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APOSTILA DE EMBRIOLOGIA

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APOSTILA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONARIO
PROFESSOR: RICARDO BARROS PENTEADO
DIVISÃO CELULAR
A divisão celular é um processo biológico onde uma célula origina outras, levando á regeneração de tecidos ou a produção de gametas.
 Antes de uma célula se dividir, ela precisa passar por uma fase de preparação (interfase), onde a célula duplica o seu material genético (DNA), para que este possa ser passado para as células filhas formadas após a divisão e também acumula energia, necessária para o processo de divisão. 
 A interfase pode ser dividida em 03 fases distintas: 
 - Fase G1 – Onde a célula aumenta de tamanho e armazena energia e substâncias orgânicas (proteínas, lipídeos, etc) para o processo de divisão.
 - Fase S – Onde a célula duplica o seu material genético (DNA), formando filamentos duplos de DNA que, no início do processo de divisão, se espiralizam, formando as cromátides irmãs dos cromossomos.
 - Fase G2 – Semelhante a G1, onde a célula armazena produtos para o processo de divisão.
 Após o término destas 03 fases, inicia-se o processo de divisão propriamente dito. 
Figura 1: Ciclo Celular
TIPOS DE DIVISÃO CELULAR
Existem 02 tipos distintos de divisão celular: Mitose e Meiose. 
A Mitose ocorre em células somáticas, ou seja, todas as células do nosso corpo que possuem um lote de cromossomos igual a 2N (para a espécie humana, 2N=46). Estas células incluem por exemplo, as células epiteliais, musculares, adiposas, cartilaginosas, entre outras. Neste processo, ocorre a formação, a partir de uma célula, de 02 outras células, com a mesma quantidade de DNA das células de origem (2N), com apenas 01 divisão celular. 
	Já a Meiose, é um processo que ocorre para a formação de células germinativas (gametas), onde, a partir de uma célula 2N, por 02 processos consecutivos de divisão, são formadas 04 células com a metade da quantidade de DNA das células de origem (N).
Figura 2: Esquema de Mitose e Meiose
FASES DA MITOSE
Prófase – Ocorre à duplicação dos centríolos, com o afastamento destes até que eles estejam localizados nos pólos opostos da célula. Em torno deles, aparecem fibras protéicas que formam o Áster e pelo alongamento destas fibras, forma-se o fuso mitótico.
 - Ocorre a espiralização da cromatina, formando os cromossomos.
 - O nucléolo de desintegra.
 - A membrana nuclear desaparece.
Metáfase – Os cromossomos atingem o grau máximo de espiralização, tornando-se bastante visíveis em observação por microscópio.
 - Todos os cromossomos se alinham no meio da célula, formando a placa equatorial, que no caso na meiose é única.
 - As fibras do fuso, se ligam aos centrômeros dos cromossomos.
Anáfase – As fibras do fuso se encurtam, “puxando” as cromátides irmãs, uma para cada pólo da célula.
 - Ocorre o rompimento dos centrômeros.
 - Ocorre a migração das cromátides irmãs para os pólos opostos da célula. 
Telófase – Cromossomos chegam aos pólos das células e se desespiralizam.
 - Ocorre a reorganização do nucléolo e da membrana nuclear.
 - Ocorre a citocinese, que é a invaginação do citoplasma, que acaba por dividir este em 02 células distintas.
Figura 3: Esquema da Mitose
Na Meiose, como já visto, ocorrem 02 processos consecutivos de divisão. O primeiro processo é reducional, onde ocorre a divisão do número de cromossomos, originando 02 células com N cromossomos, que ainda permanecem duplicados (com as 02 cromátides irmãs ligadas pelo centrômero). A segunda divisão é chamada de equacional, onde as cromátides irmãs são separadas, originando, no final do processo, 04 células haplóides (N cromossomos). 
Fases da meiose
Prófase I – É mais longa e mais complexa que a prófase da mitose, estando dividida em 05 sub-fases:
 - Leptóteno – Início da espiralização dos cromossomos. O nucléolo e a membrana nuclear começam a desaparecer. Ocorre a duplicação dos centríolos. Forma-se o Áster e as fibras do fuso.
 - Zigóteno – Início do emparelhamento dos cromossomos homólogos (Sinapse Cromossômica). 
 - Paquíteno – Cromossomos homólogos estão pareados. Formam-se os bivalente ou tétrades.
 - Diplóteno – Ocorrem trocas de partes das cromátides entre os cromossomos homólogos (permuta gênica ou crossing over). Este processo é importante, pois aumenta a variabilidade genética nos gametas formados. Inicia-se o afastamento dos homólogos, tornando-se visível as áreas de permuta (quiasmas). 
 - Diacinese – Ocorre a terminalização dos quiasmas. Com o afastamento dos homólogos, os quiasmas “migram” para as extremidades dos cromossomos.
Metáfase I – Os pares de cromossomos homólogos se organizam na placa equatorial, que neste caso é dupla. As fibras do fuso se ligam a apenas um dos lados do centrômero de cada cromossomo.
Anáfase I – Ocorre o encurtamento das fibras do fuso e cada um dos cromossomos duplicados do par de homólogos migra para pólos opostos da célula.
Telófase I – Cromossomos atingem os pólos. Carioteca e nucléolo se reorganizam. Ocorre a divisão do citoplasma. Formam-se 02 células com a metade dos cromossomos da célula de origem.
Prófase II – Prófase semelhante à prófase da mitose. 
Metáfase II – Forma-se uma placa equatorial única. Fibras do fuso se ligam aos 02 lados do centrômero.
Anáfase II – Encurtamento das fibras leva a quebra dos centrômeros. Cromátides migram para os pólos opostos.
Telófase II – Desespiralização dos cromossomos. Reaparecimento dos nucléolos e das cariotecas. Divisão do citoplasma. Formação de 04 células haplóides a partir de 01 célula diplóide.
Figura 4: esquema da meiose
GAMETOGÊNESE
A produção de células reprodutivas, espermatozóides e óvulos, ocorre nas gônadas e recebe o nome de gametogênese. De maneira diferente no organismo masculino e feminino, a gametogênese passa por processos específicos que culminam com a formação de células altamente especializadas.
ESPERMATOGÊNESE
É o processo de formação de espermatozóides que ocorre nos túbulos seminíferos, a partir de células específicas chamadas de espermatogônias. Divide-se em 4 períodos:
período germinativo: as espermatogônias dividem-se por mitose
período de crescimento: as espermatogônias param de se dividir e passam por um processo de crescimento. A espermatogônia passa a ser denominada espermatócito I
período de maturação: cada espermatócito I passa por um processo de meiose, resultando em 4 células chamadas espermátides
espermiogênese: é um processo de diferenciação pelo qual as espermátides se transformam em espermatozoides
Figura 5: Esquema da Espermatogênese 
 
Figura 6: Esquema da Espermiogênese 
OVOGÊNESE
O processo de formação de óvulos é semelhante à espermatogênese, mas guarda diferenças fundamentais.
A ovogênese se divide em três etapas:
período de multiplicação: a multiplicação das ovogônias ocorre no ovário e termina ainda no período embrionário, antes mesmo da mulher nascer.
Período de crescimento: durante a via fetal da mulher, as ovogônias crescem e se transformam em ovócitos I
Período de maturação: ocorre na puberdade. Cada ovócito I, através da meiose I, origina duas células – ovócito II e corpúsclo polar. O ovócito II é muito maior do que o corpúsculo polar, devido a presença de maior quantidade de citoplasma. O ovócito II sofre a meiose II e divide-se em outras duas células, o óvulo e outro corpúsculo polar. Novamente, a divisão é desigual sendo o óvulo de tamanho maior. Ao final do processo, cada ovócito I produz um óvulo e três corpúsculos polares.
Ao nascer, a mulher tem cerca de 2 milhões de ovócitos I. A maioria degenera, mas na puberdade a mulher ainda tem cerca de 100 mil a 200 mil ovócitos. Ao longo de sua vida fértil, a mulher produz cerca de 400 óvulos funcionais.
Figura 7: Esquema da Ovogênese 
FECUNDAÇÃOPara originar um novo ser vivo, o óvulo em de ser fecundado. Na espécie humana a fecundação ocorre à altura das tubas uterinas, sendo difícil ocorrer em outro ponto do aparelho reprodutor feminino. Dos aproximadamente 300 milhões de espermatozóides lançados na vagina, poucas centenas atingem as tubas. Isso ocorre porque a grande maioria dos espermatozóides morre pelo caminho. 
Ao chegar ao óvulo, os espermatozóides liberam as enzimas do acrossomo que digerem a membrana que envolve o óvulo, a zona pelúcida. A penetração de um espermatozóide no óvulo estimula o surgimento de um diferença de potencial elétrico que impede que outros espermatozóides entrem. Porém, essa ddp dura apenas 1 minuto. 
Durante esse minuto, há a produção de uma membrana interna à zona pelúcida, a membrana de fecundação, que não será digerida pelas enzimas acrossômicas, garantindo a presença de um único espermatozóide. O núcleo haplóide masculino se funde com o núcleo haplóide feminino, formando um único núcleo diplóide no zigoto. Essa fusão de núcleos é que determina a fecundação, e não a simples entrada do espermatozóide no óvulo.
 
Figura 8: Esquema de Ovulação e Nidação 
CICLO REPRODUTOR MASCULINO
PUBERDADE: os testículos da criança permanecem inativos até que são estimulados entre 10 e 14 anos pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise (pituitária)
O hipotálamo libera FATORES LIBERADORES DOS HORMÔNIOS
GONADOTRÓFICOS que fazem a hipófise liberar FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante).
FSH à estimula a espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos.
LH à estimula a produção de testosterona pelas células intersticiais dos testículos à características sexuais secundárias, elevação do desejo sexual.
TESTOSTERONA
Efeito na Espermatogênese. A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também, junto com o folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete.
Efeito nos caracteres sexuais masculinos. Depois que um feto começa a se desenvolver no útero materno, seus testículos começam a secretar testosterona, quando tem poucas semanas de vida apenas. Essa testosterona, então, auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundárias masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal; se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos não conseguem descer; permanecem na cavidade abdominal. A secreção da testosterona pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado gonadotrofina coriônica, formado na placenta durante a gravidez. Imediatamente após o nascimento da criança, a perda de conexão com a placenta remove esse feito estimulador, de modo que os testículos deixam de secretar testosterona. Em conseqüência, as características sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o nascimento até à puberdade. Na puberdade, o reaparecimento da secreção de testosterona induz os órgãos sexuais masculinos a retomar o crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então, aproximadamente mais 10 vezes.
Efeito nos caracteres sexuais secundários. Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a testosterona exerce outros efeitos gerais por todo o organismo para dar ao homem adulto suas características distintivas. Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade fica com a voz mais grave. Estimula um aumento na deposição de proteína nos músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente maior e mais musculoso do que a mulher, nessa fase. Algumas vezes, a testosterona também promove uma secreção anormal das glândulas sebáceas da pele, fazendo com que se desenvolva a acne pós-puberdade na face.
Na ausência de testosterona, as características sexuais secundárias não se desenvolvem e o indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil.
CICLO REPRODUTOR FEMININO
Figura 9: Ciclo Reprodutor Feminino
FASES DO CICLO:
1º dia do ciclo: endométrio bem desenvolvido, espesso e vascularizado começa a descamar à menstruação; hipófise aumenta a produção de FSH, que atinge a concentração máxima por volta do 7º dia do ciclo amadurecimento dos folículos ovarianos; secreção de estrógeno pelo folículo em desenvolvimento; concentração alta de estrógeno inibe secreção de FSH e estimula a secreção de LH pela hipófise / concentração alta de estrógeno estimula o crescimento do endométrio; concentração alta de LH estimula a ovulação (por volta do 14º dia de um ciclo de 28 dias); alta taxa de LH estimula a formação do corpo lúteo ou amarelo no folículo ovariano; Corpo lúteo inicia a produção de progesterona; estimula as glândulas do endométrio a secretarem seus produtos; aumento da progesterona inibe produção de LH e FSH; Corpo lúteo regride e reduz concentração de progesterona; menstruação
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
A prevenção da gestação não planejada é fundamental, principalmente para adolescentes e adultos jovens sexualmente ativos, que devem ser orientados precocemente, uma vez que a idade para início das relações sexuais está diminuindo cada vez mais, enquanto estão aumentando o número de adolescentes grávidas.
Os métodos contraceptivos podem ser divididos didaticamente em: comportamentais, de barreira, dispositivo intra-uterino (DIU), métodos hormonais e cirúrgicos.
A escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada levando-se em conta fatores como idade, números de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo de procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de determinado método. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que saibamos quais são elas, para que eventualmente possamos optar por um dos métodos. Todavia, na orientação sobre os métodos anticoncepcionais deve ser destacada a necessidade da dupla proteção (contracepção e prevenção as DST e HIV/AIDS), mostrando a importância dos métodos de barreira, como os preservativos masculinos ou femininos.
A)Métodos comportamentais:
Método Rítmico ou Ogino-Knaus (do calendário ou tabelinha): procura calcular o início e o fim do período fértil (já explicado anteriormente no ciclo menstrual) e somente é adequado para mulheres com ciclo menstrual regular. A mulher deve ser orientada, inicialmente, a marcar no calendário os últimos 6 a 12 ciclos menstruais com data do primeiro dia e duração, calculando então o seu período fértil e abstendo-se de relações sexuais com contato genital neste período. É pouco eficaz se não for combinado com outros métodos, como preservativos ou espermicidas, pois depende da abstenção voluntária nos períodos férteis da mulher, onde a libido (desejo sexual) se encontra em alta.
Temperatura basal: método oriundo na observação das alterações fisiológicas da temperatura corporal ao longo do ciclo menstrual. Após a ovulação, a temperatura basal aumenta entre 0,3 e 0,8o C (ação da progesterona). A paciente deve medir a temperatura oral, durante 5 minutos, pela manhã (após repouso de no mínimo 5 horas) antes de comer ou fazer qualquer esforço, e anotar os resultados durante dois ou mais ciclos menstruais.
Esse procedimento deve ser realizado desde o primeiro dia da menstruação até o dia em que a temperatura se elevar por 3 dias consecutivos.
Depois de estabelecer qual é a sua variação normal, e o padrão de aumento, poderá usar a informação, evitando relações sexuais no período fértil. 
Uma grande desvantagem do método da temperatura é que se a mulher tiver alguma doença, como um simples resfriado ou virose, todoo esquema se altera, tornando impossível retomar a linha basal, ou saber se o aumento de temperatura é devido à ovulação ou a febre.
Método do Muco Cervical (Billing): baseia-se na identificação do período fértil pelas modificações cíclicas do muco cervical, observado no auto-exame e pela sensação por ele provocada na vagina e vulva. A observação da ausência ou presença do fluxo mucoso deve ser diária. O muco cervical aparece cerca de 2 a 3 dias depois da menstruação, e inicialmente é pouco consistente e espesso. Logo antes da ovulação, ele atinge o chamado "ápice", em que fica bem grudento. 
Testa-se colocando o muco entre o indicador e o polegar e tentando-se separar os dedos. É necessária a interrupção da atividade sexual nesta fase, permanecendo em abstinência por no mínimo 4 dias a partir do pico de produção, período em que se inicia o período infértil novamente.
Esse método também exige observação sistemática e responsabilidade por parte da mulher durante vários meses, até conhecer bem o seu ciclo e o muco. No entanto, qualquer alteração provocada por doença, ou quando a mulher tem pouco ou muito muco, o método se torna pouco confiável.
Coito interrompido: baseia-se na capacidade do homem em pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina. Tem baixa efetividade, levando à disfunção sexual do casal, e deve ser desencorajado.
B) Métodos de Barreira:
Estes métodos impedem a ascensão dos espermatozóides ao útero, sendo fundamentais na prevenção das DST e AIDS. Junto com a pílula anticoncepcional e o coito interrompido, são os métodos não definitivos mais utilizados.
Condom ou camisinha ou preservativo: quase todas as pessoas podem usar; protege contra doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS; previne doenças do colo uterino; não faz mal a saúde; é de fácil acesso.
O condom masculino é um envoltório de látex que recobre o pênis, retendo o esperma no ato sexual, impedido o contato deste e de outros microrganismos com a vagina e o pênis ou vice-versa.
O condom feminino constitui-se em um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano na cérvice uterina, paredes vaginais e vulva. O produto já vem lubrificado devendo ser utilizado uma única vez, destacando-se que o poliuretano por ser mais resistente que o látex pode ser utilizado com vários tipos de lubrificantes.
Uso da feminina: retirar da embalagem somente na hora do uso. Flexionar o anel de modo que possa ser introduzido na vagina. Com os dedos indicador e médio, empurrar o máximo que puder, de modo que fique sobrando um pouco para fora, o que deve permanecer assim durante a relação. Retirar logo após a ejaculação, rosqueando o anel para que não escorra o líquido seminal para dentro da vagina.
Se usada corretamente, sua eficácia é alta, varia de 82 a 97%.
Efeitos colaterais: alergia ou irritação, que pode ser reduzida trocando a marca e tipo e com uso de lubrificantes à base de água.
Diafragma:é um anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, que a mulher deve colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como uma barreira, ele impede a entrada dos espermatozóides, devendo ser utilizado junto com um espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual. A adesão da paciente depende da utilização correta do dispositivo. A higienização e o armazenamento corretos do diafragma são fatores importantes na prevenção de infecções genitais e no prolongamento da vida útil do dispositivo. Por apresentar vários tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), deve ser indicado por um médico para uma adequação perfeita ao colo uterino. Deve ser usado com espermicida. Recomenda-se introduzir na vagina de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a última relação sexual de penetração.
Esponjas e Espermicidas: as esponjas são feitas de poliuretano, são adaptadas ao polo uterino com alça para sua remoção e são descartáveis (ao contrário do diafragma), estão associadas a espermicidas que são substâncias químicas que imobilizam e destroem os espermatozóides, podendo ser utilizados combinadamente também com o diafragma ou preservativos. Existem em várias apresentações de espermicidas: cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas.
Dispositivo Intra-Uterino (DIU): os DIUs são artefatos de polietileno, aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônios, que são inseridos na cavidade uterina exercendo sua função contraceptiva. Atuam impedindo a fecundação, tornando difícil a passagem do espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino.
Os problemas mais freqüentes durante o uso do DIU são a expulsão do dispositivo, dor pélvica, dismenorréia (sangramentos irregulares nos meses iniciais) e aumento do risco de infecção (infecção aguda sem melhora ou infecções persistentes implicam na remoção do DIU). Deve ser colocado pelo médico e é necessário um controle semestral e sempre que aparecerem leucorréias (corrimentos vaginais anormais).
Mulheres que têm hemorragias muito abundantes ou cólicas fortes na menstruação, ou que tenham alguma anomalia intra-uterina, como miomas ou câncer ginecológico, infecções nas trompas, sangramentos vaginais ou alergia ao cobre não podem usar o DIU.  Não é aconselhado para nulíparas (mulheres que nunca engravidaram).
A gravidez raramente ocorre (eficácia alta, variando de 95 a 99,7%) com risco de abortamento no 1o e 2o trimestres. A retirada do DIU pode ser feita após avaliação ultra-sonográfica, considerando os riscos para o embrião. Se a retirada não for possível por riscos de abortamento, a paciente deve ser acompanhada a intervalos curtos de tempo e orientada em relação a sangramentos vaginais e leucorréias.
Lançado recentemente no Brasil, o Mirena é um novo método endoceptivo, como o DIU. Trata-se de um dispositivo de plástico ou de metal colocado dentro do útero. É um DIU combinado com hormônios.  Tem forma de T, com um reservatório que contém 52 mg de um hormônio chamado levonogestrel que age na supressão dos receptores de estriol endometrial, provocando a atrofia do endométrio e inibição da passagem do espermatozóide através da cavidade uterina.
	
	
O Mirena atua liberando uma pequena quantidade de hormônio diretamente da parede interna do útero, continuamente por cinco anos.  Ele também  torna o muco do cérvix (colo do útero) mais espesso, prevenindo a entrada do esperma. A dosagem é equivalente a tomar duas a três mini-pílulas por semana. A diferença do Mirena em relação aos outros dispositivos intra-uterinos é que ele evita muitos efeitos colaterais.
Vantagens:
A menstruação pode desaparecer completamente em algumas mulheres após poucos meses.
Tem duração de cinco anos.
Método seguro (1 a cada 1000 mulheres poderão engravidar).
Risco de gravidez ectópica reduzido (cerca de 2 a cada 10.000 mulheres ao ano).
Reduz dores menstruais.
As desvantagens são semelhantes às do DIU.
Índice de falha:  0.1%
D) Anticoncepção Hormonal
Anticoncepcional Hormonal Combinado Oral (AHCO): o AHCO consiste na utilização de estrogênio associado ao progesterona, impedindo a concepção por inibir a ovulação pelo bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. Também modifica o muco cervical tornando-o hostil ao espermatozóide, altera as condições endometriais, modifica a contratilidade das tubas, interferindo no transporte ovular.
Existem diversos tipos de pílulas. As mais comumente receitadas são:
pílulas monofásicas: toma-se uma pílula por dia, e todas têm a mesma dosagem de hormônios (estrogênio e progesterona). Começa-se a tomar no quinto dia da menstruação até a cartela acabar. Fica-se sete dias sem tomar, durante os quais sobrevém a menstruação.
pílulas multifásicas: toma-se uma pílula por dia, mas existem pílulas com diferentes dosagens, conforme a fase do ciclo. Por isso, podem ter dosagens mais baixas, e causam menos efeitos colaterais. São tomadas como as pílulas monofásicas, mas têm cores diferentes, de acordo com a dosageme a fase do ciclo: não podem ser tomadas fora da ordem.
pílulas de baixa dosagem ou minipílulas:  têm uma dosagem mais baixa e contém apenas um hormônio (geralmente progesterona); causando menos efeitos colaterais. São indicadas durante a amamentação, como uma garantia extra para a mulher. Devem ser tomadas todos os dias, sem interrupção, inclusive na menstruação.
Desvantagens:
Pode causar efeitos colaterais em algumas mulheres, como náusea, sensibilidade dos seios, ganho de peso ou retenção de água, alterações no humor, manchas na pele, dor de cabeça, aumento na pressão sangüínea.
Em algumas mulheres podem causar riscos à saúde. Desta forma,  mulheres fumantes, com problemas cardíacos, com doenças do fígado e do coração, hipertensão, suspeita de gravidez, flebite ou varizes, glaucoma, enxaqueca, derrame, ou obesidade não devem usar pílulas.
É menos efetiva quando tomada com algumas drogas. Certas medicações, especificamente antibióticos interferem na ação das pílulas, tornando o controle menos efetivo.
Uma falha no esquema de tomar a pílula pode cancelar ou diminuir sua efetividade.
Tomada por muito tempo, pode aumentar o risco de câncer de mama.
Não é recomendada para mulheres com menos de 16 ou mais de 40 anos.
Pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte: a anticoncepção de emergência é um uso alternativo de contracepção hormonal oral (tomado antes de 72 horas após o coito) evitando-se a gestação após uma relação sexual desprotegida. Este método só deve ser usado nos casos de emergência, ou seja, nos casos em que os outros métodos anticoncepcionais não tenham sido adotados ou tenham falhado de alguma forma, como esquecimento, ruptura da caminsinha, desalojamento do diafragma, falha na tabelinha ou no coito interrompido, esquecimento da tomada da pílula por dois ou mais dias em um ciclo ou em caso de estupro. Este contraceptivo contém o levonorgestrel, que é um tipo de progesterona. O levonorgestrel previne a gravidez inibindo a ovulação, fertilização e implantação do blastocisto.
Um tablete original contém dois comprimidos. O primeiro comprimido deve ser tomado no máximo 72 horas após a ocorrência de uma relação sexual desprotegida (nunca após esse prazo). O segundo deve ser tomado 12 horas após o primeiro. Se ocorrer vômito, a dose deve ser repetida.
Nem sempre surte resultados e pode ter efeitos colaterais intensos. Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, fadiga, dor de cabeça, distúrbio no ciclo menstrual, tontura, fragilidade dos seios, e, em casos menos comuns, diarréia, vômito e acnes.
Índice de falha:
Se usada até 24 horas da relação - 5 %.
Entre 25 e 48 horas - 15 %.
Entre 49 e 72 horas - 42 %.
Injetáveis: os anticoncepcionais hormonais injetáveis são anticoncepcionais hormonais que contém progesterona ou associação de estrogênios, para administração parenteral (intra-muscular ou IM), com doses hormonais de longa duração.
Consiste na administração de progesterona isolada, via parenteral (IM), com obtenção de efeito contraceptivo por períodos de 1 ou 3 meses, ou de uma associação de estrogênio e progesterona para uso parenteral (IM), mensal.
A taxa de falha na injeção mensal varia de 0.1% a 0.6% ou seja, de cada mil mulheres que usam durante um ano, de uma a seis engravidam. A taxa de falha da injeção trimestral é de 0,3% ou seja, de cada mil mulheres que usam durante um ano, apenas três engravidam.
Desvantagens:
Alterações do ciclo menstrual: pequeno sangramento nos intervalos entre as menstruações, sangramento prolongado, e amenorréia (ausência de menstruação)
Ganho de peso
Dor de cabeça leve
Vertigens
Outros métodos hormonais
Implante hormonal:
Microbastão de hormônio sintético similar à progesterona, que é implantado no antebraço (com anestesia local) e inibe a ovulação. Dura três anos.
É um anel vaginal contendo Etonogestrel e Etinilestradiol que é colocado na vagina no 5º dia da menstruação, permanecendo nesta posição durante três semanas.
A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá. Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral.
Pode ser colocado com a mulher deitada, agachada, ou em pé.
A mulher deve introduzi-lo na vagina empurrando-o com o dedo até não senti-lo mais.
A colocação é no 5º dia da menstruação e deve permanecer no local por 21 dias.
Deverá ser feita uma pausa de 7 dias e NOVO anel deve ser utilizado por mais 21 dias.
	
	
Adesivo anticoncepcional): Foi lançado no Brasil em Março de 2003 o Evra®. 
A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá. Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral.
Veja onde pode ser colocado o Evra:
A maior vantagem é que a mulher não precisará tomar a pílula todo dia e nem esquecerá. Outra vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais.
E) Métodos definitivos
Laqueadura tubária e Vasectomia: a esterilização (laqueadura tubária e vasectomia) um método contraceptivo cirúrgico e definitivo, realizado na mulher através da ligadura ou corte das trompas impedindo, o encontro dos gametas masculino e feminino e no homem, pela ligadura ou corte dos canais deferentes (vasectomia), o que impede a presença dos espermatozóides no líquido ejaculado.
Quando houver indicação de contracepção cirúrgica masculina e, principalmente, a feminina deve ser baseada em critérios rígidos, observando-se a legislação vigente.
	
 Figura 10: esquema de vasectomia
 Figura 11: Esquema de laqueadura.
Desenvolvimento embrionário
Depois da fecundação, o zigoto se transformará em vários estágios através de divisões celulares, culminando com a formação do embrião.
TIPOS DE OVOS
No citoplasma do ovo existe uma substância que nutre o embrião durante o desenvolvimento, o vitelo. De acordo com a quantidade de vitelo, os ovos são classificados em:
Oligolécitos: possuem pouco vitelo distribuído de maneira uniforme pelo citoplasma. Ocorre em poríferos, cnidários, equinodermos, protocordados e mamíferos.
Heterolécitos: possuem maior quantidade de vitelo com distribuição heterogênea. Ocorre em anfíbios, vermes e moluscos.
Telolécitos: possuem grande quantidade de vitelo que ocupa quase todo o citoplasma. Ocorre em aves , répteis e cefalópodos
Centrolécitos: o vitelo se concentra na parte central. Na periferia há uma pequena camada citoplasmática.. Aparece em artrópodos.
 
Figura 12: Tipos de Célula Ovo
SEGMENTAÇÃO
É o processo de divisão do ovo, no qual mitoses sucessivas produzem células chamadas blastômeros. O tipo de segmentação é determinado pela quantidade de vitelo. Ovos com pouco vitelo, como o dos mamíferos, sofre segmentação holoblástica (total) que pode ser igual ou desigual Ovos com muito vitelo apresentam clivagem meroblástica (parcial), dos tipos discoidal ou superficial.
Essa segmentação permite a divisão completa do ovo em blastômeros de tamanhos iguais. Os dois primeiros planos de divisão são longitudinais e perpendiculares entre si, produzindo 4 blastômeros. O terceiro plano é transversal, dando origem a 8 células.
 
Figura 13: Fases Iniciais de Segmentação
Seguem-se várias divisões transversais e longitudinais até a formação de um estágio embrionário denominado mórula. As divisões prosseguem e as células centrais se deslocam para a periferia, produzindo uma cavidade central chamada blastocele. Este estágio embrionário recebe o nome de blástula.
GASTRULAÇÃO
É o processo pelo qual ocorre a primeira diferenciação de células, e a formação de estruturas específicas. Ocorre um achatamento no pólo superior que, posteriormente, se invagina dando origem a uma cavidade contínua com o meio externo,o arquêntero. A comunicação do arquêntero com o meio externo se dá através do orifício formado, o blastóporo. Este estágio embrionário recebe o nome de gástrula, e apresenta 2 tipos de tecidos diferenciados:me a mesentoderme e a ectoderme. 
Neurulação
Fase de formação do tubo neural, estrutura responsável pelo surgimento do sistema nervoso. Na porção dorsal do embrião, a ectoderme forma a placa neural por invaginação. Resultam deste processo ainda a notocorda, o celoma e a cavidade intestinal.
Figura 14: Fases do Desenvolvimento Embrionário
ORGANOGÊNESE
Cada um dos três folhetos embrionários origina determinados tecidos e órgãos no adulto. 
Ectoderme: epiderme e anexos, esmalte dos dentes, sistema nervoso
Mesoderme: músculos, sistema circulatório, ossos, rins, sistema reprodutor, peritônio
Endoderme: revestimento do sistema digestivo, bexiga urinária, fígado, pâncreas
Anexos embrionários
Durante o desenvolvimento posterior do embrião, a manutenção das suas funções vitais, até o nascimento, será realizada por estruturas específicas: os anexos embrionários. Derivados dos folhetos germinativos (endoderme, mesoderme e ectoderme), não aparecem em todos os animais. A presença de um ou outro anexo depende da necessidade vital do embrião.
SACO VITELINO
Originado do sistema digestivo, é uma membrana que encerra grande quantidade de vitelo. Uma série de enzimas torna o vitelo assimilável para o embrião, que o recebe pelos inúmeros vasos sangüíneos existentes neste anexo. Aparece em peixes, répteis, aves e mamíferos. Nestes, aliás, se torna vestigial, à exceção dos monotremos.
ÂMNION
É uma membrana que envolve o embrião, o qual está imerso no líquido amniótico. Em répteis e aves esse líquido evita a dessecação. Nos mamíferos, protege o embrião contra choques mecânicos e possíveis aderências. 
CÓRION
É o revestimento mais externo do embrião. 
Nos répteis e nas aves está representado pela ectoderme aderida à mesoderme extra-embrionária. 
Na face externa ocorre a deposição de cálcio que origina o ovo coriônico, fantástica adaptação que permitiu aos répteis o domínio do ambiente terrestre. Nas casca do ovo existem diminutos poros que permitem as trocas gasosas. Nos mamíferos, emite numerosos prolongamentos, as vilosidades coriônicas, que formam uma parte da placenta.
ALANTÓIDE

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