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VI DOENÇAS DO TRABALHO

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Disciplina Engenharia de Segurança do Trabalho
Plano de Ensino
Unidade
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CH
VI – DOENÇAS DO TRABALHO
1.      A relação: homem x trabalho x saúde.
2.      Conceitos de saúde e doença.
3.      Legislação sobre doença ocupacional: doença profissional x doença do trabalho.
4 - Histórico das Doenças Ocupacionais
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Disciplina Engenharia de Segurança do Trabalho
VI – DOENÇAS DO TRABALHO
DOENÇA DO TRABALHO
1 – A relação: homem x trabalho x saúde.
Doença do Trabalho
A Doença Ocupacional é toda aquela doença que causa alteração na saúde de qualquer trabalhador, em qualquer área de execução do serviço, desde as tarefas mais simples, até as mais complexas. E deve estar sempre relacionada ao tipo de ocupação que o trabalhador exerce, como o câncer que se desenvolve em trabalhadores de minas de metais ou carvão.
Qualquer tipo das doenças ocupacionais pode ser adquirido através de exposição do paciente a diversos tipos de agentes nocivos como radioativos, físicos, biológicos e químicos. 
DOENÇA DO TRABALHO
1 – A relação: homem x trabalho x saúde.
Doença do Trabalho
Porém, em situações que esses agentes estejam em níveis além dos tolerados pela lei e ainda que a pessoa portadora da doença tenha sido exposta a eles sem a proteção adequada.
Há diversos tipos de doenças ocupacionais. Porém, as mais comuns são aquelas relacionadas ao sistema respiratório e as de pele, como: Asbestose, câncer de pele ocupacional, silicose, dermatite de contato e muitas outras.
Abaixo estão listadas as 10 principais doenças que podem ser desenvolvidas no trabalho.
DOENÇA DO TRABALHO
1 – A relação: homem x trabalho x saúde.
LER/DORT (Lesão por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)
Provocada por movimentos repetitivos ou por posturas inadequadas, chamadas de posturas anti-ergonômicas. Deve-se ter cuidado no diagnóstico, pois muitas pessoas confundem a LER com uma simples torção ou mal posicionamento em algum movimento.
Antracose
Lesão pulmonar ocasionada por diferentes agentes que são adquiridos nas áreas de carvoarias. A doença pode ser o ponto de partida para outros problemas ainda mais graves e afeta, principalmente, os trabalhadores que têm contato direto com a fumaça do carvão.
DOENÇA DO TRABALHO
1 – A relação: homem x trabalho x saúde.
Bissinose
Doença causada pela poeira das fibras de algodão, que afeta principalmente as pessoas que trabalham na indústria algodoeira.
Surdez temporária ou definitiva
Quando o trabalhador está exposto em uma área ruídos constantes, ele começa a perder a sensibilidade auditiva e isso pode se tornar irreversível. A perda auditiva se torna definitiva de forma lenta, silenciosa e prolongada. É mais comum entre operários de obras de construção que utilizam equipamentos que emitem ruídos e operadores de telemarketing.
DOENÇA DO TRABALHO
1 – A relação: homem x trabalho x saúde.
Dermatose ocupacional
Pessoas que trabalham com graxa ou óleo mecânico podem desenvolver reações alérgicas crônicas, de forma que a pele cria placas.
Câncer de pele
Pessoas que trabalham, por exemplo, em lavouras, têm grandes chances de desenvolver o câncer de pele devido à excessiva exposição ao sol. A doença é bastante comum no Brasil, mas só pode ser considerada ocupacional se estiver relacionada à atividade profissional desenvolvida. Uma pessoa que trabalha em um escritório, sem se expor ao sol, por exemplo, pode ter o câncer de pele por outros e não terá assistência do INSS.
DOENÇA DO TRABALHO
1 – A relação: homem x trabalho x saúde.
Siderose
Pessoas que trabalham nas minas de ferro acabam inalando partículas microscópicas de ferro. Estas partículas acabam se alojando nos bronquíolos, provocando falta de ar constante.
Catarata
Quem trabalha em lugares de altas temperaturas pode desenvolver a perda do cristalino, ocasionando a cegueira. Assim como o câncer de pele, a doença atinge uma parcela significativa da população brasileira, principalmente os idosos, e precisa ter relação direta com o trabalho para ser considerada ocupacional.
DOENÇA DO TRABALHO
1 – A relação: homem x trabalho x saúde.
Doenças por função
Pessoas que trabalham com alimentos, por exemplo, podem se contaminar pelos produtos orgânicos que são utilizados.
Doenças psicossociais
Problemas como depressão, ou de outra ordem emocional, muitas vezes estão associados a carga horária excessiva, a pressão no trabalho, ou algum desentendimento na área de trabalho. Elas podem acabar desenvolvendo no trabalhador um desânimo prolongado no convívio de trabalho, ocasionando uma tristeza profunda.
DOENÇA DO TRABALHO
2 – Conceito Saúde e Doença.
Saúde
A definição de saúde possui implicações legais, sociais e econômicas dos estados de saúde e doença; sem dúvida, a definição mais difundida é a encontrada no preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da Saúde: saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.
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DOENÇA DO TRABALHO
2 – Conceito Saúde e Doença.
A Doença (do latim dolentia, padecimento) designa em medicina e outras ciências da saúde um distúrbio das funções de um órgão, da psique ou do organismo como um todo que está associado a sinais e sintomas específicos.[Pode ser causada por fatores externos, como outros organismos (infecção), ou por disfunções ou mau funcionamento interno, como as doenças autoimunes. A Patologia é a ciência que estuda as doenças e procura entendê-las.
Resulta de consciência da perda da homeostasia de um organismo vivo, total ou parcial, estado este que pode ocorrer devido a infecções, inflamações, isquemias, modificações genéticas, sequelas de trauma, hemorragias, neoplasias ou disfunções orgânicas.
DOENÇA DO TRABALHO
3 – Legislação sobre doença ocupacional: doença profissional x doença do trabalho.
Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro - Código do Trabalho - Artº 283º e 284º - (Prevê o direito à reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais)
Lei nº 98/2009, de 4 de setembro - (Regulamenta o regime de reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais)
Decreto-Lei nº 2/82, de 5 de janeiro - (Determina a obrigatoriedade da participação de todos os casos de doença profissional à Caixa Nacional de Seguros de Doenças Profissionais)
Decreto-Lei nº 159/99, de 11 de maio, alterado pelo Decreto-Lei nº 382-A/99, de 22 de setembro  - (Regulamenta o seguro obrigatório de acidentes de trabalho para os trabalhadores independentes)
DOENÇA DO TRABALHO
3 – Legislação sobre doença ocupacional: doença profissional x doença do trabalho.
Decreto Regulamentar nº 6/2001, de 5 de maio, alterado pelo Decreto Regulamentar nº 76/2007, de 17 de julho -  (Índice Codificado das doenças profissionais)
Portaria nº 256/2011, de 5 de julho - (Aprova a parte uniforme das condições gerais da apólice de seguro obrigatório de acidentes de trabalho para trabalhadores por conta de outrem, bem como as respetivas condições especiais uniformes)
Portaria nº 122/2012, de 3 de maio - (Procede à atualização anual das pensões de acidentes de trabalho, para o ano de 2012)
4 - Histórico das Doenças Ocupacionais
Registro em papiros egípcios
Idade média: riscos dos ourives, a asma dos mineiros
Em 1700, a ciência da medicina ocupacional surge na Itália com o trabalho de Bernardino Ramazzini que publicou um livro intitulado: De Morbis Artificum Diatriba (Doenças dos Trabalhadores), a primeira obra sobre doenças ocupacionais
Pai da Medicina Ocupacional o Dr. Robert Baker
Na primeira metade do século XIX, com a Revolução Industrial e conseqüentemente com o aumento da necessidade de consumo da força de trabalho, há um aumento das doenças do trabalho, resultante da submissão dos trabalhadores a um processo acelerado e desumano de produção.
Em 1830, o primeiro serviço de medicina do trabalho
1842, na Escócia, Inicia-se a prevenção comum serviço de medicina ocupacional
Após a Segunda Guerra Mundial a França foi o primeiro país a criar a obrigação de haver
serviços médicos em empresas que empregassem a partir de dez trabalhadores.
4 - Histórico das Doenças Ocupacionais
1891 surge no Brasil a primeira legislação sobre condições de trabalho, através da promulgação do Decreto nº 1.313 – inspeção
1918, através do Decreto nº 3.550, foi criado o Departamento Nacional do Trabalho no âmbito do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
Em 1931 surgiu no Brasil um sistema nacional de inspeção do trabalho, com a criação do Departamento Nacional do Trabalho no âmbito do também recém-criado Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Posteriormente, em 1932, foram criadas as Inspetorias Regionais do Ministério do Trabalho com o objetivo de fiscalizar a aplicação das leis e regulamentos.
Em 1934, é criada a Inspetoria de Higiene e Segurança no Trabalho.
Em 1957 foi aprovado o Regimento das Delegacias Regionais do Trabalho (DRT).
1975 o Serviço de Segurança e Medicinado Trabalho (SSMT), a atual Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST).
Esta Secretaria é o órgão de âmbito nacional responsável por coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares, em todo o território nacional.
4 - Histórico das Doenças Ocupacionais
Os direitos dos trabalhadores quanto ao risco no trabalho estão estabelecidos no Artigo 7º da Constituição Federal de 1988, enquanto que a legislação ordinária sobre a questão faz parte da legislação trabalhista e está contida na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e em legislação complementar.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII -adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL, 1988).
Em 1978, o Ministério do Trabalho, através da Portaria nº 3.214, aprovou as Normas Regulamentadoras (NRs) relativas à segurança e medicina do trabalho. Em 1988, através da Portaria nº 3.067, foram aprovadas as Normas Regulamentadoras Rurais (NRRs).
Entretanto, a partir do final de 1994, com a entrada em vigor da nova NR-7, o enfoque da inspeção do trabalho passou a considerar as questões coletivas de trabalhadores, privilegiando a clínica e a epidemiologia na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho.

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