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ATUALIZADO CIVIL AULA 10,11,13,13,14,15,16,17, com Gabarito Contratos

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Contratos em Espécie 
 
 
 Prof. Dr. Cristiano Colombo 
I - DO CONTRATO DE DOAÇÃO 
1. Características 
Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere 
do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. 
É contrato típico e nominado. Consensual, unilateral quanto às obrigações. 
Doador (animus donandi) e donatário. 
Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a 
liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, 
entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo. 
Cuida-se de aceitação presumida. 
Todavia, na doação com encargo, requer-se aceitação expressa. (Ex.: doação de uma 
fazenda, desde que pague dois salários mínimos a uma tia do donatário) 
Art. 540. A doação feita em contemplação do merecimento do donatário não perde o 
caráter de liberalidade, como não o perde a doação remuneratória, ou a gravada, no 
excedente ao valor dos serviços remunerados ou ao encargo imposto. 
Doação remuneratória: serviços prestados pelo donatário ao doador. 
Doação com encargo ou modal: com encargo. 
Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular. 
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de 
pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição. 
Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. 
Art. 543. Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que 
se trate de doação pura. 
Trata-se de benefício exclusivo. 
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa 
adiantamento do que lhes cabe por herança. 
 
 
 
 
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Contratos em Espécie 
 
 
 Prof. Dr. Cristiano Colombo 
Busca evitar a ofensa à necessária igualdade dos herdeiros necessários. 
Art. 545. A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado extingue-se 
morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser, mas não poderá ultrapassar a 
vida do donatário. 
Não se dá a entrega de imóvel ou móvel. Contribuir determinada quantia em dinheiro em 
favor de uma pessoa física. 
Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada 
pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos 
filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de 
aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar. 
É uma espécie de doação condicional. A liberalidade aguarda a realização da condição 
suspensiva do matrimônio com a pessoa indicada no título. 
Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se 
sobreviver ao donatário. 
Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro. 
A doação com cláusula de reversão é uma espécie de doação sob propriedade resolúvel. 
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para 
a subsistência do doador. 
Visa garantir o patrimônio mínimo, mínimo de bens para os alimentos do doador. Além de 
defender o princípio da dignidade da pessoa humana (artigo 1º, III da CRFB). 
A doação universal será admitida: a) quando houver reserva de patrimônio que lhe 
assegure a renda; b) existência de fontes alternativas que lhes prestigiem o mínimo 
existencial; c) fixado o encargo de donatário, este fornecer alimentos indispensáveis. 
Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no 
momento da liberalidade, poderia dispor em testamento. 
A doação inoficiosa é aquela que ultrapassa a metade disponível do doador ao tempo da 
liberalidade. 
Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro 
cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a 
sociedade conjugal. 
 
 
 
 
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Contratos em Espécie 
 
 
 Prof. Dr. Cristiano Colombo 
Art. 551. Salvo declaração em contrário, a doação em comum a mais de uma pessoa 
entende-se distribuída entre elas por igual. 
Parágrafo único. Se os donatários, em tal caso, forem marido e mulher, subsistirá na 
totalidade a doação para o cônjuge sobrevivo. 
Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às 
conseqüências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa 
e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em contrário. 
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício 
do doador, de terceiro, ou do interesse geral. 
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir 
sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito. 
Art. 554. A doação a entidade futura caducará se, em dois anos, esta não estiver 
constituída regularmente. 
Seção II 
Da Revogação da Doação 
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do 
encargo. 
Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por 
ingratidão do donatário. 
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações: 
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso 
contra ele; 
II - se cometeu contra ele ofensa física; 
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou; 
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava. 
Art. 558. Pode ocorrer também a revogação quando o ofendido, nos casos do artigo 
anterior, for o cônjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmão do 
doador. 
 
 
 
 
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Contratos em Espécie 
 
 
 Prof. Dr. Cristiano Colombo 
Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada dentro de um 
ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de 
ter sido o donatário o seu autor. 
Art. 560. O direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros do doador, nem 
prejudica os do donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, 
continuando-a contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide. 
Art. 561. No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos seus herdeiros, 
exceto se aquele houver perdoado. 
Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário 
incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar 
judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação 
assumida. 
Art. 563. A revogação por ingratidão não prejudica os direitos adquiridos por terceiros, 
nem obriga o donatário a restituir os frutos percebidos antes da citação válida; mas 
sujeita-o a pagar os posteriores, e, quando não possa restituir em espécie as coisas 
doadas, a indenizá-la pelo meio termo do seu valor. 
Art. 564. Não se revogam por ingratidão: 
I - as doações puramente remuneratórias; 
II - as oneradas com encargo já cumprido; 
III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural; 
IV - as feitas para determinado casamento. 
 
II - DA FIANÇA 
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação 
assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. 
O fiador se obriga a garantir o débito de outrem, o devedor-afiançado, perante o credor 
deste. Visa a constituição de responsabilidade sobre débito alheio. É uma obrigação 
fidejussória (pessoal). É acessória a uma obrigação pessoal. É unilateral. Em regra, gratuito. 
O aval é atinente ao direito cambiário. 
Art.819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva. 
 
 
 
 
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Contratos em Espécie 
 
 
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Súmula n. 214 do STJ: O fiador na locação não responde por obrigações resultantes de 
aditamento ao qual não anuiu. 
“ Na linha da recente jurisprudência da Terceira Seção, não sendo hipótese de aditamento, 
mas de prorrogação contratual, a que os fiadores comprometeram-se até a devolução do 
imóvel, torna-se inaplicável o enunciado de n. 214 de nossa Súmula (STJ, Ag. Reg. No AI 
776.039, 6ª T. Rel Min Pualo Galotti, j. 18.102007) 
Art. 819-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.931, de 2004) 
Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra 
a sua vontade. 
A fiança é firmada entre fiador e credor. Ou seja, o devedor não é partícipe, não precisa 
anuir. 
Art. 821. As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não 
será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal 
devedor. 
Art. 822. Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida 
principal, inclusive as despesas judiciais, desde a citação do fiador. 
Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em 
condições menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que 
ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada. 
Art. 824. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar 
apenas de incapacidade pessoal do devedor. 
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo não abrange o caso de mútuo feito 
a menor. 
Ou seja, exceção da exceção, se afiança um mútuo feito a menor, então também a fiança 
seguirá o mesmo caminho da obrigação principal. 
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda 
estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores. 
Art. 825. Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a 
aceitá-lo se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a 
fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação. 
 
 
 
 
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Contratos em Espécie 
 
 
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Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja 
substituído. 
Seção II 
Dos Efeitos da Fiança 
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a 
contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor. 
Exceptio excussionis 
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, 
deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, 
quantos bastem para solver o débito. 
Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador: 
I - se ele o renunciou expressamente; 
II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário; 
III - se o devedor for insolvente, ou falido. 
Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa 
importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se 
reservarem o benefício de divisão. 
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador responde unicamente pela parte 
que, em proporção, lhe couber no pagamento. 
Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua 
responsabilidade, caso em que não será por mais obrigado. 
Art. 831. O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do 
credor; mas só poderá demandar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota. 
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-se-á pelos outros. 
Art. 832. O devedor responde também perante o fiador por todas as perdas e danos que 
este pagar, e pelos que sofrer em razão da fiança. 
Art. 833. O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa estipulada na obrigação 
principal, e, não havendo taxa convencionada, aos juros legais da mora. 
 
 
 
 
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Art. 834. Quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o 
devedor, poderá o fiador promover-lhe o andamento. 
Art. 835. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de 
tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante 
sessenta dias após a notificação do credor. 
Art. 836. A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se 
limita ao tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da 
herança. 
Seção III 
Da Extinção da Fiança 
Art. 837. O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais, e as 
extintivas da obrigação que competem ao devedor principal, se não provierem 
simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo feito a pessoa menor. 
Art. 838. O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado: 
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor; 
II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências; 
III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto 
diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por 
evicção. 
Art. 839. Se for invocado o benefício da excussão e o devedor, retardando-se a execução, 
cair em insolvência, ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por 
ele indicados eram, ao tempo da penhora, suficientes para a solução da dívida afiançada. 
III - DO MANDATO 
Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu 
nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do 
mandato. 
Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento 
particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante. 
 
 
 
 
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Contratos em Espécie 
 
 
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§ 1o O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a 
qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a 
designação e a extensão dos poderes conferidos. 
§ 2o O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que a procuração traga a 
firma reconhecida. 
Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode 
substabelecer-se mediante instrumento particular. 
Art. 656. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito. 
Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por lei para o ato a ser 
praticado. Não se admite mandato verbal quando o ato deva ser celebrado por escrito. 
Art. 658. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada retribuição, 
exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatário trata por ofício ou 
profissão lucrativa. 
Parágrafo único. Se o mandato for oneroso, caberá ao mandatário a retribuição prevista 
em lei ou no contrato. Sendo estes omissos, será ela determinada pelos usos do lugar, 
ou, na falta destes, por arbitramento. 
Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo de execução. 
Art. 660. O mandato pode ser especial a um ou mais negócios determinadamente, ou 
geral a todos os do mandante. 
Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração. 
§ 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da 
administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos. 
§ 2o O poder de transigir não importa o de firmar compromisso.Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes 
suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se 
este os ratificar. 
Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, e 
retroagirá à data do ato. 
 
 
 
 
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Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser 
mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele senão de conformidade com as 
regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por menores. 
Das Obrigações do Mandatário 
Art. 674. Embora ciente da morte, interdição ou mudança de estado do mandante, deve 
o mandatário concluir o negócio já começado, se houver perigo na demora. 
Das Obrigações do Mandante 
Art. 675. O mandante é obrigado a satisfazer todas as obrigações contraídas pelo 
mandatário, na conformidade do mandato conferido, e adiantar a importância das 
despesas necessárias à execução dele, quando o mandatário lho pedir. 
Da Extinção do Mandato 
Art. 682. Cessa o mandato: 
I - pela revogação ou pela renúncia; 
II - pela morte ou interdição de uma das partes; 
III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o 
mandatário para os exercer; 
IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio. 
Art. 683. Quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilidade e o mandante o 
revogar, pagará perdas e danos. 
Art. 686. A revogação do mandato, notificada somente ao mandatário, não se pode opor 
aos terceiros que, ignorando-a, de boa-fé com ele trataram; mas ficam salvas ao 
constituinte as ações que no caso lhe possam caber contra o procurador. 
Parágrafo único. É irrevogável o mandato que contenha poderes de cumprimento ou 
confirmação de negócios encetados, aos quais se ache vinculado. 
Art. 690. Se falecer o mandatário, pendente o negócio a ele cometido, os herdeiros, 
tendo ciência do mandato, avisarão o mandante, e providenciarão a bem dele, como as 
circunstâncias exigirem. 
 
 
 
 
 
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 Prof. Dr. Cristiano Colombo 
IV - COMODATO 
Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a 
tradição do objeto. 
Art. 580. Os tutores, curadores e em geral todos os administradores de bens alheios não 
poderão dar em comodato, sem autorização especial, os bens confiados à sua guarda. 
Art. 581. Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário 
para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e 
urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de 
findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado. 
Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa 
emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, 
sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de 
por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo 
comodante. 
Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do 
comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, 
responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força 
maior. 
Art. 584. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas 
com o uso e gozo da coisa emprestada. 
Art. 585. Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, 
ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante. 
V- DO CONTRATO DE MÚTUO 
Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir 
ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. 
Art. 587. Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, por 
cuja conta correm todos os riscos dela desde a tradição. 
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda 
estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores. 
Art. 589. Cessa a disposição do artigo antecedente: 
 
 
 
 
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Contratos em Espécie 
 
 
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I - se a pessoa, de cuja autorização necessitava o mutuário para contrair o empréstimo, o 
ratificar posteriormente; 
II - se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o empréstimo 
para os seus alimentos habituais; 
III - se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execução do 
credor não lhes poderá ultrapassar as forças; 
IV - se o empréstimo reverteu em benefício do menor; 
V - se o menor obteve o empréstimo maliciosamente. 
Art. 590. O mutuante pode exigir garantia da restituição, se antes do vencimento o 
mutuário sofrer notória mudança em sua situação econômica. 
Art. 591. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, os 
quais, sob pena de redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406, 
permitida a capitalização anual. 
Art. 592. Não se tendo convencionado expressamente, o prazo do mútuo será: 
I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o consumo, 
como para semeadura; 
II - de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro; 
III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa 
fungível. 
VI – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
 
Art. 593. A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei 
especial, reger-se-á pelas disposições deste Capítulo. 
 
Art. 594. Toda a espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser 
contratada mediante retribuição. 
 
Art. 595. No contrato de prestação de serviço, quando qualquer das partes não souber 
ler, nem escrever, o instrumento poderá ser assinado a rogo e subscrito por duas 
testemunhas. 
 
 
 
 
 
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Art. 596. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por 
arbitramento a retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua 
qualidade. 
 
Art. 597. A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por convenção, ou 
costume, não houver de ser adiantada, ou paga em prestações. 
 
Art. 598. A prestação de serviço não se poderá convencionar por mais de quatro anos, 
embora o contrato tenha por causa o pagamento de dívida de quem o presta, ou se 
destine à execução de certa e determinada obra. Neste caso, decorridos quatro anos, 
dar-se-á por findo o contrato, ainda que não concluída a obra. 
 
Art. 599. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do 
contrato, ou do costume do lugar, qualquer das partes, a seu arbítrio, mediante prévio 
aviso, pode resolver o contrato. 
 
Parágrafo único. Dar-se-á o aviso: 
 
I - com antecedência de oito dias, se o salário se houver fixado por tempo de um mês, ou 
mais; 
 
II - com antecipação de quatro dias, se o salário se tiver ajustado por semana, ou 
quinzena; 
 
III - de véspera, quando se tenha contratado por menos de sete dias. 
 
Art. 600. Não se conta no prazo do contrato o tempo em que o prestador de serviço, por 
culpa sua, deixou de servir. 
 
Art. 601. Não sendo o prestador de serviço contratado para certo e determinado 
trabalho, entender-se-á que se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com as suas 
forças e condições. 
 
Art. 602. O prestador de serviço contratado por tempo certo, ou por obra determinada, 
não se pode ausentar, ou despedir, sem justa causa, antesde preenchido o tempo, ou 
concluída a obra. 
 
Parágrafo único. Se se despedir sem justa causa, terá direito à retribuição vencida, mas 
responderá por perdas e danos. O mesmo dar-se-á, se despedido por justa causa. 
 
 
 
 
 
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Contratos em Espécie 
 
 
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Art. 603. Se o prestador de serviço for despedido sem justa causa, a outra parte será 
obrigada a pagar-lhe por inteiro a retribuição vencida, e por metade a que lhe tocaria de 
então ao termo legal do contrato. 
 
Art. 604. Findo o contrato, o prestador de serviço tem direito a exigir da outra parte a 
declaração de que o contrato está findo. Igual direito lhe cabe, se for despedido sem 
justa causa, ou se tiver havido motivo justo para deixar o serviço. 
 
Art. 605. Nem aquele a quem os serviços são prestados, poderá transferir a outrem o 
direito aos serviços ajustados, nem o prestador de serviços, sem aprazimento da outra 
parte, dar substituto que os preste. 
 
Art. 606. Se o serviço for prestado por quem não possua título de habilitação, ou não 
satisfaça requisitos outros estabelecidos em lei, não poderá quem os prestou cobrar a 
retribuição normalmente correspondente ao trabalho executado. Mas se deste resultar 
benefício para a outra parte, o juiz atribuirá a quem o prestou uma compensação 
razoável, desde que tenha agido com boa-fé. 
 
Parágrafo único. Não se aplica a segunda parte deste artigo, quando a proibição da 
prestação de serviço resultar de lei de ordem pública. 
 
Art. 607. O contrato de prestação de serviço acaba com a morte de qualquer das partes. 
Termina, ainda, pelo escoamento do prazo, pela conclusão da obra, pela rescisão do 
contrato mediante aviso prévio, por inadimplemento de qualquer das partes ou pela 
impossibilidade da continuação do contrato, motivada por força maior. 
 
Art. 608. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a 
outrem pagará a este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, 
houvesse de caber durante dois anos. 
 
Art. 609. A alienação do prédio agrícola, onde a prestação dos serviços se opera, não 
importa a rescisão do contrato, salvo ao prestador opção entre continuá-lo com o 
adquirente da propriedade ou com o primitivo contratante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES 
 
1. (XIX Exame de Ordem – FGV) Joaquim celebrou, por instrumento particular, contrato 
de mútuo com Ronaldo, pelo qual lhe emprestou R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a 
serem pagos 30 dias depois. No dia do vencimento do empréstimo, Ronaldo não 
adimpliu a prestação. O tempo passou, Joaquim se manteve inerte, e a dívida 
prescreveu. Inconformado, Joaquim pretende ajuizar ação de enriquecimento sem causa 
contra Ronaldo. Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A ação de enriquecimento sem causa é cabível, uma vez que Ronaldo se enriqueceu 
indevidamente à custa de Joaquim. 
b) Como a ação de enriquecimento sem causa é subsidiária, é cabível seu ajuizamento por 
não haver, na hipótese, outro meio de recuperar o empréstimo concedido. 
c) Não cabe o ajuizamento da ação de enriquecimento sem causa, pois há título jurídico a 
justificar o enriquecimento de Ronaldo. 
d) A pretensão de ressarcimento do enriquecimento sem causa prescreve 
simultaneamente à pretensão relativa à cobrança do valor mutuado. 
 
2. (XVIII Exame de Ordem – FGV) Vitor e Paula celebram entre si, por escritura particular 
levada a registro em cartório de títulos e documentos, contrato de mútuo por meio do 
qual Vitor toma emprestada de Paula a quantia de R$ 10.000,00, obrigando-se a restituir 
o montante no prazo de três meses. Em garantia da dívida, Vitor constitui em favor de 
Paula, por meio de instrumento particular, direito real de penhor sobre uma joia de que 
é proprietário. Vencido o prazo estabelecido para o pagamento da dívida, Vitor procura 
Paula e explica que não dispõe de dinheiro para quitar o débito. Propõe então que, em 
vez da quantia devida, Paula receba, em pagamento da dívida, a propriedade da coisa 
empenhada. Assinale a opção que indica a orientação correta a ser transmitida a Paula. 
 
A) Para ter validade, o acordo sugerido por Vitor deve ser celebrado mediante escritura 
pública. 
B) O acordo sugerido por Vitor não tem validade, uma vez que constitui espécie de pacto 
proibido pela lei. 
C) Para ter validade, o acordo sugerido deve ser homologado em juízo. 
D) O acordo sugerido por Vitor é válido, uma vez que constitui espécie de pacto cuja 
licitude é expressamente reconhecida pela lei. 
 
3. (XVIII Exame OAB – FGV) Por meio de contrato verbal, João alugou sua bicicleta a José, 
que se comprometeu a pagar o aluguel mensal de R$ 100,00 (cem reais), bem como a 
restituir a coisa alugada ao final do sexto mês de locação. Antes de esgotado o prazo do 
contrato de locação, João deseja celebrar contrato de compra e venda com Otávio, de 
 
 
 
 
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modo a transmitir imediatamente a propriedade da bicicleta. Não obstante a coisa 
permanecer na posse direta de José, entende-se que 
 
a) o adquirente Otávio, caso venda a bicicleta antes de encerrado o prazo da locação, deve 
obrigatoriamente depositar o preço em favor do locatário José. 
b) João não pode celebrar contrato de compra e venda da bicicleta antes de encerrado o 
prazo da locação celebrada com José. 
c) é possível transmitir imediatamente a propriedade para Otávio, por meio da 
estipulação, no contrato de compra e venda, da cessão do direito à restituição da coisa 
em favor de Otávio. 
d) é possível transmitir imediatamente a propriedade para Otávio, por meio da estipulação, 
no contrato de compra e venda, do constituto possessório em favor de Otávio. 
 
 
4. (XVIII Exame OAB – FGV) Renato é proprietário de um imóvel e o coloca à venda, 
atraindo o interesse de Mário. Depois de algumas visitas ao imóvel e conversas sobre o 
seu valor, Renato e Mário, acompanhados de corretor, realizam negócio por preço certo, 
que deveria ser pago em três parcelas: a primeira, paga naquele ato a título de sinal e 
princípio de pagamento, mediante recibo que dava o negócio por concluído de forma 
irretratável; a segunda deveria ser paga em até trinta dias, contra a exibição das 
certidões negativas do vendedor; a terceira seria paga na data da lavratura da escritura 
definitiva, em até noventa dias a contar do fechamento do negócio. Antes do pagamento 
da segunda parcela, Mário celebra, com terceiros, contratos de promessa de locação do 
imóvel por temporada, recebendo a metade de cada aluguel antecipadamente. Renato, 
ao tomar conhecimento de que Mário havia celebrado as promessas de locação por 
temporada, percebeu que o imóvel possuía esse potencial de exploração. Em virtude 
disso, Renato arrependeu-se do negócio e, antes do vencimento da segunda parcela do 
preço, notificou o comprador e o corretor, dando o negócio por desfeito. Com base na 
hipótese formulada, assinale a afirmativa correta. 
 
a) O vendedor perde o sinal pago para o comprador, porém nada mais lhe pode ser 
exigido, não sendo devida a comissão do corretor, já que o negócio foi desfeito antes de 
aperfeiçoar-se. 
b) O vendedor perde o sinal pago para o comprador, porém nada mais lhe pode ser exigido 
pelo comprador. Contudo, é devida a comissão do corretor, não obstante o desfazimento 
do negócio antes de aperfeiçoar-se. 
c) O vendedor perde o sinal pago e o comprador pode exigir uma indenização pelos 
prejuízos a que a desistência deu causa, se o seu valor superar o do sinal dado, não sendo 
devida a comissão do corretor, já que o negócio foi desfeito antes de aperfeiçoar-se.d) O vendedor perde o sinal pago e o comprador pode exigir uma indenização pelos 
prejuízos a que a desistência deu causa, se o seu valor superar o do sinal dado, sendo 
 
 
 
 
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devida a comissão do corretor, não obstante o desfazimento do negócio antes de 
aperfeiçoar-se. 
 
5. (XVII Exame de Ordem – FGV) Carlos Pacheco e Marco Araújo, advogados recém-
formados, constituem a sociedade P e A Advogados. Para fornecer e instalar todo o 
equipamento de informática, a sociedade contrata José Antônio, que, apesar de 
não realizar essa atividade de forma habitual e profissional, comprometeu-se a adimplir 
sua obrigação até o dia 20/02/2015, mediante o pagamento do valor de R$ 
50.000,00 (cinquenta mil reais) no ato da celebração do contrato. O contrato 
celebrado é de natureza paritária, não sendo formado por adesão. A cláusula oitava do 
referido contrato estava assim redigida: “O total inadimplemento deste contrato 
por qualquer das partes ensejará o pagamento, pelo infrator, do valor de R$ 
50.000,00 (cinquenta mil reais)”. Não havia, no contrato, qualquer outra cláusula que 
se referisse ao inadimplemento ou suas consequências. No dia 20/02/2015, José 
Antônio telefona para Carlos Pacheco e lhe comunica que não vai cumprir o 
avençado, pois celebrou com outro escritório de advocacia contrato por valor 
superior, a lhe render maiores lucros. Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa 
correta. 
 
a) Diante da recusa de José Antônio a cumprir o contrato, a sociedade poderá 
persistir na exigência do cumprimento obrigacional ou, alternativamente, 
satisfazer-se com a pena convencional. 
b) A sociedade pode pleitear o pagamento de indenização superior ao montante fixado 
na cláusula oitava, desde que prove, em juízo, que as perdas e os danos efetivamente 
sofridos foram superiores àquele valor. 
c) A sociedade pode exigir o cumprimento da cláusula oitava, classificada como cláusula 
penal moratória, juntamente com o desempenho da obrigação principal. 
d) Para exigir o pagamento do valor fixado na cláusula oitava, a sociedade deverá provar o 
prejuízo sofrido. 
 
6. (XIII Exame OAB – FGV) Pedro, menor impúbere, e sem o consentimento de seu 
representante legal, celebrou contrato de mútuo com Marcos, tendo este lhe entregue a 
quantia de R$400,00, a fim de que pudesse comprar uma bicicleta. 
A respeito desse caso, assinale a afirmativa incorreta. 
a) O mútuo poderá ser reavido somente se o representante legal de Pedro ratificar o 
contrato. 
b) Se o contrato tivesse por fim suprir despesas com a própria manutenção, o mútuo 
poderia ser reavido, ainda que ausente ao ato o representante legal de Pedro. 
c) Se Pedro tiver bens obtidos com o seu trabalho, o mútuo poderá ser reavido, ainda que 
contraído sem o consentimento do seu representante legal. 
 
 
 
 
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d) O mútuo também poderia ser reavido caso Pedro tivesse obtido o empréstimo 
maliciosamente. 
 
7. (III Exame de Ordem – FGV) Sônia, maior e capaz, decide doar, por instrumento 
particular, certa quantia em dinheiro em favor se seu sobrinho, Fernando, maior e capaz, 
caso ele venha a se casar com Leila. Sônia faz constar, ainda, cláusula de irrevogabilidade 
da doação por eventual ingratidão de seu sobrinho. Fernando, por sua vez, aceita 
formalmente a doação e, poucos meses depois, casa-se com Leila, conforme estipulado. 
No dia seguinte ao casamento, ao procurar sua tia para receber a quantia estabelecida, 
Fernando deflagra uma discussão com Sônia e lhe dirige grave ofensa física. A respeito da 
situação narrada, é correto afirmar que Fernando 
 
a) não deve receber a quantia em dinheiro, tendo em vista que a doação é nula, pois 
deveria ter sido realizada por escritura pública. 
 
b) deve receber a quantia em dinheiro, em razão de o instrumento de doação prever 
cláusula de irrevogabilidade por eventual ingratidão. 
 
c) não deve receber a quantia em dinheiro, pois dirigiu grave ofensa física à sua tia 
Sônia. 
d) deve receber a quantia em dinheiro, em razão de ter se casado com Leila e 
independentemente de ter dirigido grave ofensa física a Sônia.

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