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A. lumbricoides e t canis2013.2

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Ascaris lumbricoides 
Bárbara Soares 
Universidade Federal da Bahia – UFBA 
Instituto de Ciências da Saúde – ICS 
Departamento de Bio-Interação 
Ascaris lumbricoides 
Filo - Nematoda 
Superfamília - Ascaridoidea 
Família -Ascarididae 
Subfamília - Ascaridinae 
Gênero - Ascaris 
 
• A. lumbricoides - agente etiológico da ascaridíase; 
• Helminto parasita do intestino delgado do homem; 
• Helminto cosmopolita; 
• Freqüência dependente do grau sócio-econômico da população; 
Ascaris lumbricoides Linaeus, 1758 
 
Nome popular- lombriga 
 
 
Ascaridíase 
 
 
 
Geo-helmintoses: helmintos que não necessitam de um hospedeiro 
intermediário, mas cuja maturação de ovos ou larvas se faz no solo 
(Trichuris trichiura,Ancylostoma duodenale, Necator americanus, 
Strongyloides stercoralis). 
 
Prevalência de aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas no 
mundo; 
 
Ásia (73% de prevalência); 
 
África (12% de prevalência); 
 
América Latina (8% de prevalência); 
 
Prevalente em crianças de 1-2 anos de idade (hábitos de 
higiene); 
 
 
Ascaris lumbricoides 
http://www.medicine.mcgill.ca/tropmed/imagesplaty/mapworm.jpg 
Ascaris lumbricoides 
Lombrigas ou bichas!! 
 
 Helminto nematóide 
 família Ascarididae 
 
... maior parasito habitual do homem. 
 
Localização: duodeno e no jejuno. 
 
 ...produzem um quadro clínico variado 
denominado ascaríase. 
 
 
Referencial-> vermes de crianças com baixa carga parasitária e 
bem nutrida. 
Ascaris lumbricoides: 
A, fêmea; B, macho 
Ascaris lumbricoides 
Ascaris lumbricoides: 
A, fêmea; B, macho 
 
♂ : 15 a 30 cm de 
comprimento. 
 
Extremidade posterior: 
fortemente recurvada 
para a face ventral, com 2 
espículos. 
 
♀ : 30 a 40 cm de 
comprimento (em 
infecções maciças, 
~10cm); é mais 
robusta que o macho. 
Extremidade 
posterior retilínea. 
 
Ascaris lumbricoides 
Morfologia 
Formas adultas 
Parasitos cilíndricos, longos, robustos, coloração branca 
- levemente rosada e boca trilabiada. 
 
 
Machos 
20-30 cm de comprimento; 
Extremidade posterior encurvada para parte ventral; 
 
Fêmeas 
30-40 cm de comprimento; 
Extremidade posterior retilínea; 
 
 
A. Lumbricoides - boca trilabiada 
Parasitos dióicos (dimorfismo sexual) 
Forma adulta de A. lumbricoides Forma adulta de A. lumbricoides Diferenciação entre 
macho (ponta enrolada) 
e fêmea (ponta reta) 
do Ascaris. 
Fonte: www.cdfound.to.it/html/atlas.htm#atlas 
Morfologia 
Ovos 
Grandes e ovais, cápsula espessa (membrana mamilonada-> 
formada por mucopolissacarídeos); 
Tamanho - 50m 
Apresentam 3 membranas (interna, média e externa) 
Cor - originalmente branco, castanha (fezes) 
 
 
 
Ovo infértil de A. 
lumbricoides 
Ovo fértil de A. 
lumbricoides 
Ovo fértil de A. 
lumbricoides (decorticado) 
Morfologia 
Hábitat 
 
Infecções moderadas – jejuno e íleo (intestino delgado do homem; 
Infecções intensas – todo intestino delgado (preso a mucosa/migram 
pela luz inestinal) 
 
Ciclo biológico 
 
Monoxênicos (possuem apenas 1 hospedeiro); 
Monogenéticos (sem alternância de gerações - somente sexuada) 
Fêmeas -200.000 ovos/dia 
Ingestão de ovos contendo L3 (forma infectante); 
 
Biologia 
Ciclo Biológico 
Fonte: www.dpd.cdc.gov 
L3 
Esôfago filarióide 
24-48h 
2-3d 
4-5d 
8d > L4 
rompimento 
dos capilares L5 
Fixação- 
intestino 
delgado 
20-30d –Adultos 
 
60d- maturidade 
sexual 
 
Longevidade -2 
anos 
Ciclo Biológico 
Transmissão 
Água e alimento infectados contendo L3; 
Depósito subungueal (crianças); 
Insetos e poeira (ovos embrionados); 
 
Patogenia e Sintomatologia 
Larvas 
Infecções intensas: lesões hepáticas e pulmonares; 
Fígado - hemorragia e necrose 
Pulmão - hemorragia e quadro pneumônico (catarro 
sanguinolento e larvas do parasito) 
 
Patogenia e Sintomatologia 
Adultos 
Ação espoliadora: subnutrição e depauperamento físico e mental; 
Ação tóxica: imunógenos parasitário; 
Ação mecânica: irritação da parede intestinal e obstrução da luz 
intestinal; 
Localização ectópica: 
Apêndice cecal – apendicite aguda; 
Canal colédoco – obstrução; 
Canal de Winsurg – pancreatite aguda; 
Eliminação do parasito pela boca e narinas; 
Adultos e larvas – ouvido médio e trompa de Eustáquio 
Aparelho respiratório - pneumonia difusa, febre, tosse, 
manifestações alérgicas e eosinofilia elevada (Síndrome 
de Löeffler); 
 
 
Aparelho digestivo - cólica, dor epigástrica, má 
digestão, náuseas, perda de apetite, emagrecimento; 
 
 
Sistema nervoso - meningite, nervosismo, 
excitabilidade e irritabilidade aumentada, insônia, 
convulsões; 
 
 
Metabólicas - hipoglicemia; 
Patogenia e Sintomatologia 
Infecção maciça - “áscaris errático” 
Patogenia e Sintomatologia 
Clínico 
Pouco sintomático (difícil diagnóstico); 
 
Laboratorial 
Pesquisa de ovos nas fezes (Sedimentação espontânea 
e Kato Katz); 
 
Obs: 
Infecções exclusivamente com fêmeas – ovos 
inférteis; 
Somente com machos – exame negativo; 
Diagnóstico 
Tratamento 
Antiparasitários de amplo espectro: Benzimidazóis 
 
Albendazol - suspensão oral (100mg/5ml), comprimidos (200 e 
400 mg) e dose única de 400mg; 
Mebendazol - suspensão oral (100mg/5ml), comprimidos (100 e 
500 mg) e dose única de 500mg; 
 
Outros Antiparasitários 
 
Levamisol - comprimidos 40 mg (dose única de 2,5 mg/kg); 
Pomoato de Pirantel - comprimido 250 mg (dose única de 10 
mg/Kg) 
Ivermectina – 0,1 e 0,2 mg/Kg 
 
 
Tratamento em massa dos habitantes das áreas endêmicas 
(drogas ovicidas); 
 
Tratamento das fezes humanas (fertilizantes); 
 
Saneamento básico (rede de esgoto, fossas sépticas); 
 
Proteção dos alimentos contra insetos e poeira; 
 
Educação para a saúde; 
 
 
Controle 
 Bárbara Soares 
Toxocara canis 
T. canis é um geo-helminto cosmopolita; 
Hospedeiro principal – cães, principalmente filhotes; 
Hospedeiro paratênicos – homem e camundongos 
(infecção experimental); 
Causa a síndrome da larva migrans visceral e ocular 
(LMV e LMO) – estágio larval instala-se nos tecidos; 
SUBFAMÍLIA: 
TOXOCARINAE 
Gênero : Toxocara 
Quem é o Toxocara canis ? 
Formas evolutivas 
Ovo embrionado de T. 
canis 
Larva de T. canis (eclosão do ovo) 
Forma adulta – Fêmea e macho de 
T. canis 
 
Forma evolutiva infectante – ovos contendo a L3 (28d); 
 
Água e alimentos contaminados com ovos (L3)- resistentes 
a fatores ambientais; 
 
Consumo de carne ou vísceras crua ou mal cozida do 
hospedeiro paratênico (suínos, aves, ruminantes); 
 
Ingestão de ovos(L3)  eclosão no intestino delgado  
parede intestinal  circulação  organismo  
granulomas eosinofílicos; 
Infecção no ser humano 
Ingestão de 
ovos 
contendo L3 
Atingem 
fígado e 
pulmão-> L4 
Brônquios -> 
deglutição 
L3 segue 
circulação 
arterial 
Transmissão 
transplacentária 
Ingestão de 
leite materno 
1° Infecção 
2° ou + Infecção 
Uma vez infectada, a cadela pode albergar 
parasitas para infectar várias gerações 
Aves roedores e ruminantes 
podem funcionar como 
hospedeiros - migração 
hepatotraqueal 
 
Infecção em animais 
Despommier, Clin. Microbiol. Rev., 16:265-272, 2003 
Porção do intestino delgado de um cão com T. canis adultos 
Animais ingerem ovos embrionados 
e desenvolvem adultos 
Ovos saem nas fezes e 
Embrionam no solo 
Ovossão 
ingeridos 
Larvas eclodem no 
Intestino delgado e 
atravessam a parede 
Larvas migram 
Para todos os órgãos 
via circulação 
PATOLOGIA 
OLHO 
SNC 
FÍGADO 
Adultos vivem no intestino 
delgado do cão e do gato 
Larva migrans visceral 
Despommier, Clin. Microbiol. Rev., 16:265-272, 2003 
Ciclo biológico 
www.dpd.cdc.gov 
4 semanas 
L3 
Manifestações clínicas 
Quadro clássico da síndrome da larva migrans 
visceral: 
 
 
Leucositose, hipereosinofilia sanguínea, hepatomegalia, 
manifestações pulmonares, cardíacas e linfadenite; 
 
 
Tosse, anorexia, dispnéia e dores abdominais; 
 
 
Manifestações neurológicas: ataques epileptiformes, meningite e 
encefalite; 
Quadro da síndrome da larva migrans ocular 
 
 
Endoftalmia crônica; 
 
Hemorragia retiniana 
 
Iridociclites 
 
Catarata; 
 
Queratite e lesões orbitária; 
 
Manifestações clínicas 
TOXOCARÍASE HUMANA 
Larva migrans ocular Larva migrans ocular 
Manifestações clínicas 
Lesão num olho de menina de 8 anos enucleado por suspeita 
de retinoblastoma 
Cristalino 
Lesão 
Larva de Toxocara 
Em corte transversala 
Manifestações clínicas 
Diagnóstico 
Larva migrans: 
 
 
 
Identificação das larvas nos tecidos (biópsia); 
 
Eosinofilia persistente e hipergamaglobulinemia (IgM e 
IgG); 
 
ELISA: antígeno excretório/secretório das larvas após 
adsorção do soro com antígeno de Ascaris lumbricoides 
(detecção de anticorpos específicos); 
Tratamento 
Larva migrans visceral: 
 
Autolimitante (6-18 meses); 
 
Anti-helmínticos: 
 
Albendazol (5 mg/Kg) – 2 vezes ao dia/5 dias; 
Ivermectina (12 mg) – dose única 
Tiabendazol (25 mg/Kg) - 2 vezes ao dia/3 dias; 
 
Larva migrans ocular: 
 
Corticóides na fase inicial da lesão retiniana; 
 
Virectomia - granulomas 
 
Anti-helmínticos: pouca eficácia 
 
 
Epidemiologia 
Síndrome da larva migrans – presença de cães e gatos 
em praias parques e praças públicas; 
 
Crianças com idade de 2 anos (LMV); 
 
Crianças mais velhas e adultos com história de 
geofagia (LMO); 
 
Cãezinhos – principal fonte de infecção; 
Fonte: Santos e cols; R. Ci. méd. biol., Salvador, v. 5, n. 1, p. 40-47, 
jan./abr. 2006 
Epidemiologia 
Controle 
Conscientização da população (proprietários de cães); 
 
Evitar andar descalço em locais freqüentados por cães 
e gatos; 
 
Recolher as fezes de cachorro; 
 
Exame de fezes de cães e gatos; 
 
Tratamento com anti-helmínticos de amplo espectro; 
 
Controle de cães e gatos errantes; 
 
• 1. NEVES, DP.; MELO, A.L.; GENARO, O. et al. Parasitologia humana. 11ª ed. São 
Paulo: Atheneu, 2005. 
 
• 2. REY, L. Parasitologia. 3ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2001. 
 
• 3. DE CARLI, G.A. Parasitologia Clínica. São Paulo: Editora Atheneu, 2001. 
 
• 4. CIMERMAN, B; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos 
gerais. 2ª ed., São Paulo: Atheneu, 2005. 
 
• 5. HINRICHSEN, S.L. DIP- Doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2005. 
 
• 6. AMATO, V; GRYSCHECK, R.C.B; AMATO, V.S; TUON, F.F. Parasitologia uma 
abordagem clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
 
• Arq. Bras. Oftalmol. vol.63 no.5 São Paulo Oct. 2000. 
 
 
 
 
Referências

Outros materiais