Veículos e) (-) depreciação acumulada f) (-) exaustão acumulada 4) Intangível: bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são incorpóreos. a) Softwares (sistemas aplicativos) b) Marcas e patentes c) Direitos de exploração de serviços públicos (Mediante concessão ou permissão do Poder Público.) d) Direitos autorais e) (-)amortização acumulada Passivo (Exigível): compreende as obrigações da organização, entidade ou empresa para com terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. É a parte negativa do Patrimônio e identifica a origem dos recursos aplicados. As contas representam os recursos de terceiros que foram usados e são classificadas segundo a ordem decrescente de exigibilidade (são classificadas de acordo com o seu vencimento, através do curto e longo prazo). Ou seja, o Passivo se classifica de acordo com o prazo de realização das obrigações. O Passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (reclamada) a liquidação da mesma. Por isso é mais adequado chamá-lo Passivo Exigível. Passivo Passivo Circulante Neste grupo, classificam-se as contas que representam obrigações da empresa para com terceiros no curso do exercício. Ex.: Salários a Pagar, Fornecedores, Impostos a Pagar, Empréstimos Bancários etc. São as obrigações (dívidas) exigíveis que deverão ser pagas até o fim do exercício seguinte. Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando vencerem no exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. Passivo Não Circulante Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. Patrimônio Líquido: é formado pelo grupo de contas que registra o valor contábil pertencente aos acionistas ou quotistas. A PARTIR DE 01.01.2008 A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, a divisão do patrimônio líquido será realizada da seguinte maneira: a) Capital Social b) Reservas de Capital c) Ajustes de Avaliação Patrimonial d) Reservas de Lucros e) Ações em Tesouraria f) Prejuízos Acumulados. LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS Os lucros ou prejuízos representam resultados acumulados obtidos, que foram retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à espera de absorção futura (quando prejuízos). Com o advento da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008, o saldo final desta conta não poderá mais ser credor. Respectivos saldos de lucros acumulados precisam ser totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral ordinária. Observe-se que a obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações. Essa conta continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros. Desta forma, para as sociedades por ações, o saldo respectivo deverá ser composto apenas pelos eventuais prejuízos acumulados (saldo devedor), não absorvidos pelas demais reservas Demonstração do Resultado de Exercício (DRE) A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência, gerando informações significativas para a tomada de decisão Receitas x Ganhos O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, assim como o IASB, define receita como “ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período proveniente das atividades ordinárias da entidade que resultam no aumento do seu patrimônio líquido, exceto as contribuições dos proprietários. Ganhos por sua vez, segundo Kam (1990), “são aumentos em ativos líquidos, provenientes de operações periféricas ou incidentais, e de outros eventos que podem estar em grande parte além do controle da firma”. A diferença principal entre receitas e ganhos, portanto, é que a receita surge no curso normal das atividades principais de uma entidade e são representadas, tradicionalmente, por uma variedade de nomenclatura, quais sejam: vendas, honorários, juros, dividendos, royalities, aluguéis, etc. Despesas e Perdas A estrutura conceitual do CPC, bem como do IASB, define despesa como os decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade. O FASB conceitua perdas como sendo “decréscimos pela participação de transações periféricas ou incidentais de uma entidade, e em outras transações ou outros eventos e circunstâncias, afetando a entidade durante um período, exceto aqueles que resultam de despesas ou distribuição para proprietários”. Com base na definição, as perdas podem ser entendidas como eventos líquidos desfavoráveis, que nascem de atividades não geradoras de receitas normais da entidade. De acordo com a legislação, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício discriminar: - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. Exercício Avaliativo: Grupos de 4 pessoas Elaboração em sala 3.4.1 - Conceito 3.4.1.1 – A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as mutações nos resultados acumulados da Entidade. Art. 186 da Lei das SA - A demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados discriminará: I – o saldo inicial do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária. II – as reservasde lucros e o lucro líquido do exercício III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela do lucro incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. NBC T 3.4 – Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados 3.4.2.2 – Os ajustes dos exercícios anteriores são apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. 3.4.2.3 – A Entidade que elaborar a demonstração das mutações do patrimônio líquido, nela incluirá a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. 3.4.2 – Conteúdo e Estrutura 3.4.2.1 – A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: a) o saldo no início do período; b) os ajustes de exercícios anteriores; c) as reversões de reservas; d) a parcela correspondente à realização de reavaliação, líquida do efeito dos impostos correspondentes; e) o resultado líquido do período; f) as compensações de prejuízos; g) as destinações do lucro líquido do período; h) os lucros distribuídos; i) as parcelas de lucros incorporadas ao capital; j) o saldo no final do período. NBC T 3.4 – Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados (Analista TRE/SP 2012) Foram extraídas as seguintes informações , em reais, da Demonstração de Lucro ou Prejuízos acumulados da Cia Omega, relativa ao exercício encerrado em 31/12/2011: Ajuste positivo de exercícios anteriores 136000 Constituição da reserva estatutária 117000 Reversão da reserva de lucros a realizar 38000 Lucro Líquido do exercício 380000 Constituição da reserva legal 19000 Dividendos propostos 156000 Exercício Sabendo que o saldo final e o saldo inicial da conta lucros acumulados foram nulos, por conta no disposto no art. 202 da lei 6404/1976, a companhia constituiu outras reservas de lucros, não mencionados acima, no valor, em reais, de: 3.5.1 – Conceito 3.5.1.1 – A demonstração das mutações do patrimônio líquido é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, a movimentação das contas que integram o patrimônio da Entidade. NBC T 3.5 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido A LEGISLAÇÃO ADMITE QUE A DLPA ESTA CONTEMPLADA NA DMPL AS COMPANIAS ABERTAS SÃO OBRIGADAS A ELABORAR A DMPL DESDE 1986. COM O PROCESSO DE CONVERGENCIA AOS PADROES INTERNACIONAIS, NO CPC 26 ESTA DESCRITA COMO OBRIGATÓRIA A DMPL E NÃO A DLPA. -TORNA-SE OBRIGATÓRIA APENAS SE FIZER REFERENCIA AO CPC 26 OU SE FOR COMPANHIA ABERTA. NBC T 3.5 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 3.5.2 – Conteúdo e Estrutura 3.5.2.1 – A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará: a) os saldos no início do período; b) os ajustes de exercícios anteriores; c) as reversões e transferências de reservas e lucros; d) os aumentos de capital discriminando sua natureza; e) a redução de capital; f) as destinações do lucro líquido do período; g) as reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos impostos correspondentes; h) o resultado líquido do período; i) as compensações de prejuízos; j) os lucros distribuídos; l) os saldos no final do período. NBC T 3.5 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Imagine os seguintes fatos ocorridos na sociedade ao longo do exercício de X2: 1. Saldo inicial das contas do PL em 01.01.X2 2. Aumento do capital em dinheiro de R$ 20.000,00 3. Apuração do Lucro Líquido do exercício de R$ 50.000,00 4. Constituição da Reserva legal em R$ 2.500,00 5. Obtenção de uma reserva de capital decorrente de alienação de partes beneficiárias no valor de R$ 5.000,00 6. Proposta de dividendo mínimo obrigatório de R$ 10.000,00 7. Destinação do lucro sem destinação específica para o dividendo complementar no valor de R$ 37.500,00 Exercício Demonstração do fluxo de caixa CONCEITO A Demonstração do Fluxo de Caixa ( DFC ) é um relatório contábil que tem por fim evidenciar as transações ocorridas em um determinado período e que provocam modificações no saldo de caixa e equivalentes de caixa. Regimento CPC 03 A DFC, com a Lei 11638/07, alterando a Lei das SA em seu artigo 176 inciso IV, ganhou o status de demonstração contábil obrigatória. Ressalta-se que, segundo o paragrafo 6 do art. 176 da Lei das SA , as companhias fechadas com patrimônio líquido inferior a R$2000000,00 estão dispensadas da elaboração da DFC. Toda companhia aberta SEMPRE será obrigada a elaborar a DFC, NBC T 3.8 – Demonstração do Fluxo de Caixa OBJETIVO Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa. Segundo o item 6 da NBC TG 03, CAIXA compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. EQUIVALENTES DE CAIXA são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificantes risco de mudança de valor. Curto prazo: Segundo p CPC 03 são aqueles investimentos com prazo de resgate não superior a 3 meses, contados da data da aplicação; Altíssima liquidez: serem facilmente realizáveis, ou seja, conversíveis em dinheiro Insignificante risco: devemos conhecer com razoável segurança o valor do resgate. Exemplos: caderneta de poupança, CDB prefixado, RDB prefixado, títulos públicos de alta liquidez. ESTRUTURA DA DFC A Lei 6404/76 não fixou um modelo de DFC a ser observado por todas as empresas. Ela limitou-se a estabelecer, no inciso I do artigo 188, que a DFC deverá indicar no mínimo as alterações ocorridas durante o exercício no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos. Definições 7. Os seguintes termos são usados nesta norma, com os significados abaixo especificados: • Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. • Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. • Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. • Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento. • Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. • Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade, não classificadas como atividade operacional. 11. A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa de período classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. 13. Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de um empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada como atividade de financiamento. Apresentação de uma Demonstração dos Fluxos de Caixa 1. Venda a
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