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Aula 2 - Apesctos Administrativos e fiscais

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GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Aspectos Administrativos
Antes de decidir pelo processo de importação de um determinado produto ou bem, é importante que a empresa tenha um bom conhecimento sobre o mercado externo ou exportador, buscando o máximo de informações a respeito dos fornecedores, valores reais praticados e cultura do país. Para quem decide importar é necessário que além de conhecer o Regulamento Aduaneiro, siga alguns passos básicos que são indispensáveis para uma importação.
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Aspectos Administrativos
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Aspectos Administrativos
Radar
Toda pessoa física ou jurídica que deseja realizar operações no comércio exterior precisa antes de qualquer coisa ter uma habilitação ou senha no RADAR, que está regulamentada pela Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 15 de dezembro de 2015 e estabelece os procedimentos para a habilitação no sistema e credenciamento dos representantes legais. É por meio dessa habilitação que o importador ou seu representante legal poderá operar o Siscomex (Sistema Integrado de Comercio Exterior) e para tanto basta comparecer a uma unidade da Receita Federal para solicitar o cadastro.
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Aspectos Administrativos
Radar
Basicamente existem três submodalidades de habilitação para pessoa jurídica. Elas variam de acordo com o tipo e a operação do interveniente, podendo ser expressa, limitada ou ilimitada.
A pessoa jurídica também precisará apresentar em qualquer unidade da RFB a habilitação do seu responsável legal, por meio de um requerimento disponibilizado pela própria receita além da apresentação de documentos conforme especificados no art. 3º da IN.
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Aspectos Administrativos
Radar
Modalidade Expressa - Habilitação para pessoa jurídica, autorizada a utilizar o Despacho Aduaneiro, expresso nos termos do Art. 2° da IN
Modalidade Limitada - Habilitação para pessoa jurídica com capacidade financeira igual ou inferior a U$ 150,000,00
Modalidade Ilimitada - Habilitação para pessoa jurídica com capacidade financeira superior a UU$ 150,000,00 (Cento e cinquenta mil dólares dos Estados Unidos da América).
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Aspectos Administrativos
Credenciamento para operar no Siscomex
O Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) é o software que permite a empresa interagir com os órgãos anuentes para fins de licenças de importação (LI), registro da declaração de importação (DI) que é analisada pela RFB e posteriormente concedida o conhecimento de importação(CI).
Sendo assim, a empresa poderá escolher o responsável para operar no Siscomex de acordo com sua estrutura e interesses organizacionais. Podendo ter na empresa um departamento focado nos processos de importação ou, terceirizar parte do serviço por meio de um escritório de despachantes aduaneiros, por exemplo.
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Aspectos Administrativos
Documentação do comércio exterior
As exigências documentais nos processo de compras internacionais são diferentes das de compras nacionais. Nas compras nacionais basicamente só é exigida a apresentação da Nota Fiscal. Ao fechar uma compra internacional é necessário ter alguns cuidados já que cada importação deve ser acompanhada por um conjunto de documentos que devem seguir as normas do Regulamento Aduaneiro do país importador. O não cumprimento da norma, ou uma documentação preenchida de forma incorreta ou com pendências de informações poderá acarretar em multas ou até impossibilitar o importador de retirar sua mercadoria do local de desembaraço aduaneiro.
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Aspectos Administrativos
Fatura Pro forma ou Proforma Invoice
Este documento funciona como um orçamento e é por meio deste que o exportador/vendedor informa ao possível importador/comprador suas condições comerciais, bem como, detalha as características técnicas do produto a ser negociado. Por meio da Proforma Invoice pode-se realizar o pagamento antecipado da mercadoria, além de poder adiantar o processo de licenciamento de importação, caso seja necessário. 
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Aspectos Administrativos
Fatura Pro forma ou Proforma Invoice
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Fatura Comercial ou Commercial lnvoice
A Fatura Comercial ou Commercial Invoice é o segundo documento em importância do comercio exterior e tem o papel de uma Nota Fiscal. A via original, assinada pelo exportador é indispensável para que se realize a Declaração de Importação (DI) conforme art. 553, do Decreto Nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. 
O documento poderá ser elaborado em um formulário próprio do exportador desde que atenda aos requisitos legais exigidos pela RFB e listados no art. 557 do decreto 6759/09.
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Aspectos Administrativos
Fatura Comercial ou Commercial lnvoice
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Aspectos Administrativos
Romaneio de Carga ou Packing-List
O Romaneio de Carga ou Packing-list é o documento que discrimina detalhadamente todas as mercadorias embarcadas em quantas partes estiverem fracionadas, a fim de facilitar a identificação e localização de qualquer produto em caso de uma necessidade de conferência da carga por parte da RFB. A não apresentação do Packing-List poderá acarretar multa para o importador. 
 
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Aspectos Administrativos
Romaneio de Carga ou Packing-List
É necessário que o Packing-List contenha informações referentes à quantidade total de volumes, marcação dos volumes e identificação por ordem numérica, e espécie de embalagens (caixa, pallet, etc) contendo peso líquido, peso bruto, dimensões unitárias e o volume total da carga. 
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Romaneio de Carga ou Packing-List
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Conhecimento de embarque ou Carga 
Constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria. Dependendo do meio de transporte escolhido essa documentação pode ser chamada de Bill oflading(B/L), quando o transporte se dá por via marítima ou ainda Air way Bill(AWB) quando utilizado o modal aéreo. No caso do airwaybill, será utilizada para carga não consolidada. Sendo a carga consolidada
o AWB se desmembrará em mais dois documentos: O Master AWB(MAWB) e o Hause AWB(HAWB). Cada conhecimento de carga deverá corresponder uma única declaração de importação, salvo exceções estabelecidas pela Receita Federal do Brasil.
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Aspectos Administrativos
Conhecimento de embarque ou Carga 
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Aspectos Administrativos
Conhecimento de embarque ou Carga
 
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Licenças de Importação 
Apesar de a empresa ter optado por importar um determinado produto, antes de autorizar o embarque é necessário averiguar se este necessita de licenciamento de importação, e esta por sua vez poderá ser concedido por órgãos anuentes do governo.
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Aspectos fiscais 
No processo de importação no Brasil, o controle aduaneiro é de competência da RFB que por sua vez tem o dever de zelar pela segurança do consumidor por meio da fiscalização e do cumprimento de todas as exigências estabelecidas em leis, a exemplo das anuências de importação pelos órgãos competentes, como também pela proteção do mercado nacional por meio do recolhimento da tributação devida a cada caso. 
Para que tal controle seja possível é então delimitada uma área de alfandegamento, na qual os produtos importadas devem circular e/ou permanecer até o seu desembaraço.
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Aspectos fiscais 
Classificação fiscal
A classificação fiscal de mercadorias consiste na atribuição correta da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). É importante não somente para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação e exportação, e de saída de produtos industrializados, mas também em especial no comércio exterior, para fins de controle estatísticos e determinação do tratamento administrativo requerido para determinado produto.
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Aspectos fiscais 
Classificação fiscal
Para facilitar as operações do comércio internacional, sobretudo no que diz respeito á identificação dos produtos objeto de transação, os países firmaram tratados para harmonizar a classificação dos produtos. O principal deles é a Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, mais conhecida pela sigla SH (Sistema Harmonizado). Nesse sistema, as mercadorias são classificadas em códigos numéricos de seis dígitos, divididos em capítulos, seções e posições.
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Aspectos fiscais 
Classificação fiscal
O SH tem como finalidade apenas servir de parâmetro para os países na identificação dos produtos. O Brasil, signatário da Convenção do SH, utilizou esse sistema como base para estruturar a sua nomenclatura (conhecida como Nomenclatura Comum Brasileira - NCB). Hoje, ele serve de base para a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), classificação adotada por todos os países integrantes do bloco, inclusive o Brasil. A NCM, é hoje a base de classificação dos produtos para fins de importação e exportação no Brasil.
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Valoração aduaneira
É o preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas, acrescido do custo de carga, manuseio, descarga, transporte e seguro até o porto de destino. São regras, princípios e critérios estabelecidos internacionalmente, através do Acordo de Valoração Aduaneira, com o objetivo de padronizar a base de cálculo do Imposto de Importação, e a redução da competição desleal entre produtos nacionais e estrangeiros.
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Valoração aduaneira
O conceito de valoração aduaneira foi estabelecido com a finalidade específica de padronizar a base de cálculo dos tributos e tarifas aduaneiras incidentes na importação e demais operações do Comércio Exterior.
Isso porque, as barreiras tarifárias aplicáveis às entradas de produtos importados podem ser realizadas através de alíquota específica; ad valorem; ou mesmo pelo conjunto destas.
Os direitos específicos são aplicados de acordo com a quantidade importada, de forma definida, seja o padrão expresso em razão da quantidade em unidades ou em peso.
 
Assim, a Autoridade Nacional pode estabelecer a imposição de um valor específico para cada unidade de produto importado ou mesmo para cada quilo de produto.
 
Nesses casos, forçoso perceber que o pagamento do tributo ou do direito não possui qualquer relação com o preço da mercadoria em si, razão pela qual o conceito de valoração aduaneira não é aplicado nestas hipóteses.
 
Por outro lado, a Autoridade pode estabelecer tributos e direitos ad valorem, ou seja, determinados a partir do preço do produto, como a alíquota do imposto de importação.
 
Quando diante da aplicação de alíquotas percentuais, a determinação da base de cálculo torna-se de grande relevância para as partes envolvidas, uma vez que determinará o valor a ser recolhido, modificando o custo de aquisição do produto no mercado externo.
 
Dessa forma, quando o imposto é calculado sobre o valor da mercadoria, a valoração aduaneira é responsável por determinar a base de cálculo, ou o valor da mercadoria, que pode ou não corresponder ao valor real da transação.
 
O tema possui tal relevância que, carente de regulamentação multilateral, poderia inviabilizar o comércio internacional, uma vez que a insegurança jurídica desestimularia o comércio e, ainda, as autoridades nacionais seriam capazes de inviabilizar as importações aumentando indiscriminadamente a base de cálculo, o que majoraria os tributos e, consequentemente, o custo de aquisição e comercialização do produto, beneficiando a indústria nacional.
 
Cientes da necessidade de regulamentação do comércio internacional, pela necessidade de aquisição de produtos para o desenvolvimento, a busca por novos mercados, ou apenas para evitar que as dissensões econômicas interferissem no relacionamento dos países e, consequentemente na paz, as nações tem desenvolvido e aperfeiçoado o conceito de valoração aduaneira de forma contínua.É o preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas, acrescido do custo de carga, manuseio, descarga, transporte e seguro até o porto de destino. São regras, princípios e critérios estabelecidos internacionalmente, através do Acordo de Valoração Aduaneira, com o objetivo de padronizar a base de cálculo do Imposto de Importação, e a redução da competição desleal entre produtos nacionais e estrangeiros.
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Valoração aduaneira - Histórico Multilateral
Ato marítimo aduaneiro de 1878
Quando a Companhia das Índias Orientais suspendeu suas ações na Índia, o controle do território indiano foi tomado pelo Reino Unido.
Em razão da distância entre os territórios e da utilização praticamente exclusiva do modal marítimo para o transporte e comercialização de mercadorias e pessoas, o Reino Unido experimentou a necessidade de estabelecer normas marítimas e aduaneiras que regulassem as transações.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Histórico Multilateral
Ato marítimo aduaneiro de 1878
A sua Majestade Rainha Vitória promulgou o Ato Marítimo Aduaneiro de 1878 que, dentre outros assuntos, abordava a valoração de mercadorias.
De acordo com o documento, o Valor Aduaneiro deveria ser determinado de acordo com o valor real, este definido como o valor total pelo qual a mercadoria poderia ser comercializada no momento e local da importação, excluídos os impostos incidentes. O Acordo concedia, ainda, a possibilidade de aquisição governamental das mercadorias importadas mediante o pagamento do valor declarado pelo importador com valor real.
 
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Valoração aduaneira - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT
Quase 70 anos passaram até a primeira conquista moderna multilateral sobre a valoração aduaneira, através do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT, estabelecido em 1947.
O GATT foi um acordo firmado inicialmente por 23 países, durante a denominada Rodada de Genebra, iniciada em abril de 1947, visando impulsionar o comércio internacional e combater o protecionismo desmedido que impedia o desenvolvimento econômico das nações.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT
Neste acordo, foram realizadas 45.000 concessões tarifárias que afetaram 10 bilhões de dólares do comércio internacional, além de iniciar o diálogo no cenário multilateral. 
Necessário registrar, neste momento, que o GATT foi firmado em caráter provisório, à época, uma vez que os países, liderados pelos Estados Unidos, ansiavam pela criação de uma Organização Internacional do Comércio – OIC, que atuaria como uma agência especializada das Nações Unidas.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT
Em Novembro de 1947, os representantes reuniram-se no Fórum de discussões em Havana, Cuba, que culminou com a assinatura da Carta de Havana, determinando o estabelecimento da OIC.
No entanto, os Estados Unidos, a época, com papel central e inquestionável de liderança no comércio internacional, decidiu, discricionariamente, rejeitar o acordo então assinado e sequer encaminhá-lo para ratificação no Congresso.
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Valoração aduaneira - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT
Ausente o principal player do cenário internacional, não havia razão para o estabelecimento de uma Organização Internacional do Comércio, tendo então o projeto fracassado em razão de seu esvaziamento.
Diante deste cenário e sem perspectiva para a criação de uma Organização Internacional sobre o tema, os países recorreram novamente ao GATT que havia sido firmado para reger o comércio internacional de forma provisória até o estabelecimento da OIC.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT
Sendo o GATT o único instrumento multilateral
válido, foi, de fato, o acordo que regeu as relações comerciais por quase 50 anos, tendo vigência até hoje.
O Acordo permitiu o comércio e o desenvolvimento das nações envolvidas, que, diante dos benefícios alcançados, inclinaram-se para novas negociações, assim como países que inicialmente não participaram do acordo, demonstravam seu interesse no comércio internacional e sua regulação.
 
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT
Tanto assim que durante a vigência do GATT, foram realizadas, no total, oito Rodadas de negociações: Genebra (1947), que o instituiu; Annecy (1949); Torquay (1950); Genebra (1955); Dillon (1960); Kennedy (1964); Tóquio (1973); e Uruguai (1986), que culminou com a instituição da Organização Mundial do Comércio – OMC. 
Especificamente no que se refere à valoração aduaneira, cumpre ressaltar que o artigo VII do GATT determinou que o Valor Aduaneiro deve ser determinado com base no valor real da mercadoria importada ou produto similar.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT
Dispõe, ainda que a determinação não deve levar em conta o valor da mercadoria de origem nacional ou qualquer outro valor arbitrário ou fictício.
 
Tendo em vista o caráter provisório do GATT, o Acordo não possuía todas as determinações sobre valoração aduaneira, o que acabava por permitir a utilização de métodos muito diferentes valoração aduaneira, o que prejudicava o comércio internacional. 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Definição de Valor de Bruxelas - Brussels Definition of Value (BDV) 
Pouco tempo depois da definição das regras básicas e gerais pelo GATT 47, as principais nações envolvidas no comércio internacional tiveram a necessidade de otimizar e unificar os procedimentos, criando regras claras e específicas ao comércio internacional, notadamente no que se refere à valoração aduaneira.
Em 1952, alguns países da Europa formaram o Conselho de Cooperação Aduaneira, com sede em Bruxelas (Customs Cooperation Council)
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Definição de Valor de Bruxelas - Brussels Definition of Value (BDV) 
Dentre os objetivos do Conselho estava a uniformização das regras de valoração aduaneira, tendo sido proposto o método de valoração conhecido como Definição de Valor de Bruxelas – BDV.
De acordo com tal método, a valoração deve ser realizada de acordo com o preço real de mercado, este definido como o valor que a mercadoria possuiria quando comercializada em mercado aberto por compradores e vendedores independentes.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Definição de Valor de Bruxelas - Brussels Definition of Value (BDV) 
Assim, a aduana definia o preço de cada produto fiscalizando as variações existentes entre o preço determinado na tabela e o valor praticado em cada operação.
No entanto, este método acabou sendo muito criticado por não conseguir acompanhar o dinamismo do mercado internacional.
Negociações eram valoradas de forma errada quando os preços variavam ou vantagens competitivas eram concedidas por empresas, o que dificultava o desenvolvimento do fluxo comercial.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Definição de Valor de Bruxelas - Brussels Definition of Value (BDV) 
Ademais, é necessário esclarecer que o estabelecimento de listas não contemplava os produtos inéditos e as inovações tecnológicas, o que dificultava a valoração destes produtos, sem parâmetro, consequentemente criando obstáculos ao comércio e possibilitando a ação discricionária da autoridade aduaneira do país importador.
Apesar das críticas, o BDV apresentava-se como a melhor opção para a valoração aduaneira e, nos anos 70, o método era utilizado por mais de uma centena de países.
 
No entanto, países como os Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia jamais aderiram ao BDV afirmando que o método de valoração deveria ser objetivamente o preço pago pelas mercadorias, sendo reduzida a discricionariedade da autoridade nacional no estabelecimento de preços de referência.
 
O firme posicionamento dos Estados Unidos – então maior player do comércio mundial – demonstrou a necessidade de flexibilizar as regras e a definição de valoração aduaneira para que o acordo pudesse abranger os mais diversos sistemas aduaneiros existentes.
 
Apesar de a Definição de Valor de Bruxelas (BDV) não ser mais utilizada, é importante ressaltar que seu Fórum, o então Conselho de Cooperação Aduaneira, transformou-se na Organização Mundial das Alfândegas, com mais de 150 países membros, debatendo e facilitando o comércio internacional. 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Definição de Valor de Bruxelas - Brussels Definition of Value (BDV) 
No entanto, países como os Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia jamais aderiram ao BDV afirmando que o método de valoração deveria ser objetivamente o preço pago pelas mercadorias, sendo reduzida a discricionariedade da autoridade nacional no estabelecimento de preços de referência.
O firme posicionamento dos Estados Unidos – então maior player do comércio mundial – demonstrou a necessidade de flexibilizar as regras e a definição de valoração aduaneira para que o acordo pudesse abranger os mais diversos sistemas aduaneiros existentes.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Definição de Valor de Bruxelas - Brussels Definition of Value (BDV) 
Apesar de a Definição de Valor de Bruxelas (BDV) não ser mais utilizada, é importante ressaltar que seu Fórum, o então Conselho de Cooperação Aduaneira, transformou-se na Organização Mundial das Alfândegas, com mais de 150 países membros, debatendo e facilitando o comércio internacional. 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Código de Valoração da Rodada Tóquio
O Código de Valoração da Rodada Tóquio, também conhecido como Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do GATT, concluído em 1979, foi o próximo passo para o desenvolvimento do tema no cenário multilateral.
Ao contrário da definição de valor de Bruxelas, o Acordo firmado em Tóquio determina que a Valoração Aduaneira seja realizada com base no preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Código de Valoração da Rodada Tóquio
A definição tinha como principal objetivo diminuir a burocracia e os problemas causados com as listas de referência, otimizando o comércio internacional e atendendo à realidade prática das operações.
Na ocasião, o Acordo foi estabelecido como facultativo e contou com a assinatura de mais de 40 países, demonstrando, uma vez mais o interesse multilateral em regras de comércio claras e seguras, cada vez menos sujeitas à ingerência dos Estados. 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Organização Mundial do Comércio
O até então último grande passo no tema de valoração aduaneira ocorreu quando da Rodada Uruguai em que o Código de Valoração da Rodada Tóquio foi substituído pelo Acordo da OMC sobre a Aplicação do artigo VII do GATT de 1994.
Na Rodada Uruguai de Negociações Comerciais Multilaterais, concluída em 1994, o Acordo tornou-se parte integrante do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio – GATT, passando a ser obrigatório para todos os membros da Organização Mundial de Comércio – OMC, então criada.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Organização Mundial do Comércio
Dessa forma, com a participação de 123 países, as determinações de valoração aduaneira foram unificadas e desenvolvidas a fim de facilitar o fluxo comercial internacional.
Há que se ressaltar, por oportuno, que o Acordo da OMC sobre a Aplicação do artigo VII do GATT de 1994 tem competência apenas para reger o valor das mercadorias importadas para fins de cobrança de direitos aduaneiros ad valorem, sendo silente quanto à determinação de direitos a exportação ou à administração de quotas com base no valor dos bens; bem
como quanto à fixação de condições para a valorização dos produtos para a tributação interna ou controle de câmbio. 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
O valor aduaneiro da mercadoria importada deve ser determinado mediante a aplicação sucessiva e sequencial, do primeiro ao último, de seis métodos de valoração.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
1º Método – Valor da Transação.
O valor aduaneiro das mercadorias importadas será determinado de acordo com o preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias quando vendidas para exportação, desde que tais operações sejam realizadas em condições normais.
Quanto ao conceito de condição normal de comércio, o Acordo estabelece que o preço praticado não poderá ser utilizado como valor aduaneiro caso existam restrições quanto à utilização das mercadorias, além das legais, geográficas ou de menor importância, que não afetem o valor da mercadoria.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
1º Método – Valor da Transação.
Da mesma forma, caso o valor do produto ou da transação esteja subordinado a condições de valor indeterminável, o preço também não poderá ser considerado.
Ademais, o relacionamento entre o Exportador e o Importador também constitui um argumento para a determinação do valor aduaneiro por outro método, que não o valor da transação.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
1º Método – Valor da Transação.
No entanto, o mero comércio entre partes relacionadas não garante à administração a discricionariedade para determinar o valor aduaneiro de forma diversa do estabelecido no primeiro método. 
Não por outra razão, o valor aduaneiro nestes casos será o valor da transação, exceto se tal valor estiver muito próximo de um dos valores a seguir indicados, no mesmo momento ou em momento muito aproximado:
 
i) Valor transacional nas vendas a compradores não coligados de mercadorias idênticas ou similares para exportação com destino ao mesmo país de importação;
 
ii) Valor aduaneiro de mercadorias idênticas ou similares;
 
iii) Valor aduaneiro de mercadorias idênticas ou similares. 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
1º Método – Valor da Transação.
No entanto, o mero comércio entre partes relacionadas não garante à administração a discricionariedade para determinar o valor aduaneiro de forma diversa do estabelecido no primeiro método. 
Não por outra razão, o valor aduaneiro nestes casos será o valor da transação, exceto se tal valor estiver muito próximo de um dos valores a seguir indicados, no mesmo momento ou em momento muito aproximado:
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
1º Método – Valor da Transação.
i) Valor transacional nas vendas a compradores não coligados de mercadorias idênticas ou similares para exportação com destino ao mesmo país de importação;
 
ii) Valor aduaneiro de mercadorias idênticas ou similares;
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
2º Método – Valor da Transação de Mercadorias Idênticas.
Caso o preço praticado não seja apropriado para fins de valoração aduaneira, o primeiro método deverá ser descartado e a Autoridade Aduaneira deverá analisar a possibilidade de determinação do valor aduaneiro pelo 2º Método, qual seja, o valor da transação de mercadorias idênticas.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
2º Método – Valor da Transação de Mercadorias Idênticas.
Assim, o segundo método determina que o valor aduaneiro seja calculado de acordo com o valor transacional praticado em mercadorias idênticas, vendidas para exportação com destino ao mesmo país de importação e exportadas no mesmo momento que as mercadorias avaliadas ou em momento muito próximo.
A fim de que a comparação seja justa, o Acordo enfatiza que as mercadorias comparadas para fins de valoração aduaneira, devem estar no mesmo nível de comércio, com quantidades e destinação semelhantes.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
2º Método – Valor da Transação de Mercadorias Idênticas.
No entanto, reconhece-se que a justa comparação nem sempre é possível, razão pela qual o 2º método também pode ser aplicado tendo como referência mercadorias idênticas em diferentes níveis de comércio que serão ajustados de acordo com a necessidade. 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
3º Método – Valor da Transação de Mercadorias Similares.
O Acordo prevê, ainda, que caso inexistam operações de produto idêntico aos avaliados, a valoração aduaneira pode ter como referência operações de produtos similares, no mesmo nível de comércio.
No entanto, assim como no 2º método, o Acordo permite que, no 3º método, caso inexistam operações em mesmo nível de comércio, seja o valor aduaneiro da mercadoria determinado de acordo com o preço praticado para o produto similar, devidamente ajustado.
 
Importante registrar, nesse momento, que o conceito de Idêntico e Similar concede certa discricionariedade às Autoridades Aduaneiras, apesar de tais conceitos serem descritos em outros Acordos, sua definição é sempre abrangente demais para conceder a necessária segurança às partes envolvidas.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
3º Método – Valor da Transação de Mercadorias Similares.
Importante registrar, nesse momento, que o conceito de Idêntico e Similar concede certa discricionariedade às Autoridades Aduaneiras, apesar de tais conceitos serem descritos em outros Acordos, sua definição é sempre abrangente demais para conceder a necessária segurança às partes envolvidas. 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
4º Método – Valor da Revenda
Inexistindo operações de mercadorias idênticas ou similares viáveis para a determinação do valor aduaneiro, o Acordo prescreve o 4º método como a determinação do valor aduaneiro de acordo com o preço pelo qual a mercadoria foi comercializada no mercado interno, desde que forem vendidas no país de importação no mesmo estado em que foram importadas.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
4º Método – Valor da Revenda
Para o cálculo exato do valor aduaneiro, a Autoridade exclui o preço de revenda as comissões, despesas gerais de venda; transporte; seguro; direitos aduaneiros e todos os demais custos e impostos relativos ao país importador. Assim como os demais métodos, o Acordo prevê que caso inexista revenda do produto em questão no mesmo período de importação, a valoração aduaneira poderia ser realizada de acordo com o preço de revenda praticado em mercadorias idênticas ou similares importadas forem vendidas na data mais próxima depois da importação das mercadorias a avaliar, mas antes de 90 dias a contar dessa importação.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
5º Método – Custo de Produção
Se apresenta como uma construção do preço que deveria ser praticado, quando impossível a utilização dos métodos anteriores, o que significa que o preço declarado não é confiável e que inexistem operações idênticas ou similares que possam ser utilizadas como referência.O valor aduaneiro das mercadorias importadas será determinado a partir do custo ou do valor das matérias e das operações de fabricação necessárias para a produção das mercadorias analisadas, adicionadas às despesas e a margem razoável de lucro.
 
GESTÃO
DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
5º Método – Custo de Produção
O Acordo concede grande discricionariedade para a Autoridade Aduaneira quando da utilização deste método, mas inexistindo outro parâmetro, o valor deve ser construído pela Autoridade. O Acordo permite a construção do preço, mas expressamente determina que “Nenhum Membro pode intimar ou obrigar uma pessoa não residente no seu território a apresentar documentos de contabilidade ou outros documentos para exame ou a permitir o acesso a documentos de contabilidade ou a outros documentos, com o fim de determinar um valor calculado.”
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
5º Método – Custo de Produção
No entanto, caso as informações sejam prestadas, a Autoridade Aduaneira poderá prestar verificações de dados caso o país exportador seja devidamente notificado e não se oponha ao procedimento. 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
6º Método – Arbitramento.
Inexistindo forma de determinar o valor aduaneiro da mercadoria, o mesmo será determinado por critérios razoáveis compatíveis com os princípios e as disposições gerais do Acordo, bem como com base nos dados disponíveis no país de importação.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
6º Método – Arbitramento.
O valor não poderá ter um viés protecionista, sendo proibido determinar o valor aduaneiro da mercadoria de acordo com: (i) O preço de venda no país de importação de mercadorias produzidas nesse país; (ii) determinação legal que preveja, para fins aduaneiros, do mais elevado de dois valores possíveis; (iii) o preço de mercadorias no mercado interno do país de exportação; (iv) o custo de produção distinto dos valores calculados que tiverem sido determinados para mercadorias idênticas ou similares; (v) o preço de mercadorias vendidas para exportação com destino a um país distinto do país de importação; (vi) valores aduaneiros mínimos; ou (vii) valores arbitrários ou fictícios.
 
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Valoração aduaneira - Métodos previstos no acordo de Valoração Aduaneira
6º Método – Arbitramento.
Nota-se que apesar de não determinar a fonte da informação, o Acordo apresenta diversas condutas condenáveis que não devem ser utilizadas quando da valoração aduaneira, deixando clara a mens legis da regra, informando tratar-se de um facilitador do comércio e não de uma medida protecionista.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Desembaraço aduaneiro
O desembaraço aduaneiro trata-se de um procedimento fiscal e deve ser 
realizada pelo representante legal do importador. Sendo assim o despacho de importação inicia-se após o registro da DI, enquanto a mercadoria ainda está no recinto alfandegado.
Em relação ao recolhimento dos tributos devidos ao processo de importação, o Regulamento Aduaneiro diz:
“O pagamento dos tributos e contribuições federais devidos na importação de mercadorias, bem assim dos demais valores exigidos em decorrência da aplicação de direitos antidumping, compensatórios ou de salvaguarda, será efetuado no ato do registro da respectiva DI ou da sua retificação, se efetuada no curso do despacho aduaneiro, por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) eletrônico, mediante débito automático em conta-corrente bancária, em agência habilitada de banco integrante da rede arrecadadora de receitas federais.”
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Desembaraço aduaneiro
Para que ocorra efetivamente o desembaraço aduaneiro, é necessário aguardar a parametrização, que pode ser acompanhada pelo sistema siscomex e a depender do Canal, a mercadoria já poderá ser retirada do recinto alfandegado pelo importador. O Siscomex seleciona as DI registradas para um dos seguintes canais de conferência aduaneira:
I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria;
II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria;
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Desembaraço aduaneiro
III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação da mercadoria; e
IV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Imposto de Importação
O Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (II) é um tributo extrafiscal e por isso, este não obedece aos princípios da legalidade e anterioridade. Sendo assim, o governo pode alterar sua alíquota a depender da situação econômica do país e dos interesses de mercados ou acordos firmados com outros países ou blocos econômicos. A hipótese de incidência se dá com a entrada de produtos estrangeiros no território nacional e não pode incidir sobre produtos nacionais reimportados.
A base de cálculo do II é o valor aduaneiro da mercadoria e a alíquota a ser utilizada está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC) e o lançamento é feito por homologação, ou seja, o próprio importador promove o calculo do tributo por meio do Siscomex, sem a participação da autoridade fazendária.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Imposto sobre produtos industrializados (IPI)
Assim como o II, o IPI também é um tributo de competência Federal com caráter extrafiscal e incide sobre a entrada de produtos industrializados no território nacional. [...] Enquanto o II incide sobre a importação de produtos estrangeiros industrializados e não industrializados, somente os primeiros são passiveis de incidência do IPI. Além disso, esse imposto também incide sobre produtos industrializados reimportados, o que não ocorre com o II. Assim como no caso do II, o lançamento do tributo também é feito por homologação por meio do Siscomex e apesar de acontecer o recolhimento do valor devido do tributo no ato de registro da DI, sua hipótese de incidência é o desembaraço aduaneiro. O tributo tem como base de cálculo, o valor aduaneiro do produto, acrescido do montante devido de II, e sua alíquota deve ser observada na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI).
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
PIS/Pasep Importação e Cofins Importação
O PIS/Pasep Importação e Cofins Importação são tributos da espécie contribuição social, de competência da União e incide sobre a entrada de produtos ou serviços estrangeiros em território nacional. Da mesma forma que o II a obrigação de recolhimento do tributo nasce a partir do registro da DI no Siscomex.
Em regra geral as alíquotas são de 1,65% para PIS/Pasep Importação e 7,6% para a Cofins Importação.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
AFRMM - Adicional Frete para Renovação Marinha Mercante
Tributo federal, com base legal na Lei nº 10.893/2004, destinado a renovação da Marinha Mercante, construção e manutenção naval brasileiras. Sua incidência é nas operações do comércio exterior, na contratação de frete marítimo, ou seja, quando o navio é atracado nos portos brasileiros, ocorre a incidência do referido tributo. O recolhimento tem com base de cálculo o valor do frete e todas despesas portuária referente à carga.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
ATAERO - Adicional de Tarifas Aeronáuticas
Devido ao armazenamento, transporte e manuseio de cargas ocorre a incidência do tributo, previsto na Lei 7.920/89, seu recolhimento é destinado para melhorias, e expansão de instalações aeroportuárias.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Cide - Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.
Imposto federal, com incidência sobre a importação e comercialização de petróleo e derivados, gasolina e derivados, diesel, querosene,
e óleos combustíveis e seus derivados. Sua base de cálculo para recolhimento é a unidade de medida (metro cúbico ou tonelada), e mediante essa característica sua alíquota não é definida, é especifica, conforme a unidade de medida adotada com valor já fixado, de acordo com sua base legal na Lei nº 10.336/2001.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Imposto sobre Operações de Câmbio (IOF) 
Também de competência federal, não está vinculado diretamente nos processos de importação ou exportação, e sim, nas operações de câmbio. O recolhimento e sua incidência se efetiva na entrega da moeda nacional ou estrangeira ou documento de igual valor, referente ao montante que foi acordado para a troca. Sua base legal está no art.153, V, da Constituição Federal, no CTN (art.63) e em legislação especifica, na Lei nº 8.894/1994.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Taxa de Utilização do SISCOMEX 
Sua incidência ocorre na utilização do sistema pelas pessoas jurídicas e pessoas físicas, com base legal na Lei 9.716/1998. Sua base de cálculo não é estipulada por percentual, há um valor fixo determinado pelo art. 3º, da Lei nº 9.716/1998, seu recolhimento é feito durante o registro da Declaração de Importação.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
Taxa de Utilização do Mercante 
Refere-se a utilização do sistema eletrônico de controle de arrecadação do AFRMM - Adicional Frete para Renovação Marinha Mercante, instituído pelo art.37, da Lei nº 10.893/2004. Sua incidência e pagamento ocorre no registro do AFRMM, tem alíquota no valor de R$ 50,00 por conhecimento de embarque do Mercante, e seu recolhimento é feito pelo próprio sistema.
GESTÃO DA IMPORTAÇÃO
ICMS Importação - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
Quando ocorre o registro da Declaração de Importação no SISCOMEX, a circulação e o transporte da mercadoria importada é que se efetiva a incidência do referido tributo. A base de cálculo do ICMS Importação está prevista na Lei Complementar nº 87/1996, sendo que cada Estado tem sua alíquota definida por Lei, o importador, é responsável pelo recolhimento, que pode ser pago no próprio SISCOMEX.
LINK PARA DOWNLOAD
http://speedy.sh/7thnN/Aula-2.pptx
http://speedy.sh/hPWNk/IN-RFB-n-1603-2015.pdf
http://speedy.sh/W6wkt/Decreto-n-6759.pdf

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