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Resumo Tratados Internacionais

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Procedimento parlamentar:
Concluída a negociação o presidente da República dará curso, ou não, ao processo. Ressalvadas as convenções internacionais do trabalho, pode o chefe do governo mandar arquivar o tratado insatisfatório ou determinar estudos mais aprofundados.
E então submeter a aprovação do Congresso.
O chefe do governo não pode manifestar o consentimento definitivo sem aval do Congresso, “à assunção de um compromisso externo, assenta sobre a vontade conjugada dos dois poderes políticos” (REZEK, 2014).
A remessa para o Congresso é feita por Mensagem do Presidente da República;
A matéria é discutida e votada separadamente nas duas casas (primeiro Câmara, depois Senado). A eventual desaprovação no âmbito da Câmara dos Deputados põe termo ao processo, não havendo por que levar a questão ao Senado.
Tanto a Câmara quanto o Senado possuem comissões especializadas ratione materiae, cujos estudos e pareceres precedem a votação em plenário.
Duas Comissões:
Comissão de relações exteriores; e 
Comissão de constituição e justiça.
Outras comissões (a depender do tema): finanças, economia, indústria e comércio, defesa nacional, minas e energia.
Votação: Em plenário com quorum comum de presença, devendo manifestar-se em favor do tratado a maioria absoluta dos presentes maioria absoluta em cada casa.
O sistema difere, pois, do norte-americano, em que apenas o Senado deve aprovar tratados internacionais, exigindo-se naquela casa o quorum comum de presenças, mas sendo necessário que dois terços dos presentes profiram voto afirmativo.
Após aprovação nas duas Casas, o presidente do Senado faz publicar no D.O.U, um decreto legislativo visando formalizar o compromisso. Se rejeitada pelo Senado, caberá apenas a comunicação, mediante mensagem, ao presidente da República. Um único decreto legislativo pode aprovar dois ou mais tratados.
Retratação da aprovação parlamentar pode somente se o tratado ainda não foi ratificado.
Reservas:
É um qualificativo do consentimento (declaração unilateral) que visa “excluir ou modificar o efeito jurídico de certas disposições do tratado em relação a esse Estado” (convenção de Viena, 1969).
Pode qualificar tanto o consentimento prenunciativo (será conhecida dos demais negociadores antes que resolvam sobre sua própria ratificação), quanto definitivo (expresso por adesão ou ratificação).
A reserva é fenômeno incidente sobre os tratados coletivos, não se compreende a reserva a tratado bilateral.
Mesmo entre os coletivos, alguns não comportam reservas, como é o caso das Convenções Internacionais do Trabalho, os que impõem cláusulas impeditivas de reserva ou os que permitem reservas quanto a parte do texto, sendo portanto, poucos os tratados multilaterais que nada dizem sobre reservas.
No silêncio do texto, vale a disciplina estabelecida pela Convenção de Viena: a reserva é possível, desde que compatível com o objeto e a finalidade do tratado.
A responsabilidade pela negociação torna o Executivo, único ente hábil para opor reservas, no entanto, o congresso pode aprovar tratados com restrições (que oportunamente se traduzirão em reservas) ou aprová-los com declaração de desabono às reservas (que não poderão ser confirmadas, na ratificação).
Assim, a reserva é entendida como um mal necessário à prevenção de mal maior e muitos são os tratados que, facultando reservas, encerram também norma que prevê e facilita sua retirada.
Vícios do consentimento.
Consentimento viciado pela desobediência ao direito público interno: trata-se do ilícito praticado pelo poder Executivo quando externa um consentimento a que não se encontra constitucionalmente habilitado. Uma vez viciado o consentimento, não se exige a aplicação do princípio pacta sunt servanda
Erro, dolo, corrupção e coação sobre o negociador: Cuida-se do erro de fato. O erro de direito, que não socorre o indivíduo em direito interno, tendo maior incidência nas questões cartográficas em tratados de limites; quanto a Coação sobre o negociador, ocorre quando o agente negociador se vê coagido para aprovar o acordo, podendo o Estado prejudicado arguir nulidade. Já o Dolo e Corrupção, são vícios relacionados ao caráter do agente, onde ele tem intenção de firmar acordo propositalmente prejudicial ao Estado (dolo) ou recebe propina para assinar o tratado (corrupção).
Coração sobre o Estado: Tal como a coação sobre o negociador, a que se exerce sobre a pessoa jurídica de direito internacional importa nulidade absoluta, nos termos do art. 52 da Convenção de Viena:
Coação de um Estado pela ameaça ou emprego da força. É nulo um tratado cuja conclusão foi obtida pela ameaça ou o emprego da força em violação dos princípios de direito internacional incorporados na Carta das Nações Unidas.

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