Buscar

ementario (TJM MG) 2012 2013

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 649 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 649 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 649 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�����������
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
1 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
 
COMPOSIÇÃO: 
Juiz Cel BM Osmar Duarte Marcelino – Presidente 
Juiz Fernando Armando Ribeiro – Vice-Presidente 
Juiz Cel PM James Ferreira Santos – Corregedor 
Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho 
Juiz Jadir Silva 
Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos 
Juiz Fernando Galvão da Rocha 
 
Primeira Câmara 
 
Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho – Presidente da Câmara 
Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos 
Juiz Fernando Galvão da Rocha 
 
Segunda Câmara 
Juiz Fernando Armando Ribeiro – Presidente da Câmara 
Juiz Jadir Silva 
Juiz Cel PM James Ferreira Santos 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
2 
 
Caro leitor, 
 
Todo ementário é uma série de apontamentos ou lembretes e, logo, 
possui um caráter restritivo. Então, para tentar superar o fato de ser um resumo 
das decisões do Tribunal de Justiça Militar, nesta apresentação, bem 
brevemente, gostaria de compartilhar informações complementares e uma 
minha leitura do ementário. 
Preliminarmente, somos um tribunal especializado composto de 07 (sete) 
magistrados que constituem um colegiado misto com juízes civis e juízes 
militares. Esta composição permite aliar a experiência de oficiais do último 
posto, que atingiram o ápice da hierarquia militar, acumulando mais de trinta 
anos de trabalho, ao conhecimento dos juízes civis representantes da 
magistratura militar de 1º Instância, do Ministério Público e da Advocacia. 
Os traços de cultura, de vivência e formação certamente dão sentido 
próprio ao auto convencimento de cada juiz e chega ao leitor por intermédio 
das decisões que constam do ementário, embora esta, por técnica, seja 
extremamente simplificada. 
Sobre simplificação, ao falar apenas do ato de comunicar, os primeiros 
teóricos do assunto chegaram à conclusão de que o estudo das estruturas de 
uma língua pode levar à elucidação de uma concepção de um mundo que a 
acompanhe (hipótese Sapir-Whorf). Partindo dessa teoria, então, posso inferir 
que a leitura atenta das decisões do TJMMG pode levar o leitor à compreender 
melhor a Justiça Militar de Minas Gerais 
Destarte, desejo-lhe uma leitura que lhe favoreça nos conhecer. 
E, sobre a realidade deste órgão, na condição de cidadão e leitor, após 
rever os registros de nossos trabalhos no ano de 2013, acompanho a 
interpretação do Juiz Civil Dr. Fernando Galvão da Rocha sobre a Justiça 
Militar do Estado de Minas Gerais: 
 
“Perfeitamente integrada aos esforços que o Poder Judiciário nacional empreende 
para a melhora da qualidade e da eficiência dos serviços que asseguram a tutela 
dos interesses maiores da sociedade, a Justiça Militar do Estado de Minas Gerais 
firma compromissos cada vez mais claros com o Estado Democrático. Esperamos 
que a sociedade acompanhe de perto esse trabalho, oferecendo suas críticas e 
contribuições para que possamos alcançar o nível de excelência que a sociedade 
mineira merece.” 
 
 
Belo Horizonte, 06 de março de 2014. 
 
Juiz Cel BM Osmar Duarte Marcelino 
 Presidente do Tribunal de Justiça Militar 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
3 
 
 
 
CRIMINAL 
 
AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL 
 
REVISÃO EM EXECUÇÃO PENAL – CRIME DE USO DE DOCUMENTO 
FALSO – ART. 315 DO CPM – PENA – CUMPRIMENTO – REGIME 
ABERTO – REMIÇÃO PELO TRABALHO – IMPOSSIBILIDADE – REMIÇÃO 
PELO ESTUDO – POSSIBILIDADE – RECURSO NÃO PROVIDO – DECISÃO 
MANTIDA. 
- O réu militar que cumpre a pena em regime aberto não faz jus à remição de 
36 dias pelo trabalho realizado na PMMG, nos termos do § 6º do art. 126 da Lei 
Federal n. 7.210/1984, na redação que lhe deu a Lei Federal n. 12.433/2011. 
- Manutenção da concessão da remição da pena em 36 dias pelo estudo 
desenvolvido no Curso de Gestão Ambiental, realizado em Faculdade. 
- Não concessão da remição da pena de 36 dias pelo trabalho. 
- Recurso a que se nega provimento. 
- Decisão que se mantém. 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0004561-32.2012. 9.13.0000; Relator: 
Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 21/06/2012; DJME: 
27/06/2012. 
 
*** 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – CRIME DE USO DE DOCUMENTO 
FALSO – ART. 315 DO CPM – REGIME ABERTO – REMIÇÃO DA PENA – 
ESTUDO NÃO REGULAR – IMPOSSIBILIDADE – INDULTO NATALINO – 
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO LEGAL – AGRAVO NÃO PROVIDO – 
DECISÃO A QUO MANTIDA. 
- O réu militar que cumpre a pena em regime aberto não faz jus à remição de 
23 dias por estudo não regular, desenvolvido durante poucas horas, ainda que 
realizado em estabelecimento credenciado. 
- O indulto natalino previsto no artigo 1º, XIII, do Decreto Federal n. 7.648/2011, 
não se destina aos presos provisórios, mas, sim, aos apenados em definitivo. 
- Agravo a que se nega provimento. 
- Decisão a quo que se mantém. 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0005570-29.2012.9.13.0000; Relator: 
Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 27/09/2012; 
DJME:02/10/2012. 
 
*** 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO – MILITAR CONDENADO À PENA PRIVATIVA 
DE LIBERDADE SUPERIOR A DOIS ANOS – CONCESSÃO DA REMIÇÃO 
DA PENA PELO ESTUDO – FREQUÊNCIA A UM ÚNICO CURSO DE 
ENSINO REGULAR – NOVO PEDIDO DE REMIÇÃO PARA OUTROS ONZE 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
4 
 
CURSOS DE CURTA DURAÇÃO E BAIXA CARGA HORÁRIA – CURSOS 
ELENCADOS NÃO GUARDAM QUALQUER RELAÇÃO COM O EXERCÍCIO 
PROFISSIONAL DO AGRAVANTE – CURSOS INFORMAIS PARA 
HABILITAREM NEÓFITOS AO MERCADO DE TRABALHO – 
DESCUMPRIMENTO DO DISPOSITIVO PREVISTO NO § 6º DO ART. 126 DA 
LEI N. 7.210/84 – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0006357-58.2012.9.13.0000; Relator: 
Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 13/11/2012; DJME: 
20/11/2012. 
 
*** 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – NÃO CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – ALTERAÇÃO DO COMANDO DA 
SENTENÇA E DO ACÓRDÃO – TRÂNSITO EM JULGADO – 
IMPOSSIBILIDADE – COISA JULGADA. 
- Não concedido o benefício da suspensão condicional da pena, em sentença 
devidamente fundamentada e mantida em 2ª instância. Com a ocorrência do 
trânsito em julgado, é vedado ao Juiz da Execução fazê-lo, sob pena de ofensa 
à coisa julgada, nos termos do art. 5º, inciso XXXVI, da CF. 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000665-44.2013.9.13.0000; Relator: 
Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 09/04/2013; 
DJME: 15/04/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – NÃO CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – ALTERAÇÃO DO TEOR DA 
SENTENÇA E DO ACÓRDÃO – TRÂNSITO EM JULGADO – 
IMPOSSIBILIDADE – COISA JULGADA. 
- Não concedido o benefício da suspensão condicional da pena, em sentença 
devidamente fundamentada e mantida em 2ª instância, e com a ocorrência do 
trânsito em julgado, é vedado ao Juiz da Execução fazê-lo, sob pena de ofensa 
à coisa julgada, nos termos do art. 5º, inciso XXXVI, da CF. 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000962-51.2013.9.13.0000; Relator: 
Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 14/05/2013; 
DJME: 16/05/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – REQUERIMENTO DE APLICAÇÃO DO 
INDULTO PREVISTO NO DECRETO N. 7.873, DE 26 DE DEZEMBRO DE 
2012 AO AGRAVANTE – NEGATIVA DO JUIZ DA EXECUÇÃO AO 
ENTENDIMENTO DE NÃO CUMPRIMENTO DO PRAZO ASSINALADO NO 
DECRETO QUE CONCEDEU O BENEFÍCIO – O DECRETO CITADO 
PERMITE A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO AOS CONDENADOS QUE 
ESTEJAM CUMPRINDO PERÍODO DE PROVA DO SURSIS – O 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
5 
 
AGRAVANTE JÁ CUMPRIU MAIS DE UM QUARTO DO PERÍODO DE 
PROVA – AGRAVO PROVIDO PARA RECONHECER O CUMPRIMENTO DO 
REQUISITO OBJETIVO, DEVENDO O JUÍZO DA EXECUÇÃO EXAMINAR 
OS DEMAIS. 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000958-14.2013.9.13.2013.9.13.0000; 
Relator: Juiz Fernando Galvãoda Rocha; Julgamento (unânime): 14/05/2013; 
DJME: 23/05/2013. 
 
*** 
 
REQUERIMENTO DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA NEGADO 
PELO JUIZ DA EXECUÇÃO, EM RAZÃO DO BENEFICIO TER SIDO 
NEGADO EXPRESSAMENTE NA SENTENÇA, TRANSITADA EM JULGADO 
– AGRAVO DE EXECUÇÃO PRETENDENDO QUE SEJA CONCEDIDO O 
SURSIS, AO ARGUMENTO DE QUE O PROCESSO DE EXECUÇÃO É 
NOVO PROCEDIMENTO – COMPETÊNCIA DO JUIZ SENTENCIANTE PARA 
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO – DECISÃO JUDICIAL QUE NEGOU O 
BENEFÍCIO TRANSITOU EM JULGADO – IMPOSSIBILIDADE DO JUIZ DE 
MESMO GRAU DE JURISDIÇÃO RESCINDIR SENTENÇA TRANSITADA EM 
JULGADO – AGRAVO IMPROVIDO. 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000963.36.2013.9.13.0000; Relator: 
Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 14/05/2013; DJME: 
23/05/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA 
– BENEFÍCIO NÃO CONCEDIDO NA SENTENÇA CONDENATÓRIA – 
MATÉRIA NÃO IMPUGNADA EM SEDE DE RECURSO DE APELAÇÃO – 
TRÂNSITO EM JULGADO – PEDIDO DE CONCESSÃO DO SURSIS AO JUIZ 
DA EXECUÇÃO PENAL – ALTERAÇÃO DO COMANDO DA SENTENÇA E 
DO ACÓRDÃO –IMPOSSIBILIDADE – COISA JULGADA – RECURSO A 
QUE SE NEGA PROVIMENTO. 
- Não concedido o benefício da suspensão condicional da pena, em sentença 
devidamente fundamentada e mantida em 2ª instância, com trânsito em 
julgado. 
- O agravante pretende modificar, por via inadequada, decisão condenatória já 
transitada em julgado, vez que o juízo da execução não tem a competência 
para alterar a decisão estabelecida em processo de conhecimento. 
- Negado provimento ao recurso. 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL N. 0000960-81.2013.13.0000; Relator: Juiz 
Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 23/05/2013; DJME: 
27/05/2013. 
 
*** 
 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
6 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA 
– ART. 84, II, DO CPM – IMPOSSIBILIDADE – COISA JULGADA – 
OCORRÊNCIA – RECURSO NÃO PROVIDO – DECISÃO DE 1º GRAU 
MANTIDA. 
- Se, na sentença condenatória, não foi concedido o benefício da suspensão 
condicional da pena, ocorrendo o trânsito em julgado da decisão, não há 
possibilidade legal de conceder esse benefício em sede de execução, por 
ofender a coisa julgada. 
- Agravo a que se nega provimento. 
- Decisão de 1º grau que se mantém. 
AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0000959-96.2013.9.13.0000; Relator: 
Juiz Cel PM James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 12/06/2013; DJME: 
14/06/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL – CONVERSÃO DE PENA PRIVATIVA DE 
LIBERDADE EM RESTRITIVA DE DIREITOS, COM BASE NO ART. 180 DA 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – IMPOSSIBILIDADE – CUMPRIMENTO DA 
PENA EM ESTABELECIMENTO PENAL MILITAR – NÃO INCIDÊNCIA DA 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – INTELIGÊNCIA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO 
ART. 2º DA LEP – RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 
AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0001363-47.2013.9.13.0001; Relator: 
Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (unânime): 14/08/2013; DJME: 
21/08/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL – PEDIDO DE APLICAÇÃO DO ART. 180 
DA LEI N. 7210/84 – INEXISTÊNCIA DE VEDAÇÃO À CONVERSÃO DA 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM PENA RESTRITIVA DE DIREITOS – 
AUSÊNCIA DE PROVA DE PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS 
PREVISTOS NA LEI N. 7.210/84 – AGRAVO DE QUE SE NEGA 
PROVIMENTO. 
AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0001554.92.2013.9.13.0000; Relator: 
Juiz Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 03/09/2013; DJME: 
06/09/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL – SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA 
DE LIBERDADE PELA RESTRITIVA DE DIREITO – CONCESSÃO EM 
PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO – PERDA DO OBJETO – PEDIDO 
PREJUDICADO. 
- Constatado que a pretensão do agravante foi objeto de apreciação em outro 
feito, que tramita em primeiro grau de jurisdição, e tendo sido deferida naquele 
Juízo, julga-se o presente pedido prejudicado, pela perda de seu objeto. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
7 
 
AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0001441-41.2013.9.13.0001; Relator: 
Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 08/11/2013; 
DJME: 19/11/2013. 
 
 
*** 
 
AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL – CONVERSÃO DE PENA PRIVATIVA DE 
LIBERDADE EM RESTRITIVA DE DIREITOS, COM BASE NO ART. 180 DA 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – IMPOSSIBILIDADE – CUMPRIMENTO DA 
PENA EM ESTABELECIMENTO PENAL MILITAR – NÃO INCIDÊNCIA DA 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – INTELIGÊNCIA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO 
ART. 2º DA LEP – RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 
AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL N. 0002487-65.2013.9.13.0001; Relator: 
Juiz James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 14/11/2013; DJME: 
22/11/2013. 
 
AGRAVO REGIMENTAL 
 
AGRAVO REGIMENTAL – DECISÃO QUE REJEITOU, 
MONOCRATICAMENTE, O RECURSO DE EMBARGOS – CONSELHO DE 
JUSTIFICAÇÃO – NULIDADE DO PROCESSO EM FACE DA AUSÊNCIA DE 
REPRESENTAÇÃO PELA DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE OU 
INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO – MATÉRIA 
MANIFESTAMENTE EM CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA 
DOMINANTE NO TJMMG – MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. 
 
- V.v. O Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais é órgão 
integrante do Poder Judiciário estadual e o princípio da separação dos 
poderes, consagrado no art. 2º da carta constitucional, impede que o mesmo 
exerça atividades administrativas em relação a integrantes do Poder Executivo. 
- A nova ordem constitucional não recepcionou nenhum dos antigos 
procedimentos denominados judicialiformes, sendo que toda a tutela 
jurisdicional somente pode-se operar mediante processo judicial instaurado 
mediante provocação de parte legitima. 
- A jurisdição sem ação constitui ofensa ao princípio garantista da inércia da 
jurisdição. Os órgãos jurisdicionais são, por sua própria natureza, inertes. 
Nesse sentido é a mensagem dos consagrados brocardos do nemo judex sine 
actore e ne procedat judex ex officio. 
- No caso de perda do posto e da patente em decorrência da prática de 
infração disciplinar também é necessário identificar qual lide deva ser resolvida 
pelo Judiciário. O julgamento judicial que se pretende com base em um 
procedimento de justificação somente é possível mediante o estabelecimento 
de uma relação processual que permita a contraposição das partes. 
- O julgamento quanto à perda do posto e da patente dos oficiais sem o 
estabelecimento da relação processual ofende os princípios constitucionais do 
contraditório e da ampla defesa. Somente a constituição de uma relação 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
8 
 
processual em que as partes sejam colocadas em posição de igualdade pode 
viabilizar um julgamento judicial válido. A regularidade da relação processual 
permite que cada parte exerça o direito de produzir provas em favor de seu 
interesse, de contrapor as provas produzidas pela outra parte, de fazer 
sustentação oral nas sessões de julgamento e de recorrer contra decisões 
contrárias aos seus interesses. Não constituir uma relação processual por meio 
da identificação das partes implica em negar o exercício de todos estes direitos 
que são constitucionalmente assegurados. 
- Manifesta violação ao disposto no art. 25 da Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica, que ingressou na ordem 
jurídica interna do Brasil por meio do Decreto Lei Estadual n. 678, de 06 de 
novembro de 1992. 
- Nulidade absoluta. Impossibilidade de decretar judicialmente a perda do posto 
e da patente (Juiz Fernando Galvão da Rocha). 
AGRAVO REGIMENTAL N. 0000120-71.2013.9.13.0000; Relator: Juiz 
Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (majoritário): 06/02/2013; DJME: 
15/02/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO REGIMENTAL EM DECISÃO DE INDEFERIMENTO DE PETIÇÃO 
DE HABEAS CORPUS – PEDIDO DE ANULAÇÃO DE JULGADO DE AÇÃO 
PENAL – TESE DE INIMPUTABILIDADE DO AGENTE E INCOMPETÊNCIA 
DO R. JUÍZO – IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA – DECISÃO DE 
INDEFERIMENTO DE PETIÇÃO INICIAL MANTIDA. 
AGRAVO REGIMENTAL N. 0001124-46.2013.9.13.0000; Relator:Juiz Jadir 
Silva; Julgamento (unânime): 02/07/2013; DJME: 09/07/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO REGIMENTAL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO 
MONOCRÁTICA – ART. 557 DO CPC – SEGUIMENTO NEGADO – RAZÕES 
RECURSAIS CONTRÁRIAS À SÚMULA N. 5 – PROVIMENTO NEGADO. 
- Este e. TJMMG, através da edição da Súmula n. 5, elucidou qualquer dúvida 
acerca da incidência da prescrição do fundo de direito contra a Administração 
Militar. 
- Sendo as razões recursais manifestamente contrárias ao entendimento 
sumulado por esta e. Corte castrense, nega-se provimento ao agravo 
regimental. 
AGRAVO REGIMENTAL N. 0001270-87.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM 
James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 11/07/2013; DJME: 17/07/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO REGIMENTAL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO 
MONOCRÁTICA – ART. 557 DO CPC – SEGUIMENTO NEGADO – RAZÕES 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
9 
 
RECURSAIS CONTRÁRIAS À SÚMULA N. 5 DESTE E. TRIBUNAL – 
PROVIMENTO NEGADO. 
- Este e. TJMMG, através da edição da Súmula n. 5, elucidou qualquer dúvida 
acerca da incidência da prescrição do fundo de direito contra a Administração 
Militar. 
- Sendo as razões recursais manifestamente contrárias ao entendimento 
sumulado por esta e. Corte castrense, nega-se provimento ao agravo 
regimental. 
AGRAVO REGIMENTAL N. 0001406-84.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Cel PM 
James Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 11/07/2013; DJME: 17/07/2013. 
 
*** 
AGRAVO REGIMENTAL – DECISÃO QUE CONVERTE AGRAVO DE 
INSTRUMENTO EM AGRAVO RETIDO COM FUNDAMENTO NO INCISO II 
DO ARTIGO 527 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, POR AUSÊNCIA DE 
DEMONSTRAÇÃO DE QUE A DECISÃO QUE INDEFERIU O PEDIDO DE 
TUTELA ANTECIPADA CAUSARIA LESÃO GRAVE E DE DIFÍCIL 
REPARAÇÃO – AGRAVO REGIMENTAL PRETENDENDO A REFORMA DA 
DECISÃO E O DEFERIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA PARA 
SUSPENDER A TRAMITAÇÃO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
DISCIPLINAR ATÉ DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO – 
AUSÊNCIA DE PERICULUM IN MORA – AGRAVO REGIMENTAL 
IMPROVIDO – MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE INADMITIU O RECURSO 
DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
AGRAVO REGIMENTAL N. 0002071-03.2013.9.13.0000; Relator: Juiz 
Fernando Galvão da Rocha; Julgamento (unânime): 11/07/2013; DJME: 
17/07/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO REGIMENTAL – IRRESIGNAÇÃO CONTRA DECISÃO QUE 
CONVERTEU AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RETIDO – MATÉRIA 
CONTROVERTIDA – INEXISTÊNCIA DE DANO IRREPARÁVEL OU DE 
DIFÍCIL REPARAÇÃO – RECURSO IMPROVIDO. 
AGRAVO REGIMENTAL N. 0002331-80.2013.9.13.0000; Relator: Juiz Jadir 
Silva; Julgamento (unânime): 31/10/2013; DJME: 06/11/2013. 
 
*** 
 
AGRAVO REGIMENTAL – NÃO CONHECIMENTO DE EMBARGOS 
INFRINGENTES DE AÇÃO ORIGINÁRIA – PREVISÃO CONTIDA NO ART. 
211 COMBINADO COM O ART. 220 DO REGIMENTO INTERNO – 
INTEMPESTIVIDADE – RECURSO IMPROVIDO. 
AGRAVO REGIMENTAL N. 0004985-74.2012.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir 
Silva; Julgamento (unânime): 04/12/2013; DJME: 12/12/2013. 
 
 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
10 
 
APELAÇÃO 
 
APELAÇÃO – CRIME DE RECUSA DE OBEDIÊNCIA – MANUTENÇÃO DA 
CONDENAÇÃO – CRIME DE DESACATO A SUPERIOR – OCORRÊNCIA – 
PENA DE RECLUSÃO – REGIME ABERTO – VEDAÇÃO LEGAL AO 
DIREITO A SURSIS – RECURSO IMPROVIDO. 
- É suficiente para a reprimenda penal o depoimento de testemunha idônea 
relatando ter visto e ouvido o subordinado proferir palavra de baixo calão contra 
o superior durante o serviço, caracterizando o crime de desacato, previsto no 
art. 298 do Código Penal Militar. 
- Excepcionada a hipótese de ordem manifestamente ilegal, em que o 
subordinado também é responsabilizado, o superior hierárquico é o 
responsável pelas ordens que, nessa qualidade, proferir. Estando o 
subordinado ciente da ordem legal pronunciada por seu superior hierárquico, 
deve obedecer a ela, em obséquio aos princípios constitucionais que regem as 
instituições militares – hierarquia e disciplina –, sem questionar ou entrar em 
discussão agressiva com o superior. 
- Condenação nos crimes de recusa de obediência e desacato, tipificados, 
respectivamente, nos artigos 163 e 298 do Código Penal Militar. 
- Improvimento do recurso. Manutenção dos patamares da pena fixada na 
primeira instância, a ser cumprida em regime aberto, sem direito ao sursis, nos 
termos do art. 617, II, letra “a”, do CPPM. 
 
V.V. – APELAÇÃO – CRIME DE RECUSA DE OBEDIÊNCIA – NÃO 
OCORRÊNCIA – CRIME DE DESACATO A SUPERIOR – OCORRÊNCIA – 
PENA DE RECLUSÃO – REGIME ABERTO – SEM DIREITO A SURSIS. 
- Não tendo sido dada a ordem de maneira incisiva e clara pelo superior 
hierárquico, deixando dúvidas ao subordinado, não se caracterizou o crime de 
recusa de obediência, previsto no art. 163 do CPM, pelo que deve o réu ser 
absolvido desse crime, nos termos do art. 439, letra “b”, do CPPM. 
- Tendo a testemunha idônea dito em seu depoimento que viu e ouviu o 
subordinado utilizar palavra de baixo calão contra o superior, ambos em 
serviço, fato confirmado pelas circunstâncias contextuais, restou caracterizado 
o crime de desacato, previsto no art. 298 do CPM. 
- Aplica-se a pena de um ano de reclusão, em reprimenda à conduta criminosa, 
a ser cumprida em regime aberto, sem direito ao sursis, nos termos do art. 617, 
II, letra “a”, do CPPM (Juiz Cel PM James Ferreira Santos, relator). 
 
V.V. – APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE RECUSA DE OBEDIÊNCIA – 
MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO – CRIME DE DESACATO A SUPERIOR 
– INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REU – 
ABSOLVIÇÃO – ART. 439, ALÍNEA “E”, DO CPPM – SURSIS – 
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO – INSUBSISTÊNCIA DA VEDAÇÃO LEGAL – 
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 
- O Coordenador do serviço é o responsável pelos acertos e erros cometidos 
pelos militares sob o seu comando e, principalmente, pelas ordens que emana 
nessa condição. Assim, não caberia ao apelante discutir o acerto ou o erro da 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
11 
 
decisão tomada por seu superior naquele momento, mas, sim, em respeito aos 
pilares da Polícia Militar – hierarquia e disciplina –, obedecer à ordem que lhe 
foi dada. 
- Manutenção da condenação referente ao delito previsto no art. 163 do Código 
Penal Militar e do patamar da pena fixada na primeira instância. 
- No nosso ordenamento jurídico, meros indícios ou conjecturas não bastam 
para sustentar um decreto condenatório, que deve embasar-se em provas 
estremes de dúvida, o que não ocorre na hipótese dos autos, uma vez que não 
ficou devidamente comprovada a prática do delito previsto no art. 298 do CPM. 
- As provas colhidas nos autos não demonstram, de forma suficiente, a 
presença do crime, aplicando-se, dessa forma, o princípio in dubio pro reo, que 
tem fundamentação no princípio constitucional da presunção de inocência, 
segundo o qual o acusado deverá ser absolvido quando a acusação não prove, 
inequivocamente, sua participação no crime. 
- Em face da absolvição do réu em relação ao crime de desacato, não mais 
persiste a vedação contida no art. 167, inciso II, alínea “a”, do CPPM, e, 
presentes os requisitos necessários, imperiosa se torna a concessão do 
benefício do sursis ao apelante (Juiz Fernando Armando Ribeiro, revisor). 
APELAÇÃO N. 0000598-52.2008.9.13.0001; Relator para o acórdão: Juiz Cel 
BM Osmar Duarte Marcelino; Julgamento (majoritário): 26/01/2012; DJME: 
1º/02/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DE 
PREVARICAÇÃO – AUSÊNCIA DE PROVA SUFICIENTE PARA 
FUNDAMENTAR O DECRETO CONDENATÓRIO – NÃO COMPROVAÇÃO 
DO ESPECIAL FIM DE AGIR NARRADO NA DENÚNCIA – RECURSO 
PROVIDO – REFORMA INTEGRAL DA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU 
DE JURISDIÇÃO. 
APELAÇÃO N. 0001806-03.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Galvão da 
Rocha; Julgamento (unânime): 31/01/2012; DJME: 03/02/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELO CRIME DE 
APROPRIAÇÃO INDÉBITA – RECURSOS INTERPOSTOS PELO RÉU E 
PELO MINISTÉRIOPÚBLICO – PEDIDO DA ACUSAÇÃO NO SENTIDO DE 
QUE O RÉU SEJA CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE 
PECULATO- FURTO E NÃO PELO CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA – 
PROCEDÊNCIA – INEXISTÊNCIA DE PRÉVIA POSSE LÍCITA DO BEM 
SUBTRAÍDO POR PARTE DO MILITAR – CONDUTA QUE CARACTERIZA O 
CRIME DE PECULATO-FURTO – PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO FORMULADO 
PELA DEFESA – ALEGAÇÃO DE QUE A CONDUTA PERPETRADA SERIA 
ATÍPICA – IMPROCEDÊNCIA – CONDUTA QUE SE AMOLDA 
PERFEITAMENTE AO TIPO PENAL DESCRITO NO ARTIGO 303, § 2º, DO 
CPM – RECURSO DA DEFESA IMPROVIDO – PROVIMENTO DO RECURSO 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
12 
 
INTERPOSTO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO – REFORMA DA SENTENÇA 
RECORRIDA – CONDENAÇÃO DO ACUSADO PELA PRÁTICA DO CRIME 
DE PECULATO-FURTO. 
APELAÇÃO N. 0000016-49.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Fernando Galvão da 
Rocha; Julgamento (unânime): 31/01/2012; DJME: 03/02/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DO 
CRIME DE PREVARICAÇÃO – ALEGAÇÃO DA INCOMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA MILITAR – IMPROCEDÊNCIA – CRIME QUE OFENDE O DEVER 
FUNCIONAL - DESNECESSIDADE DE O POLICIAL ESTAR NO EXERCÍCIO 
DA FUNÇÃO NO MOMENTO DA CONDUTA PARA CONFIGURAÇÃO DO 
CRIME COMO SENDO DE NATUREZA MILITAR – NATUREZA MILITAR DO 
CRIME ANTE A SIMPLES SITUAÇÃO DE ATIVIDADE DO AUTOR DO 
CRIME – ALEGAÇÃO DA ATIPICIDADE DA CONDUTA – DEVER DO 
POLICIAL MILITAR DE INTERFERIR PARA EVITAR O CRIME NO CASO DE 
TER CONHECIMENTO DE PRETENSÃO DE CIVIL DE PRATICAR 
HOMICÍDIO – ALEGAÇÃO DA AUSÊNCIA DE PROVAS DO INTERESSE 
PESSOAL DO RÉU EM DEIXAR DE PRATICAR ATO DE OFÍCIO – 
PRESENÇA DE DEPOIMENTO QUE COMPROVA QUE O RECORRENTE 
PEDIA DINHEIRO EMPRESTADO AO CIVIL QUE PRETENDIA COMETER O 
HOMICÍDIO – DIMINUIÇÃO DA PENA IMPOSTA – ACOLHIMENTO. 
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000287-61.2008.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Galvão da 
Rocha; Julgamento (majoritário): 07/02/2012; DJME: 10/02/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DOS 
CRIMES DE FURTO QUALIFICADO E DE RESISTÊNCIA MEDIANTE 
AMEAÇA OU VIOLÊNCIA – PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE SUPOSTA 
IMPUTABILIDADE OU SEMI-IMPUTABILIDADE – IMPOSSIBILIDADE – 
PRESENÇA DE LAUDO PERICIAL QUE ATESTA QUE O RECORRENTE É 
IMPUTÁVEL – ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE DOLO EM SUBTRAIR OS 
BENS OBJETOS DO CRIME DE FURTO – CONDUTA PERPETRADA DE 
MANEIRA CONSCIENTE E VOLUNTÁRIA CARACTERIZADORA DO DOLO 
– PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE SUPOSTA TENTATIVA DO CRIME 
DE FURTO – CONSOLIDADO POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL NO 
SENTIDO DE QUE A CONSUMAÇÃO DO CRIME DE FURTO OCORRE COM 
A SIMPLES INVERSÃO DA POSSE DA COISA SUBTRAÍDA – PEDIDO DE 
DECOTAÇÃO DA CAUSA QUALIFICADORA – ABUSO DE CONFIANÇA 
CARACTERIZADO DIANTE DO FATO DE QUE O RÉU TINHA PLENO 
ACESSO À CHAVE DA SALA NA QUAL ESTAVAM GUARDADOS OS BENS 
SUBTRAÍDOS – RECURSO IMPROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000314-67.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Galvão da 
Rocha; Julgamento (unânime): 14/02/2012; DJME: 16/02/2012. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
13 
 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CRIME DE DESERÇÃO – ART. 187 DO CPM – EXCLUDENTE 
DE CULPABILIDADE – INOCORRÊNCIA – PRISÃO DOMICILIAR – 
IMPOSSIBILIDADE – RECURSO NÃO PROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. 
- O militar que abandona sua Instituição, indo residir nos Estados Unidos da 
América, por tempo superior a onze anos, comete o crime de deserção previsto 
no art. 187 do CPM. 
- Mantém-se a condenação de seis meses de prisão aplicada ao militar 
desertor, a ser cumprida em regime aberto, vedada a prisão domiciliar, nos 
termos da sentença do Conselho Permanente de Justiça. 
- Recurso a que se nega provimento. 
APELAÇÃO N. 0000004-47.1999.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 24/02/2012; DJME: 29/02/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO – AUTORIA E MATERIALIDADE 
COMPROVADAS – EMBRIGUEZ PRESENCIADA POR TESTEMUNHAS – 
EXAME DE CORPO DE DELITO – EMBRIAGUEZ INCOMPLETA – 
IMPUTABILIDADE – RECURSO IMPROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000481-58.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Cel BM Osmar 
Duarte Marcelino; Julgamento (unânime): 24/02/2012; DJME: 29/02/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – ART. 187 DO CPM – ALEGAÇÕES DE 
PROBLEMAS DE ORDEM PARTICULAR E FAMILIAR – EXCLUDENTE DE 
CULPABILIDADE – ESTADO DE NECESSIDADE – NÃO CONFIGURAÇÃO – 
SÚMULA N. 3 DO STM – PROVIMENTO NEGADO. 
- Deverá ser mantido o decreto condenatório se os problemas de ordem 
particular e familiar apresentados não configuraram o alegado estado de 
necessidade. 
APELAÇÃO N. 0000148-11.2005.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 28/02/2012; DJME: 07/03/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – RECURSO AVIADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO 
– INSUFICIÊNCIA DE PROVA – INOCORRÊNCIA – EXISTÊNCIA DE PROVA 
TESTEMUNHAL QUE COMPROVAM O DESACATO A SUPERIOR – 
RECURSO PROVIDO – CONDENAÇÃO DO APELADO. 
 - Não há que se falar em insuficiência de provas, uma vez que há um farto 
conjunto probatório nos autos a lastrear a decretação da condenação do 
apelado, nos termos das provas testemunhais colacionadas aos autos, 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
14 
 
ressaltando o valor probatório do depoimento dos policiais presentes no ato da 
prisão em flagrante do réu. 
- Recurso provido. Condenação do apelado pela prática do crime de desacato 
a superior. 
APELAÇÃO N. 0000344-13.2007.9.13.0002; Relator: Juiz Fernando Armando 
Ribeiro; Julgamento (unânime): 1º/03/2012; DJME: 06/03/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CORRUPÇÃO PASSIVA – FLAGRANTE ESPERADO – 
COMPORTAMENTO DELITIVO NÃO INDUZIDO – NEGOCIAÇÃO PARA O 
RECEBIMENTO DE VALOR INDEVIDO CONDUZIDA PELOS MILITARES – 
AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS – PRESENCIADO O 
RECEBIMENTO DE VALORES PARA A DEVOLUÇÃO DE OBJETO À 
VÍTIMA DE ROUBO – PROVAS TESTEMUNHAIS – RECURSO IMPROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000260-72.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Cel BM Osmar 
Duarte Marcelino; Julgamento (unânime): 06/03/2012; DJME: 14/03/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – LESÃO CORPORAL LEVE – AUTORIA E MATERIALIDADE 
COMPROVADAS – AGRESSÃO PRESENCIADA POR TESTEMUNHA – 
EXAME DE CORPO DE DELITO – LESÕES COMPROVADAS – RECURSO 
IMPROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000646-74.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel BM Osmar 
Duarte Marcelino; Julgamento (unânime): 06/03/2012; DJME: 14/03/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE FALSO TESTEMUNHO – APELANTE 
ARROLADO COMO TESTEMUNHA COM O ADITAMENTO DA DENÚNCIA 
PASSOU A SER COAUTOR DO DELITO – FATO ESCLARECIDO SOMENTE 
NAS RAZÕES DE APELAÇÃO – COAUTOR OU PARTÍCIPE, DA FORMA 
COMO SE APRESENTA NESTE CASO, NÃO COMETE CRIME DE FALSO 
TESTEMUNHO – ABSOLVIÇÃO É MEDIDA QUE SE IMPÕE – PROVIMENTO 
AO RECURSO DE APELAÇÃO. 
- Paciente arrolado como testemunha no Processo n. 22.853/3ª AJME, na 
verdade, era coautor e partícipe do delito. 
- A situação só foi esclarecida por ocasião da apresentação das razões de 
apelação, contrapondo condenação de 2 (dois) anos de reclusão (Processo n. 
35.849/1ª AJME), tipificada no art. 346 do CPM. 
- Razão assiste ao que requereu a defesa. Coautor e partícipe, nas 
circunstâncias apresentadas neste feito, não cometem o crime de falso 
testemunho. 
- Absolvição nos termos do art. 439, “b”, do CPPM. 
- Recurso provido. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
15 
 
APELAÇÃO N. 0000770-57.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 06/03/2012; DJME: 12/03/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – PREVARICAÇÃO – SENTENÇA ABSOLUTÓRIA 
EM PRIMEIRO GRAU – APELAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – 
INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – IN DUBIO PRO REO – MANUTENÇÃO DA 
DECISÃO – ABSOLVIÇÃO – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO 
MINISTERIAL. 
- As provas carreadas nos autos são frágeis no tocante à configuração do delito 
de prevaricação. 
- Os fatos não se apresentam de forma clara e suficiente para demonstrar que 
o acusado praticouo crime em comento. 
- Um decreto condenatório não pode se embasar em dúvidas e incertezas. 
- Mantida a decisão de primeiro grau. 
- Absolvição do apelado, nos termos do art. 439, “e”, do CPPM. 
- Negado provimento ao recurso ministerial. 
APELAÇÃO N. 0002430-46.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 27/03/2012; DJME: 30/03/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – ART. 298 DO CPM – PROVAS TESTEMUNHAIS – 
CONFIGURAÇÃO – PROVIMENTO NEGADO. 
- Resta configurado o delito de desacato a superior, se o apelante proferiu 
palavras de baixo calão com a clara finalidade de deprimir a autoridade de 
superior hierárquico, ofendendo lhe a dignidade. 
- Provimento negado. 
APELAÇÃO N. 0000045-96.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 27/03/2012; DJME: 02/04/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO – SENTENÇA 
ABSOLUTÓRIA – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS (ART. 439, “E”, DO CPPM) 
– IMPROVIMENTO DO RECURSO – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. 
- Não há como condenar os militares acusados, se as provas testemunhais e 
as degravações telefônicas, apreciadas em juízo, foram frágeis e insuficientes, 
deixando dúvidas quanto à autoria do crime de concussão previsto no art. 305 
do CPM. 
- Absolvição por insuficiência de provas. 
-Recurso improvido. 
- Sentença mantida. 
APELAÇÃO N. 0000325-07.2007.9.13.0002; Relator Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 29/03/2012; DJME: 03/04/2012. 
 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
16 
 
*** 
 
APELAÇÃO – ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – 
FALSIDADE IDEOLÓGICA – PERÍCIA – EXAME GRAFOTÉCNICO – 
MATERIAL OBJETO DE PERÍCIA – AUTORIA IMPUGNADA – PRINCÍPIO IN 
DUBIO PRO REO – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA 
- Parte do objeto da perícia teve sua autenticidade contestada pela defesa em 
mais de uma ocasião no curso do processo, uma vez que não foi reconhecida a 
autoria de parte dos documentos enviados para o exame caligráfico. 
- No laudo pericial não há menção ao documento que serviu de alicerce para a 
conclusão de que os manuscritos, apostos no AIT de n. D00967850, partiram 
do punho do réu. Vale dizer, se a conclusão embasou-se no material padrão 
fornecido pelo réu ou nos documentos, cuja autoria foi impugnada. 
- Aplicação do princípio do in dubio pro reo. 
- Manutenção da sentença absolutória. 
- Negado provimento ao recurso de apelação. 
APELAÇÃO N. 0000443-15.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Armando 
Ribeiro; Julgamento (unânime): 29/03/2012; DJME: 09/04/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – DESERÇÃO – PENA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL – 
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS AO RÉU – REDUÇÃO DA 
PENA AO PATAMAR MÍNIMO – REFORMA DA SENTENÇA – PROVIMENTO 
PARCIAL. 
- Razão assiste à defesa no que tange ao estabelecimento da pena definitiva 
no patamar mínimo, se considerarmos que as circunstâncias judiciais são 
favoráveis ao réu. 
- A afirmação genérica de que a deserção de um militar sempre causa um dano 
de grande extensão, sem a especificação de qual seria esse dano, na verdade, 
fere o princípio da individualização da pena. 
- Reforma da sentença apenas para reduzir a pena aplicada ao patamar 
mínimo, ou seja, seis meses de detenção. 
- Provimento parcial do recurso. 
APELAÇÃO N. 0000027-91.2002.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 03/04/2012; DJME: 10/04/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – DESRESPEITO A SUPERIOR – EXTINÇÃO DA 
PUNIBILIDADE – PRESCRIÇÃO – DECLARAÇÃO EM PRIMEIRO GRAU DE 
JURISDIÇÃO - RECUSA DE OBEDIÊNCIA – ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE 
– NÃO CARACTERIZAÇÃO – ORDEM IMPERATIVA, PESSOAL E 
CONCRETA RELATIVA A MATÉRIA DE SERVIÇO – PROVIMENTO 
NEGADO 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
17 
 
- Pratica o delito previsto no artigo 163 do Código Repressivo Castrense militar 
que se recusa a obedecer ordem imperativa, pessoal e concreta de superior 
hierárquico acerca de matéria de serviço. 
- Resta caracterizado o delito em tela se o militar se recusa a dar ciente na 
notificação de alteração de escala de serviço, conforme lhe fora ordenado por 
superior hierárquico. 
APELAÇÃO N. 0000642-65.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 03/04/2012; DJME: 10/04/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DO 
CRIME DE TENTATIVA DE PECULATO-FURTO – PEDIDO DE 
ABSOLVIÇÃO – EXISTÊNCIA DE PROVAS SUFICIENTES PARA 
FUNDAMENTAR O DECRETO CONDENATÓRIO – PEDIDO DE REDUÇÃO 
DA PENA FIXADA EM PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO – 
IMPROCEDÊNCIA – SENTENÇA QUE JÁ ESTABELECEU A PENA NO 
MÍNIMO LEGAL – RECURSO IMPROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0002690-32.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Galvão da 
Rocha; Julgamento (unânime): 03/04/2012; DJME: 10/04/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL DA DEFESA – AMEAÇA (ART. 223 DO CPM) – 
CONFIGURAÇÃO DO DELITO – PROFERIMENTO DE PALAVRAS COM 
TEOR DE PROMESSA DE UM MAL INJUSTO, IDÔNEO, SÉRIO, 
VEROSSÍMIL E IMINENTE – DOSIMETRIA DE PENA – ANTECEDENTES 
CRIMINAIS E INCIDÊNCIA DE AGRAVANTE DE REINCIDÊNCIA 
BASEADOS EM MESMA CERTIDÃO DE CONDENAÇÃO COM TRÂNSITO 
EM JULGADO – IMPOSSIBILIDADE – FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA – 
RECURSO PROVIDO PARCIALMENTE PARA A ADEQUAÇÃO DA PENA 
APLICADA. 
APELAÇÃO N. 0002667-86.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento (unânime): 12/04/2012; DJME: 18/04/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – LESÃO CORPORAL GRAVE – TRÊS 
PRELIMINARES ULTRAPASSADAS – REFORMA DA SENTENÇA – 
DESCLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA – ABSOLVIÇÃO – PENA NO 
PATAMAR MÍNIMO – LAUDOS PERICIAIS DEMONSTRAM DE FORMA 
INEQUÍVOCA A GRAVIDADE DAS LESÕES – CONJUNTO PROBATÓRIO 
COERENTE E HARMÔNICO – MANTIDA A SENTENÇA DE PRIMEIRO 
GRAU – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. 
- Os laudos periciais confirmaram a incapacidade da vítima para ocupações 
habituais por mais de trinta dias e debilidade permanente de membro superior 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
18 
 
e perda e redução de força, comprovando a gravidade e a extensão das lesões 
sofridas. 
- As preliminares arguidas não trouxeram nenhum prejuízo ao apelante. 
- Inconcebível a desclassificação do delito para a modalidade leve, diante da 
gravidade das lesões. 
- Na fixação da pena, a magistrada observou detidamente todo o conjunto 
probatório para aferir a reprimenda, em conformidade com o art. 69 do CPM. 
- Conjunto probatório harmônico. 
- Mantida a sentença. 
- Negado provimento ao recurso. 
APELAÇÃO N. 0000423-86.2007.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 24/04/2012; DJME: 03/05/2012. 
 
*** 
 
SUPRESSÃO DE DOCUMENTO – CAPITULAÇÃO – ART. 316 DO CÓDIGO 
PENAL MILITAR E ART. 305 DO CÓDIGO PENAL COMUM – SIMILITUDE. 
Para a configuração do crime de supressão de documento, é preciso o dolo 
específico, o fim de obter benefício próprio ou alheio, ou de causar prejuízo a 
outrem. Se não se chega a alegar que o documento suprimido era de valor 
insubstituível para a apuração da infração penal ou para a comunicação na 
qual foi utilizado, não há falar em crime. 
 
V.V. - APELAÇÃO CRIMINAL – DEFESA – SUPRESSÃO DE DOCUMENTO 
(ART. 316 DO CPM) – BENEFÍCIO PRÓPRIO – CONFIGURAÇÃO – 
CONDENAÇÃO MANTIDA. 
- O militar que oculta os procedimentos administrativos originais, em benefício 
próprio, comete o delito de supressão de documentos, previsto no art. 316 do 
Código de Processo Penal Militar. 
- Recurso improvido. 
- Sentença mantida (Juiz Cel PM James Ferreira Santos, relator). 
APELAÇÃO N. 0000300-57.2008.9.13.0002; Revisor e relator para o acórdão: 
Juiz Fernando Armando Ribeiro; Julgamento (majoritário): 19/04/2012; DJME: 
26/04/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DOS 
CRIMES DE RECUSA DE OBEDIÊNCIA E FALSIDADE IDEOLÓGICA – 
PEDIDO DE ABSOLVIÇÃOPOR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – 
INOCORRÊNCIA DE RECUSA, MAS SIMPLES DESCUMPRIMENTO DA 
ORDEM PROFERIDA – EXISTÊNCIA DE PROVAS SUFICIENTES PARA 
FUNDAMENTAR O DECRETO CONDENATÓRIO PARA A FALSIDADE 
IDEOLÓGICA – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – REFORMA 
PARCIAL DA RESPEITÁVEL SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU DE 
JURISDIÇÃO. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
19 
 
APELAÇÃO N. 0000115-19.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Fernando Galvão da 
Rocha; Julgamento (majoritário): 15/05/2012; DJME: 21/05/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – PECULATO – AUTORIA E MATERIALIDADE 
DELITIVA – PROVAS TESTEMUNHAIS – COMPROVAÇÃO – PROVIMENTO 
NEGADO. 
- Se as provas testemunhais carreadas aos autos são robustas e aptas a 
comprovar a autoria e materialidade delitiva, deverá ser negado provimento 
 ao recurso de apelação para manter a decisão primeva. 
APELAÇÃO N. 0000248-35.2006.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 15/05/2012; DJME: 22/05/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – LESÃO CORPORAL LEVE – AUTORIA E MATERIALIDADE 
COMPROVADAS – AGRESSÃO PRESENCIADA POR TESTEMUNHA – 
EXAME DE CORPO DE DELITO – LESÕES COMPROVADAS – RECURSO 
IMPROVIDO. 
 
VV. APELAÇÃO – LESÃO CORPORAL LEVE – AUTORIA E 
MATERIALIDADE NÃO COMPROVADAS – AGRESSÃO NÃO 
PRESENCIADA – TESTEMUNHA MILITAR – VALIDADE – EXAME DE 
CORPO DE DELITO – LESÕES NÃO COMPROVADAS – RECURSO 
PROVIDO – SENTENÇA REFORMADA (Juiz Cel PM James Ferreira 
Santos). 
APELAÇÃO N. 0000678-79.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel BM Osmar 
Duarte Marcelino; Julgamento (majoritário): 17/05/2012; DJME: 23/05/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CRIME DE LESÃO CORPORAL GRAVE – ART 209, 1º, DO 
CPM – NÃO OCORRÊNCIA – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – IN DUBIO PRO 
REO – RECURSOS PROVIDOS – SENTENÇA REFORMADA. 
- O crime de lesão corporal grave, previsto no art. 209, § 1º, do CPM, deixa 
vestígios, exigindo, portanto, comprovação pericial ou testemunhal que 
corrobore a alegação da vítima, sem o que gera dúvidas, devendo-se aplicar o 
princípio do in dubio pro reo, em favor do s acusados. 
- Recursos providos. 
- Sentença reformada. 
APELAÇÃO N. 0001275-42.2009.9.13.0003; Relator Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (preliminar: unânime) (mérito – majoritário): 
24/05/2012; DJME: 31/05/2012. 
 
*** 
 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
20 
 
APELAÇÃO – ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – 
FALSIDADE IDEOLÓGICA – PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO – 
MANUTENÇÃO DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. 
- Não há prova do fim especial de agir do apelado no sentido de haver lavrado 
o auto de infração de trânsito em desfavor da civil com a intenção de criar uma 
obrigação inexistente, supostamente motivado pela recusa dela em ter um 
relacionamento amoroso com o seu irmão. 
- Do mesmo modo, não há prova de que não houve o cometimento da infração 
de trânsito por parte da civil. 
- Aplicação do princípio do in dubio pro reo. 
- Negado provimento ao recurso de apelação aviado pelo Parquet. 
APELAÇÃO N. 0000412-23.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Armando 
Ribeiro; Julgamento (unânime): 24/05/2012; DJME: 30/05/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – DESACATO A SUPERIOR – PRELIMINAR DE 
PRESCRIÇÃO RETROATIVA – EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DO 
ACUSADO – ARQUIVAMENTO DOS AUTOS – RECURSO PROVIDO. 
- Se, entre o recebimento da denúncia (10/07/07) e a sessão de julgamento e 
leitura da sentença condenatória recorrível (29/11/11), transcorreu lapso 
temporal superior a quatro anos, configurada está a prescrição retroativa. 
- Por ser insuperável essa preliminar de prescrição, faz-se desnecessária a 
apreciação do mérito do recurso. 
- Declarada extinta a punibilidade do acusado, nos termos do art. 123, IV, c/c o 
art. 125, VI, do CPM. 
- Arquivamento dos autos. 
- Recurso provido. 
APELAÇÃO N. 0000141-22.2005.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 29/05/2012; DJME: 05/06/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – SUPRESSÃO DE DOCUMENTO – NÃO 
CONFIGURAÇÃO – NÃO DEVOLUÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO 
VERDADEIRO – RECURSO PROVIDO. 
- Se a conduta de suprimir documento público verdadeiro narrada na exordial 
acusatória é divergente da examinada e comprovada nos autos, deve-se 
reformar a sentença primeva, para absolver o acusado da imputação constante 
no art. 316 do CPM. 
 
V.V - APELAÇÃO CRIMINAL – SUPRESSÃO DE DOCUMENTO – CONDUTA 
ATÍPICA EM RAZÃO DE NÃO HAVER ELEMENTARES DO TIPO – FATO 
PRATICADO EM BENEFÍCIO DO ACUSADO E CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO MILITAR – INEXISTÊNCIA DE CASO FORTUITO – DOLO 
– MATERIALIDADE COMPROVADA – MANTIDA SENTENÇA – NEGADO 
PROVIMENTO AO RECURSO. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
21 
 
- Para a consumação do crime de supressão de documento são necessárias a 
ocorrência de duas situações, ou seja: 1ª - que o fato seja praticado em 
benefício do acusado; 2ª - que o fato atente contra a Administração Militar, sem 
o que o crime não se aperfeiçoa. 
- Há nos autos prova documental de que o apelante recebeu a comunicação 
disciplinar em 18/05/2010, ocasião em que foi expressamente cientificado 
quanto ao disposto no art. 316 do CPM, contudo, o apelante não atendeu, 
evidenciando assim o dolo. 
- Não há como acolher a tese de atipicidade da conduta, pois a ocultação do 
documento visou à obtenção de benefício próprio, qual seja, livrar-se das 
comunicações disciplinares, e, ainda, atentou contra a Administração Militar. 
- Mantida a sentença. 
- Negado provimento ao recurso (Juiz Cel PM Rúbio Paulino Coelho, relator). 
APELAÇÃO N. 0001546-86.2011.9.13.0001; Revisor e relator para o acórdão: 
Juiz Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos; Julgamento (majoritário): 05/06/2012; 
DJME: 15/06/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – CONCUSSÃO – INÉPCIA DA DENÚNCIA – NÃO 
CONFIGURAÇÃO – CRIME FORMAL – PROVAS TESTEMUNHAIS – 
DECRETO CONDENATÓRIO MANTIDO – PROVIMENTO NEGADO. 
- É desnecessária a descrição exata da data da ocorrência delitiva na exordial 
acusatória, sendo satisfatória, para o preenchimento da alínea “c” do art. 77 do 
CPPM, a indicação do lapso temporal. 
- O crime de concussão é de natureza formal e a não comprovação nos autos 
de que o apelante não teria recebido vantagem indevida não desconfigura o 
delito em tela, uma vez que o seu recebimento constitui mero exaurimento do 
crime. 
- Se as provas testemunhais carreadas aos autos são fartas e harmônicas 
entre si, comprovando a ocorrência delitiva, deve-se manter o decreto 
condenatório. 
- Recurso improvido. 
APELAÇÃO n. 0000289-59.2007.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (majoritário): 12/06/2012; DJME: 19/06/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – EMBRIAGUEZ EM SERVIÇO – ALEGAÇÃO DE 
NULIDADE DE DECISÃO POR SER EXTRA PETITA – INSUFICIÊNCIA 
PROBATÓRIA NA FUNDAMENTAÇÃO DA CONDENAÇÃO – 
CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE NÃO ANALISADA – PRERROGATIVA DO 
MAGISTRADO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO – SENTENÇA 
VÁLIDA – CONJUNTO PROBATÓRIO ROBUSTO EVIDENCIA ESTADO DE 
EMBRIAGUEZ DO APELANTE – INEXISTÊNCIA DE COMPORTAMENTO 
MERITÓRIO CAPAZ DE ATENUAR A CONDUTA DO ACUSADO – 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
22 
 
MANUTENÇÃO DA SENTENÇA PROFERIDA – NEGADO PROVIMENTO AO 
RECURSO. 
- Consta nos autos um vasto conjunto probatório, onde diversas testemunhas 
afirmam que o acusado fez uso de bebida alcoólica, durante o serviço de 
prontidão que estava escalado. 
- A tese de nulidade da sentença não se sustenta, pois ao magistrado é 
concedida a prerrogativa do livre convencimento motivado. Não há vinculação 
entre o pleito ministerial e a decisão proferida se a mesma estiver 
fundamentada. 
- Não foi identificado nenhum comportamento meritório que pudesse atenuar a 
conduta do apelante de se embriagar em serviço e se envolver com travestis, 
traficantes e usuários de drogas. 
- Mantida a sentença condenatória.- Negado provimento ao recurso. 
APELAÇÃO N. 0000506-06.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (majoritário): 26/06/2012; DJME: 10/07/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CRIME DE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR – 
INOCORRÊNCIA – CRIME DE PREVARICAÇÃO – NÃO OCORRÊNCIA – 
ABSOLVIÇÃO – CRIME DE PECULATO-FURTO – OCORRÊNCIA – 
DESCLASSIFICAÇÃO – PECULATO CULPOSO – CONDENAÇÃO – 
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – SENTENÇA PARCIALMENTE 
REFORMADA. 
- O crime de atentado violento ao pudor somente se caracteriza se ficar 
comprovada a lascívia do militar, tendo em vista que esse tipo de crime exige a 
satisfação da libido ou do prazer sexual do agente. 
- Se, durante a abordagem policial, não se comprovou a prática dos crimes de 
prevaricação e de ameaça, mantém-se a absolvição dos militares acusados, 
em relação a esses crimes. 
- O militar comandante da guarnição PM que, durante a abordagem e busca 
policial, encontra arma de fogo, de propriedade alheia, e dela se apodera, não 
a destinando à Administração, para os fins legais, entregando-a a outro militar, 
causando o desvio da arma, em proveito próprio, comete o crime de peculato-
furto previsto no art. 303, § 2º, do CPM. 
- Se os demais militares componentes da guarnição PM presenciaram a 
apropriação da arma e, mediante acordo explícito ou tácito recíproco, não se 
opuseram a tal medida, agiram com imprudência e negligência, cometendo o 
crime de peculato culposo, previsto no art. 303, § 3º, do CPM. 
- Recursos parcialmente providos 
- Sentença parcialmente reformada. 
APELAÇÃO N. 0000639-82.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento: (unânime): 03/07/2012; DJME: 13/07/2012. 
 
*** 
 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
23 
 
APELAÇÃO CRIMINAL - LESÃO CORPORAL GRAVE -CONJUNTO 
PROBATÓRIO APTO A MANUTENÇAÃO DO DECRETO CONDENATÓRIO - 
AGRAVANTE - ART. 70, II, "D" DO CPM - DECOTAÇÃO - NÃO 
CONFIGURAÇÃO PREVARICAÇÃO - PROVIMENTO PARCIAL. 
- Deverá ser mantido o decreto condenatório, se as provas 
testemunhais aliadas às outras coligidas no caderno probatório são 
robustas e harmônicas entre si, comprovando a autoria delitiva. 
- Decota-se a agravante prevista no art. 70, II, "d" em face da sua não 
configuração. 
- Comete o crime de prevaricação o militar que deixa de lavrar, indevidamente, 
Boletim de Ocorrência com o fim específico de favorecer colega de farda. 
APELAÇÃO N. 0000442-30.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 10/07/2012; DJME: 16/07/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – DESRESPEITO A SUPERIOR – ART. 160 DO CPM – 
CONDENAÇÃO – PRELIMINAR – PRESCRIÇÃO – RECONHECIMENTO – 
RECUSA DE OBEDIÊNCIA – ART. 163 DO CPM – OCORRÊNCIA – 
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – SENTENÇA PARCIALMENTE 
REFORMADA. 
- Declara-se extinta a punibilidade, pela ocorrência da prescrição da pretensão 
punitiva da pena in concreto, se transcorrido lapso temporal superior a 02 (dois) 
anos entre a data do recebimento da denúncia e a data da audiência de leitura 
da sentença, bem como se a pena foi fixada em oito meses. 
- Restando comprovada a autoria do crime de recusa de obediência, previsto 
no art. 163 do CPM, confirma-se a condenação do réu quanto a esse crime. 
- Provimento parcial do recurso. 
- Reforma parcial da sentença. 
APELAÇÃO N. 0000032-66.2009.9.13.0002; Relator Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento: (unânime): 11/07/2012; DJME: 18/07/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA – DELITO 
DE DESACATO (ART. 298 DO CPM) – PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO – PROVA 
TESTEMUNHAL – AUSÊNCIA DE DOLO DE DESACATAR – RECURSO 
PROVIDO PARA DECRETAR A ABSOLVIÇÃO, NOS TERMOS DA LETRA 
“B” DO ART. 439 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR. 
APELAÇÃO N. 0000186-21.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento: (unânime): 09/08/2012; DJME: 17/08/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CRIME DE DESERÇÃO – ART. 187 DO CPM – EXCLUDENTE 
DE CULPABILIDADE – INOCORRÊNCIA – TRANSAÇÃO PENAL – 
IMPOSSIBILIDADE – MERITO – PROBLEMAS FINANCEIROS E 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
24 
 
FAMILIARES – NÃO JUSTIFICATIVA – RECURSO NÃO PROVIDO – 
SENTENÇA MANTIDA. 
- O militar que abandona sua Instituição, indo residir nos Estados Unidos da 
América, por tempo superior a oito anos e seis meses, comete o crime de 
deserção previsto no art. 187 do CPM. 
- Mantém-se a condenação de seis meses de prisão aplicada ao militar 
desertor, a ser cumprida em regime aberto, sendo vedada a transação penal, 
nos termos do art. 90-A da Lei Federal n. 9.099/95, bem como a suspensão 
condicional da pena, nos termos do art. 88, II, “a”, do CPM. 
- Recurso a que se nega provimento. 
- Sentença que se mantém. 
APELAÇÃO N. 0000052-64.2003. 9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 11/07/2012; DJME: 18/07/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CRIME DE USO DE DOCUMENTO FALSO – ART. 315 DO 
CPM – NÃO COMPROVAÇÃO – ABSOLVIÇÃO DO RÉU – ART. 439, 
ALÍNEA “B”, DO CPPM – RECURSO IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. 
- Não se comprovando ter o acusado utilizado documento falso conforme 
previsto no art. 315 do CPM, absolve-se o réu, nos termos do art. 439, alínea 
“b”, do CPPM . 
- Recurso do Ministério Público a que se nega provimento. 
- Sentença que se mantém. 
APELAÇÃO N. 0001652-82.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 12/07/2012; DJME: 19/07/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CRIME COMETIDO POR MILITAR DA ATIVA CONTRA 
MILITAR DA ATIVA – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR – NULIDADES 
– INOCORRÊNCIA – AUSÊNCIA DE DOLO ESPECÍFICO EM 
DECORRÊNCIA DO QUADRO DE INSTABILIDADE PSÍQUICA NO 
MOMENTO DA CONDUTA – TRANSTORNO MENTAL QUE ACOMETIA O 
MILITAR NÃO LHE RETIRAVA A CAPACIDADE DE ENTENDER O 
CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE SE DETERMINAR DE ACORDO COM 
ESSE ENTENDIMENTO – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA 
CONDENATÓRIA. 
- Compete à Justiça Militar o processamento e julgamento do crime pelo qual o 
apelante foi denunciado, uma vez que o fato de o militar encontrar-se preso no 
momento da prática da conduta delitiva não lhe retira a condição de militar da 
ativa, em face do disposto no parágrafo primeiro do art. 3º da Lei n. 5.301/69. 
- O indeferimento dos pedidos de realização de novo exame de sanidade 
mental e oitiva dos peritos da JCS formulados pela defesa, quando já esgotada 
a fase de oitiva das testemunhas e quando já precluso o prazo para a 
impugnação do incidente de insanidade mental, não caracteriza cerceamento 
de defesa. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
25 
 
- A ausência do APFD, do exame de corpo delito e da homologação do IPM 
não enseja a nulidade do processo. É pacífico o entendimento doutrinário e 
jurisprudencial de que eventuais vícios ocorridos no inquérito não atingem a 
ação penal. 
- Não comprovação do efetivo prejuízo à defesa em decorrência da ausência 
do réu na audiência de oitiva de uma das testemunhas, na qual o seu defensor 
estava presente. Nulidade não reconhecida. Precedentes do Superior Tribunal 
de Justiça. 
- O laudo da perícia psicopatológica a que o apelante foi submetido informa 
que o transtorno mental que o acometia não lhe retirava a capacidade de 
entender o caráter ilícito do fato ou de se determinar de acordo com esse 
entendimento. Informa, ainda, que a referida enfermidade também não lhe 
diminuía a capacidade de entendimento da ilicitude do fato ou a de 
autodeterminação quando o praticou, fato que afasta a tese defensiva de que 
não houve dolo específico, em decorrência do quadro de instabilidade psíquica 
apresentado pelo apelante no momento da conduta delituosa. 
- Negado provimento ao recurso. 
APELAÇÃO N. 0000485-29.2007.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Armando 
Ribeiro; Julgamento (unânime): 09/08/2012; DJME: 17/08/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA– DELITO 
DE DESACATO (ART. 298 DO CPM) – PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO – PROVA 
TESTEMUNHAL – AUSÊNCIA DE DOLO DE DESACATAR – RECURSO 
PROVIDO PARA DECRETAR A ABSOLVIÇÃO, NOS TERMOS DA LETRA 
“B” DO ART. 439 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR. 
APELAÇÃO N. 0000186-21.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento (unânime): 09/08/2012; DJME: 17/08/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – SUPRESSÃO DE DOCUMENTO – NÃO 
CONFIGURAÇÃO – NÃO DEVOLUÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO 
VERDADEIRO – RECURSO PROVIDO. 
- Se a conduta de ocultar narrada na exordial acusatória é divergente da 
examinada e comprovada nos autos, deve-se reformar a sentença primeva, 
para absolver o acusado da imputação constante no art. 316 do CPM. 
APELAÇÃO N. 0000226-97.2008.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 10/08/2012; DJME: 20/08/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – FALSIDADE IDEOLÓGICA – ABSOLVIÇÃO – 
DESCLASSIFICAÇÃO PARA O ART. 324 DO CPM – ERRO DE FATO – 
EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE – COMPROVAÇÃO INEQUÍVOCA DA 
IMPUTAÇÃO – NORMA PENAL EM BRANCO – INEXISTÊNCIA DE LACUNA 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
26 
 
A EXIGIR COMPLEMENTAÇÃO DE DISPOSITIVO LEGAL – ATIPICIDADE 
DE CONDUTA NÃO COMPROVADA – CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS EM 
SUA MAIORIA DESFAVORÁVEIS AO APELANTE – DECISÃO 
FUNDAMENTADA – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA – NEGADO 
PROVIMENTO AO RECURSO. 
- Comprovado o dolo e o especial fim de agir do apelante, ao praticar o delito 
para prejudicar direito da vítima e alterar a verdade dos fatos, em seu benefício 
e de sua noiva, motivo pelo qual a absolvição deixa de ser apreciada. 
- O tipo penal está ajustado à conduta praticada pelo apelante, não havendo 
nenhuma lacuna a ser preenchida, em seu preceito primário, a reclamar 
complementação de dispositivo legal, já que o art. 312 do CPM define muito 
bem a conduta praticada, pelo que considero a desclassificação requerida 
inoportuna e descabida. 
- O apelante tinha a exata noção dos prejuízos que sua noiva causava à vítima. 
Sua conduta buscava dar ares de legalidade aos ilícitos perpetrados, motivo 
pelo qual se exclui o erro de fato alegado pela defesa. 
- Apesar de o apelante ser primário e de bons antecedentes, há um evidente 
desequilíbrio nas circunstâncias judiciais previstas no art. 69 do CPM, o que 
possibilita o CPJ estabelecer a pena-base um pouco acima do mínimo legal. 
- Mantida intocada a sentença proferida. 
- Negado provimento ao recurso. 
APELAÇÃO N. 0002271-12.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (majoritário): 10/08/2012; DJME: 16/08/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – DESERÇÃO – TRANSAÇÃO PENAL – 
INDEFERIMENTO – AUSÊNCIA DE REQUISITO SUBJETIVO – ART. 76, §2º, 
INCISO III, LEI N. 9.099 – INDEFERIMENTO DA REMESSA DOS AUTOS AO 
PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA – INAPLICABILIDADE POR 
ANALOGIA DO ART. 397 DO CPPM – ESTADO DE NECESSIDADE – NÃO 
CONFIGURAÇÃO – PROVIMENTO NEGADO. 
- Não caracteriza ofensa ao princípio do devido processo legal o fato de ter sido 
proposta a transação penal pelo Parquet, tendo o magistrado, a seu turno, 
verificado a ausência de requisito subjetivo estabelecido em lei, indeferindo-a. 
- Somente é cabível o uso por analogia do art. 397 do CPPM, quando ocorre a 
não apresentação de proposta da transação penal pelo Parquet, nos termos da 
Súmula 696 do STF. 
- Deverá ser mantido o decreto condenatório se as dificuldades de ordem 
financeira alegada pelo militar para justificar a sua deserção não configuraram 
o estado de necessidade. 
APELAÇÃO N. 0000234-85.2005.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 14/08/2012; DJME: 20/08/2012. 
 
*** 
 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
27 
 
APELAÇÃO – CRIME DE VIOLAÇÃO DO SIGILO FUNCIONAL – ART. 326 
DO CPM – CRIME CONTINUADO – MANUTENÇÃO DA PENA – RECURSOS 
NÃO PROVIDOS – SENTENÇA MANTIDA. 
- Tendo sido praticado o crime do artigo 326 do CPM em continuidade delitiva, 
o parâmetro a ser observado para aumentar a pena-base deve ser o constante 
no art. 71 do CPB. 
- Mantém-se a condenação de dois anos e seis meses de prisão aplicada ao 
militar, a ser cumprida em regime aberto. 
- Nega-se provimento aos recursos do autor e do Ministério Público. 
- Mantém-se a r. sentença. 
APELAÇÃO N. 0000162-93.2008. 9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 16/08/2012; DJME: 23/08/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – PROVA TESTEMUNHAL QUE COMPROVA O 
DESRESPEITO A SUPERIOR – INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS 
CRIMINAL E ADMINISTRATIVA – BIS IN IDEN – NÃO CARACTERIZAÇÃO – 
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. 
 - Há um conjunto probatório hábil a lastrear a decretação da condenação do 
apelante, nos termos das provas testemunhais colacionadas aos autos. 
- Sendo independentes as esferas penal e administrativa, não há que se falar 
em bis in idem. 
- Manutenção da condenação imposta ao apelante pela prática do crime de 
desrespeito a superior. 
APELAÇÃO N. 0001220-91.2009.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Armando 
Ribeiro; Julgamento (unânime): 23/08/2012; DJME: 29/08/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – DEFESA – DELITO DE DESACATO (ART. 298 DO 
CPM), POR DUAS VEZES, EM CONTINUIDADE DELITIVA – ALEGAÇÕES 
DE ATIPICIDADE DE CONDUTA, POR CONSTITUIR PALAVRAS DE 
CONTEÚDO GENÉRICO, SEM CONTEÚDO DE UMA OFENSA DIRETA, 
INCAPAZES DE OFENDER A DIGNIDADE OU O DECORO DO SUPOSTO 
OFENDIDO OU MESMO DEPRIMIR-LHE A AUTORIDADE – PROVA 
TESTEMUNHAL COERENTE E HARMÔNICA – PROCEDÊNCIA DA 
DENÚNCIA COMPROVADA – CONDENAÇÃO MANTIDA. 
APELAÇÃO N. 0002070-17.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento (unânime): 30/08/2012; DJME: 06/09/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CRIME DE LESÕES CORPORAIS GRAVES – ART. 209, § 1º, 
DO CPM – COMPROVAÇÃO – AGRAVANTE – AUSÊNCIA – RECURSO 
PARCIALMENTE PROVIDO – SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
28 
 
- Comprovando-se ter o acusado cometido o crime previsto no art. 209, § 1º, do 
CPM, mantém-se a condenação aplicada ao acusado, porém no patamar de 
um ano e nove meses de reclusão, com direito ao sursis. 
- Não tendo sido reconhecida a presença da agravante prevista no art. 70, II, 
letra “l”, do CPM, decotam-se da pena três dos seis meses que lhe foram 
acrescidos. 
- Recurso a que se dá provimento parcial. 
- Sentença que se reforma parcialmente. 
APELAÇÃO N. 0011362-86.2011.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 30/08/2012; DJME: 05/09/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR CONDENADO PELA PRÁTICA DO 
CRIME DE CORRUPÇÃO PASSIVA – PEDIDO DE REFORMA DO 
MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS PARA INCIDÊNCIA DA CAUSA 
DE AUMENTO DE PENA PREVISTA NO § 1º DO ART. 308 DO CPM – 
EXISTÊNCIA DE PROVAS INDICANDO QUE O APELADO DEIXOU DE 
PRATICAR ATO DE OFÍCIO EM RAZÃO DA VANTAGEM – CONJUNTO 
PROBATÓRIO SUFICIENTE PARA RECONHECER A INCIDÊNCIA DA 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA – RECURSO PROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000422-39.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Fernando Galvão da 
Rocha; Julgamento (unânime): 04/09/2012; DJME: 06/09/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MILITAR ABSOLVIDO DA PRÁTICA DOS CRIMES 
DE CONCUSSÃO E PREVARICAÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS – 
PEDIDO DE REFORMA DIANTE DA EXISTÊNCIA DE PROVAS 
SUFICIENTES PARA FUNDAMENTAR A DECISÃO – FRAGILIDADE DAS 
PROVAS PARA DEMONSTRAR A OCORRÊNCIA DO CRIME DE 
CONCUSSÃO – DÚVIDA SOBRE A EXISTÊNCIA DO CRIME – PRINCÍPIO 
DO IN DUBIO PRO REO – CONJUNTO PROBATÓRIO SUFICIENTE PARA 
LASTREAR CONDENAÇÃO QUANTO À PREVARICAÇÃO – RECURSO 
PARCIALMENTE PROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000895-19.2009.9.13.0003; Relator: Juiz Fernando Galvão da 
Rocha; Julgamento (unânime): 04/09/2012; DJME: 06/09/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – PEDIDO DE ALTERAÇÃO DO MOTIVO DO 
DECRETO ABSOLUTÓRIO – SENTENÇA MOTIVADA NA INSUFICIÊNCIA 
DEPROVAS (ART. 439, “E”, DO CPPM) – ALEGAÇÃO DE ATIPICIDADE DE 
CONDUTA (ART. 439, “B”, DO CPPM) – DELITO DE INSUBORDINAÇÃO 
(ART. 163 DO CPM) – ATENDIMENTO A OCORRÊNCIA DE ACIDENTE DE 
VEÍCULOS – DIVERGÊNCIA SOBRE A INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
29 
 
DE NORMAS DE TRÂNSITO – PROVA NO SENTIDO DE AUSÊNCIA DE 
RECUSA DE CUMPRIMENTO DE ORDEM – RECURSO PROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000321-33.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 21/09/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – DESRESPEITO A SUPERIOR – DECISÃO A QUO 
CONDENATÓRIA – EXPRESSÃO OFENSIVA NÃO DIRIGIDA AO 
SUPERIOR HIERÁRQUICO – ATIPICIDADE DA CONDUTA – ABSOLVIÇÃO 
– ART. 439, “B”, DO CPPM – RECURSO PROVIDO. 
- São elementares à figura típica prevista no art. 160 do CPM a conduta 
desrespeitosa direcionada ao superior hierárquico e a presença de outro militar. 
Ausentes quaisquer das elementares, resta caracterizada a atipicidade da 
conduta. 
- Palavras ofensivas e de baixo calão proferidas contra os pares do agente e, 
comprovadamente, não direcionadas ao superior hierárquico não caracterizam 
o delito de desrespeito a superior. 
APELAÇÃO N. 0001662-26.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Fernando Armando 
Ribeiro; Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 19/09/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – CONDENAÇÃO POR PRÁTICA DO DELITO DE 
DESACATO (ART. 298 DO CPM) – PRELIMINAR – ALEGAÇÃO DE INÉPCIA 
DA DENÚNCIA – FATO DESCRITIVO DO TIPO PENAL – REJEIÇÃO – 
MÉRITO – INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DE RATIFICAÇÃO DE 
DEPOIMENTOS PRESTADOS PELAS TESTEMUNHAS EM FASE 
INQUISITIVA QUANDO À DEFESA, EM JUÍZO, FOI ASSEGURADO O 
DIREITO A PERGUNTAS E REPERGUNTAS (PRECEDENTES DO 
COLENDO STJ, CITE-SE HC 128.716/MS, REL. MINISTRO NAPOLEÃO 
NUNES MAIA FILHO, 5ª TURMA, JULGADO EM 15/10/2009, DJE 
23/11/2009) – TESTEMUNHOS NÃO INTEGRANTES DAS RAZÕES DE 
CONVENCIMENTO – MILITARES EM SITUAÇÃO DE ATIVIDADE – 
OBRIGATORIEDADE DE OBSERVÂNCIA DE NORMAS PERTINENTES À 
HIERARQUIA E DISCIPLINA DENTRO E FORA DA ÁREA SUJEITA À 
ADMINISTRAÇÃO MILITAR – DELITO FORMAL – DESCABIMENTO DE 
DEMONSTRAÇÃO DE MATERIALIDADE DELITIVA – COMPROVAÇÃO DO 
PROFERIMENTO DAS PALAVRAS OFENSIVAS PELO AGENTE DIRIGIDAS 
A SEU SUPERIOR, ATRAVÉS DO INTERROGATÓRIO E DA DECLARAÇÃO 
DO OFENDIDO – CONFIGURAÇÃO DA CONDUTA DELITUOSA – 
RECURSO IMPROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000470-95.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 20/09/2012. 
 
*** 
 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
30 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MINISTÉRIO PÚBLICO – FALSIDADE 
IDEOLÓGICA (ART. 312, CPM) – PEDIDO DE CONDENAÇÃO – 
TESTEMUNHAS OUVIDAS EM FASE DE INQUÉRITO – DEPOIMENTO NÃO 
RATIFICADO EM JUÍZO – INSUFICIÊNCIA DE PROVAS – RECURSO 
IMPROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000187-06.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 20/09/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – LESÃO CORPORAL LEVE – ART. 209, CAPUT, 
DO CPM – OCORRÊNCIA – SESSÃO DE JULGAMENTO – ANULAÇÃO – 
IMPOSSIBILIDADE – ART. 499 DO CPPM – RECURSO NÃO PROVIDO – 
SENTENÇA MANTIDA. 
- Tendo sido comprovada, pelos depoimentos das testemunhas idôneas e pelo 
exame de corpo de delito, a ocorrência da lesão corporal leve na vitima, 
mantém-se a condenação do militar acusado. 
- Se, na fase do art. 427 do CPPM, não houve a manifestação do acusado 
quanto ao impedimento da realização da sessão de julgamento, não há que se 
falar em anulação dessa sessão, em obediência aos termos do art. 499 do 
CPPM. 
- Recurso não provido. 
- Sentença mantida. 
APELAÇÃO N. 0000483-57.2010.9.13.0002; Relator Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 13/09/2012; DJME: 17/09/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CRIME DE PECULATO-FURTO – ART. 303, § 2º, DO CPM – 
OCORRÊNCIA – JUÍZES MILITARES – VOTO – AUSÊNCIA DE 
FUNDAMENTAÇÃO – NULIDADE DO JULGAMENTO – NÃO OCORRÊNCIA 
– PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – NÃO APLICABILIDADE – MÉRITO – 
COMPROVAÇÃO DOS FATOS – RECURSO NÃO PROVIDO – SENTENÇA 
MANTIDA. 
- Tendo sido comprovado testemunhal e materialmente o cometimento do 
crime de peculato-furto, mantém-se a condenação do militar acusado, à pena 
privativa de liberdade no patamar de 4 (quatro) anos e 6 (seis) de reclusão, a 
ser cumprida em regime semiaberto. 
- Não ocorre nulidade no julgamento realizado pelo Conselho de Justiça Militar, 
colegiado em que somente o juiz togado possui o dever de fundamentar seu 
voto. Não se exige dos juízes militares essa obrigação, porque estes não 
redigem a sentença, nos termos do art. 438, § 2º, do CPPM. 
- Não se aplica o princípio da insignificância no crime de peculato-furto, previsto 
no art. 303, § 2º, do CPM, por se tratar de crime contra Administração Militar, e 
por não existir tal previsão no ordenamento jurídico-militar. 
- Recurso não provido. 
- Sentença mantida. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
31 
 
APELAÇÃO N. 0002708-47.2010.9.13.0003; Relator Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 27/09/2012; DJME: 02/10/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – COAÇÃO – DELITO FORMAL – PROVAS 
HARMÔNICAS – COMPROVAÇÃO – AGRAVANTES – ART. 70, II, “B” E “L” 
DO CPM – NÃO CONFIGURAÇÃO – DECOTAÇÃO – PROVIMENTO 
PARCIAL. 
- Por se tratar de delito formal, é indiferente que o agente, efetivamente, tenha 
conseguido o favorecimento de seu interesse, ou seja, é irrelevante que a 
ameaça tenha produzido efeitos, consumando-se o delito no momento em que 
a ameaça foi proferida. 
- Se a versão apresentada pela vítima se encontra em harmonia com as provas 
testemunhais, deve-se manter o decreto condenatório. 
- Não configura a agravante prevista na alínea “b” do inciso II do art. 70 do 
CPM, se a conduta criminosa não visava assegurar a impunidade ou vantagem 
de outro crime, mas de uma possível transgressão, cometida pelo apelante. 
- Se o militar ainda não havia assumido o serviço, deverá ser decotada a 
circunstância agravante prevista na alínea “b” do inciso II do art. 70 do CPM. 
APELAÇÃO N. 0000016-75.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 1º/10/2012; DJME: 11/10/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO – CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA – ART. 312 DO CPM – 
OCORRÊNCIA – RECURSO NÃO PROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. 
- A inserção de dados falsos na Prestação de Contas de Talão de AIT pelo 
militar encarregado de emiti-lo, alterando a verdade sobre o fato juridicamente 
relevante, atingindo a própria Administração Militar, caracteriza o crime de 
falsidade ideológica, previsto no art. 312 do CPM. 
- Recurso não provido. 
- Sentença mantida. 
APELAÇÃO N. 0002835-88.2010.9.13.0001; Relator Juiz Cel PM James 
Ferreira Santos; Julgamento (unânime): 04/10/2012; DJME: 09/10/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – RECUSA DE OBEDIÊNCIA – CONDENAÇÃO POR 
MAIORIA DE TRÊS VOTOS A DOIS EM REGIME ABERTO – SURSIS – 
SENTENÇA FUNDAMENTADA APENAS COM O VOTO VENCIDO – 
PRELIMINAR DE NULIDADE ABSOLUTA ACOLHIDA – FALTA DE 
FORMALIDADE ESSENCIAL – ART. 500, IV, DO CPPM – RETORNO DOS 
AUTOS PARA QUE OUTRA SENTENÇA SEJA PROFERIDA – RECURSO 
PROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000530-31.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 09/10/2012; DJME: 15/10/2012. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
32 
 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – FALSIDADE IDEOLÓGICA – ARTIGO 312 DO 
CPM – DECLARAÇÃO FALSA EM BO – DOLO NECESSÁRIO À 
CONFIGURAÇÃO DO DELITO – PRELIMINAR DE NÃO ESPECIFICAÇÃO 
DAS CONDIÇÕES A QUE FICA SUBORDINADA A SUSPENSÃO 
CONDICIONAL DA PENA – ARTIGO 85 DO CPM – NULIDADE – RETORNO 
DOS AUTOS PARA QUE NOVA SENTENÇA SEJA PROFERIDA. 
APELAÇÃO N. 0000140-98.2009.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 23/10/2012; DJME: 29/10/2012; 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MANUTENÇÃODA ABSOLVIÇÃO DO CRIME DE 
RECUSA DE OBEDIÊNCIA (ART. 163 DO CPM) – CONDENAÇÃO POR 
DESRESPEITO A SUPERIOR (ART. 160 DO CPM) – COMPROVAÇÃO DOS 
FATOS – REFORMA DA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU – RECURSO 
MINISTERIAL PARCIALMENTE PROVIDO. 
- Não restou comprovada a recusa de obediência do apelado para se 
identificar, nem para informar os seus dados funcionais, motivo pelo qual 
mantenho a decisão do CPJ, que, por unanimidade, absolveu o apelante, com 
fundamento no art. 439, “b”, do CPPM. 
- Não resta nenhuma dúvida que a conduta do apelado maculou os princípios 
da hierarquia e disciplina, ao questionar a atuação do Cadete PM, seu superior 
hierárquico, com voz alta, em atitude desrespeitosa, na presença de outros 
militares. 
- Condenação do apelado nas iras do art. 160 do CPM, a uma pena definitiva 
de três meses de detenção, em regime aberto, com o direito ao sursis, por dois 
anos, e a recorrer em liberdade. 
- Provimento parcial ao recurso ministerial. 
APELAÇÃO N. 0001713-37.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 23/10/2012; DJME: 30/10/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE AMEAÇA (ART. 223 DO CPM) – 
CARTAS PRECATÓRIAS APRESENTADAS NA SESSÃO DE JULGAMENTO 
– PARIDADE DE ARMAS – PRELIMINAR DE NULIDADE POR 
CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO ACOLHIDA – AUSÊNCIA DOS 
ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO – PORTE LEGAL DE ARMA DE FOGO 
(CRAF) – INEXISTÊNCIA DE INTIMIDAÇÃO OU PROMESSA DE MALEFÍCIO 
IMEDIATO OU FUTURO – ATIPICIDADE DE CONDUTA – ABSOLVIÇÃO 
NOS TERMOS DO ART. 439, ALÍNEA “B”, DO CPPM – RECURSO 
PROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0000442-87.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 23/10/2012; DJME: 29/10/2012. 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
33 
 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL DA DEFESA – CONDENAÇÃO PELA PRÁTICA DE 
DELITO DE PECULATO (ART. 303 DO CPM) E PREVARICAÇÃO (ART. 319 
DO CPM) – APROPRIAÇÃO PELO MILITAR DE ARMAS DE FOGO 
OBTIDAS EM RAZÃO DA FUNÇÃO POLICIAL MILITAR – APLICAÇÃO DO 
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO – DELITO DE PREVARICAÇÃO ABSORVIDO 
PELO DELITO DE PECULATO – ATENUANTE DE COMPORTAMENTO 
MERITÓRIO ANTERIOR (ART. 72, II, DO CPM) – RECONHECIMENTO – 
REDUÇÃO DA PENA APLICADA – RECURSO PROVIDO EM PARTE. 
APELAÇÃO N. 0000037-17.2011.9.13.0003; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento (unânime): 31/10/2012; DJME: 12/11/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – CRIME DE DESERÇÃO – PRELIMINARES NÃO 
ACOLHIDAS – AUSÊNCIA POR PERÍODO SUPERIOR A ONZE ANOS – 
APRESENTAÇÃO VOLUNTÁRIA – COMPROVADA IMPUTAÇÃO DO 
ARTIGO 187 DO CPM – VONTADE LIVRE E CONSCIENTE DE SE 
AUSENTAR DA VIDA CASTRENSE – INEXISTÊNCIA DA EXCLUDENTE DE 
ESTADO DE NECESSIDADE – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA DE 
PRIMEIRO GRAU – NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. 
APELAÇÃO N. 0000007-65.2000.9.13.0003; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 13/11/2012; DJME: 20/11/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – DESACATO A MILITAR – PROVAS 
TESTEMUNHAIS – CONFIGURAÇÃO – SUBSTITUIÇÃO DA PENA 
PRIVATIVA DE LIBERDADE PELA RESTRITIVA DE DIREITO – 
IMPOSSIBILIDADE – PROVIMENTO NEGADO. 
- Em que pese ter o acusado negado a ocorrência da conduta delituosa 
narrada na exordial acusatória, as provas testemunhais são robustas e 
coerentes, aptas a comprovar a sua configuração e amparar o decreto 
condenatório imposto. 
- Incabível a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito 
no âmbito da Justiça Castrense, segundo entendimento reiterado dos Tribunais 
Superiores. 
- Negado provimento ao recurso. 
APELAÇÃO N. 0000081-76.2010.9.13.0001; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 13/11/2012; DJME: 26/11/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – MINISTÉRIO PÚBLICO – INTEMPESTIVIDADE DE 
RAZÕES DE RECURSO – APLICAÇÃO DO ART. 534 DO CPPM – 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
34 
 
CONHECIMENTO DO RECURSO COM OU SEM AS DEVIDAS RAZÕES, EM 
SEU EFEITO DEVOLUTIVO – PEDIDO DE CONDENAÇÃO DO PRIMEIRO 
APELADO PELA PRÁTICA DE DELITO PREVISTO NO ART. 347 (COAÇÃO 
ATIVA DE TESTEMUNHA, PERITO OU INTÉRPRETE) DO CPM E, DO 
SEGUNDO APELADO PELA PRÁTICA DO CRIME TIPIFICADO NO ART. 
326 (VIOLAÇÃO DO SIGILO FUNCIONAL) DO CPM – PEDIDOS BASEADOS 
NOS DEPOIMENTOS PRESTADOS POR TESTEMUNHAS OUVIDAS EM 
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR QUE NÃO FORAM RATIFICADOS EM 
JUÍZO – PROVAS INSUFICIENTES PARA FUNDAMENTAR UM DECRETO 
CONDENATÓRIO NA FORMA REQUERIDA PELO REPRESENTANTE DO 
MINISTÉRIO PÚBLICO – RECURSO IMPROVIDO – MANUTENÇÃO DA 
SENTENÇA DE PRIMEIRA INSTÂNCIA – RECONHECIMENTO DA 
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA RETROATIVA – EXTINÇÃO DA 
PUNIBILIDADE DECRETADA DE OFÍCIO. 
APELAÇÃO N. 0000091-85.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento (unânime): 14/11/2012; DJME: 23/11/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – CONCUSSÃO – INVESTIGAÇÃO POR EQUIPE 
MULTIDISCIPLINAR ENVOLVENDO O MINISTÉRIO PÚBLICO, POLÍCIA 
MILITAR, SECRETARIA DA FAZENDA E INSTITUTO ESTADUAL DE 
FLORESTAS – FATOS GRAVÍSSIMOS – INDÍCIOS DE COMETIMENTO DE 
CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – 
AUTORIZADA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA PELA JUSTIÇA COMUM – 
DECLINADA COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR POLICIAIS 
MILITARES NA JUSTIÇA MILITAR – INDEFERIDA PELA JUSTIÇA 
CASTRENSE A INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA, SOB A ALEGAÇÃO DE 
QUE A LEI N. 9.296 NÃO SE APLICA A ESTA JUSTIÇA ESPECIALIZADA – 
CONDENAÇÃO DE 19 (DEZENOVE) QUADRILHEIROS NA JUSTIÇA 
COMUM – MAGISTRADO DA JUSTIÇA MILITAR INDEFERIU JUNTADA DE 
PROVAS CONTIDAS EM CD COM INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS 
AUTORIZADAS PELA JUSTIÇA COMUM – PROVA EMPRESTADA VÁLIDA 
– PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DA ACUSAÇÃO ACOLHIDA – 
COMPARTILHAMENTO DAS INFORMAÇÕES E PROVAS PRODUZIDAS – 
OPORTUNIDADE DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA PARA 
AMBAS AS PARTES – ANULAÇÃO DA SENTENÇA PROFERIDA PELO 16º 
CONSELHO EXTRAORDINÁRIO DE JUSTIÇA – JUNTADA DA PROVA 
REQUERIDA (CD) – RETORNO DOS AUTOS À 2ª AJME – 
PROSSEGUIMENTO DO FEITO – NOVA SENTENÇA – PROVIMENTO AO 
RECURSO MINISTERIAL. 
APELAÇÃO N. 0000066-12.2007.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Rúbio 
Paulino Coelho; Julgamento (unânime): 20/11/2012; DJME: 27/11/2012. 
 
*** 
 
 
EMENTÁRIO DE JURISPRUDÊNCIA - 2012/2013 
35 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – ABANDONO DE POSTO – PROVAS 
TESTEMUNHAIS – MANUTENÇÃO DO DECRETO CONDENATÓRIO – 
PROVIMENTO NEGADO. 
- Se as provas testemunhais carreadas aos autos são robustas e harmônicas 
entre si, comprovando a ocorrência delitiva, deve-se manter o decreto 
condenatório. 
APELAÇÃO N. 0000057-45.2010.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (unânime): 20/11/2012; DJME: 29/11/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – ART. 298 DO CPM – PALAVRA DO OFENDIDO 
CONTUNDENTE – PROVA TESTEMUNHAL – SUFICIÊNCIA DE PROVAS – 
MANUTENÇÃO DO DECRETO CONDENATÓRIO – PROVIMENTO 
NEGADO. 
- Se a versão apresentada pelo ofendido se mostra contundente e harmônica 
com o contexto fático-probatório apresentado nos autos, comprovando a 
ocorrência delitiva, deve-se manter o decreto condenatório. 
APELAÇÃO N. 0000593-27.2008.9.13.0002; Relator: Juiz Cel PM Sócrates 
Edgard dos Anjos; Julgamento (majoritário): 20/11/2012; DJME: 29/11/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÃO CRIMINAL – DEFESA – PRELIMINAR – IRREGULARIDADE DE 
CITAÇÃO – AUSÊNCIA DE PREJUÍZO À DEFESA DO ACUSADO – 
INACOLHIMENTO – MÉRITO – DISPARO DE ARMA DE FOGO – LESÃO 
CORPORAL (ART. 209 DO CPM) – COMPROVAÇÃO DE MATERIALIDADE 
ATRAVÉS DE LAUDOS PERICIAIS – INCERTEZAS QUANTO À AUTORIA – 
CONJUNTO PROBATÓRIO FRÁGIL – ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA 
DE PROVAS (ART. 439, LETRA “E”, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
MILITAR) – RECURSO PROVIDO. 
APELAÇÃO N. 0001563-53.2010.9.13.0003; Relator: Juiz Jadir Silva; 
Julgamento (unânime): 22/11/2012; DJME: 29/11/2012. 
 
*** 
 
APELAÇÕES CRIMINAIS – DEFESA. 
1ª APELAÇÃO – AUSÊNCIA DE REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE

Outros materiais