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Disciplina - MAT01354 Ca´lculo e Geometria Anal´ıtica IIA/ Turma A3 Gabrito Prova 1 - 05/09/2016 1. (2pt) Considere a reta L1 de equac¸o˜es parame´tricas {x = 2 + t, y = −1− 3t, z = 4 + t} e a reta L2 de equac¸o˜es parame´tricas {x = −2t, y = 3 + 6t, z = 1 − 2t}. Sabe-se que L1 e L2 na˜o tem ponto em comum e sa˜o paralelas. (a) Obtenha as equac¸o˜es parame´tricas da reta paralela a`s duas retas L1 e L2 que passa pelo ponto P (1, 2, 3). (b) Obtenha a equac¸a˜o do plano determinado pelas retas L1 e L2. Soluc¸a˜o a) Das equac¸o˜es parame´tricas das retas L1 e L2 temos que o vetor ~v = 〈1,−3, 1〉 e´ paralelo a ambas retas. As equac¸o˜es parame´tricas da reta que passa pelo ponto P (1, 2, 3) e e´ paralela ao vetor−→v = 〈1,−3, 1〉 sa˜o {x = 1 + t, y = 2− 3t, z = 3 + t}. b) Para obter a equac¸a˜o do plano que conte´m as duas retas L1 e L2 precisamos um ponto desse plano e um vetor normal. Um ponto do plano pode ser obtido fazendo qualquer substituic¸a˜o do valor de t em qual- quer uma das retas L1 e L2. Por exemplo, fazendo t = 0 na reta L1 obtemos que o ponto P1(2,−1, 4) pertence ao plano. Fazendo t = 1 em L1 e t = 0 em L2 obtemos, respectiva- mente, que os pontos P2(3,−4, 5) e P3(0, 3, 1) tambe´m pertencem ao plano. Sabendo que P1, P2 e P3 sa˜o pontos do plano, temos que os vetores −−→ P1P2 = 〈1,−3, 1〉 e−−→ P1P3 = 〈−2, 4,−3〉 sa˜o paralelos ao plano. Logo fazendo o produto vetorial deles obtemos um vetor normal ao plano. Calculamos o produto vetorial e obtemos −−→ P1P2 × −−→P1P3 = 5i + j − 2k. Usando este vetor normal ao plano e o ponto P1 que pertence ao plano, obtemos a equac¸a˜o 5(x− 2) + 1(y + 1)− 2(z − 4) = 0. A forma geral da equac¸a˜o do plano e´: 5x+ y − 2z = 1. 1 2. (2pt) Considere a func¸a˜o f(x, y) = ex 2y cos(2y). (a) Encontre o vetor unita´rio no direc¸a˜o do qual a func¸a˜o f cresce mais rapidamente no ponto P (0, pi 6 ). (b) Calcule a taxa de variac¸a˜o da func¸a˜o f no ponto P (0, pi 6 ) na direc¸a˜o e sentido do vetor encontrado no item anterior. Soluc¸a˜o a) Sabe-se que uma func¸a˜o cresce mais rapidamente na direc¸a˜o do vetor gradiente. O gradiente de f e´: ∇f(x, y) = 〈2xyex2y cos(2y) , x2ex2y cos(2y)− 2ex2y sen(2y)〉. Enta˜o ∇f(0, pi 6 ) = 〈0,−2 sen pi 3 〉 = 〈0,−√3〉. Logo ‖ ∇f(0, pi 6 ) ‖= √3. O vetor unita´rio na direc¸a˜o do qual a func¸a˜o f cresce mais rapidamente no ponto P (0, pi 6 ) e´ o vetor gradiente normalizado: −→v = 〈0,−1〉. b) Temos que calcular a derivada na direc¸a˜o do vetor gradiente. A derivada na direc¸a˜o do gradiente equivale a` norma do gradiente, no item anterior calcu- lamos que ‖ ∇f(0, pi 6 ) ‖= √3. 2 3. (2pt) Considere a func¸a˜o f(x, y, z) = √ 1 + x2 + y2z4. (a) Calcule a derivada direcional da func¸a˜o f na direc¸a˜o e sentido do vetor −→v = 〈6, 3, 6〉 no ponto P (2, 2, 1). (b) Obtenha a equac¸a˜o do plano tangente a` superf´ıcie de n´ıvel de f que passa pelo ponto P (2, 2, 1). Soluc¸a˜o a) Se −→u e´ um vetor unita´rio, temos D−→u f(x, y, z) = ∇f(x, y, z) · −→u . Enta˜o temos que calcular o vetor gradiente da func¸a˜o f no ponto P (2, 2, 1), normalizar o vetor −→v = 〈6, 3, 6〉 e efetuar o produtor escalar de ambos vetores. Temos fx(x, y, z) = x√ 1 + x2 + y2z4 , logo fx(2, 2, 1) = 2 3 ; fy(x, y, z) = yz4√ 1 + x2 + y2z4 , logo fy(2, 2, 1) = 2 3 ; fz(x, y, z) = 2y2z3√ 1 + x2 + y2z4 , logo fz(2, 2, 1) = 8 3 . Assim ∇f(2, 2, 1) = 〈2 3 , 2 3 , 8 3 〉. Por outro lado temos ‖ −→v ‖= √62 + 32 + 62 = 9, enta˜o normalizando −→v obtemos o vetor unita´rio −→u = 〈2 3 , 1 3 , 2 3 〉. Finalmente D−→u f(2, 2, 1) = 〈 2 3 , 2 3 , 8 3 〉 · 〈2 3 , 1 3 , 2 3 〉 = 22 3 . b) O plano tangente a` superf´ıcie de n´ıvel de f pelo ponto P (2, 2, 1) passa por esse ponto e tem vetor normal ∇f(2, 2, 1) = 〈2 3 , 2 3 , 8 3 〉, como foi calculado no item anterior. A equac¸a˜o desse plano e´ 2 3 (x− 2) + 2 3 (y − 2) + 8 3 (z − 1) = 0. Expandindo a equac¸a˜o obtemos a forma geral da equac¸a˜o do plano: x+ y + 4z = 8. 3 4. (2pt) Determine e classifique todos os pontos cr´ıticos da func¸a˜o f(x, y) = 18y − x2y − 3y3 + 7. Soluc¸a˜o As derivadas parcias de primeira ordem da func¸a˜o f sa˜o fx(x, y) = −2xy fy(x, y) = 18− x2 − 9y2. Os pontos cr´ıticos de f satisfazem as equac¸o˜es − 2xy = 0 (1) 18− x2 − 9y2 = 0. (2) Da equac¸a˜o (1) acima temos que x = 0 ou y = 0. Se x = 0, substituindo em (2) temos 18 − 9y2 = 0, donde y = √2 ou y = −√2. Assim obtemos que os pontos P1(0, √ 2) e P2(0,− √ 2) sa˜o pontos cr´ıticos de f . Se y = 0, substituindo em (2) temos 18 − x2 = 0, donde x = 3√2 ou x = −3√2. Assim obtemos que os pontos P3(3 √ 2, 0) e P4(−3 √ 2, 0) tambe´m sa˜o pontos cr´ıticos de f . Agora vamos classificar os pontos cr´ıticos P1, P2, P3 e P4 obtidos acima. As derivadas de segunda ordem de f sa˜o fxx(x, y) = −2y fyy(x, y) = −18y fxy(x, y) = −2x. Classificac¸a˜o de P1(0, √ 2): Temos fxx(0, √ 2) = −2√2, fyy(0, √ 2) = −18√2, fxy(0, √ 2) = 0. Logo D = fxxfyy − (fxy)2 = 72. Temos D > 0 e fxx < 0, enta˜o P1(0, √ 2) e´ ponto de ma´ximo relativo. Classificac¸a˜o de P2(0,− √ 2): Temos fxx(0,− √ 2) = 2 √ 2, fyy(0,− √ 2) = 18 √ 2, fxy(0,− √ 2) = 0. Logo D = fxxfyy − (fxy)2 = 72. Temos D > 0 e fxx > 0, enta˜o P1(0,− √ 2) e´ ponto de mı´nimo relativo. Classificac¸a˜o de P3(3 √ 2, 0): Temos fxx(3 √ 2, 0) = 0, fyy(3 √ 2, 0) = 0, fxy(3 √ 2, 0) = −6√2. Logo D = fxxfyy − (fxy)2 = −72. Temos D < 0, enta˜o P3(3 √ 2, 0) e´ ponto de sela. Classificac¸a˜o de P4(−3 √ 2, 0): Temos fxx(−3 √ 2, 0) = 0, fyy(−3 √ 2, 0) = 0, fxy(−3 √ 2, 0) = 6 √ 2. Logo D = fxxfyy − (fxy)2 = −72. Temos D < 0, enta˜o P4(−3 √ 2, 0) e´ ponto de sela. 4 5. (2pt) Usando multiplicador de Lagrange, encontre o ponto do c´ırculo (x−2)2 + (y−2)2 = 2 que esta´ mais afastado da origem. A que distaˆncia este ponto se encontra da origem? Soluc¸a˜o A func¸a˜o f(x, y) = x2 + y2 indica o quadrado da distaˆncia de um ponto de coordenadas (x, y) ate´ a origem (0, 0). Queremos maximizar essa func¸a˜o f sujeita a` condic¸a˜o g(x, y) = (x− 2)2 + (y − 2)2 − 2 = 0. Temos ∇f(x, y) = 〈2x, 2y〉 e ∇g(x, y) = 〈2(x− 2), 2(y − 2)〉. Os pontos de extremos da func¸a˜o f sujeitos a` condic¸a˜o g(x, y) = 0 sa˜o aqueles pontos para os quais existe λ real tal que ∇f(x, y) = λ∇g(x, y). Temos que resolver o sistema de equac¸o˜es: x = λ(x− 2), y = λ(y − 2) e (x− 2)2 + (y − 2)2 = 2. Das duas primeiras equac¸o˜es acima temos que λ 6= 0, pois se λ = 0 ter´ıamos x = 0 e y = 0 o que esta´ en contradic¸a˜o com a terceira equac¸a˜o. Pelo mesmo motivo temos x 6= 0, x 6= 2, y 6= 0 e y 6= 2. Portanto podemos dividir a primeira pela segunda equac¸a˜o. Obtemos x y = x− 2 y − 2 . Multiplicando cruzado e cancelando o termo xy que aparecera´ em ambos lados, teremos x = y. Substituindo na restric¸a˜o g(x, y) = 0 temos 2(x− 2)2 = 2, o que implica que x = 1 ou x = 3. Isso mostra que os extremos ocorrem nos pontos (1, 1) e (3, 3). Como f(1, 1) = 2 e f(3, 3) = 18 temos que a distaˆncia ma´xima e´ atingida no ponto (3, 3). A distaˆncia entre o ponto (3, 3) e a origem (0, 0) e´ √ 18 = 3 √ 2. 5
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