Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Scheila Maria 2016 1 GASTRO – HÉRNIAS ABDOMINAIS DEFINIÇÃO É uma protrusão anormal de um órgão ou tecido por um defeito em suas paredes circundantes, geralmente na parede abdominal. As hérnias da parede abdominal ocorrem em locais onde a aponeurose e a fáscia não são cobertas por músculo estriado. São esses: áreas inguinal, femoral e umbilical, a linha alba, a porção inferior da linha semilunar e locais de incisões anteriores. O denominado colo ou orifício de uma hérnia é localizado na camada músculo-aponeurotica mais interna, enquanto o saco herniário é revestido por peritônio e faz protrusão no colo. Hérnia redutível: seus conteúdos podem ser reposicionados por entre a musculatura circundante, ou seja, o saco herniário retorna à cavidade abdominal espontaneamente ou através de manobra manual. Hérnia irredutível ou encarcerada: Irredutibilidade e aprisionamento de uma víscera. Hérnia estrangulada: tem suporte sanguíneo comprometido para seus conteúdos, o que é uma complicação grave e potencialmente fatal. Quadro de dor intensa com sinais flogísticos. OBS: Ocorre estrangulamento com mais frequência nas hérnias grandes que têm pequenos orifícios, porque o pequeno colo da hérnia obstrui o fluxo sanguíneo arterial, a drenagem venosa, ou ambos para os conteúdos do saco herniário. Hérnia externa: faz protrusão por todas as camadas da parede abdominal. Hérnia interna: é protrusão do intestino através de um defeito na cavidade peritoneal Hérnia interparietal: ocorre quando o saco herniário é contido na camada músculo- aponeurótica da parede abdominal. Hérnia por deslizamento: é quando um órgão interno constitui uma porção da parede do saco herniário. A víscera mais comum é o cólon ou bexiga. A maioria é uma variante de hérnias indiretas. Hérnia recidivante: está associada à incidência mais alta de recidiva secundária. Quase sempre requerem colocação de prótese de malha para o reparo. Hérnias de Richter: há estrangulamento parcial de víscera abdominal, sem sinais de obstrução intestinal. Hérnia de Littré: tem o divertículo de Meckel no saco herniário. Pode evoluir com estrangulamento e necrose sem sinais de obstrução intestinal. Hérnia Amyand: o apêndice entra no saco herniário. OBS: Não existe correlação entre o defeito da hérnia e o tamanho do saco herniário. Incidência: 75% é inguinal, 2/3 são indiretas, as inguinais são mais comuns em homens e femorais mais comum em mulheres. As inguinais e femorais são mais comuns do lado direito, a prevalência aumenta com a idade e estrangulamento é a complicação mais comum. [UM RESUMO DE ANATOMIA] Scheila Maria 2016 2 De anterior para posterior: pele tec. Subcutâneo m. oblíquo externo m. oblíquo interno artérias ilíacas circunflexa superficial, epigástrica superficial e pudenda externa e veias acompanhantes. A aponeurose oblíqua externa funciona como o limite superficial (ou anterior) do canal inguinal. O ligamento inguinal é a margem inferior da aponeurose oblíqua externa, que apresenta um espessamento, e estende-se da espinha ilíaca superior anterior ao tubérculo púbico. O anel inguinal externo é uma abertura ovoide da aponeurose oblíqua externa que é posicionado superior e levemente lateral ao tubérculo púbico. O cordão espermático sai do canal inguinal pelo anel inguinal externo. O m. oblíquo interno funciona como a borda cefálica (ou superior) do canal inguinal. O canal inguinal tem cerca de 4 cm de comprimento e localiza-se 2 a 4 cm cefálico ao ligamento inguinal. O canal estende-se entre os anéis inguinal interno e externo. É definido como uma passagem entre a musculatura da parede abdominal, de direção oblíqua, que segue de lateral para medial e da profundidade para os planos mais superficiais. O canal inguinal contém o cordão (funículo) espermático, no homem, e o ligamento redondo do útero, na mulher. OBS: O triângulo de Hesselbach refere-se às margens do assoalho do canal inguinal. As hérnias diretas ocorrem no triângulo, enquanto que as indiretas ocorrem lateralmente. OBS 2: Outra forma de diferenciação anatômica se refere à artéria e veia epigástricas. As hérnias inguinais indiretas ocorrem lateralmente aos vasos e as hérnias diretas ocorrem medialmente. [HÉRNIAS INGUINAIS] Hérnias inguinais indiretas: o São secundárias a alterações congênitas decorrentes do não fechamento do conduto peritônio-vaginal, uma espécie de túnel criado pela descida do testículo da cavidade abdominal em direção à bolsa escrotal. Normalmente, esse conduto é obliterado totalmente. Quando não há obliteração do conduto após o nascimento, ou o fechamento é parcial, permanece uma comunicação entre a cavidade abdominal e o canal inguinal, permitindo o aparecimento de hérnia indireta, hidrocele do cordão ou hidrocele comunicante. o O saco herniário inguinal indireto passa do anel inguinal interno obliquamente em direção ao anel inguinal externo e por fim para o escroto. o Ao exame físico: a parede posterior é rígida e a protrusão é para a região inferior. Hérnias inguinais diretas: o São resultados de alterações adquiridas. Há um enfraquecimento da musculatura da parede posterior do canal inguinal. A hérnia direta ocorre no triângulo de Hesselbach, segmento mais frágil da fascia transversalis. o O saco herniário faz protrusão para fora e para adiante e é medial ao anel inguinal interno e vasos epigástricos inferiores. o Ao exame físico: parede posterior flácida e a protrusão é para frente. o Fatores associados: tabagismo, idade avançada, desnutrição, doenças crônicas debilitantes, atividade física intensa. Scheila Maria 2016 3 Mais comuns em homens, 60% do lado direito, 30% esquerdo e 10% bilaterais. Diagnóstico: o Exame clínico – principal e único instrumento diagnóstico. Incomum a utilização de exames complementares. o Exame físico: buscar fatores causais (tosse crônica, constipação, ascite); palpação da região inguinal buscando assimetria ou massas; métodos para definir se é direta ou indireta*; pesquisar contralateral e em outros orifícios herniários. *OBS: O examinador introduz o dedo no anel inguinal externo que é palpado através da bolsa escrotal; Introduz o dedo indicador na porção inferior da bolsa escrotal e invagina o saco herniário para o interior do canal inguinal até encontramos o orifício inguinal externo. Pede-se ao paciente para fazer a manobra de Valsalva. Se a protrusão vier de encontro com o dedo ou mover-se de lateral para medial no canal inguinal sugere uma hérnia indireta. Já se a protuberância progredir de profunda para superficial ou for sentida na polpa digital, através do assoalho inguinal sugere- se uma hérnia direta. *OBS2: Protuberância localizada abaixo do ligamento inguinal é compatível com uma hérnia femoral. o Principal achado diagnóstico: saliência na região inguinal. Pode haver dor mal definida ou desconforto vago na região (geralmente não são dolorosas, a menos que tenha ocorrido encarceramento ou estrangulamento). Pode ocorrer parestesia. o O EF isolado geralmente diferencia a hérnia inguinal de massas na virilha; o Avaliar o paciente sentando e em pé [na criança o exame é em pé], realizar manobra de Valsava. o USG: É desnecessário em quase todos os pacientes, salvo raras exceções. [Pode facilitar a detecção de hérnias ocultas, direta, indireta e femoral]; o TC: hérnias obscuras e incomuns, massas atípicas da virilha. o Laparoscopia na dúvida. Classificação: Classificação de Nyhus. [medcurso] [Sabiston] Scheila Maria 2016 4 Tratamento não operatório:O tratamento conservador como o uso de fundas, por exemplo, só é feito, atualmente, em pacientes sem condições de serem operados ou que se recusem. Recomenda-se a cirurgia após a descoberta de uma hérnia inguinal pelo possível aumento progressivo e enfraquecimento, com o potencial de encarceramento e estrangulamento! A decisão quanto ao momento cirúrgico adequado e o tipo de cirurgia a se realizar dependem basicamente se a hérnia é redutível, encarcerada ou estrangulada. HÉRNIA ENCARCERADA X ESTRAGULADA - CONDUTA: Os pacientes que apresentam encarceramento agudo geralmente referem história de dor aguda e intensa na região inguinal após alguma situação de aumento súbito da pressão intra-abdominal e abaulamento irredutível. Caso o conteúdo do saco herniário inclua as alças intestinais, o paciente pode se apresentar com síndrome de obstrução intestinal associada ao quadro doloroso*. Excluída a presença de estrangulamento ou de obstrução intestinal, devemos tentar a redução manual do saco herniário (Manobra de Taxe). Caso a hérnia se mostre irredutível apesar de todas as manobras, devemos indicar tto cirúrgico em caráter de urgência, já que o risco de evolução para o estrangulamento alto (Lembrar: a estrangulada é a encarcerada não tratada precocemente, o tempo é fator diferenciador). OBS: o paciente pode apresentar um quadro de abdome agudo obstrutivo e isquêmico: ocorre dor, distensão abdominal e aumento do trânsito intestinal, significa encarceramento. Quando o quadro de ílio paralítico surge significa estrangulamento. OBS: CONDUTA DO RX – supino e ortostático em AP. 1. Quadro clínico: Dor abdominal Distensão abdominal Vômitos Choro incoercível Parada de flatos e fezes Crianças <3 meses = 28,3% 2. Exame físico: Tumor inguinal irredutível Distensão abdominal Quadros avançados: sinais de peritonite 3. Diagnóstico Exame físico RX de abdome* USG Com sinais de isquemia Cirurgia Sem sinais de isquemia Redução incruenta: Até 6h - ideial Até 24h - aceitável Sedação/analgesia/Trendelemburg Se redução for insuficiente Cirurgia Scheila Maria 2016 5 Hérnia estrangulada Emergência cirúrgica. [pois as estruturas intra-abdominais apresentam sofrimento isquêmico, o que coloca o paciente em grande risco de peritonite]. Hérnias redutíveis operadas eletivamente. Hérnia encarcerada Emergência médica [Irredutibilidade e aprisionamento de uma víscera]. Hérnia domiciliada Presa por aderências, geralmente são recidivas e possuem potencial para encarcerar e estrangular. CONDUTA na criança, a hérnia indireta é responsável por 95% dos casos, tem alto índice de acometimento bilateral [deve-se examinar contralateral] e alto risco de estrangulamento, principalmente durante o primeiro ano de vida. A cirurgia está indicada em todas as crianças no momento do diagnóstico. Tratamento operatório: o AULA: Faz uma incisão transversa ou oblíqua na região inguinal e são abertos os planos subcutâneos e do oblíquo externo. O cordão espermático é isolado da parede posterior e separado do saco herniário. Daí faz o diagnóstico da hérnia se direta ou indireta, faz redução do saco herniário direto ou abertura do saco indireto com redução do seu conteúdo, ligadura alta e ressecção do anel interno. Daí vem a forma de reforço. o Reparos anteriores: Indicados para casos com contaminação simultânea ou ressecções intestinais concomitantes quando a colocação de uma malha pode ser contraindicada o Reparo de tecidos: apresenta altas taxas de recidiva, mas é indicado em hérnias estranguladas em que a ressecção do intestino é necessária e próteses de malha são contraindicadas. Opções disponíveis: trato iliopúbico, reparos de Shouldice, Bassini e McVay. a. Reparo do trato iliopúbico : aproxima o arco aponeurótico do transverso do abdome ao trato iliopúbico com uso de suturas interrompidas. b. Reparo de Shouldice: utiliza uma técnica de sutura corrida dos quatro planos de estruturas musculares. Está associado à taxa de recidiva muita baixa e a um alto grau de satisfação do paciente em pacientes altamente selecionados. c. Reparo de Bassini: é realizado por sutura dos arcos músculo-aponeuróticos do transverso abdominal e oblíquo interno ou tendão conjunto ao ligamento inguinal. Tem alto índice de recidiva. d. Reparo de McVay ou ligamento de Cooper: é popular para correção de hérnias inguinais diretas, hérnias indiretas grandes, hérnias recidivantes e hérnias femorais. É particularmente utilizado para hérnias femorais estranguladas porque ele proporciona obliteração do espaço femoral sem o uso de malha. São usadas suturas interrompidas inabsorvíveis para aproximar a margem da aponeurose do transverso do abdome ao ligamento de Cooper. o Reparo de hérnia inguinal livre de tensão: emprega uma malha sintética para sobrepor o defeito. Existem várias opções para colocação de malha durante herniografia inguinal anterior, incluindo a abordagem de Lichtenstein e a técnica de tampão e remendo. Scheila Maria 2016 6 a. Reparo de Lichtenstein: uma peça de malha inabsorvível protéica é colocada com sutura inabsorvível monofilamentar. Cria-se então um novo anel inguinal interno por onde passam o nervo ilioinguinal e o ramo genital do nervo genitofemoral. O cordão espermático é abraçado pela tela. Desvantagem: pode desencadear dor crônica. b. Técnica do tampão e remendo: Um tampão (plug) com formato de cone de malha de polipropileno é inserido no anel inguinal interno. Quando inserido este arma-se como um guarda-chuva e oclui a hérnia. É então costurado nos tecidos circundantes e mantido no local por remendo de malha de cobertura adicional. É uma extensão do reparo de Lich tenstein. OBS: Criança ou paciente muito jovem: não usa tela!! Tratamento laparoscópico: É um reparo com malha livre de tensão com abordagem pré- peritoneal. É obrigatório o uso de prótese. Há duas técnicas: (1) extraperitoneal total (TEP) na qual o espaço pré-peritoneal é alcançado através de incisão infraumbilical, penetra-se o endoscópio com balão que é insuflado alargando a região; (2) Transabdominal (TAPP) na qual o espaço é acessado depois da penetração na cavidade do peritônio. Não existem contra-indicações absolutas. As vantagens incluem recuperação mais rápida, menos dor, menos infecção local, entre outros. Complicações pós op: Hematoma, seroma, infecção de trato urinário, orquite isquêmica, infecção de sítio cirúrgico, neuralgia, recidiva, dor crônica. Dor é a complicação mais comum. Diagnósticos diferenciais: Os diagnósticos diferenciais de massa na virilha incluem hidrocele, cisto de cordão, neoplasia, hérnia femoral. [HÉRNIA FEMORAL] É mais comum em mulheres, mais comum à direita (devido ao efeito tamponante do sigmoide do canal femoral esquerdo), 20% bilaterais. Ocorre pela protrusão do conteúdo abdominal pelo canal femoral, que é limitado pelo trato iliopúbico, ligamento de Cooper, veia femoral e junção do trato iliopúbico e do ligamento de Cooper (ligamento colunar); Produz uma protuberância abaixo do ligamento inguinal (Tem que diferenciar, pois as condutas são diferentes, traça a linha inguinal, determina de a hérnia está acima ou abaixo). Tem alta incidência de estrangulamento Todas as hérnias femorais devem ser reparadas e as encarceradas devem ter os conteúdos do saco herniário examinados quanto à viabilidade. Pode ser reparada utilizando-se o reparo de McVay (ligamento de Cooper), o mesmo já explicado acima para tto da hérnia inguinal OU com a utilização de telas. Nos casos deintestino comprometido, a abordagem do ligamento de Cooper é a técnica preferida porque a malha é contraindicada. Scheila Maria 2016 7 [HÉRNIA UMBILICAL] Definição: persistência do anel umbilical sem o fechamento de sua camada aponeurótica após o nascimento causando uma protrusão anormal do peritônio contendo tecido gorduroso pré-peritoneal e omento. Embriologia: Na 4ª semana de gestação inicia-se a formação da parede abdominal. Na 6ª-10ª ocorre crescimento do intestino maior que da cavidade abdominal (hérnia fisiológica). Na 12ª ocorre reconstituição da parede abdominal com exceção do anel umbilical. Até o nascimento ocorre contração do anel rudimentar, aproximação dos músculos abdominais e linha Alba e formação do anel umbilical. Por fim, ocorre trombose dos vasos, ressecção do cordão, formação da cicatriz umbilical. 2ª malformação mais comum na cirurgia pediátrica, prevalência de 30-40% ao nascer, 2-10% com 1 ano de idade e < 0,5% no adulto. Nas crianças, são congênitas e comuns, no entanto, na maioria dos casos (entre 0,5 – 1,5cm) se fecham espontaneamente por volta dos dois anos de idade. [por isso não tem indicação cirúrgica em RN] Nos adultos, é mais comum em mulheres e são decorrentes da infância quando não tratadas ou adquiridas: gravidez, obesidade, ascite. Estrangulamento incomum. Diagnóstico: clínico, palpação do anel herniário. Assintomáticas pequenas (até 2-3cm), apenas detectáveis no exame: não necessitam reparo! Sintomáticas, grandes (>3cm), pacientes cirróticos, RN com hérnia > 1,5 cm, encarceramento, espessamento da pele sobrejacente ou ascite incontrolável: necessitam reparo! Lembrar: nas crianças não utiliza tela no reparo. No adulto sim. Tratamento: o Criança após 2 anos – fechamento longitudinal o Adulto (quando tiver sintomas) – plásticas cutâneas, telas, sutura dupla formando jaquetão, autoplastia de Quénu (retalho aponeurótico). [HÉRNIA EPIGÁSTRICA] Protrusão da gordura pré-peritoneal através de pequeno defeito na linha média da aponeurose anterior – linha Alba. Mais comum em homens e indivíduos com uma única decussação aponeurótica Localizam-se entre o processo xifoíde e umbigo (5-6cm de distância) Geralmente são herniações de gordura peritoneal, causam dor e desaparecem com o paciente deitado. Recomenda-se o reparo: excisão do tecido pré-peritoneal encarcerado. Diástase dos retos: o Não tem indicação de ttt cirúrgico o Tratamento apenas fisioterápico ou plástica o Linha Alba mais larga e mais fraca. Scheila Maria 2016 8 [HÉRNIA INCISIONAL] Ocorrem como resultado de uma tensão excessiva e cicatrização inadequada de uma incisão prévia, que em geral se associa a infecção no local cirúrgico. Elas aumentam ao longo do tempo, promovem dor, obstrução intestinal, encarceramento e estrangulamento. Fatores predisponentes: idade avançada, infecção do local cirúrgico e obesidade. [HÉRNIA DE SPIEGUEL] Protrusão dos órgãos pela linha semilunar São incomuns, em geral interparietais, pequenas (1-2 cm de diâmetro) e se desenvolvem durante a quarta até a sétima década de vida. Quadro clínico: inespecífico, dor moderada ou intermitente (principal sintoma), sensação de peso, hiperestesia local. [Na maioria dos casos não se identifica a hérnia a palpação. Não há protruberância, pois a hérnia está abaixo da aponeurose do m. oblíquo externo] Diagnóstico: necessita exame complementar – Rx simples, trânsito intestinal, contraste intraperitoneal, USG, laparoscopia. Tratamento: laparoscopia, incisão transversa ou oblíqua em fossa ilíaca. Utilização de tela. Deve ser reparada por risco de encarceramento. [HIDROCELE] Principal diagnóstico diferencial Acúmulo de líquido entre as membranas da túnica vaginal Caracterizado por aumento do volume escrotal de consistência cística Comunicante: persistência do conduto peritônio-vaginal Tratamento: se depois de 6 meses permanecer, indica-se a terapia cirúrgica semelhante a hérnia. Se no RN confirmar a palpação, faz cirurgia (??) [CISTO DE CORDÃO] Coleção líquida encontrada na região inguinal resultando da regressão proximal e distal do conduto peritônio-vaginal Conduta é cirúrgica após realizar o diagnóstico. [GASTROQUISE X ONFALOCELE] Onfalocele: protegido pelo peritôneo e membranas amnióticas Gastroquise: alças expostas no líquido amniótico.
Compartilhar