Buscar

Vitaminas lipossolúveis.pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 82 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 82 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 82 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Vitaminas 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA: PRÁTICAS II 
PROFª Ariana Aparecida Campos Souza 
Aula cedida pela PROFª Cristiane Gonçalves de Oliveira Fialho 
 
Conceito e importância das 
vitaminas na nutrição 
humana 
 São compostos orgânicos essenciais para manutenção das 
funções orgânicas (crescimento, metabolismo e 
integralidade) 
 Não podem ser catabolizados em CO2 e H2O para gerar 
energia 
 São fundamentais no processo de produção de energia, 
como co-enzimas das reações enzimáticas 
 São necessárias em quantidades pequenas: mg ou mcg/dia 
 Ausência: causa doença ou sinais e sintomas específicos 
Precursor e 
pró-vitamina: 
compostos que 
podem ser 
convertidos em 
vitaminas 
Vitaminas e metabolismo energético 
ENERGIA 
Breve histórico 
As vitaminas foram descobertas quando se buscava 
a cura para certas enfermidades 
O escorbuto, 
beriberi, pelagra, 
polineurite, 
raquitismo, 
cegueira, 
esterilidade... 
eram todas 
consideradas 
ENFERMIDADES 
Elas eram ‘curadas’ consumindo os 
alimentos ‘corretos’. 
Esses males se manifestavam pouco 
tempo depois de instalada a deficiência. 
Breve histórico 
1747 - Médico James Lind, conduz o primeiro experimento 
documentado em nutrição: 12 marinheiros com sintomas de 
escorbuto recebem uma das seguintes substâncias: 
1) Ácido sulfúrico diluído 
2) Sidra 
3) Ác. Acético 
4) Mistura de ervas cozidas 
5) Água do mar 
6) Laranja + lima 
Breve histórico 
1830- Mahariko Takaki, Diretor Geral dos 
Serviços Médicos do Japão, evita uma 
epidemia de beriberi diminuindo o consumo 
de arroz branco e aumentando o consumo 
de cevada integral, carne e leite. 
Breve histórico 
1896- Christian Eijkman, bacteriólogo holandês observa 
que as galinhas e os humanos podem desenvolver um tipo 
de paralisia consumindo arroz polido como base alimentar. 
 
1906- Mais tarde, ele confirma em humanos (prisioneiros da 
Guiana Holandesa) a existência de um nutriente essencial 
para a vida no farelo do arroz: mais tarde descoberta que 
era a vitamina B1. 
 
• Neste período, acredita-se que o beriberi, escoburto, 
pelagra etc eram causadas por infecções microbianas. Christian Eijkman 
Nobel Prize in Physiology 
or Medicine 1929 
Breve histórico 
1911- Casimir Funk (Bioquímico polonês) propõe a 
existência de “agentes”ou “fatores” anti-beriberi, anti-
escorbuto, antipelagra, que deveriam ser aminas e os 
denomina de “aminas vitais”, sendo abreviada por 
“vitaminas” 
1913- Bioquímico americano Elmer McCollum: 
manteiga continha dois fatores de crescimento - a 
vitamina A na manteiga do leite e um fator 
hidrossolúvel chamado de vitamina B. 
Casimir Funk 
Elmer McCollum 
Breve histórico 
1928 - O bioquímico húngaro Albert Szent-
Gyorgyi, cristaliza o ácido ascórbico e o 
químico Hayworth elucida a sua estrutura 
química. 
Ganham o Prêmio Nobel 
Como descobriu-se que a Vitamina B incluía 
muitas atividades – denominação de compostos 
de vitamina B, e a medida que os fatores foram 
sendo descobertos, eram chamados pela letra B 
e número (B1, B2 ....) 
Albert Szent-Gyorgyi 
VITAMINAS: 
13 descobertas 
As vitaminas podem ser classificadas quanto a sua solubilidade: 
 
 A 
 D 
 E 
 K 
 
 
 Hidrossolúveis 
Tiamina (B1), Riboflavina (B2) 
 Niacina (B3), Ácido pantotênico (B5) 
 Piridoxina (B6) ,Biotina (B7 – vitamina 
H) 
 Ácido fólico, Cianocobalamina ( B12) 
 Ácido ascórbico (C) 
 Lipossolúveis 
Vários fatores podem influenciar no 
teor de vitaminas nos alimentos 
TEOR DE VITAMINAS 
DO ALIMENTO 
Ambiental 
(solo, clima, etc) 
Genética 
Estado de 
Maturação 
Parte comestível 
Transporte e 
estocagem 
Processamento: 
Lavagem, 
Temperatura 
Luz, pH, Moagem 
Retirada da casca 
TEOR FINAL DE VITAMINAS NO ALIMENTO 
Absorção de vitaminas 
Características das 
vitaminas lipossolúveis 
 Solúveis em lipídeos 
 Necessitam da bile para absorção 
 Transporte do ID – Quilomicrons 
 Transporte no sangue – proteínas 
específicas (Vit. A e D) ou ligadas a 
lipoproteínas (Vit. K e E) 
 São armazenadas no organismo (Fígado 
e tecido adiposo) 
 Em excesso, podem ser tóxicas 
Vitamina A – definições 
de termos 
VITAMINA A: termo genérico para descrever a família de componentes de 
estrutura química e atividade biológica relacionadas ao álcool retinol e seus 
metabólitos (retinol todo-trans, retinal, éster de retinila e ácido retinóico = 
retinóides - vitamina A pré-formada). Inclui também os carotenóides (ou pró-
vitamina A). 
 
CAROTENÓIDES: pró-vitamina A, de origem vegetal 
(cloroplastos/cromoplasto); encontrados nas formas α, β, γ-caroteno, 
criptoxantina, zeaxantina, luteína e o licopeno. 
 
ESTRUTURA QUÍMICA 
Em geral, retinóides são compostos de três domínios estruturais distintos: 
β -Caroteno 
Anel β-ionona 
Licopeno, Zeaxantina, Luteína não possuem anel β-ionona na 
extremidade: SEM atividade pró-vitamínica 
ESTRUTURA QUÍMICA 
Uma quebra neste ponto pode 
produzir 2 moléculas de vitamina A 
CARACTERÍSTICAS DOS 
RETINÓIDES 
 Vitamina A é susceptível à oxidação quando exposta à luz e calor em 
atmosfera úmida (oxidação reduzida em presença de agentes redutores – 
por ex, vit E). 
 
 Retinol (Vit. A1) – encontrado somente em alimentos de origem animal, na 
forma de ésteres, principalmente no palmitado de retinila. 
 
 3-Deidro-retinol (vit. A2) – encontrado em peixes de água doce e anfíbios 
 
 Formas retinal e ácido retinóico podem ocorrer em pequenas quantidades 
nos alimentos 
CARACTERÍSTICAS DOS CAROTENÓIDES 
PRÓ-VITAMINA A 
 Carotenóides são encontrado em alimentos vegetais. 
São pigmentos naturais que conferem cores aos alimentos, que vão do 
amarelo ao vermelho. 
 Exemplos principais: α, β e γ-caroteno, criptoxantina, zeaxantina, luteína 
e licopeno 
 
Beta-caroteno 
 Composto que quando oxidado no organismo produz duas moléculas: 
retinol e ácido retinóico. 
 Em humanos, esta conversão é ineficiente atividade vitamínica do 
Beta-caroteno é 1/6 da atividade do retinol. 
 
*A atividade vitamínica dos demais carotenóides pró-vitamina A (α e γ-
caroteno, criptoxantina) é 1/12 da atividade do retinol 
 
β-Caroteno 
CARACTERÍSTICAS DOS 
CAROTENÓIDES PRÓ-VITAMINA A 
MEDIDAS USADAS PARA 
VITAMINA A 
 ER (equivalente de retinol): medida da atividade da vitamina A; 
quantidade que o organismo irá obter de um alimento comendo vitamina A 
(retinol pré-formado) ou seu precursor, o beta-caroteno 
 
 UI (unidade internacional): medida da atividade de vitaminas 
lipossolúveis. 
*1 UI = 0,3 g de retinol 
*1 ER= 1 g de retinol = 3,33 UI 
 
 RAE (retinol activity equivalents): 
*1 μg RAE = 1 μg retinol 
*1 μg RAE = 6 μg de β-caroteno 
*1 μg RAE = 12 μg do beta-caroteno dietético 
*1 μg RAE = 24 μg das outras formas de pro-vitamina A (carotenóides). 
Absorção e metabolismo 
Vitamina A pré-formada (Retinol) 
 
 Em nível fisiológico  absorção do retinol da dieta é saturável 
 Dose farmacológica  absorção é não-saturável  Toxicidade 
 Eficiência de absorção do retinol: 70-90% do retinol da dieta 
 
Carotenóides Pró-vitamina A 
 
 Eficiência de absorção doscarotenóides: 20-50% dos carotenóides da dieta 
(dependente da biodisponibilidade). Absorção  quando aumenta a ingestão 
Absorção e metabolismo da 
vitamina A 
RETINOL 
DIETA 
Ésteres de Retinila 
ÉSTERES DE 
RETINILA 
(palmitato de retinila) 
QUILOMÍCRONS 
 
 
 
 
 
LÚMEN/MUCOSA ENTERÓCITO 
LINFA 
SANGUE 
RETINOL 
Ác. graxos 
Lecitina Aciltransferase 
Palmitato de retinila 
 RBP+ Retinol 
FÍGADO 
 RBP+ Retinol 
CÉLULA ALVO 
Retinol Todo-trans-retinol 
Retinol Ácido retinóico 
 
 
 
 β-Caroteno 
 
 
 
 2 RETINALDEÍDO  
Dioxigenase de 
caroteno 
RETINOL 
Retinol 
Β-Caroteno 
Metabolismo β-Caroteno 
Reação irreversível 
Transporte, Armazenamento e 
excreção 
Transporte 
Transporte proteína ligada ao retinol (RBP) – síntese hepática dependente de Zn 
e aminoácidos 
 
Armazenamento 
40-50% da vitamina A absorvida e armazenada 
Local de armazenamento: Fígado (90%) 
Forma de armazenamento: Ésteres de retinila (principalmente: palmitato de retinila) 
 
Excreção 
 Metabólitos (4-hidroxiretinol: bile e urina) 
 Fezes – 20% 
 Urina – 17% 
 Transpiração – 3% 
Fontes alimentares 
Vitamina A pré-formada  alimentos origem animal 
 
Fígado, leite integral e derivados, óleo de fígado de 
peixes, ovos 
 
Carotenóides (pró-vitamina A)  alimentos origem 
vegetal 
 
β-caroteno e β-criptoxantina: manga, mamão, laranja, 
cenoura, pimenta vermelha, abóbora, batata-doce, 
brócole, folhosos verde escuro; 
 
α-caroteno: cenoura, abóbora, mamão, laranja; 
VITAMINA A e β - CAROTENO 
Fatores que interferem na biodisponibilidade 
 Localização intracelular dos carotenóides na matriz alimentar: 
 -Vegetais verde-escuros – Cloroplasto 
 - Frutos – cromoplasto 
 
 Rompimento e liberação da matriz alimentar:  a biodisponibilidade dos 
carotenóides 
 Presença de lipídeos na refeição:  a biodisponibilidade dos retinóides e 
carotenóides (adição de 5g de óleo é suficiente) 
 Cocção: facilita a liberação dos carotenóides (principalmente das verduras) 
pelo rompimento da parede celular da parede celular da planta e pela 
liberação da proteína. 
 Excesso de aquecimento (especialmente uso de microondas): pode causar 
perdas importantes 
Caroteno de frutos + efetivo em 
 a concentração de retinol no 
plasma que os vegetais verde-
escuros. 
VITAMINA A e β - CAROTENO 
Fatores que interferem na biodisponibilidade 
 Fibra alimentar: parece interferir na biodisponibilidade de carotenóides e 
vitamina A (resultados estudos contraditórios) 
 Fatores relacionados ao indivíduo: 
 - Infecções intestinais 
 - Consumo de etanol 
 - Tabagismo 
 - Idade 
 - Genética 
 - Estado nutricional: EN em relação à vitamina A, proteína ( atividade da 
dioxigenase e  síntese de RBP) e zinco ( síntese de RBP) 
Funções da vitamina A 
 Visão: atua por dois mecanismos 
 1- Como 11-cis-retinal  atua na 
transdução de luz em sinais neurais na 
retina  visão 
 
Bastonetes 
A deficiência da vitamina 
leva à lentidão no processo 
da regeneração da 
rodopsina após o estímulo 
luminoso, levando a 
“cegueira noturna”, 
distúrbio funcional mais 
precoce da deficiência. 
Opsina 
Opsina 
Ativação do 
nervo óptico 
Visão 
Funções da vitamina A 
 Visão: atua por dois mecanismos 
 2- Como ácido retinóico  manutenção da diferenciação normal das 
células da retina, córnea e conjuntiva óptica. 
 
A vitamina A é liberada via secreção lacrimal. A 
deficiência da vitamina A leva ao ressecamento das 
conjuntivas da córnea (xerose) e a formação de 
depósitos de células e bactérias (manchas de Bitôt) 
Funções da vitamina A 
 Proliferação, diferenciação e integridade celular – ação do ácido 
retinóico 
 
 - Diferenciação de células epiteliais e caliciformes  sintetizam e 
secretam muco  efeito protetor 
 - Estimula células-tronco a se diferenciarem em células maduras e 
pararem a proliferação celular 
 - Biossíntese de mucossacarídeos (lubrificação intercelular) 
 
Mecanismo de ação do ácido 
retinóico 
AR 
AR 
AR 
AR 
AR 
AR= Ácido retinóico 
RAR e RXR= receptores do ácido retinóico 
RARE= Elemento responsivo ao ácido 
retinóico 
Funções da vitamina A 
 Desenvolvimento e crescimento 
 
 - Ácido retinóico necessário para o desenvolvimento fetal  ativa genes 
responsáveis pela morfogênese 
 - Estimula osteoblastos a produzir colágeno e glicoproteínas (matéria 
orgânica dos ossos) 
Funções da vitamina A 
 Processo imunológico 
 
 - Regulação da síntese de muco e síntese de Linfócitos T. 
 
 *Deficiência de vit A   leucócitos e a resistência à infecção 
 
 Reprodução (retinol e retinal) 
 - Mantém espermatogênese 
 - Prevenção da reabsorção fetal 
 
Diagnóstico da deficiência de 
vitamina A 
Indicador Clínico – exame físico e clínico: avaliar sinais e sintomas de 
deficiência 
Indicador Bioquímico: 
- Retinol sérico: reflete as reservas corporais somente quando estas são muito 
baixas ou muito altas. Não é um bom indicador para diagnóstico da deficiência 
de vitamina A em indivíduos. 
Concentração plasmática normal em adultos: 43-86μg retinol/dl. 
Deficiência (μg/dl): leve: 20-30; moderada: 10-20; severa: <10 
-Teste RDR (relative dose response): administra solução de palmitato de 
retinila e 5 h depois avalia a concentração de retinol no plasma. 
 RDR (%) = A5- A0 X 100/A5 
 Depleção reservas hepáticas: RDR> 20% 
Diagnóstico da deficiência de 
vitamina A 
Para avaliação populacional 
- Sinais clínicos : mancha de Bitot, xerose. 
- Avaliação nutricional: questionário de frequência alimentar. 
- Análise histológica: citologia da impressão da conjuntiva. 
- Análise teor retinol no leite materno: este indicador provê informação 
sobre o estado nutricional em relação à vitamina A da mãe e do bebê 
amamentado. A secreção de vitamina A no leite materno está diretamente 
relacionada ao estado de vitamina A da mãe. 
*Concentração normal no LM: 1.75 – 2.45 μmol/L; 
 *Deficiente: ≤1.05 μmol/L 
Deficiência de vitamina A 
 Causas 
 - Desmame precoce  alimentação complementar inadequada 
 - Baixa ingestão de alimentos fontes 
 - Doenças infecciosas de repetição 
 - Insuficiência pancreática 
 - Doenças hepáticas crônicas 
 - Diminuição ou falta de sais biliares 
 - Baixa ingestão de gordura 
 - Síndrome de má absorção 
 - Alcoolismo crônico ( captação e mobilização hepática e  a 
transformação desta em metabólitos não ativos) 
Prejuízo na absorção 
Deficiência de vitamina A 
 Estágios da deficiência: 
 - Subclínica ou marginal: concentrações de vitamina estão 
baixas, mas não há sinais clínicos 
 
 - Funcional: há um aumento na duração e gravidade dos 
episódios de infecção e já há cegueira noturna 
 
 - Deficiência Clínica: exame clínico já se observa xeroftalmia, 
mancha de Bitot, cerotomalácia, ulceração da córnea 
 
Conseqüências e sinais da 
deficiência de vitamina A 
Mancha de Bitot 
Ceratomalácia 
Cicatrizes na córnea 
Reversível 
Irreversível 
Conseqüências e sinais da 
deficiência de vitamina A 
Xerose conjuntival Mancha de Bitot 
Xerose corneal Ulceração corneal/queratomalácea: 
Toxicidade 
Aguda: Curto espaço de tempo; uso de uma ou mais doses 100 vezes 
maior que a recomendada (para adulto) ou 20 vezes maior (para crianças). 
 
Os sinais são: náuseas, vômitos, cefaléia,visão turva, falta de coordenação 
motora, sonolência, mal estar geral, inapetência, descamação cutânea, 
coma, convulsão, insuficiência respiratória e morte. 
 
Crônica: É mais freqüente que a aguda; ingestão repetida de doses 
excessiva, 10 vezes acima da dose recomendada. 
 
Os sinais são: cefaléia, alopecia, prurido e pele seca, hepatomegalia, dores 
ósseas e articulares. 
Prevenção e controle 
 Suplementação ou distribuição periódica de vitamina A em altas doses 
nas populações em risco, sendo esta uma estratégia de ação de curto prazo 
 Fortificação de alimentos 
 Ações de intervenção educativa e nutricional que visem à diversificação 
alimentar e ao maior consumo de fontes de vitamina A, principalmente em 
grupos de maior risco 
 Futuro: Melhoramento dos produtos vegetais, visando ao seu 
enriquecimento em termos de micronutrientes. 
Vitamina D 
Conceitos e características 
da vitamina D 
 São substâncias cristalinas, solúveis em gordura, sendo considerada um 
pró-hormônio. 
 
 Instáveis presença de luz , oxigênio, temperatura ambiente e meio ácido 
 
 São encontrados na natureza sob duas formas: 
  Vit. D2  ergocalciferol (plantas) 
  Vit. D3  colecalciferol (tecidos animais-produzida na pele) 
 
 
 
 
Biologicamente 
inativas 
Metabolitos ativos 1,25 (OH)2 D3 -calcitriol 
Hidroxilação renal e 
hepática 
A vitamina D pode ser obtida 
de três formas 
Vitamina D3 
(colecalciferol) 
Ingestão de vegetais contendo a vitamina D2, 
também conhecida como ergocalciferol 
1 
Síntese cutânea, num processo que requer a 
exposição do indivíduo à luz UV solar. Neste 
caso, gera-se o colecalciferol , ou vitamina D3 2 
Vitamina D2 
(ergocalciferol) 
Ingestão de alimentos de origem animal contendo a 
vitamina D3, também conhecida como colecalciferal 
1 
Absorção, transporte e 
armazenamento 
Após a ingestão e digestão 
Absorvida no ID. Circulação linfática: quilomícrons 
Sangue: proteína ligadora de vitamina D  leva o composto aos tecidos-
alvo. 
Os tecidos adiposo e muscular esquelético constituem os 
principais estoques da vitamina. 
 Eficiência de absorção: 80% 
 
Fatores que podem influenciar 
a biodisponibilidade de 
vitamina D 
 Não há problemas na biodisponibilidade da Vit. D em indivíduos saudáveis 
sem problemas relacionados à ingestão de vitamina D 
 Excesso de Fe, Cu e Mn:  absorção de vit D 
 Fibras: eliminação 
 Idosos:  eficiência na síntese cutânea 
 AGCL: absorção 
 
Formada na pele a partir de uma pré-vitamina; 
formação afetada pela idade, uso de filtros solares, 
localização geográfica e hora do dia. 
Metabolismo 
(colecalciferol) 7-desidrocolesterol 
Sangue: α-Globulina 
(calcifediol – inativo. Forma circulante) 
(calcitriol) 
Funções 
 Agente positivo regulador na homeostase do cálcio e fósforo 
atuando em 3 localizações: 
  ID: estimulando a absorção de cálcio (induz a síntese de 
calbindina) e estimula o transporte ativo de fosfato. 
  Ossos: em conjunto com o PTH, promove reabsorção do 
cálcio dos ossos. 
  Rins: auxiliando a reabsorção de Ca e P dos túbulos renal 
Metabolismo da vitamina D 
– relação com o cálcio - 
Ca sérico  PTH  produção 1,25(OH)2D3 
Glândula 
Paratireóide 
Osso 
 Cálcio sérico 
Intestino 
Rim 
 Cálcio sérico 
 
 
 PTH 
Calcitriol 
(1,25(OH)2D3) 
Calcitriol 
(1,25(OH)2D3) 
 Formação de calcitriol 
 Excreção de cálcio 
 Excreção de fósforo 
 Absorção de cálcio e 
fosforo na dieta 
Secreção de Ca e P – ativa osteoclasto 
Funções 
 Proliferação e diferenciação celular 
  Produção de queratinócitos (pele) 
  Parece ter efeito na diferenciação das células da medula 
óssea) 
 Imunidade: inibição de genes relacionados à produção de 
interleucinas pró-inflamatórias, TNF-α e interferon-γ, 
diferenciação de células precursoras de monócitos 
Biomarcadores 
Fontes alimentares 
-------------------------------------------------------- 
Alimento (100g) g de vitamina D 
-------------------------------------------------------- 
Gema de ovo 4,94 
Ovo inteiro 1,75 
Manteiga 0,76 
Óleo de fígado de bacalhau 210 
Fígado 1,1 
Peixe gordo (sardinha, salmão) 10-20 
-------------------------------------------------------- 
 
Conversão da vitamina D: 
1 g de colecalciferol = 40 UI 
Deficiência 
 Raquitismo (crianças) – ossos e dentes sujeitos a fraturas, crescimento 
deficiente, deformidades ósseas (arqueadura das pernas, “peito de pombo”) 
 Osteomalácia (adultos) – mineralização defeituosa, fraqueza óssea, dor 
muscular, irritabilidade neuromuscular (espasmos musculares na laringe e 
mãos). 
 Tetania e convulsão 
 
 Deficência de vitamina D – inibição da 
mineralização óssea - Osteomalácia 
Insuficiência de vitamina D – induz PTH, 
acelera perda massa óssea 
 
 Osteoporose 
Deficiência 
Raquitismo 
Osteomalácia 
Toxicidade 
Decorrentes da hipercalcemia, uma vez que a vitamina D aumenta a 
absorção do Ca: cálculo renal, calcificação de tecidos moles, 
endurecimento das artérias. 
 
Sintomas: náusea, anorexia, fraqueza, dor de cabeça, poliúria, distúrbios 
digestivos 
Vitamina E 
 Vitamina E designa família de substâncias: 
 
  Tocoferóis têm cadeia lateral saturada (α- tocoferol, β- 
tocoferol, γ- tocoferol, δ- tocoferol). 
  Tocotrienóis tem cadeia lateral insaturada (α- tocotrienol, β- 
tocotrienol, γ- tocotrienol, δ- tocotrienol) 
Características e estrutura química 
O -tocoferol é a substância de maior 
importância biológica 
Características e estrutura química 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vitamina E é sensível à 
oxidação na presença de oxigênio, 
luz UV, álcalis, íons metálicos (Fe 
e Cu) e peróxidos lipídicos. 
Assim, durante o 
processamento e 
armazenamento de alimentos 
ricos dessa vitamina, podem 
ocorrer perdas consideráveis, 
resultando na diminuição do 
valor nutricional dos alimentos. 
Absorção e metabolismo 
 Dieta -Ésteres de tocoferol 
Absorção por difusão passiva pelo 
enterócito 
Hidrolisados (Ação das enzimas 
esterases do pâncreas ) 
Tocoferóis livres 
(Emulsificação pelos sais biliares 
Quilomícrons 
Sistema 
linfático 
 Eficiência de absorção 20 a 86 % 
* Cerca de 3g de gordura dietética otimizam a absorção de vitamina E 
Corrente sanguínea 
α-TTP + α -Tocoferol 
Fígado 
Lipoproteínas (VLDL, 
LDL,HDL)  tecidos 
alvo 
Metabolismo, armazenamento 
e excreção 
 Forma α-Tocoferol predominante no sangue e tecidos 
 90% das reservas se encontram no tecido adiposo. 
 A excreção se dá por via fecal (menos de 1% pela urina). Seu local 
de armazenamento é no tecido adiposo 
Fontes alimentares 
Óleos de canola e girassol, germe de trigo e nozes: α-tocoferol 
Óleos de soja e de milho: γ-tocoferol 
Carnes em geral, a gordura animal e a maioria da frutas: pobres em 
vitamina E. 
 Presença de lipídeos na refeição:  a biodisponibilidade 
 Absorção é aumentada por TCM e inibida por AG poliinsaturados 
 Absorção prejudicada de lipídeos, compromete sua absorção 
Fatores que podem influenciara biodisponibilidade de 
vitamina E 
Medidas de Vitamina E: 
1 UI de vitamina E = 1mg de acetato de α-tocoferol 
= 0,67 equivalente de α-tocoferol 
 Antioxidante - É o antioxidante lipossolúvel + importante na célula 
Defesa contra efeitos nocivos dos radicais livres (espécies reativas de 
oxigênio)  sobre as membranas celulares, proteínas e DNA 
 
Funções 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitamina E atua junto com 
outros antioxidantes: 
 superóxido desmutases, 
glutationa peroxidases, 
glutationa redutases, 
catalase, selênio, zinco, 
cobre, manganês, 
riboflavina, etc 
Funções 
A vitamina E remove radicais livres diretamente sendo reciclada por 
um processo dependente da vitamina C que por sua vez, é reciclada 
por processo que requer concentrações adequadas de Glutationa na 
célula. 
Na atividade Física 
Pode  os danos dos radicais livres produzidos durante o exercício, 
protegendo os tecidos musculares contra lesões oxidativas. 
Atividade de Outras Vitaminas 
Auxilia a atividade da vitamina A, por evitar sua oxidação e conseqüente 
perda no trato gastrointestinal. O mesmo ocorre com a vitamina C em 
alimentos 
Prevenção de doenças 
Modulação das síntese de prostaglandinas, proteção de lipídios de 
membranas celulares, contra danos nas bases de DNA e nos carboidratos 
 
Funções 
 Índice mais utilizado: Concentração de α-tocoferol plasmático (expresso 
por mol de colesterol ou mg de lipídeos plasmáticos) 
 Grau de hemólise dos eritrócitos (influenciado também por outros fatores) 
 Concentração de tocoferol nos eritrócitos, linfócitos ou plaquetas 
 
Avaliação do estado nutricional 
de vitamina E 
Deficiência 
Não é comum, sendo encontrada apenas em casos de: 
• Má absorção de gordura; Anormalidades genéticas 
 
Conseqüências da deficiência 
 
• Disfunções neurológicas (Neuropatia periférica, ataxia espinocerebelas 
(semelhante à labirintite), miopatia esquelética) 
• Miopatias 
• Atividade plaquetária anormal 
Conseqüências da deficiência 
• Crianças: perda dos reflexos,alteração do equilíbrio e coordenação, 
dificuldade na movimentação dos olhos e alteração do campo visual, 
fraqueza muscular. 
 
• Recém-nascidos prematuros: baixas reservas e absorção intestinal 
deficiente. Quando alimentados com dieta rica em AG polinsaturados 
(facilmente oxidados) e ferro (pró-oxidante): anemia hemolítica. 
Toxicidade 
• Baixa, mesmo em níveis relativamente altos 
• Reduz agregação plaquetária 
• Interfere no metabolismo da vit K 
 Compostos químicos conhecidos como 
Quinonas. 
 
 Compostos com atividade biológica 
(anti-hemorrágica da vitamina K): 
 - Filoquinona é a forma encontrada nos 
vegetais. 
 - Menaquinonas são as formas encontradas 
nos animais  sintetizados por bactérias 
intestinais 
 - Menadiona é forma química (sintético). 
 
Características e estrutura química 
Sensível a alcalis, ácidos, irradiação e luz solar 
Vitamina K 
É sintetizada por 
bactérias do 
intestino humano 
Absorção, metabolismo e excreção 
 Eficiência de absorção: 40-80% 
30% urinária 
Fontes alimentares 
• Vegetais verde escuro e óleos vegetais 
(filoquinona) 
• Carnes, peixes e leites (menaquionas) 
• Síntese bacteriana (menaquionas) 
 
 
Fontes alimentares 
Uma porção usual de vegetal verde escuro cozido tem 
a quantidade diária de vitamina K recomendada 
Biodisponibilidade 
 Muito pouco é conhecido sobre a biodisponibilidade da Vitamina K 
 Estudos sugerem que as filoquinonas são mais bem biodisponíveis que 
as menadionas 
 Lipídeo parece aumentar a biodisponibilidade da filoquinona 
 Suplemento – biodisponibiliade é maior (80%) quando comparada com a 
biodisponibilidade da filoquinona (20%) 
 As menaquinonas sintetizadas pelas bactérias da flora intestinal – baixa 
disponibilidade (produção no cólon) 
 Megadoses de vitamina A ou E antagonizam vitamina K. 
Funções 
 Síntese de proteínas e fatores da cascata de coagulação: Conversão do 
glutamato em γ-Carboxiglutamato requer vitamina K e cálcio. γ-
carboxiglutamato 
Composição do sistema microssomal 
Funções 
 Vitamina K é necessária para formação normal do osso 
 A osteocalcina, proteína do osso que também contém γ-Carboxiglutamato, 
serve como matriz protéica para formação óssea. O γ-Carboxiglutamato na 
osteocalcina liga íons cálcio para promover a calcificação normal do osso. 
Na deficiência de vitamina K, o γ-Carboxiglutamato não é 
formado e a calcificação do osso fica prejudicada 
Conseqüências da deficiência 
de vitamina K 
Dificilmente ocorre por ingestão deficiente. 
É rara e foi associada à má absorção intestinal ou Disbiose 
(destruição da flora bacteriana pelo uso de antibióticos) 
Hemorragia  Anemia fatal 
Hipoprotrombinemia  Maior tempo para coagulação = Doença 
hemorrágica! 
 Prejuízos na calcificação óssea. 
 Associada a maior incidência de fraturas de quadril em adultos 
*Alimentação por via parenteral necessita de suplementação. 
 
Conseqüências da deficiência 
de vitamina K 
 Recém-nascidos podem apresentar ↓concentração de 
protrombina devido à dificuldade de absorção de gorduras nos 
primeiros dias de vida: 
 
- Doença hemorrágica do recém-nascido ocorre nos 3 primeiros 
meses de vida, muitas vezes associada ao uso materno de 
anticoagulante ou distúrbios de absorção intestinal do bebê 
Toxicidade 
 Não existem efeitos tóxicos registrados a partir do uso de 
alimentos. 
 
dose de vit. K sintética- menadiona (K3–1000x a RDA)  
anemia hemolítica em ratos e icterícia em bebês

Outros materiais