Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
����������� EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS COMPOSIÇÃO: Juiz Cel BM Osmar Duarte Marcelino – Presidente Juiz Fernando Armando Ribeiro – Vice-Presidente Juiz Cel PM James Ferreira Santos – Corregedor Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho Juiz Jadir Silva Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos Juiz Fernando Galvão da Rocha Primeira Câmara Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho – Presidente da Câmara Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos Juiz Fernando Galvão da Rocha Segunda Câmara Juiz Fernando Armando Ribeiro – Presidente da Câmara Juiz Jadir Silva Juiz Cel PM James Ferreira Santos EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 2 Caro leitor, Todo ementário é uma série de apontamentos ou lembretes e, logo, possui um caráter restritivo. Então, para tentar superar o fato de ser um resumo das decisões do Tribunal de Justiça Militar, nesta apresentação, bem brevemente, gostaria de compartilhar informações complementares e uma minha leitura do ementário. Preliminarmente, somos um tribunal especializado composto de 07 (sete) magistrados que constituem um colegiado misto com juízes civis e juízes militares. Esta composição permite aliar a experiência de oficiais do último posto, que atingiram o ápice da hierarquia militar, acumulando mais de trinta anos de trabalho, ao conhecimento dos juízes civis representantes da magistratura militar de 1º Instância, do Ministério Público e da Advocacia. Os traços de cultura, de vivência e formação certamente dão sentido próprio ao auto convencimento de cada juiz e chega ao leitor por intermédio das decisões que constam do ementário, embora esta, por técnica, seja extremamente simplificada. Sobre simplificação, ao falar apenas do ato de comunicar, os primeiros teóricos do assunto chegaram à conclusão de que o estudo das estruturas de uma língua pode levar à elucidação de uma concepção de um mundo que a acompanhe (hipótese Sapir-Whorf). Partindo dessa teoria, então, posso inferir que a leitura atenta das decisões do TJMMG pode levar o leitor à compreender melhor a Justiça Militar de Minas Gerais Destarte, desejo-lhe uma leitura que lhe favoreça nos conhecer. E, sobre a realidade deste órgão, na condição de cidadão e leitor, após rever os registros de nossos trabalhos no ano de 2013, acompanho a interpretação do Juiz Civil Dr. Fernando Galvão da Rocha sobre a Justiça Militar do Estado de Minas Gerais: “Perfeitamente integrada aos esforços que o Poder Judiciário nacional empreende para a melhora da qualidade e da eficiência dos serviços que asseguram a tutela dos interesses maiores da sociedade, a Justiça Militar do Estado de Minas Gerais firma compromissos cada vez mais claros com o Estado Democrático. Esperamos que a sociedade acompanhe de perto esse trabalho, oferecendo suas críticas e contribuições para que possamos alcançar o nível de excelência que a sociedade mineira merece.” Belo Horizonte, 06 de março de 2014. Juiz Cel BM Osmar Duarte Marcelino Presidente do Tribunal de Justiça Militar EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 3 CRIMINAL AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL REVISÃO EM EXECUÇÃO PENAL – CRIME DE USO DE DOCUMENTO FALSO – ART. 315 DO CPM – PENA – CUMPRIMENTO – REGIME ABERTO – REMIÇÃO PELO TRABALHO – IMPOSSIBILIDADE – REMIÇÃO PELO ESTUDO – POSSIBILIDADE – RECURSO NÃO PROVIDO – DECISÃO MANTIDA. - O réu militar que cumpre a pena em regime aberto não faz jus à remição de 36 dias pelo trabalho realizado na PMMG, nos termos do § 6º do art. 126 da Lei Federal n. 7.210/1984, na redação que lhe deu a Lei Federal n. 12.433/2011. - Manutenção da concessão da remição da pena em 36 dias pelo estudo desenvolvido no Curso de Gestão Ambiental, realizado em Faculdade. - Não concessão da remição da pena de 36 dias pelo trabalho. - Recurso a que se nega provimento. - Decisão que se mantém. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0004561-32.2012. 9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 21/06/2012; DJME: 27/06/2012. *** AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – CRIME DE USO DE DOCUMENTO FALSO – ART. 315 DO CPM – REGIME ABERTO – REMIÇÃO DA PENA – ESTUDO NÃO REGULAR – IMPOSSIBILIDADE – INDULTO NATALINO – AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO LEGAL – AGRAVO NÃO PROVIDO – DECISÃO A QUO MANTIDA. - O réu militar que cumpre a pena em regime aberto não faz jus à remição de 23 dias por estudo não regular, desenvolvido durante poucas horas, ainda que realizado em estabelecimento credenciado. - O indulto natalino previsto no artigo 1º, XIII, do Decreto Federal n. 7.648/2011, não se destina aos presos provisórios, mas, sim, aos apenados em definitivo. - Agravo a que se nega provimento. - Decisão a quo que se mantém. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0005570-29.2012.9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 27/09/2012; DJME:02/10/2012. *** AGRAVO EM EXECUÇÃO – MILITAR CONDENADO À PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUPERIOR A DOIS ANOS – CONCESSÃO DA REMIÇÃO DA PENA PELO ESTUDO – FREQUÊNCIA A UM ÚNICO CURSO DE ENSINO REGULAR – NOVO PEDIDO DE REMIÇÃO PARA OUTROS ONZE EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 4 CURSOS DE CURTA DURAÇÃO E BAIXA CARGA HORÁRIA – CURSOS ELENCADOS NÃO GUARDAM QUALQUER RELAÇÃO COM O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO AGRAVANTE – CURSOS INFORMAIS PARA HABILITAREM NEÓFITOS AO MERCADO DE TRABALHO – DESCUMPRIMENTO DO DISPOSITIVO PREVISTO NO § 6º DO ART. 126 DA LEI N. 7.210/84 – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0006357-58.2012.9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 13/11/2012; DJME: 20/11/2012. *** AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – NÃO CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – ALTERAÇÃO DO COMANDO DA SENTENÇA E DO ACÓRDÃO – TRÂNSITO EM JULGADO – IMPOSSIBILIDADE – COISA JULGADA. - Não concedido o benefício da suspensão condicional da pena, em sentença devidamente fundamentada e mantida em 2ª instância. Com a ocorrência do trânsito em julgado, é vedado ao Juiz da Execução fazê-lo, sob pena de ofensa à coisa julgada, nos termos do art. 5º, inciso XXXVI, da CF. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000665-44.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 09/04/2013; DJME: 15/04/2013. *** AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – NÃO CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – ALTERAÇÃO DO TEOR DA SENTENÇA E DO ACÓRDÃO – TRÂNSITO EM JULGADO – IMPOSSIBILIDADE – COISA JULGADA. - Não concedido o benefício da suspensão condicional da pena, em sentença devidamente fundamentada e mantida em 2ª instância, e com a ocorrência do trânsito em julgado, é vedado ao Juiz da Execução fazê-lo, sob pena de ofensa à coisa julgada, nos termos do art. 5º, inciso XXXVI, da CF. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000962-51.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 14/05/2013; DJME: 16/05/2013. *** AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – REQUERIMENTO DE APLICAÇÃO DO INDULTO PREVISTO NO DECRETO N. 7.873, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2012 AO AGRAVANTE – NEGATIVA DO JUIZ DA EXECUÇÃO AO ENTENDIMENTO DE NÃO CUMPRIMENTO DO PRAZO ASSINALADO NO DECRETO QUE CONCEDEU O BENEFÍCIO – O DECRETO CITADO PERMITE A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO AOS CONDENADOS QUE ESTEJAM CUMPRINDO PERÍODO DE PROVA DO SURSIS – O EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 5 AGRAVANTE JÁ CUMPRIU MAIS DE UM QUARTO DO PERÍODO DE PROVA – AGRAVO PROVIDO PARA RECONHECER O CUMPRIMENTO DO REQUISITO OBJETIVO, DEVENDO O JUÍZO DA EXECUÇÃO EXAMINAR OS DEMAIS. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000958-14.2013.9.13.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Fernando Galvãoda Rocha; Julgamento (unânime): 14/05/2013; DJME: 23/05/2013. *** REQUERIMENTO DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA NEGADO PELO JUIZ DA EXECUÇÃO, EM RAZÃO DO BENEFICIO TER SIDO NEGADO EXPRESSAMENTE NA SENTENÇA, TRANSITADA EM JULGADO – AGRAVO DE EXECUÇÃO PRETENDENDO QUE SEJA CONCEDIDO O SURSIS, AO ARGUMENTO DE QUE O PROCESSO DE EXECUÇÃO É NOVO PROCEDIMENTO – COMPETÊNCIA DO JUIZ SENTENCIANTE PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO – DECISÃO JUDICIAL QUE NEGOU O BENEFÍCIO TRANSITOU EM JULGADO – IMPOSSIBILIDADE DO JUIZ DE MESMO GRAU DE JURISDIÇÃO RESCINDIR SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO – AGRAVO IMPROVIDO. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000963.36.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 14/05/2013; DJME: 23/05/2013. *** AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – BENEFÍCIO NÃO CONCEDIDO NA SENTENÇA CONDENATÓRIA – MATÉRIA NÃO IMPUGNADA EM SEDE DE RECURSO DE APELAÇÃO – TRÂNSITO EM JULGADO – PEDIDO DE CONCESSÃO DO SURSIS AO JUIZ DA EXECUÇÃO PENAL – ALTERAÇÃO DO COMANDO DA SENTENÇA E DO ACÓRDÃO –IMPOSSIBILIDADE – COISA JULGADA – RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. - Não concedido o benefício da suspensão condicional da pena, em sentença devidamente fundamentada e mantida em 2ª instância, com trânsito em julgado. - O agravante pretende modificar, por via inadequada, decisão condenatória já transitada em julgado, vez que o juízo da execução não tem a competência para alterar a decisão estabelecida em processo de conhecimento. - Negado provimento ao recurso. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000960-81.2013.13.0000; Relator: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 23/05/2013; DJME: 27/05/2013. *** EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 6 AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – ART. 84, II, DO CPM – IMPOSSIBILIDADE – COISA JULGADA – OCORRÊNCIA – RECURSO NÃO PROVIDO – DECISÃO DE 1º GRAU MANTIDA. - Se, na sentença condenatória, não foi concedido o benefício da suspensão condicional da pena, ocorrendo o trânsito em julgado da decisão, não há possibilidade legal de conceder esse benefício em sede de execução, por ofender a coisa julgada. - Agravo a que se nega provimento. - Decisão de 1º grau que se mantém. AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0000959-96.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 12/06/2013; DJME: 14/06/2013. *** AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – CONVERSÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM RESTRITIVA DE DIREITOS, COM BASE NO ART. 180 DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL – IMPOSSIBILIDADE – CUMPRIMENTO DA PENA EM ESTABELECIMENTO PENAL MILITAR – NÃO INCIDÊNCIA DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL – INTELIGÊNCIA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 2º DA LEP – RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0001363-47.2013.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 14/08/2013; DJME: 21/08/2013. *** AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL – PEDIDO DE APLICAÇÃO DO ART. 180 DA LEI N. 7210/84 – INEXISTÊNCIA DE VEDAÇÃO À CONVERSÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM PENA RESTRITIVA DE DIREITOS – AUSÊNCIA DE PROVA DE PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PREVISTOS NA LEI N. 7.210/84 – AGRAVO DE QUE SE NEGA PROVIMENTO. AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0001554.92.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 03/09/2013; DJME: 06/09/2013. *** AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL – SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE PELA RESTRITIVA DE DIREITO – CONCESSÃO EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO – PERDA DO OBJETO – PEDIDO PREJUDICADO. - Constatado que a pretensão do agravante foi objeto de apreciação em outro feito, que tramita em primeiro grau de jurisdição, e tendo sido deferida naquele Juízo, julga-se o presente pedido prejudicado, pela perda de seu objeto. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 7 AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0001441-41.2013.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 08/11/2013; DJME: 19/11/2013. *** AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL – CONVERSÃO DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM RESTRITIVA DE DIREITOS, COM BASE NO ART. 180 DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL – IMPOSSIBILIDADE – CUMPRIMENTO DA PENA EM ESTABELECIMENTO PENAL MILITAR – NÃO INCIDÊNCIA DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL – INTELIGÊNCIA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 2º DA LEP – RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0002487-65.2013.9.13.0001; Relator: Juiz James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 14/11/2013; DJME: 22/11/2013. AGRAVO REGIMENTAL AGRAVO REGIMENTAL – DECISÃO QUE REJEITOU, MONOCRATICAMENTE, O RECURSO DE EMBARGOS – CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO – NULIDADE DO PROCESSO EM FACE DA AUSÊNCIA DE REPRESENTAÇÃO PELA DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE OU INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO – MATÉRIA MANIFESTAMENTE EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE NO TJMMG – MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. - V.v. O Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais é órgão integrante do Poder Judiciário estadual e o princípio da separação dos poderes, consagrado no art. 2º da carta constitucional, impede que o mesmo exerça atividades administrativas em relação a integrantes do Poder Executivo. - A nova ordem constitucional não recepcionou nenhum dos antigos procedimentos denominados judicialiformes, sendo que toda a tutela jurisdicional somente pode-se operar mediante processo judicial instaurado mediante provocação de parte legitima. - A jurisdição sem ação constitui ofensa ao princípio garantista da inércia da jurisdição. Os órgãos jurisdicionais são, por sua própria natureza, inertes. Nesse sentido é a mensagem dos consagrados brocardos do nemo judex sine actore e ne procedat judex ex officio. - No caso de perda do posto e da patente em decorrência da prática de infração disciplinar também é necessário identificar qual lide deva ser resolvida pelo Judiciário. O julgamento judicial que se pretende com base em um procedimento de justificação somente é possível mediante o estabelecimento de uma relação processual que permita a contraposição das partes. - O julgamento quanto à perda do posto e da patente dos oficiais sem o estabelecimento da relação processual ofende os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Somente a constituição de uma relação EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 8 processual em que as partes sejam colocadas em posição de igualdade pode viabilizar um julgamento judicial válido. A regularidade da relação processual permite que cada parte exerça o direito de produzir provas em favor de seu interesse, de contrapor as provas produzidas pela outra parte, de fazer sustentação oral nas sessões de julgamento e de recorrer contra decisões contrárias aos seus interesses. Não constituir uma relação processual por meio da identificação das partes implica em negar o exercício de todos estes direitos que são constitucionalmente assegurados. - Manifesta violação ao disposto no art. 25 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica, que ingressou na ordem jurídica interna do Brasil por meio do Decreto Lei Estadual n. 678, de 06 de novembro de 1992. - Nulidade absoluta. Impossibilidade de decretar judicialmente a perda do posto e da patente (Juiz Fernando Galvão da Rocha). AGRAVO REGIMENTAL N. 0000120-71.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (majoritário): 06/02/2013; DJME: 15/02/2013. *** AGRAVO REGIMENTAL EM DECISÃO DE INDEFERIMENTO DE PETIÇÃO DE HABEAS CORPUS – PEDIDO DE ANULAÇÃO DE JULGADO DE AÇÃO PENAL – TESE DE INIMPUTABILIDADE DO AGENTE E INCOMPETÊNCIA DO R. JUÍZO – IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA – DECISÃO DE INDEFERIMENTO DE PETIÇÃO INICIAL MANTIDA. AGRAVO REGIMENTAL N. 0001124-46.2013.9.13.0000; Relator:Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 02/07/2013; DJME: 09/07/2013. *** AGRAVO REGIMENTAL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO MONOCRÁTICA – ART. 557 DO CPC – SEGUIMENTO NEGADO – RAZÕES RECURSAIS CONTRÁRIAS À SÚMULA N. 5 – PROVIMENTO NEGADO. - Este e. TJMMG, através da edição da Súmula n. 5, elucidou qualquer dúvida acerca da incidência da prescrição do fundo de direito contra a Administração Militar. - Sendo as razões recursais manifestamente contrárias ao entendimento sumulado por esta e. Corte castrense, nega-se provimento ao agravo regimental. AGRAVO REGIMENTAL N. 0001270-87.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 11/07/2013; DJME: 17/07/2013. *** AGRAVO REGIMENTAL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO MONOCRÁTICA – ART. 557 DO CPC – SEGUIMENTO NEGADO – RAZÕES EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 9 RECURSAIS CONTRÁRIAS À SÚMULA N. 5 DESTE E. TRIBUNAL – PROVIMENTO NEGADO. - Este e. TJMMG, através da edição da Súmula n. 5, elucidou qualquer dúvida acerca da incidência da prescrição do fundo de direito contra a Administração Militar. - Sendo as razões recursais manifestamente contrárias ao entendimento sumulado por esta e. Corte castrense, nega-se provimento ao agravo regimental. AGRAVO REGIMENTAL N. 0001406-84.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 11/07/2013; DJME: 17/07/2013. *** AGRAVO REGIMENTAL – DECISÃO QUE CONVERTE AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AGRAVO RETIDO COM FUNDAMENTO NO INCISO II DO ARTIGO 527 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, POR AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE QUE A DECISÃO QUE INDEFERIU O PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA CAUSARIA LESÃO GRAVE E DE DIFÍCIL REPARAÇÃO – AGRAVO REGIMENTAL PRETENDENDO A REFORMA DA DECISÃO E O DEFERIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA PARA SUSPENDER A TRAMITAÇÃO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ATÉ DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO – AUSÊNCIA DE PERICULUM IN MORA – AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO – MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE INADMITIU O RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO REGIMENTAL N. 0002071-03.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 11/07/2013; DJME: 17/07/2013. *** AGRAVO REGIMENTAL – IRRESIGNAÇÃO CONTRA DECISÃO QUE CONVERTEU AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RETIDO – MATÉRIA CONTROVERTIDA – INEXISTÊNCIA DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO – RECURSO IMPROVIDO. AGRAVO REGIMENTAL N. 0002331-80.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 31/10/2013; DJME: 06/11/2013. *** AGRAVO REGIMENTAL – NÃO CONHECIMENTO DE EMBARGOS INFRINGENTES DE AÇÃO ORIGINÁRIA – PREVISÃO CONTIDA NO ART. 211 COMBINADO COM O ART. 220 DO REGIMENTO INTERNO – INTEMPESTIVIDADE – RECURSO IMPROVIDO. AGRAVO REGIMENTAL N. 0004985-74.2012.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 04/12/2013; DJME: 12/12/2013. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 10 APELAÇÃO APELAÇÃO – CRIME DE RECUSA DE OBEDIÊNCIA – MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO – CRIME DE DESACATO A SUPERIOR – OCORRÊNCIA – PENA DE RECLUSÃO – REGIME ABERTO – VEDAÇÃO LEGAL AO DIREITO A SURSIS – RECURSO IMPROVIDO. - É suficiente para a reprimenda penal o depoimento de testemunha idônea relatando ter visto e ouvido o subordinado proferir palavra de baixo calão contra o superior durante o serviço, caracterizando o crime de desacato, previsto no art. 298 do Código Penal Militar. - Excepcionada a hipótese de ordem manifestamente ilegal, em que o subordinado também é responsabilizado, o superior hierárquico é o responsável pelas ordens que, nessa qualidade, proferir. Estando o subordinado ciente da ordem legal pronunciada por seu superior hierárquico, deve obedecer a ela, em obséquio aos princípios constitucionais que regem as instituições militares – hierarquia e disciplina –, sem questionar ou entrar em discussão agressiva com o superior. - Condenação nos crimes de recusa de obediência e desacato, tipificados, respectivamente, nos artigos 163 e 298 do Código Penal Militar. - Improvimento do recurso. Manutenção dos patamares da pena fixada na primeira instância, a ser cumprida em regime aberto, sem direito ao sursis, nos termos do art. 617, II, letra “a”, do CPPM. V.V. – APELAÇÃO – CRIME DE RECUSA DE OBEDIÊNCIA – NÃO OCORRÊNCIA – CRIME DE DESACATO A SUPERIOR – OCORRÊNCIA – PENA DE RECLUSÃO – REGIME ABERTO – SEM DIREITO A SURSIS. - Não tendo sido dada a ordem de maneira incisiva e clara pelo superior hierárquico, deixando dúvidas ao subordinado, não se caracterizou o crime de recusa de obediência, previsto no art. 163 do CPM, pelo que deve o réu ser absolvido desse crime, nos termos do art. 439, letra “b”, do CPPM. - Tendo a testemunha idônea dito em seu depoimento que viu e ouviu o subordinado utilizar palavra de baixo calão contra o superior, ambos em serviço, fato confirmado pelas circunstâncias contextuais, restou caracterizado o crime de desacato, previsto no art. 298 do CPM. - Aplica-se a pena de um ano de reclusão, em reprimenda à conduta criminosa, a ser cumprida em regime aberto, sem direito ao sursis, nos termos do art. 617, II, letra “a”, do CPPM (Juiz Cel PM James Ferreira Santos, relator). V.V. – APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE RECUSA DE OBEDIÊNCIA – MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO – CRIME DE DESACATO A SUPERIOR – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REU – ABSOLVIÇÃO – ART. 439, ALÍNEA “E”, DO CPPM – SURSIS – CONCESSÃO DO BENEFÍCIO – INSUBSISTÊNCIA DA VEDAÇÃO LEGAL – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. - O Coordenador do serviço é o responsável pelos acertos e erros cometidos pelos militares sob o seu comando e, principalmente, pelas ordens que emana nessa condição. Assim, não caberia ao apelante discutir o acerto ou o erro da EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 11 decisão tomada por seu superior naquele momento, mas, sim, em respeito aos pilares da Polícia Militar – hierarquia e disciplina –, obedecer à ordem que lhe foi dada. - Manutenção da condenação referente ao delito previsto no art. 163 do Código Penal Militar e do patamar da pena fixada na primeira instância. - No nosso ordenamento jurídico, meros indícios ou conjecturas não bastam para sustentar um decreto condenatório, que deve embasar-se em provas estremes de dúvida, o que não ocorre na hipótese dos autos, uma vez que não ficou devidamente comprovada a prática do delito previsto no art. 298 do CPM. - As provas colhidas nos autos não demonstram, de forma suficiente, a presença do crime, aplicando-se, dessa forma, o princípio in dubio pro reo, que tem fundamentação no princípio constitucional da presunção de inocência, segundo o qual o acusado deverá ser absolvido quando a acusação não prove, inequivocamente, sua participação no crime. - Em face da absolvição do réu em relação ao crime de desacato, não mais persiste a vedação contida no art. 167, inciso II, alínea “a”, do CPPM, e, presentes os requisitos necessários, imperiosa se torna a concessão do benefício do sursis ao apelante (Juiz Fernando Armando Ribeiro, revisor). APELAÇÃO N. 0000598-52.2008.9.13.0001; Relator para o acórdão: Juiz Cel BM Osmar Duarte Marcelino; Julgamento (majoritário): 26/01/2012; DJME: 1º/02/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DE PREVARICAÇÃO – AUSÊNCIA DE PROVA SUFICIENTE PARA FUNDAMENTAR O DECRETO CONDENATÓRIO – NÃO COMPROVAÇÃO DO ESPECIAL FIM DE AGIR NARRADO NA DENÚNCIA – RECURSO PROVIDO – REFORMA INTEGRAL DA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. APELAÇÃO N. 0001806-03.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 31/01/2012; DJME: 03/02/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELO CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA – RECURSOS INTERPOSTOS PELO RÉU E PELO MINISTÉRIOPÚBLICO – PEDIDO DA ACUSAÇÃO NO SENTIDO DE QUE O RÉU SEJA CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE PECULATO- FURTO E NÃO PELO CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA – PROCEDÊNCIA – INEXISTÊNCIA DE PRÉVIA POSSE LÍCITA DO BEM SUBTRAÍDO POR PARTE DO MILITAR – CONDUTA QUE CARACTERIZA O CRIME DE PECULATO-FURTO – PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO FORMULADO PELA DEFESA – ALEGAÇÃO DE QUE A CONDUTA PERPETRADA SERIA ATÍPICA – IMPROCEDÊNCIA – CONDUTA QUE SE AMOLDA PERFEITAMENTE AO TIPO PENAL DESCRITO NO ARTIGO 303, § 2º, DO CPM – RECURSO DA DEFESA IMPROVIDO – PROVIMENTO DO RECURSO EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 12 INTERPOSTO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO – REFORMA DA SENTENÇA RECORRIDA – CONDENAÇÃO DO ACUSADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE PECULATO-FURTO. APELAÇÃO N. 0000016-49.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 31/01/2012; DJME: 03/02/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE PREVARICAÇÃO – ALEGAÇÃO DA INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR – IMPROCEDÊNCIA – CRIME QUE OFENDE O DEVER FUNCIONAL - DESNECESSIDADE DE O POLICIAL ESTAR NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO NO MOMENTO DA CONDUTA PARA CONFIGURAÇÃO DO CRIME COMO SENDO DE NATUREZA MILITAR – NATUREZA MILITAR DO CRIME ANTE A SIMPLES SITUAÇÃO DE ATIVIDADE DO AUTOR DO CRIME – ALEGAÇÃO DA ATIPICIDADE DA CONDUTA – DEVER DO POLICIAL MILITAR DE INTERFERIR PARA EVITAR O CRIME NO CASO DE TER CONHECIMENTO DE PRETENSÃO DE CIVIL DE PRATICAR HOMICÍDIO – ALEGAÇÃO DA AUSÊNCIA DE PROVAS DO INTERESSE PESSOAL DO RÉU EM DEIXAR DE PRATICAR ATO DE OFÍCIO – PRESENÇA DE DEPOIMENTO QUE COMPROVA QUE O RECORRENTE PEDIA DINHEIRO EMPRESTADO AO CIVIL QUE PRETENDIA COMETER O HOMICÍDIO – DIMINUIÇÃO DA PENA IMPOSTA – ACOLHIMENTO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. APELAÇÃO N. 0000287-61.2008.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (majoritário): 07/02/2012; DJME: 10/02/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DOS CRIMES DE FURTO QUALIFICADO E DE RESISTÊNCIA MEDIANTE AMEAÇA OU VIOLÊNCIA – PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE SUPOSTA IMPUTABILIDADE OU SEMI-IMPUTABILIDADE – IMPOSSIBILIDADE – PRESENÇA DE LAUDO PERICIAL QUE ATESTA QUE O RECORRENTE É IMPUTÁVEL – ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE DOLO EM SUBTRAIR OS BENS OBJETOS DO CRIME DE FURTO – CONDUTA PERPETRADA DE MANEIRA CONSCIENTE E VOLUNTÁRIA CARACTERIZADORA DO DOLO – PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE SUPOSTA TENTATIVA DO CRIME DE FURTO – CONSOLIDADO POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL NO SENTIDO DE QUE A CONSUMAÇÃO DO CRIME DE FURTO OCORRE COM A SIMPLES INVERSÃO DA POSSE DA COISA SUBTRAÍDA – PEDIDO DE DECOTAÇÃO DA CAUSA QUALIFICADORA – ABUSO DE CONFIANÇA CARACTERIZADO DIANTE DO FATO DE QUE O RÉU TINHA PLENO ACESSO À CHAVE DA SALA NA QUAL ESTAVAM GUARDADOS OS BENS SUBTRAÍDOS – RECURSO IMPROVIDO. APELAÇÃO N. 0000314-67.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 14/02/2012; DJME: 16/02/2012. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 13 *** APELAÇÃO – CRIME DE DESERÇÃO – ART. 187 DO CPM – EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE – INOCORRÊNCIA – PRISÃO DOMICILIAR – IMPOSSIBILIDADE – RECURSO NÃO PROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. - O militar que abandona sua Instituição, indo residir nos Estados Unidos da América, por tempo superior a onze anos, comete o crime de deserção previsto no art. 187 do CPM. - Mantém-se a condenação de seis meses de prisão aplicada ao militar desertor, a ser cumprida em regime aberto, vedada a prisão domiciliar, nos termos da sentença do Conselho Permanente de Justiça. - Recurso a que se nega provimento. APELAÇÃO N. 0000004-47.1999.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 24/02/2012; DJME: 29/02/2012. *** APELAÇÃO – EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO – AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS – EMBRIGUEZ PRESENCIADA POR TESTEMUNHAS – EXAME DE CORPO DE DELITO – EMBRIAGUEZ INCOMPLETA – IMPUTABILIDADE – RECURSO IMPROVIDO. APELAÇÃO N. 0000481-58.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Cel BM Osmar Duarte Marcelino; Julgamento (unânime): 24/02/2012; DJME: 29/02/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – ART. 187 DO CPM – ALEGAÇÕES DE PROBLEMAS DE ORDEM PARTICULAR E FAMILIAR – EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE – ESTADO DE NECESSIDADE – NÃO CONFIGURAÇÃO – SÚMULA N. 3 DO STM – PROVIMENTO NEGADO. - Deverá ser mantido o decreto condenatório se os problemas de ordem particular e familiar apresentados não configuraram o alegado estado de necessidade. APELAÇÃO N. 0000148-11.2005.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 28/02/2012; DJME: 07/03/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – RECURSO AVIADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO – INSUFICIÊNCIA DE PROVA – INOCORRÊNCIA – EXISTÊNCIA DE PROVA TESTEMUNHAL QUE COMPROVAM O DESACATO A SUPERIOR – RECURSO PROVIDO – CONDENAÇÃO DO APELADO. - Não há que se falar em insuficiência de provas, uma vez que há um farto conjunto probatório nos autos a lastrear a decretação da condenação do apelado, nos termos das provas testemunhais colacionadas aos autos, EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 14 ressaltando o valor probatório do depoimento dos policiais presentes no ato da prisão em flagrante do réu. - Recurso provido. Condenação do apelado pela prática do crime de desacato a superior. APELAÇÃO N. 0000344-13.2007.9.13.0002; Relator: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 1º/03/2012; DJME: 06/03/2012. *** APELAÇÃO – CORRUPÇÃO PASSIVA – FLAGRANTE ESPERADO – COMPORTAMENTO DELITIVO NÃO INDUZIDO – NEGOCIAÇÃO PARA O RECEBIMENTO DE VALOR INDEVIDO CONDUZIDA PELOS MILITARES – AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS – PRESENCIADO O RECEBIMENTO DE VALORES PARA A DEVOLUÇÃO DE OBJETO À VÍTIMA DE ROUBO – PROVAS TESTEMUNHAIS – RECURSO IMPROVIDO. APELAÇÃO N. 0000260-72.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Cel BM Osmar Duarte Marcelino; Julgamento (unânime): 06/03/2012; DJME: 14/03/2012. *** APELAÇÃO – LESÃO CORPORAL LEVE – AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS – AGRESSÃO PRESENCIADA POR TESTEMUNHA – EXAME DE CORPO DE DELITO – LESÕES COMPROVADAS – RECURSO IMPROVIDO. APELAÇÃO N. 0000646-74.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel BM Osmar Duarte Marcelino; Julgamento (unânime): 06/03/2012; DJME: 14/03/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE FALSO TESTEMUNHO – APELANTE ARROLADO COMO TESTEMUNHA COM O ADITAMENTO DA DENÚNCIA PASSOU A SER COAUTOR DO DELITO – FATO ESCLARECIDO SOMENTE NAS RAZÕES DE APELAÇÃO – COAUTOR OU PARTÍCIPE, DA FORMA COMO SE APRESENTA NESTE CASO, NÃO COMETE CRIME DE FALSO TESTEMUNHO – ABSOLVIÇÃO É MEDIDA QUE SE IMPÕE – PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO. - Paciente arrolado como testemunha no Processo n. 22.853/3ª AJME, na verdade, era coautor e partícipe do delito. - A situação só foi esclarecida por ocasião da apresentação das razões de apelação, contrapondo condenação de 2 (dois) anos de reclusão (Processo n. 35.849/1ª AJME), tipificada no art. 346 do CPM. - Razão assiste ao que requereu a defesa. Coautor e partícipe, nas circunstâncias apresentadas neste feito, não cometem o crime de falso testemunho. - Absolvição nos termos do art. 439, “b”, do CPPM. - Recurso provido. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 15 APELAÇÃO N. 0000770-57.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 06/03/2012; DJME: 12/03/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – PREVARICAÇÃO – SENTENÇA ABSOLUTÓRIA EM PRIMEIRO GRAU – APELAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – IN DUBIO PRO REO – MANUTENÇÃO DA DECISÃO – ABSOLVIÇÃO – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO MINISTERIAL. - As provas carreadas nos autos são frágeis no tocante à configuração do delito de prevaricação. - Os fatos não se apresentam de forma clara e suficiente para demonstrar que o acusado praticouo crime em comento. - Um decreto condenatório não pode se embasar em dúvidas e incertezas. - Mantida a decisão de primeiro grau. - Absolvição do apelado, nos termos do art. 439, “e”, do CPPM. - Negado provimento ao recurso ministerial. APELAÇÃO N. 0002430-46.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 27/03/2012; DJME: 30/03/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – ART. 298 DO CPM – PROVAS TESTEMUNHAIS – CONFIGURAÇÃO – PROVIMENTO NEGADO. - Resta configurado o delito de desacato a superior, se o apelante proferiu palavras de baixo calão com a clara finalidade de deprimir a autoridade de superior hierárquico, ofendendo lhe a dignidade. - Provimento negado. APELAÇÃO N. 0000045-96.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 27/03/2012; DJME: 02/04/2012. *** APELAÇÃO – RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – SENTENÇA ABSOLUTÓRIA – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS (ART. 439, “E”, DO CPPM) – IMPROVIMENTO DO RECURSO – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. - Não há como condenar os militares acusados, se as provas testemunhais e as degravações telefônicas, apreciadas em juízo, foram frágeis e insuficientes, deixando dúvidas quanto à autoria do crime de concussão previsto no art. 305 do CPM. - Absolvição por insuficiência de provas. -Recurso improvido. - Sentença mantida. APELAÇÃO N. 0000325-07.2007.9.13.0002; Relator Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 29/03/2012; DJME: 03/04/2012. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 16 *** APELAÇÃO – ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – FALSIDADE IDEOLÓGICA – PERÍCIA – EXAME GRAFOTÉCNICO – MATERIAL OBJETO DE PERÍCIA – AUTORIA IMPUGNADA – PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA - Parte do objeto da perícia teve sua autenticidade contestada pela defesa em mais de uma ocasião no curso do processo, uma vez que não foi reconhecida a autoria de parte dos documentos enviados para o exame caligráfico. - No laudo pericial não há menção ao documento que serviu de alicerce para a conclusão de que os manuscritos, apostos no AIT de n. D00967850, partiram do punho do réu. Vale dizer, se a conclusão embasou-se no material padrão fornecido pelo réu ou nos documentos, cuja autoria foi impugnada. - Aplicação do princípio do in dubio pro reo. - Manutenção da sentença absolutória. - Negado provimento ao recurso de apelação. APELAÇÃO N. 0000443-15.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 29/03/2012; DJME: 09/04/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – DESERÇÃO – PENA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL – CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS AO RÉU – REDUÇÃO DA PENA AO PATAMAR MÍNIMO – REFORMA DA SENTENÇA – PROVIMENTO PARCIAL. - Razão assiste à defesa no que tange ao estabelecimento da pena definitiva no patamar mínimo, se considerarmos que as circunstâncias judiciais são favoráveis ao réu. - A afirmação genérica de que a deserção de um militar sempre causa um dano de grande extensão, sem a especificação de qual seria esse dano, na verdade, fere o princípio da individualização da pena. - Reforma da sentença apenas para reduzir a pena aplicada ao patamar mínimo, ou seja, seis meses de detenção. - Provimento parcial do recurso. APELAÇÃO N. 0000027-91.2002.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 03/04/2012; DJME: 10/04/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – DESRESPEITO A SUPERIOR – EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE – PRESCRIÇÃO – DECLARAÇÃO EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO - RECUSA DE OBEDIÊNCIA – ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE – NÃO CARACTERIZAÇÃO – ORDEM IMPERATIVA, PESSOAL E CONCRETA RELATIVA A MATÉRIA DE SERVIÇO – PROVIMENTO NEGADO EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 17 - Pratica o delito previsto no artigo 163 do Código Repressivo Castrense militar que se recusa a obedecer ordem imperativa, pessoal e concreta de superior hierárquico acerca de matéria de serviço. - Resta caracterizado o delito em tela se o militar se recusa a dar ciente na notificação de alteração de escala de serviço, conforme lhe fora ordenado por superior hierárquico. APELAÇÃO N. 0000642-65.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 03/04/2012; DJME: 10/04/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE TENTATIVA DE PECULATO-FURTO – PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO – EXISTÊNCIA DE PROVAS SUFICIENTES PARA FUNDAMENTAR O DECRETO CONDENATÓRIO – PEDIDO DE REDUÇÃO DA PENA FIXADA EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO – IMPROCEDÊNCIA – SENTENÇA QUE JÁ ESTABELECEU A PENA NO MÍNIMO LEGAL – RECURSO IMPROVIDO. APELAÇÃO N. 0002690-32.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 03/04/2012; DJME: 10/04/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL DA DEFESA – AMEAÇA (ART. 223 DO CPM) – CONFIGURAÇÃO DO DELITO – PROFERIMENTO DE PALAVRAS COM TEOR DE PROMESSA DE UM MAL INJUSTO, IDÔNEO, SÉRIO, VEROSSÍMIL E IMINENTE – DOSIMETRIA DE PENA – ANTECEDENTES CRIMINAIS E INCIDÊNCIA DE AGRAVANTE DE REINCIDÊNCIA BASEADOS EM MESMA CERTIDÃO DE CONDENAÇÃO COM TRÂNSITO EM JULGADO – IMPOSSIBILIDADE – FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA – RECURSO PROVIDO PARCIALMENTE PARA A ADEQUAÇÃO DA PENA APLICADA. APELAÇÃO N. 0002667-86.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 12/04/2012; DJME: 18/04/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – LESÃO CORPORAL GRAVE – TRÊS PRELIMINARES ULTRAPASSADAS – REFORMA DA SENTENÇA – DESCLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA – ABSOLVIÇÃO – PENA NO PATAMAR MÍNIMO – LAUDOS PERICIAIS DEMONSTRAM DE FORMA INEQUÍVOCA A GRAVIDADE DAS LESÕES – CONJUNTO PROBATÓRIO COERENTE E HARMÔNICO – MANTIDA A SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. - Os laudos periciais confirmaram a incapacidade da vítima para ocupações habituais por mais de trinta dias e debilidade permanente de membro superior EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 18 e perda e redução de força, comprovando a gravidade e a extensão das lesões sofridas. - As preliminares arguidas não trouxeram nenhum prejuízo ao apelante. - Inconcebível a desclassificação do delito para a modalidade leve, diante da gravidade das lesões. - Na fixação da pena, a magistrada observou detidamente todo o conjunto probatório para aferir a reprimenda, em conformidade com o art. 69 do CPM. - Conjunto probatório harmônico. - Mantida a sentença. - Negado provimento ao recurso. APELAÇÃO N. 0000423-86.2007.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 24/04/2012; DJME: 03/05/2012. *** SUPRESSÃO DE DOCUMENTO – CAPITULAÇÃO – ART. 316 DO CÓDIGO PENAL MILITAR E ART. 305 DO CÓDIGO PENAL COMUM – SIMILITUDE. Para a configuração do crime de supressão de documento, é preciso o dolo específico, o fim de obter benefício próprio ou alheio, ou de causar prejuízo a outrem. Se não se chega a alegar que o documento suprimido era de valor insubstituível para a apuração da infração penal ou para a comunicação na qual foi utilizado, não há falar em crime. V.V. - APELAÇÃO CRIMINAL – DEFESA – SUPRESSÃO DE DOCUMENTO (ART. 316 DO CPM) – BENEFÍCIO PRÓPRIO – CONFIGURAÇÃO – CONDENAÇÃO MANTIDA. - O militar que oculta os procedimentos administrativos originais, em benefício próprio, comete o delito de supressão de documentos, previsto no art. 316 do Código de Processo Penal Militar. - Recurso improvido. - Sentença mantida (Juiz Cel PM James Ferreira Santos, relator). APELAÇÃO N. 0000300-57.2008.9.13.0002; Revisor e relator para o acórdão: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (majoritário): 19/04/2012; DJME: 26/04/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DOS CRIMES DE RECUSA DE OBEDIÊNCIA E FALSIDADE IDEOLÓGICA – PEDIDO DE ABSOLVIÇÃOPOR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – INOCORRÊNCIA DE RECUSA, MAS SIMPLES DESCUMPRIMENTO DA ORDEM PROFERIDA – EXISTÊNCIA DE PROVAS SUFICIENTES PARA FUNDAMENTAR O DECRETO CONDENATÓRIO PARA A FALSIDADE IDEOLÓGICA – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – REFORMA PARCIAL DA RESPEITÁVEL SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 19 APELAÇÃO N. 0000115-19.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (majoritário): 15/05/2012; DJME: 21/05/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – PECULATO – AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVA – PROVAS TESTEMUNHAIS – COMPROVAÇÃO – PROVIMENTO NEGADO. - Se as provas testemunhais carreadas aos autos são robustas e aptas a comprovar a autoria e materialidade delitiva, deverá ser negado provimento ao recurso de apelação para manter a decisão primeva. APELAÇÃO N. 0000248-35.2006.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 15/05/2012; DJME: 22/05/2012. *** APELAÇÃO – LESÃO CORPORAL LEVE – AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS – AGRESSÃO PRESENCIADA POR TESTEMUNHA – EXAME DE CORPO DE DELITO – LESÕES COMPROVADAS – RECURSO IMPROVIDO. VV. APELAÇÃO – LESÃO CORPORAL LEVE – AUTORIA E MATERIALIDADE NÃO COMPROVADAS – AGRESSÃO NÃO PRESENCIADA – TESTEMUNHA MILITAR – VALIDADE – EXAME DE CORPO DE DELITO – LESÕES NÃO COMPROVADAS – RECURSO PROVIDO – SENTENÇA REFORMADA (Juiz Cel PM James Ferreira Santos). APELAÇÃO N. 0000678-79.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel BM Osmar Duarte Marcelino; Julgamento (majoritário): 17/05/2012; DJME: 23/05/2012. *** APELAÇÃO – CRIME DE LESÃO CORPORAL GRAVE – ART 209, 1º, DO CPM – NÃO OCORRÊNCIA – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – IN DUBIO PRO REO – RECURSOS PROVIDOS – SENTENÇA REFORMADA. - O crime de lesão corporal grave, previsto no art. 209, § 1º, do CPM, deixa vestígios, exigindo, portanto, comprovação pericial ou testemunhal que corrobore a alegação da vítima, sem o que gera dúvidas, devendo-se aplicar o princípio do in dubio pro reo, em favor do s acusados. - Recursos providos. - Sentença reformada. APELAÇÃO N. 0001275-42.2009.9.13.0003; Relator Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (preliminar: unânime) (mérito – majoritário): 24/05/2012; DJME: 31/05/2012. *** EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 20 APELAÇÃO – ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – FALSIDADE IDEOLÓGICA – PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. - Não há prova do fim especial de agir do apelado no sentido de haver lavrado o auto de infração de trânsito em desfavor da civil com a intenção de criar uma obrigação inexistente, supostamente motivado pela recusa dela em ter um relacionamento amoroso com o seu irmão. - Do mesmo modo, não há prova de que não houve o cometimento da infração de trânsito por parte da civil. - Aplicação do princípio do in dubio pro reo. - Negado provimento ao recurso de apelação aviado pelo Parquet. APELAÇÃO N. 0000412-23.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 24/05/2012; DJME: 30/05/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – DESACATO A SUPERIOR – PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO RETROATIVA – EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DO ACUSADO – ARQUIVAMENTO DOS AUTOS – RECURSO PROVIDO. - Se, entre o recebimento da denúncia (10/07/07) e a sessão de julgamento e leitura da sentença condenatória recorrível (29/11/11), transcorreu lapso temporal superior a quatro anos, configurada está a prescrição retroativa. - Por ser insuperável essa preliminar de prescrição, faz-se desnecessária a apreciação do mérito do recurso. - Declarada extinta a punibilidade do acusado, nos termos do art. 123, IV, c/c o art. 125, VI, do CPM. - Arquivamento dos autos. - Recurso provido. APELAÇÃO N. 0000141-22.2005.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 29/05/2012; DJME: 05/06/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – SUPRESSÃO DE DOCUMENTO – NÃO CONFIGURAÇÃO – NÃO DEVOLUÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO VERDADEIRO – RECURSO PROVIDO. - Se a conduta de suprimir documento público verdadeiro narrada na exordial acusatória é divergente da examinada e comprovada nos autos, deve-se reformar a sentença primeva, para absolver o acusado da imputação constante no art. 316 do CPM. V.V - APELAÇÃO CRIMINAL – SUPRESSÃO DE DOCUMENTO – CONDUTA ATÍPICA EM RAZÃO DE NÃO HAVER ELEMENTARES DO TIPO – FATO PRATICADO EM BENEFÍCIO DO ACUSADO E CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR – INEXISTÊNCIA DE CASO FORTUITO – DOLO – MATERIALIDADE COMPROVADA – MANTIDA SENTENÇA – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 21 - Para a consumação do crime de supressão de documento são necessárias a ocorrência de duas situações, ou seja: 1ª - que o fato seja praticado em benefício do acusado; 2ª - que o fato atente contra a Administração Militar, sem o que o crime não se aperfeiçoa. - Há nos autos prova documental de que o apelante recebeu a comunicação disciplinar em 18/05/2010, ocasião em que foi expressamente cientificado quanto ao disposto no art. 316 do CPM, contudo, o apelante não atendeu, evidenciando assim o dolo. - Não há como acolher a tese de atipicidade da conduta, pois a ocultação do documento visou à obtenção de benefício próprio, qual seja, livrar-se das comunicações disciplinares, e, ainda, atentou contra a Administração Militar. - Mantida a sentença. - Negado provimento ao recurso (Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho, relator). APELAÇÃO N. 0001546-86.2011.9.13.0001; Revisor e relator para o acórdão: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (majoritário): 05/06/2012; DJME: 15/06/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – CONCUSSÃO – INÉPCIA DA DENÚNCIA – NÃO CONFIGURAÇÃO – CRIME FORMAL – PROVAS TESTEMUNHAIS – DECRETO CONDENATÓRIO MANTIDO – PROVIMENTO NEGADO. - É desnecessária a descrição exata da data da ocorrência delitiva na exordial acusatória, sendo satisfatória, para o preenchimento da alínea “c” do art. 77 do CPPM, a indicação do lapso temporal. - O crime de concussão é de natureza formal e a não comprovação nos autos de que o apelante não teria recebido vantagem indevida não desconfigura o delito em tela, uma vez que o seu recebimento constitui mero exaurimento do crime. - Se as provas testemunhais carreadas aos autos são fartas e harmônicas entre si, comprovando a ocorrência delitiva, deve-se manter o decreto condenatório. - Recurso improvido. APELAÇÃO n. 0000289-59.2007.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (majoritário): 12/06/2012; DJME: 19/06/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO – ALEGAÇÃO DE NULIDADE DE DECISÃO POR SER EXTRA PETITA – INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA NA FUNDAMENTAÇÃO DA CONDENAÇÃO – CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE NÃO ANALISADA – PRERROGATIVA DO MAGISTRADO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO – SENTENÇA VÁLIDA – CONJUNTO PROBATÓRIO ROBUSTO EVIDENCIA ESTADO DE EMBRIAGUEZ DO APELANTE – INEXISTÊNCIA DE COMPORTAMENTO MERITÓRIO CAPAZ DE ATENUAR A CONDUTA DO ACUSADO – EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 22 MANUTENÇÃO DA SENTENÇA PROFERIDA – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. - Consta nos autos um vasto conjunto probatório, onde diversas testemunhas afirmam que o acusado fez uso de bebida alcoólica, durante o serviço de prontidão que estava escalado. - A tese de nulidade da sentença não se sustenta, pois ao magistrado é concedida a prerrogativa do livre convencimento motivado. Não há vinculação entre o pleito ministerial e a decisão proferida se a mesma estiver fundamentada. - Não foi identificado nenhum comportamento meritório que pudesse atenuar a conduta do apelante de se embriagar em serviço e se envolver com travestis, traficantes e usuários de drogas. - Mantida a sentença condenatória.- Negado provimento ao recurso. APELAÇÃO N. 0000506-06.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (majoritário): 26/06/2012; DJME: 10/07/2012. *** APELAÇÃO – CRIME DE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR – INOCORRÊNCIA – CRIME DE PREVARICAÇÃO – NÃO OCORRÊNCIA – ABSOLVIÇÃO – CRIME DE PECULATO-FURTO – OCORRÊNCIA – DESCLASSIFICAÇÃO – PECULATO CULPOSO – CONDENAÇÃO – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. - O crime de atentado violento ao pudor somente se caracteriza se ficar comprovada a lascívia do militar, tendo em vista que esse tipo de crime exige a satisfação da libido ou do prazer sexual do agente. - Se, durante a abordagem policial, não se comprovou a prática dos crimes de prevaricação e de ameaça, mantém-se a absolvição dos militares acusados, em relação a esses crimes. - O militar comandante da guarnição PM que, durante a abordagem e busca policial, encontra arma de fogo, de propriedade alheia, e dela se apodera, não a destinando à Administração, para os fins legais, entregando-a a outro militar, causando o desvio da arma, em proveito próprio, comete o crime de peculato- furto previsto no art. 303, § 2º, do CPM. - Se os demais militares componentes da guarnição PM presenciaram a apropriação da arma e, mediante acordo explícito ou tácito recíproco, não se opuseram a tal medida, agiram com imprudência e negligência, cometendo o crime de peculato culposo, previsto no art. 303, § 3º, do CPM. - Recursos parcialmente providos - Sentença parcialmente reformada. APELAÇÃO N. 0000639-82.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento: (unânime): 03/07/2012; DJME: 13/07/2012. *** EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 23 APELAÇÃO CRIMINAL - LESÃO CORPORAL GRAVE -CONJUNTO PROBATÓRIO APTO A MANUTENÇAÃO DO DECRETO CONDENATÓRIO - AGRAVANTE - ART. 70, II, "D" DO CPM - DECOTAÇÃO - NÃO CONFIGURAÇÃO PREVARICAÇÃO - PROVIMENTO PARCIAL. - Deverá ser mantido o decreto condenatório, se as provas testemunhais aliadas às outras coligidas no caderno probatório são robustas e harmônicas entre si, comprovando a autoria delitiva. - Decota-se a agravante prevista no art. 70, II, "d" em face da sua não configuração. - Comete o crime de prevaricação o militar que deixa de lavrar, indevidamente, Boletim de Ocorrência com o fim específico de favorecer colega de farda. APELAÇÃO N. 0000442-30.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 10/07/2012; DJME: 16/07/2012. *** APELAÇÃO – DESRESPEITO A SUPERIOR – ART. 160 DO CPM – CONDENAÇÃO – PRELIMINAR – PRESCRIÇÃO – RECONHECIMENTO – RECUSA DE OBEDIÊNCIA – ART. 163 DO CPM – OCORRÊNCIA – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. - Declara-se extinta a punibilidade, pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva da pena in concreto, se transcorrido lapso temporal superior a 02 (dois) anos entre a data do recebimento da denúncia e a data da audiência de leitura da sentença, bem como se a pena foi fixada em oito meses. - Restando comprovada a autoria do crime de recusa de obediência, previsto no art. 163 do CPM, confirma-se a condenação do réu quanto a esse crime. - Provimento parcial do recurso. - Reforma parcial da sentença. APELAÇÃO N. 0000032-66.2009.9.13.0002; Relator Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento: (unânime): 11/07/2012; DJME: 18/07/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA – DELITO DE DESACATO (ART. 298 DO CPM) – PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO – PROVA TESTEMUNHAL – AUSÊNCIA DE DOLO DE DESACATAR – RECURSO PROVIDO PARA DECRETAR A ABSOLVIÇÃO, NOS TERMOS DA LETRA “B” DO ART. 439 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR. APELAÇÃO N. 0000186-21.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento: (unânime): 09/08/2012; DJME: 17/08/2012. *** APELAÇÃO – CRIME DE DESERÇÃO – ART. 187 DO CPM – EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE – INOCORRÊNCIA – TRANSAÇÃO PENAL – IMPOSSIBILIDADE – MERITO – PROBLEMAS FINANCEIROS E EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 24 FAMILIARES – NÃO JUSTIFICATIVA – RECURSO NÃO PROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. - O militar que abandona sua Instituição, indo residir nos Estados Unidos da América, por tempo superior a oito anos e seis meses, comete o crime de deserção previsto no art. 187 do CPM. - Mantém-se a condenação de seis meses de prisão aplicada ao militar desertor, a ser cumprida em regime aberto, sendo vedada a transação penal, nos termos do art. 90-A da Lei Federal n. 9.099/95, bem como a suspensão condicional da pena, nos termos do art. 88, II, “a”, do CPM. - Recurso a que se nega provimento. - Sentença que se mantém. APELAÇÃO N. 0000052-64.2003. 9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 11/07/2012; DJME: 18/07/2012. *** APELAÇÃO – CRIME DE USO DE DOCUMENTO FALSO – ART. 315 DO CPM – NÃO COMPROVAÇÃO – ABSOLVIÇÃO DO RÉU – ART. 439, ALÍNEA “B”, DO CPPM – RECURSO IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. - Não se comprovando ter o acusado utilizado documento falso conforme previsto no art. 315 do CPM, absolve-se o réu, nos termos do art. 439, alínea “b”, do CPPM . - Recurso do Ministério Público a que se nega provimento. - Sentença que se mantém. APELAÇÃO N. 0001652-82.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 12/07/2012; DJME: 19/07/2012. *** APELAÇÃO – CRIME COMETIDO POR MILITAR DA ATIVA CONTRA MILITAR DA ATIVA – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR – NULIDADES – INOCORRÊNCIA – AUSÊNCIA DE DOLO ESPECÍFICO EM DECORRÊNCIA DO QUADRO DE INSTABILIDADE PSÍQUICA NO MOMENTO DA CONDUTA – TRANSTORNO MENTAL QUE ACOMETIA O MILITAR NÃO LHE RETIRAVA A CAPACIDADE DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE SE DETERMINAR DE ACORDO COM ESSE ENTENDIMENTO – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. - Compete à Justiça Militar o processamento e julgamento do crime pelo qual o apelante foi denunciado, uma vez que o fato de o militar encontrar-se preso no momento da prática da conduta delitiva não lhe retira a condição de militar da ativa, em face do disposto no parágrafo primeiro do art. 3º da Lei n. 5.301/69. - O indeferimento dos pedidos de realização de novo exame de sanidade mental e oitiva dos peritos da JCS formulados pela defesa, quando já esgotada a fase de oitiva das testemunhas e quando já precluso o prazo para a impugnação do incidente de insanidade mental, não caracteriza cerceamento de defesa. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 25 - A ausência do APFD, do exame de corpo delito e da homologação do IPM não enseja a nulidade do processo. É pacífico o entendimento doutrinário e jurisprudencial de que eventuais vícios ocorridos no inquérito não atingem a ação penal. - Não comprovação do efetivo prejuízo à defesa em decorrência da ausência do réu na audiência de oitiva de uma das testemunhas, na qual o seu defensor estava presente. Nulidade não reconhecida. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. - O laudo da perícia psicopatológica a que o apelante foi submetido informa que o transtorno mental que o acometia não lhe retirava a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se determinar de acordo com esse entendimento. Informa, ainda, que a referida enfermidade também não lhe diminuía a capacidade de entendimento da ilicitude do fato ou a de autodeterminação quando o praticou, fato que afasta a tese defensiva de que não houve dolo específico, em decorrência do quadro de instabilidade psíquica apresentado pelo apelante no momento da conduta delituosa. - Negado provimento ao recurso. APELAÇÃO N. 0000485-29.2007.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 09/08/2012; DJME: 17/08/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA– DELITO DE DESACATO (ART. 298 DO CPM) – PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO – PROVA TESTEMUNHAL – AUSÊNCIA DE DOLO DE DESACATAR – RECURSO PROVIDO PARA DECRETAR A ABSOLVIÇÃO, NOS TERMOS DA LETRA “B” DO ART. 439 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR. APELAÇÃO N. 0000186-21.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 09/08/2012; DJME: 17/08/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – SUPRESSÃO DE DOCUMENTO – NÃO CONFIGURAÇÃO – NÃO DEVOLUÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO VERDADEIRO – RECURSO PROVIDO. - Se a conduta de ocultar narrada na exordial acusatória é divergente da examinada e comprovada nos autos, deve-se reformar a sentença primeva, para absolver o acusado da imputação constante no art. 316 do CPM. APELAÇÃO N. 0000226-97.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 10/08/2012; DJME: 20/08/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – FALSIDADE IDEOLÓGICA – ABSOLVIÇÃO – DESCLASSIFICAÇÃO PARA O ART. 324 DO CPM – ERRO DE FATO – EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE – COMPROVAÇÃO INEQUÍVOCA DA IMPUTAÇÃO – NORMA PENAL EM BRANCO – INEXISTÊNCIA DE LACUNA EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 26 A EXIGIR COMPLEMENTAÇÃO DE DISPOSITIVO LEGAL – ATIPICIDADE DE CONDUTA NÃO COMPROVADA – CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS EM SUA MAIORIA DESFAVORÁVEIS AO APELANTE – DECISÃO FUNDAMENTADA – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. - Comprovado o dolo e o especial fim de agir do apelante, ao praticar o delito para prejudicar direito da vítima e alterar a verdade dos fatos, em seu benefício e de sua noiva, motivo pelo qual a absolvição deixa de ser apreciada. - O tipo penal está ajustado à conduta praticada pelo apelante, não havendo nenhuma lacuna a ser preenchida, em seu preceito primário, a reclamar complementação de dispositivo legal, já que o art. 312 do CPM define muito bem a conduta praticada, pelo que considero a desclassificação requerida inoportuna e descabida. - O apelante tinha a exata noção dos prejuízos que sua noiva causava à vítima. Sua conduta buscava dar ares de legalidade aos ilícitos perpetrados, motivo pelo qual se exclui o erro de fato alegado pela defesa. - Apesar de o apelante ser primário e de bons antecedentes, há um evidente desequilíbrio nas circunstâncias judiciais previstas no art. 69 do CPM, o que possibilita o CPJ estabelecer a pena-base um pouco acima do mínimo legal. - Mantida intocada a sentença proferida. - Negado provimento ao recurso. APELAÇÃO N. 0002271-12.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (majoritário): 10/08/2012; DJME: 16/08/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – DESERÇÃO – TRANSAÇÃO PENAL – INDEFERIMENTO – AUSÊNCIA DE REQUISITO SUBJETIVO – ART. 76, §2º, INCISO III, LEI N. 9.099 – INDEFERIMENTO DA REMESSA DOS AUTOS AO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA – INAPLICABILIDADE POR ANALOGIA DO ART. 397 DO CPPM – ESTADO DE NECESSIDADE – NÃO CONFIGURAÇÃO – PROVIMENTO NEGADO. - Não caracteriza ofensa ao princípio do devido processo legal o fato de ter sido proposta a transação penal pelo Parquet, tendo o magistrado, a seu turno, verificado a ausência de requisito subjetivo estabelecido em lei, indeferindo-a. - Somente é cabível o uso por analogia do art. 397 do CPPM, quando ocorre a não apresentação de proposta da transação penal pelo Parquet, nos termos da Súmula 696 do STF. - Deverá ser mantido o decreto condenatório se as dificuldades de ordem financeira alegada pelo militar para justificar a sua deserção não configuraram o estado de necessidade. APELAÇÃO N. 0000234-85.2005.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 14/08/2012; DJME: 20/08/2012. *** EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 27 APELAÇÃO – CRIME DE VIOLAÇÃO DO SIGILO FUNCIONAL – ART. 326 DO CPM – CRIME CONTINUADO – MANUTENÇÃO DA PENA – RECURSOS NÃO PROVIDOS – SENTENÇA MANTIDA. - Tendo sido praticado o crime do artigo 326 do CPM em continuidade delitiva, o parâmetro a ser observado para aumentar a pena-base deve ser o constante no art. 71 do CPB. - Mantém-se a condenação de dois anos e seis meses de prisão aplicada ao militar, a ser cumprida em regime aberto. - Nega-se provimento aos recursos do autor e do Ministério Público. - Mantém-se a r. sentença. APELAÇÃO N. 0000162-93.2008. 9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 16/08/2012; DJME: 23/08/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – PROVA TESTEMUNHAL QUE COMPROVA O DESRESPEITO A SUPERIOR – INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS CRIMINAL E ADMINISTRATIVA – BIS IN IDEN – NÃO CARACTERIZAÇÃO – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. - Há um conjunto probatório hábil a lastrear a decretação da condenação do apelante, nos termos das provas testemunhais colacionadas aos autos. - Sendo independentes as esferas penal e administrativa, não há que se falar em bis in idem. - Manutenção da condenação imposta ao apelante pela prática do crime de desrespeito a superior. APELAÇÃO N. 0001220-91.2009.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 23/08/2012; DJME: 29/08/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – DEFESA – DELITO DE DESACATO (ART. 298 DO CPM), POR DUAS VEZES, EM CONTINUIDADE DELITIVA – ALEGAÇÕES DE ATIPICIDADE DE CONDUTA, POR CONSTITUIR PALAVRAS DE CONTEÚDO GENÉRICO, SEM CONTEÚDO DE UMA OFENSA DIRETA, INCAPAZES DE OFENDER A DIGNIDADE OU O DECORO DO SUPOSTO OFENDIDO OU MESMO DEPRIMIR-LHE A AUTORIDADE – PROVA TESTEMUNHAL COERENTE E HARMÔNICA – PROCEDÊNCIA DA DENÚNCIA COMPROVADA – CONDENAÇÃO MANTIDA. APELAÇÃO N. 0002070-17.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 30/08/2012; DJME: 06/09/2012. *** APELAÇÃO – CRIME DE LESÕES CORPORAIS GRAVES – ART. 209, § 1º, DO CPM – COMPROVAÇÃO – AGRAVANTE – AUSÊNCIA – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 28 - Comprovando-se ter o acusado cometido o crime previsto no art. 209, § 1º, do CPM, mantém-se a condenação aplicada ao acusado, porém no patamar de um ano e nove meses de reclusão, com direito ao sursis. - Não tendo sido reconhecida a presença da agravante prevista no art. 70, II, letra “l”, do CPM, decotam-se da pena três dos seis meses que lhe foram acrescidos. - Recurso a que se dá provimento parcial. - Sentença que se reforma parcialmente. APELAÇÃO N. 0011362-86.2011.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 30/08/2012; DJME: 05/09/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE CORRUPÇÃO PASSIVA – PEDIDO DE REFORMA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS PARA INCIDÊNCIA DA CAUSA DE AUMENTO DE PENA PREVISTA NO § 1º DO ART. 308 DO CPM – EXISTÊNCIA DE PROVAS INDICANDO QUE O APELADO DEIXOU DE PRATICAR ATO DE OFÍCIO EM RAZÃO DA VANTAGEM – CONJUNTO PROBATÓRIO SUFICIENTE PARA RECONHECER A INCIDÊNCIA DA CAUSA DE AUMENTO DE PENA – RECURSO PROVIDO. APELAÇÃO N. 0000422-39.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 04/09/2012; DJME: 06/09/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR ABSOLVIDO DA PRÁTICA DOS CRIMES DE CONCUSSÃO E PREVARICAÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS – PEDIDO DE REFORMA DIANTE DA EXISTÊNCIA DE PROVAS SUFICIENTES PARA FUNDAMENTAR A DECISÃO – FRAGILIDADE DAS PROVAS PARA DEMONSTRAR A OCORRÊNCIA DO CRIME DE CONCUSSÃO – DÚVIDA SOBRE A EXISTÊNCIA DO CRIME – PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO – CONJUNTO PROBATÓRIO SUFICIENTE PARA LASTREAR CONDENAÇÃO QUANTO À PREVARICAÇÃO – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. APELAÇÃO N. 0000895-19.2009.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 04/09/2012; DJME: 06/09/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – PEDIDO DE ALTERAÇÃO DO MOTIVO DO DECRETO ABSOLUTÓRIO – SENTENÇA MOTIVADA NA INSUFICIÊNCIA DEPROVAS (ART. 439, “E”, DO CPPM) – ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE DE CONDUTA (ART. 439, “B”, DO CPPM) – DELITO DE INSUBORDINAÇÃO (ART. 163 DO CPM) – ATENDIMENTO A OCORRÊNCIA DE ACIDENTE DE VEÍCULOS – DIVERGÊNCIA SOBRE A INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 29 DE NORMAS DE TRÂNSITO – PROVA NO SENTIDO DE AUSÊNCIA DE RECUSA DE CUMPRIMENTO DE ORDEM – RECURSO PROVIDO. APELAÇÃO N. 0000321-33.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 21/09/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – DESRESPEITO A SUPERIOR – DECISÃO A QUO CONDENATÓRIA – EXPRESSÃO OFENSIVA NÃO DIRIGIDA AO SUPERIOR HIERÁRQUICO – ATIPICIDADE DA CONDUTA – ABSOLVIÇÃO – ART. 439, “B”, DO CPPM – RECURSO PROVIDO. - São elementares à figura típica prevista no art. 160 do CPM a conduta desrespeitosa direcionada ao superior hierárquico e a presença de outro militar. Ausentes quaisquer das elementares, resta caracterizada a atipicidade da conduta. - Palavras ofensivas e de baixo calão proferidas contra os pares do agente e, comprovadamente, não direcionadas ao superior hierárquico não caracterizam o delito de desrespeito a superior. APELAÇÃO N. 0001662-26.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 19/09/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – CONDENAÇÃO POR PRÁTICA DO DELITO DE DESACATO (ART. 298 DO CPM) – PRELIMINAR – ALEGAÇÃO DE INÉPCIA DA DENÚNCIA – FATO DESCRITIVO DO TIPO PENAL – REJEIÇÃO – MÉRITO – INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DE RATIFICAÇÃO DE DEPOIMENTOS PRESTADOS PELAS TESTEMUNHAS EM FASE INQUISITIVA QUANDO À DEFESA, EM JUÍZO, FOI ASSEGURADO O DIREITO A PERGUNTAS E REPERGUNTAS (PRECEDENTES DO COLENDO STJ, CITE-SE HC 128.716/MS, REL. MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, 5ª TURMA, JULGADO EM 15/10/2009, DJE 23/11/2009) – TESTEMUNHOS NÃO INTEGRANTES DAS RAZÕES DE CONVENCIMENTO – MILITARES EM SITUAÇÃO DE ATIVIDADE – OBRIGATORIEDADE DE OBSERVÂNCIA DE NORMAS PERTINENTES À HIERARQUIA E DISCIPLINA DENTRO E FORA DA ÁREA SUJEITA À ADMINISTRAÇÃO MILITAR – DELITO FORMAL – DESCABIMENTO DE DEMONSTRAÇÃO DE MATERIALIDADE DELITIVA – COMPROVAÇÃO DO PROFERIMENTO DAS PALAVRAS OFENSIVAS PELO AGENTE DIRIGIDAS A SEU SUPERIOR, ATRAVÉS DO INTERROGATÓRIO E DA DECLARAÇÃO DO OFENDIDO – CONFIGURAÇÃO DA CONDUTA DELITUOSA – RECURSO IMPROVIDO. APELAÇÃO N. 0000470-95.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 20/09/2012. *** EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 30 APELAÇÃO CRIMINAL – MINISTÉRIO PÚBLICO – FALSIDADE IDEOLÓGICA (ART. 312, CPM) – PEDIDO DE CONDENAÇÃO – TESTEMUNHAS OUVIDAS EM FASE DE INQUÉRITO – DEPOIMENTO NÃO RATIFICADO EM JUÍZO – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – RECURSO IMPROVIDO. APELAÇÃO N. 0000187-06.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 20/09/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – LESÃO CORPORAL LEVE – ART. 209, CAPUT, DO CPM – OCORRÊNCIA – SESSÃO DE JULGAMENTO – ANULAÇÃO – IMPOSSIBILIDADE – ART. 499 DO CPPM – RECURSO NÃO PROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. - Tendo sido comprovada, pelos depoimentos das testemunhas idôneas e pelo exame de corpo de delito, a ocorrência da lesão corporal leve na vitima, mantém-se a condenação do militar acusado. - Se, na fase do art. 427 do CPPM, não houve a manifestação do acusado quanto ao impedimento da realização da sessão de julgamento, não há que se falar em anulação dessa sessão, em obediência aos termos do art. 499 do CPPM. - Recurso não provido. - Sentença mantida. APELAÇÃO N. 0000483-57.2010.9.13.0002; Relator Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 17/09/2012. *** APELAÇÃO – CRIME DE PECULATO-FURTO – ART. 303, § 2º, DO CPM – OCORRÊNCIA – JUÍZES MILITARES – VOTO – AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO – NULIDADE DO JULGAMENTO – NÃO OCORRÊNCIA – PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – NÃO APLICABILIDADE – MÉRITO – COMPROVAÇÃO DOS FATOS – RECURSO NÃO PROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. - Tendo sido comprovado testemunhal e materialmente o cometimento do crime de peculato-furto, mantém-se a condenação do militar acusado, à pena privativa de liberdade no patamar de 4 (quatro) anos e 6 (seis) de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto. - Não ocorre nulidade no julgamento realizado pelo Conselho de Justiça Militar, colegiado em que somente o juiz togado possui o dever de fundamentar seu voto. Não se exige dos juízes militares essa obrigação, porque estes não redigem a sentença, nos termos do art. 438, § 2º, do CPPM. - Não se aplica o princípio da insignificância no crime de peculato-furto, previsto no art. 303, § 2º, do CPM, por se tratar de crime contra Administração Militar, e por não existir tal previsão no ordenamento jurídico-militar. - Recurso não provido. - Sentença mantida. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 31 APELAÇÃO N. 0002708-47.2010.9.13.0003; Relator Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 27/09/2012; DJME: 02/10/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – COAÇÃO – DELITO FORMAL – PROVAS HARMÔNICAS – COMPROVAÇÃO – AGRAVANTES – ART. 70, II, “B” E “L” DO CPM – NÃO CONFIGURAÇÃO – DECOTAÇÃO – PROVIMENTO PARCIAL. - Por se tratar de delito formal, é indiferente que o agente, efetivamente, tenha conseguido o favorecimento de seu interesse, ou seja, é irrelevante que a ameaça tenha produzido efeitos, consumando-se o delito no momento em que a ameaça foi proferida. - Se a versão apresentada pela vítima se encontra em harmonia com as provas testemunhais, deve-se manter o decreto condenatório. - Não configura a agravante prevista na alínea “b” do inciso II do art. 70 do CPM, se a conduta criminosa não visava assegurar a impunidade ou vantagem de outro crime, mas de uma possível transgressão, cometida pelo apelante. - Se o militar ainda não havia assumido o serviço, deverá ser decotada a circunstância agravante prevista na alínea “b” do inciso II do art. 70 do CPM. APELAÇÃO N. 0000016-75.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 1º/10/2012; DJME: 11/10/2012. *** APELAÇÃO – CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA – ART. 312 DO CPM – OCORRÊNCIA – RECURSO NÃO PROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. - A inserção de dados falsos na Prestação de Contas de Talão de AIT pelo militar encarregado de emiti-lo, alterando a verdade sobre o fato juridicamente relevante, atingindo a própria Administração Militar, caracteriza o crime de falsidade ideológica, previsto no art. 312 do CPM. - Recurso não provido. - Sentença mantida. APELAÇÃO N. 0002835-88.2010.9.13.0001; Relator Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 04/10/2012; DJME: 09/10/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – RECUSA DE OBEDIÊNCIA – CONDENAÇÃO POR MAIORIA DE TRÊS VOTOS A DOIS EM REGIME ABERTO – SURSIS – SENTENÇA FUNDAMENTADA APENAS COM O VOTO VENCIDO – PRELIMINAR DE NULIDADE ABSOLUTA ACOLHIDA – FALTA DE FORMALIDADE ESSENCIAL – ART. 500, IV, DO CPPM – RETORNO DOS AUTOS PARA QUE OUTRA SENTENÇA SEJA PROFERIDA – RECURSO PROVIDO. APELAÇÃO N. 0000530-31.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 09/10/2012; DJME: 15/10/2012. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 32 *** APELAÇÃO CRIMINAL – FALSIDADE IDEOLÓGICA – ARTIGO 312 DO CPM – DECLARAÇÃO FALSA EM BO – DOLO NECESSÁRIO À CONFIGURAÇÃO DO DELITO – PRELIMINAR DE NÃO ESPECIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES A QUE FICA SUBORDINADA A SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – ARTIGO 85 DO CPM – NULIDADE – RETORNO DOS AUTOS PARA QUE NOVA SENTENÇA SEJA PROFERIDA. APELAÇÃO N. 0000140-98.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 23/10/2012; DJME: 29/10/2012; *** APELAÇÃO CRIMINAL – MANUTENÇÃODA ABSOLVIÇÃO DO CRIME DE RECUSA DE OBEDIÊNCIA (ART. 163 DO CPM) – CONDENAÇÃO POR DESRESPEITO A SUPERIOR (ART. 160 DO CPM) – COMPROVAÇÃO DOS FATOS – REFORMA DA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU – RECURSO MINISTERIAL PARCIALMENTE PROVIDO. - Não restou comprovada a recusa de obediência do apelado para se identificar, nem para informar os seus dados funcionais, motivo pelo qual mantenho a decisão do CPJ, que, por unanimidade, absolveu o apelante, com fundamento no art. 439, “b”, do CPPM. - Não resta nenhuma dúvida que a conduta do apelado maculou os princípios da hierarquia e disciplina, ao questionar a atuação do Cadete PM, seu superior hierárquico, com voz alta, em atitude desrespeitosa, na presença de outros militares. - Condenação do apelado nas iras do art. 160 do CPM, a uma pena definitiva de três meses de detenção, em regime aberto, com o direito ao sursis, por dois anos, e a recorrer em liberdade. - Provimento parcial ao recurso ministerial. APELAÇÃO N. 0001713-37.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 23/10/2012; DJME: 30/10/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE AMEAÇA (ART. 223 DO CPM) – CARTAS PRECATÓRIAS APRESENTADAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO – PARIDADE DE ARMAS – PRELIMINAR DE NULIDADE POR CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO ACOLHIDA – AUSÊNCIA DOS ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO – PORTE LEGAL DE ARMA DE FOGO (CRAF) – INEXISTÊNCIA DE INTIMIDAÇÃO OU PROMESSA DE MALEFÍCIO IMEDIATO OU FUTURO – ATIPICIDADE DE CONDUTA – ABSOLVIÇÃO NOS TERMOS DO ART. 439, ALÍNEA “B”, DO CPPM – RECURSO PROVIDO. APELAÇÃO N. 0000442-87.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 23/10/2012; DJME: 29/10/2012. EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 33 *** APELAÇÃO CRIMINAL DA DEFESA – CONDENAÇÃO PELA PRÁTICA DE DELITO DE PECULATO (ART. 303 DO CPM) E PREVARICAÇÃO (ART. 319 DO CPM) – APROPRIAÇÃO PELO MILITAR DE ARMAS DE FOGO OBTIDAS EM RAZÃO DA FUNÇÃO POLICIAL MILITAR – APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO – DELITO DE PREVARICAÇÃO ABSORVIDO PELO DELITO DE PECULATO – ATENUANTE DE COMPORTAMENTO MERITÓRIO ANTERIOR (ART. 72, II, DO CPM) – RECONHECIMENTO – REDUÇÃO DA PENA APLICADA – RECURSO PROVIDO EM PARTE. APELAÇÃO N. 0000037-17.2011.9.13.0003; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 31/10/2012; DJME: 12/11/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE DESERÇÃO – PRELIMINARES NÃO ACOLHIDAS – AUSÊNCIA POR PERÍODO SUPERIOR A ONZE ANOS – APRESENTAÇÃO VOLUNTÁRIA – COMPROVADA IMPUTAÇÃO DO ARTIGO 187 DO CPM – VONTADE LIVRE E CONSCIENTE DE SE AUSENTAR DA VIDA CASTRENSE – INEXISTÊNCIA DA EXCLUDENTE DE ESTADO DE NECESSIDADE – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. APELAÇÃO N. 0000007-65.2000.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 13/11/2012; DJME: 20/11/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – DESACATO A MILITAR – PROVAS TESTEMUNHAIS – CONFIGURAÇÃO – SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE PELA RESTRITIVA DE DIREITO – IMPOSSIBILIDADE – PROVIMENTO NEGADO. - Em que pese ter o acusado negado a ocorrência da conduta delituosa narrada na exordial acusatória, as provas testemunhais são robustas e coerentes, aptas a comprovar a sua configuração e amparar o decreto condenatório imposto. - Incabível a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito no âmbito da Justiça Castrense, segundo entendimento reiterado dos Tribunais Superiores. - Negado provimento ao recurso. APELAÇÃO N. 0000081-76.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 13/11/2012; DJME: 26/11/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – MINISTÉRIO PÚBLICO – INTEMPESTIVIDADE DE RAZÕES DE RECURSO – APLICAÇÃO DO ART. 534 DO CPPM – EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 34 CONHECIMENTO DO RECURSO COM OU SEM AS DEVIDAS RAZÕES, EM SEU EFEITO DEVOLUTIVO – PEDIDO DE CONDENAÇÃO DO PRIMEIRO APELADO PELA PRÁTICA DE DELITO PREVISTO NO ART. 347 (COAÇÃO ATIVA DE TESTEMUNHA, PERITO OU INTÉRPRETE) DO CPM E, DO SEGUNDO APELADO PELA PRÁTICA DO CRIME TIPIFICADO NO ART. 326 (VIOLAÇÃO DO SIGILO FUNCIONAL) DO CPM – PEDIDOS BASEADOS NOS DEPOIMENTOS PRESTADOS POR TESTEMUNHAS OUVIDAS EM INQUÉRITO POLICIAL MILITAR QUE NÃO FORAM RATIFICADOS EM JUÍZO – PROVAS INSUFICIENTES PARA FUNDAMENTAR UM DECRETO CONDENATÓRIO NA FORMA REQUERIDA PELO REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO – RECURSO IMPROVIDO – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA DE PRIMEIRA INSTÂNCIA – RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA RETROATIVA – EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DECRETADA DE OFÍCIO. APELAÇÃO N. 0000091-85.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 14/11/2012; DJME: 23/11/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – CONCUSSÃO – INVESTIGAÇÃO POR EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ENVOLVENDO O MINISTÉRIO PÚBLICO, POLÍCIA MILITAR, SECRETARIA DA FAZENDA E INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS – FATOS GRAVÍSSIMOS – INDÍCIOS DE COMETIMENTO DE CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – AUTORIZADA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA PELA JUSTIÇA COMUM – DECLINADA COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR POLICIAIS MILITARES NA JUSTIÇA MILITAR – INDEFERIDA PELA JUSTIÇA CASTRENSE A INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA, SOB A ALEGAÇÃO DE QUE A LEI N. 9.296 NÃO SE APLICA A ESTA JUSTIÇA ESPECIALIZADA – CONDENAÇÃO DE 19 (DEZENOVE) QUADRILHEIROS NA JUSTIÇA COMUM – MAGISTRADO DA JUSTIÇA MILITAR INDEFERIU JUNTADA DE PROVAS CONTIDAS EM CD COM INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS AUTORIZADAS PELA JUSTIÇA COMUM – PROVA EMPRESTADA VÁLIDA – PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DA ACUSAÇÃO ACOLHIDA – COMPARTILHAMENTO DAS INFORMAÇÕES E PROVAS PRODUZIDAS – OPORTUNIDADE DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA PARA AMBAS AS PARTES – ANULAÇÃO DA SENTENÇA PROFERIDA PELO 16º CONSELHO EXTRAORDINÁRIO DE JUSTIÇA – JUNTADA DA PROVA REQUERIDA (CD) – RETORNO DOS AUTOS À 2ª AJME – PROSSEGUIMENTO DO FEITO – NOVA SENTENÇA – PROVIMENTO AO RECURSO MINISTERIAL. APELAÇÃO N. 0000066-12.2007.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 20/11/2012; DJME: 27/11/2012. *** EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 35 APELAÇÃO CRIMINAL – ABANDONO DE POSTO – PROVAS TESTEMUNHAIS – MANUTENÇÃO DO DECRETO CONDENATÓRIO – PROVIMENTO NEGADO. - Se as provas testemunhais carreadas aos autos são robustas e harmônicas entre si, comprovando a ocorrência delitiva, deve-se manter o decreto condenatório. APELAÇÃO N. 0000057-45.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 20/11/2012; DJME: 29/11/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – ART. 298 DO CPM – PALAVRA DO OFENDIDO CONTUNDENTE – PROVA TESTEMUNHAL – SUFICIÊNCIA DE PROVAS – MANUTENÇÃO DO DECRETO CONDENATÓRIO – PROVIMENTO NEGADO. - Se a versão apresentada pelo ofendido se mostra contundente e harmônica com o contexto fático-probatório apresentado nos autos, comprovando a ocorrência delitiva, deve-se manter o decreto condenatório. APELAÇÃO N. 0000593-27.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (majoritário): 20/11/2012; DJME: 29/11/2012. *** APELAÇÃO CRIMINAL – DEFESA – PRELIMINAR – IRREGULARIDADE DE CITAÇÃO – AUSÊNCIA DE PREJUÍZO À DEFESA DO ACUSADO – INACOLHIMENTO – MÉRITO – DISPARO DE ARMA DE FOGO – LESÃO CORPORAL (ART. 209 DO CPM) – COMPROVAÇÃO DE MATERIALIDADE ATRAVÉS DE LAUDOS PERICIAIS – INCERTEZAS QUANTO À AUTORIA – CONJUNTO PROBATÓRIO FRÁGIL – ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS (ART. 439, LETRA “E”, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR) – RECURSO PROVIDO. APELAÇÃO N. 0001563-53.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Jadir Silva; Julgamento (unânime): 22/11/2012; DJME: 29/11/2012. *** APELAÇÕES CRIMINAIS – DEFESA. 1ª APELAÇÃO – AUSÊNCIA DE REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE
Compartilhar