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VII ERGONOMIA

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Disciplina Engenharia de Segurança do Trabalho
Plano de Ensino
Unidade
Subunidades
CH
VII -ERGONOMIA
1.      Ergonomia: introdução, conceitos, objetivos e evolução.
2.      Abrangência e aplicação.
3.      Intervenção ergonômica (métodos e técnicas em ergonomia).
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Disciplina Engenharia de Segurança do Trabalho
VII – ERGONOMIA
ERGONOMIA
1 – Ergonomia: introdução, conceitos, objetivos e evolução.
O QUE É ERGONOMIA ?
 A palavra 'Ergonomia' provém do grego Ergon (trabalho) e Nomos (estudo das regras e normas) .
O termo 'Ergonomia' é relativamente recente. Criado e utilizado pela primeira vez por K. Murrell foi adaptado oficialmente em 1949, aquando da criação da primeira sociedade de Ergonomia - a Ergonomics Research Society - onde se reuniam psicólogos, fisiologistas e engenheiros ligados a problemas de adaptação do trabalho ao Homem. 
ERGONOMIA
1 – Ergonomia: introdução, conceitos, objetivos e evolução.
 A Ergonomia: CIÊNCIA QUE ESTUDA A ADAPTAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO AO HOMEM BEM COMO A FORMA DAS FERRAMENTAS DE ACORDO COM A SUA FUNÇÃO 											
ERGONOMIA
1 – Ergonomia: introdução, conceitos, objetivos e evolução.
OBJETIVO DA ERGONOMIA.
 Uma prática destinada a resolver os problemas concretos do mundo do trabalho 
 Melhorar a adequação entre o Homem, a máquina e o ambiente físico de trabalho.
 Abrange diversas áreas; para além das militares, estuda o trabalho masculino, o feminino, infantil e dos idosos; considerando critérios relativos à segurança, eficiência e produtividade, e ainda a qualidade de vida, bem-estar social e satisfação pessoal.
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ERGONOMIA
1 – Ergonomia: introdução, conceitos, objetivos e evolução.
Oficialmente, a Ergonomia nasceu em 1.949, derivada da época da 2ª Guerra Mundial. Durante a guerra, centenas de aviões, tanques, submarinos e armas foram rapidamente desenvolvidas, bem como sistemas de comunicação mais avançados e radares. Ocorre que muitos destes equipamentos não estavam adaptados às características perceptivas daqueles que os operavam, provocando erros, acidentes e mortes. Como cada soldado ou piloto morto representava problemas seríssimos para as Forças Armadas, estudos e pesquisas foram iniciados por Engenheiros, Médicos e Cientistas, a fim de que projetos fossem desenvolvidos para modificar comandos (alavancas, botões, pedais, etc.) e painéis, além do campo visual das máquinas de guerra. Iniciava-se, assim, a adaptação de tais equipamentos aos soldados que tinham que utilizá-los em condições críticas, ou seja, em combate.
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ERGONOMIA
1 – Ergonomia: introdução, conceitos, objetivos e evolução.
À exceção de algumas determinações relativas à iluminação, emissão de ruídos e conforto térmico, até 1990 os trabalhadores brasileiros não dispunham de qualquer regulamentação ergonômica oficial para a execução de tarefas que apresentassem risco potencial de lesões por esforço repetitivo e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT).
No entanto, em 23 de novembro daquele ano, por meio da Portaria nº 3.751, o Ministério do Trabalho publicou a Norma Regulamentadora nº 17 (NR 17), estabelecendo parâmetros para a adequação dos postos às características psicofísicas dos trabalhadores.
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ERGONOMIA
2 - Abrangência e aplicação.
NR 17 - 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. 
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
ERGONOMIA
2 - Abrangência e aplicação.
NR 17
Sumário
17.2. Levantamento, Transporte e Descarga Individual de Materiais 
17.3. Mobiliário dos Postos de Trabalho 
17.4. Equipamentos dos Postos de Trabalho 
17.5. Condições Ambientais de Trabalho 
17.6. Organização do Trabalho
ANEXO I - Trabalho Dos Operadores De Checkout
ANEXO II - Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing
ERGONOMIA
3 - Intervenção ergonômica (métodos e técnicas em ergonomia).
17.1.2. ...cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho...
Existem vários métodos de analise ergonômica, 
4 - As patologias mais frequentes nos trabalhadores que realizam actividades de movimentação de materiais e esforços intensos são as seguintes:
Dentre as inúmeras doenças profissionais que vem atormentando os trabalhadores dos mais diversos sectores de actividade, destaca-se um grupo das LER/DORT/DMO- Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho/Distúrbios Músculo-esqueléticos Ocupacionais, que tem chamado a atenção dos médicos por ser altamente incapacitante. 
Pode afectar: tendões, músculos, nervos, ligamentos, etc., isoladamente ou associados, com ou sem degeneração de tecidos, atingindo principalmente, os membros superiores e coluna vertebral.
É uma doença de origem ocupacional decorrente, de forma combinado ou não: 
a) Do uso repetitivo de grupos musculares, 
b) Do uso forçado de grupos musculares, 
c) Manutenção de postura inadequada.
Hérnia de Virilha: esta doença é comum em trabalhadores que realizam actividades de movimentação de cargas. Acontece quando os trabalhadores dobram as costas em conjunto com o corpo, para levantar alguma carga. Este esforço cria uma pressão abdominal durante o estágio inicial do esforço. Esta pressão é percebida, devido a um aperto na região da cintura. A tensão causada por este esforço se dirige para baixo na cavidade abdominal, e as vísceras são empurradas contra a parede abdominal. Como consequência, os pontos mais fracos sofrem rupturas (parte mais baixa da parede do abdómen, uma de cada lado da região da virilha) (Moura, 1978). 
Hérnia de disco: a coluna vertebral, é composta por uma série de ossos (vértebras), separados por discos intervertebrais. Estes discos funcionam como um amortecedor de choques, e também auxiliam na movimentação da coluna vertebral (Moura, 1978). 
Ao se carregar qualquer peso, é importante que este seja distribuído de forma equilibrada em cada uma das vértebras e discos. Assim, se a coluna ficar fora do centro, torna-se desconfortável. Um trabalho frequente nestas condições gera danos crónicos. Daí a importância de manter a coluna direita no levantamento de cargas. 
É desaconselhável levantar ou manusear um peso, durante um movimento de rotação do corpo com base fixa. Nestes casos, os problemas acima mencionados são ampliados de forma alarmante. 
Fracturas; geralmente ocorrem por descuidos dos próprios trabalhadores, alguns exemplos são apresentados a seguir: 
I. Deixar cair cargas no pé, quando estas não são seguras de forma adequada ou o seu peso excede os limites do trabalhador; 
2. Não usar luvas, no caso de objectos cortantes; 
3.Deixar uma brecha entre o operário e a bancada é a causa de muitos acidentes (no caso de deixar cair o peso, e de tentar salvar a situação ).
Casos como os mencionados anteriormente, e outros, podem levar a sérias fracturas ou luxações dos músculos na parte inferior das costas.
Luxações; acontece quando a extremidade de um osso ao nível de uma articulação se desloca. 
O caso mais frequente, ocorrido nas actividades que movimentam cargas, dá-se nas costas, no momento de carregar uma carga, e fazer uma rotação com base (pés) fixa. 
As tensões desnecessárias de grupos musculares, sobretudo ao se usarem técnicas inadequadas, provocam um cansaço maior, tomando os músculos cansados ou fatigados, podendo provocar sérios danos aos tecidos musculares. 
Deformidades físicas; o emprego
de técnicas inadequadas, traduz-se na adopção de posturas inadequadas, afectando as curvas da coluna vertebral e alterando a musculatura. 
As deformidades acontecem quando o trabalhador utiliza os músculos ao ponto de se tornar um hábito.
Assim, observa-se que com o tempo, o trabalhador adopta uma postura que é característica de seu trabalho (Moura, 1978). 
Um exemplo claro desta situação, observa-se na seguinte figura, onde se vê a postura adoptada por um trabalhador jovem ao carregar um peso nas costas e a postura provocada pelo envelhecimento natural.

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