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1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTIFÓLIO ACADÊMICO 
 
 
 
 
 
Carolina Bergê Victor – 2013011847 
 
 
 
 
São Luís/MA 
2016 
2 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
PORTIFÓLIO ACADÊMICO 
 
 
 
 
Carolina Bergê Victor – 2013011847 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís/MA 
2016 
Portifólio Acadêmico apresentado à 
disciplina de Saúde da Criança como 
requisito para obtenção de nota. 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 4 
2 DIÁRIO DE ATIVIDADES 6 
3 DIÁRIO DE PESQUISA 15 
4 AUTO-AVALIAÇÃO 21 
5 AVALIAÇÃO CONSTRUTIVA 22 
6 CONCLUSÃO 23 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O cuidado à saúde da criança na atenção básica tem fundamental importância na 
redução da mortalidade infantil em países em desenvolvimento, porquanto os índices 
ainda se mostram elevados. Então, é no período de zero a cinco anos que a criança 
desenvolve grande parte do potencial físico, psicológico e emocional de toda a sua vida. 
Estas características conferem oportunidade para que se reconheçam os potenciais de 
saúde e as modificações próprias deste período da vida, ensejando que as famílias e os 
profissionais invistam em ações de promoção à saúde destes sujeitos (ALEXANDRE et 
al, 2012). 
Nessa perspectiva, diante de vários casos de crianças com atraso do 
desenvolvimento sem diagnóstico e de outras sendo encaminhadas tardiamente para os 
serviços de estimulação precoce para tratamento especializado, a Organização Pan-
americana de saúde (OPAS) optou por implantar o Programa de Vigilância do 
Desenvolvimento Infantil no contexto da Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na 
Infância (AIDPI), a fim de estimular o profissional a avaliar o desenvolvimento 
neuropsicomotor em menores de dois anos. Para isso, foi elaborado um instrumento para 
capacitação dos profissionais de saúde da atenção básica sobre desenvolvimento infantil, 
utilizando a metodologia AIDPI (FIGUEIRAS et al, 2005). 
A criança, quando internada, se vê retirada do ambiente que lhe era familiar, 
privada de dar continuidade a aspectos vitais do seu cotidiano, sobretudo o convívio de 
pessoas queridas, o andar, o passear, o conversar, o comer, dentre outros, e, tudo isso faz 
com que o seu sofrimento seja exacerbado, até porque, frequentemente, é concentrada a 
atenção daqueles que cuidam no hospital, na tecnologia utilizada. A reciprocidade no 
cuidado à criança, entre a equipe de saúde e a família, pode favorecer uma melhor 
identificação das necessidades da criança possibilitando, assim, o planejamento de um 
cuidado mais integral, holístico e humano. A troca de experiências entre os cuidadores 
pode possibilitar um melhor relacionamento entre os profissionais, a criança e sua família, 
minimizando, possivelmente, a crise vivida e o sofrimento da família com a doença e a 
hospitalização (GOMES, 2005). 
A avaliação das condições de nascimento do recém-nascido (RN) é uma atitude 
imprescindível, pois norteará as condutas da equipe de saúde, incluindo-se aí os 
5 
 
procedimentos de manutenção do equilíbrio fisiológico e hemodinâmico desse bebê 
(CARSOSO et al, 2007). As Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) passaram 
por um processo de evolução que influenciou de forma significativa na redução da taxa 
de morbidade e mortalidade entre os prematuros e recém-nascidos (RN) de muito baixo 
peso ao nascer (KAKEHASHI et al, 2012). 
A disciplina de Saúde da Criança tem por objetivo desenvolver competências e 
habilidades nas atividades de cuidados e de investigação nos níveis de promoção, 
proteção, prevenção, tratamento e reabilitação no processo saúde-doença da criança, do 
adolescente e da família. Visando isso as práticas de campo possibilitam ao aluno 
vivenciar tais competências e habilidades 
 
6 
 
2 DIÁRIO DE ATIVIDADES 
 
A prática de Saúde da Criança iniciou dia 11 de julho de 2016. De segunda à 
quarta na Unidade Básica de Saúde Vila Cafeteira, quinta e sexta no Materno Infantil. 
Dia Setor Professor 
06.07 SENABS Georgina/ Marinese 
07.07 SENABS Georgina/ Marinese 
08.07 SENABS Georgina/ Marinese 
11.07 Unidade Básica de Saúde Georgina 
12.07 Unidade Básica de Saúde Georgina 
13.07 Unidade Básica de Saúde Georgina 
14.07 Internação pediátrica Paula 
15.07 Internação pediátrica Marinese 
18.07 Unidade Básica de Saúde Georgina 
19.07 Unidade Básica de Saúde Georgina 
20.07 Unidade Básica de Saúde Georgina 
21.07 Internação pediátrica Paula 
22.07 Internação pediátrica Paula 
25.07 Unidade neonatal Marinese 
26.07 Unidade neonatal Marinese 
27.07 Unidade neonatal Marinese 
28.07 
29.07 Internação pediátrica Marinese/monitora 
01.08 Banco de Leite Humano Marinese 
02.08 Follow-up Marinese 
03.08 Avaliação do grupo Georgina/Marinese 
 
11.07, segunda-feira, UBS 
Às 7h30min, começou as consultas de enfermagem, utilizando a estratégia AIDPI. 
A professora atendeu as primeiras crianças, orientando as alunas quanto a anamnese, 
exame físico, classificações e preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança. Foram 
7 
 
atendidas 10 crianças, dentre elas, consultas de rotina, retorno e um caso de retorno 
imediato. Uma consulta não foi igual a outra e particularidades foram observadas em 
todas as consultas. 
Por exemplo, um bebê com três meses de idade, em amamentação exclusiva, foi 
observado estrabismo, os olhos deles sempre direcionados para direita, a mãe foi 
orientada a fazer exercícios para que seu filho olhe na direção contrária, colocando algo 
que chame atenção no lado esquerdo do berço e em cima para estimulá-lo a olhar para 
outras direções; em sua Caderneta de Saúde percebeu-se que a escala do IMC encontrava-
se em cima da linha escore z +2, a mãe foi orientada a conferir quantas mamadas são 
feitas por dia durante uma semana, utilizando o instrumento “Flor de Mãe”, e retornar 
com uma semana para avaliação. A “Flor de Mãe” é um instrumento didático e interativo 
para que a mãe possa conferir o número de mamadas por dia, durante um determinado 
período de tempo; confeccionada com material colorido e que possa ser riscado. No caule 
é escrito o nome da criança, o nome dos pais é escrito nas folhas, no miolo da flor, a data 
de nascimento, e o número de pétalas é inserido de acordo com o número de dias que será 
avaliado. A mãe é orientada a colocar um traço na pétala do dia em questão toda vez que 
a criança mamar, e nos dias subsequentes fazer a mesma tarefa, sendo uma pétala para 
cada dia. 
 
Depois de algumas consultas que a professora realizou, as alunas começaram a 
atender, será registrado aqui duas dessas consultas. 
8 
 
Criança A: Criança atendida pela Estratégia AIDPI, consulta de rotina de quatro 
meses. Ausência de sinais gerais de perigo. Perímetro cefálico: 42,5cm, perímetro 
torácico: 41cm, perímetro abdominal: 41cm, comprimento: 63cm, peso: 6.195g. 
Classificação de crescimento e desenvolvimento adequado para idade. Marcos do 
desenvolvimento para idade presentes. Em amamentação exclusiva, sem dificuldades. 
Orientado quanto a higiene e estimulação de retração do prepúcio. 
Criança B: Criança atendida pela Estratégia AIDPI, consulta de rotina, um ano e 
nove meses. Ausência de sinais gerais de perigo. Perímetro cefálico: 49,5cm, 
comprimento: 84cm, peso: 10.895g. Classificação de crescimento e desenvolvimento 
adequado para idade. Criança com erro alimentar: mingau diluído, adiçãode açúcar e 
comida pastosa. Orientado ao preparo do mingau, mesma alimentação da família e ajuste 
da dose de sulfato ferroso para nove gotas. Reforçando a orientação para acompanhar 
com algo rico em vitamina C, para melhorar absorção, lembrando a mãe sobre as fezes 
escurecidas e ressecadas, e caso a criança sinta dor de barriga dividir a dose ao meio, dar 
metade antes do almoço e a outra metade antes do jantar. 
Crianças até 2 anos 1mg/kg. Aproxima-se para 11kg, sendo assim 11mg de ferro 
elementar. Sabendo que em 1ml contem 25mg, logo: 
 
 
Sabendo que em 1ml contem 20 gotas, então 
multiplica-se 0,44 por 20, obtendo 9 gotas. 
 
12.07, terça-feira, UBS 
Às 7h30min, as alunas começaram a atender sob supervisão da professora. A avó 
da criança para quem foi feira a Flor de Mãe voltou para pegar o instrumento. 
Criança C: Criança atendida pela Estratégia AIDPI, consulta de rotina de três 
meses. Ausência de sinais gerais de perigo. Perímetro cefálico: 39cm, perímetro torácico: 
41cm, perímetro abdominal: 39cm, comprimento: 59,5cm, peso: 5.115g. Classificação de 
crescimento e desenvolvimento adequado para idade. Marcos do desenvolvimento para 
idade presentes. Em amamentação exclusiva, sem dificuldades. Orientado quanto a 
9 
 
higiene e estimulação de retração do prepúcio. Encaminhado à sala de vacinação para 
fazer a vacina meningocócica. 
13.07, quarta-feira, UBS 
Às 7h30min, as alunas começaram a atender sob supervisão da professora. 
Foi observado durante as consultas que as mães sentem muita dificuldade em 
continuar com a amamentação quando chegam ao quinto mês, querem inserir a 
alimentação complementar precocemente, por não acreditarem que o leite materno é 
suficiente para alimentar seu filho até os seis meses de vida. 
Criança D: Recém-nascida com 27 dias de vida. Pré-natal incompleto, quatro 
consultas, sem exames, iniciou aos quatro meses. Não há parentesco entre os pais, 
ausência de pessoas na casa que consomem bebida alcoólica e/ou outras drogas. Não há 
relatos de violência na família. Parto distócico cesariano, com relato de aspiração de 
mecônio, passou cinco dias internada em uso de antibióticoterapia. Tem relato de 
broncoaspiração e cianose na segunda semana de vida, tendo sida hospitalizada por cinco 
dias. Atendida na consulta de enfermagem para consulta de rotina de um mês. Em 
amamentação exclusiva, sem dificuldades. Apresentou os reflexos, exceto o de marcha. 
Presença de hiperemia na resgião perianal. Nariz congestionado, dificultando a 
respiração, fez-se instilação nasal com soro fisiológico para descongestionar. Foi feita a 
demonstração e verificação de aprendizagem. Os dados antropométricos foram: perímetro 
cefálico: 37cm, comprimento: 51,5cm e peso: 3.745g. classificação de desenvolvimento 
e crescimento com fator de risco. Fez BCG e Hepatite B e teste do ouvidinho, orientada 
quanto ao teste do pezinho. Orientada quanto ao banho na hora mais quente da manhã, 
desencorajada ao uso de talco. 
14.07, quinta-feira, internação pediátrica, Materno Infantil 
A professora iniciou uma roda de conversa sobre como seria a prática de saúde da 
criança na internação pediátrica, elencando três objetivos, sendo eles: 1. Apropriar-se da 
rotina da equipe de enfermagem no setor; 2. Prestar assistência de enfermagem e 3. Saber 
como se dá a parte burocrática da enfermagem no setor em questão. Explicou sobre como 
a comunicação com as crianças e seus responsáveis é essencial para uma assistência de 
qualidade. Orientou quanto uma atividade para semana seguinte, tal atividade consistiu 
10 
 
em revisar a teoria dos procedimentos, estudar sobre cuidados paliativos e cuidado 
assistencial na pediatria. 
Um roteiro dos dias de prática na internação pediátrica foi criado. 1º Dia: conhecer 
o setor e comunicação com as crianças. 2º Dia: Plantão, rotina e procedimentos. 3º Dia: 
atividades com as crianças em cuidados paliativos e avaliação do grupo. 
1º Dia. Depois das orientações, o grupo foi levado a ALA E, onde foi apresentado 
o setor, conhecendo as enfermarias e tendo contato com as crianças e pais. Logo depois 
o grupo se dirigiu a ALA A, onde a professora passou um exercício, em cada enfermaria 
ficou duas alunas para conversar com as crianças e obter informações tais como: nome, 
idade, quadro, alimentação, eliminações e estado atual. Não houve dificuldades em 
conversar com as crianças, a comunicação fluiu naturalmente. 
Criança E: Nome: X, idade: 8 anos, quadro: POI de confecção de colostomia, 
alimentação: dieta oral, eliminações: por sonda vesical de demora e colostomia, estado 
geral: estável. 
Criança F: Nome: Y, idade: 3 anos, quadro: problema renal (informação dada pela 
mãe), alimentação: dieta oral, eliminações: presentes e espontâneas, estado geral: estável. 
15.07, sexta-feira, internação pediátrica, Materno Infantil 
A prática nesse dia deveria ter sido em outro hospital, porém, por 
indisponibilidade de uma das professoras, o grupo precisou ser remanejado para o 
Materno Infantil, dividindo-o nas alas A e E. 
Foi realizada a visita multiprofissional, fazendo o levantamento das mudanças e 
dos procedimentos necessários. 
18.07, segunda-feira, UBS 
As consultas de enfermagem continuaram sob supervisão da professora. Uma 
criança foi atendida pela estratégia AIDPI apresentando tosse há uma semana, ausência 
de respiração rápida, batimento de asa de nariz, sibilância e nem mesmo retração 
subcostal, classificada como ‘não é pneumonia’. Classificação de crescimento e 
desenvolvimento adequado para idade. A mãe foi orientada quanto a medidas caseiras 
para alívio da tosse, controle de parasitose intestinal (mebendazol suspensão), higiene 
bucal. 
11 
 
19.07, terça-feira, UBS 
 Nesse dia foi atendida uma criança que a intervenção não era apenas com ela, mas 
com toda a família, pode-se perceber que o modo como foi conversado com a mãe, a fez 
tomar as devidas providencias. 
Criança G: Pré-natal incompleto, iniciou aos 3 meses. Não há relato de parentesco 
entre os pais. Ausência de pessoas na casa que consomem bebida alcóolica e/ou outras 
drogas. Não há relato de violência na família. Parto normal, permaneceu 3 dias na 
maternidade. Fez teste do pezinho e ouvidinho, BCG e Hepatite B. Criança de 4 meses 
atendida pela estratégia AIDPI, ausência de sinais gerais de perigo e sinais preditivos. 
Dados antropométricos: perímetro cefálico: 43cm, comprimento: 63cm e peso: 6.430g, 
IMC: 16. Classificação de crescimento e desenvolvimento adequado para idade. Marcos 
de desenvolvimento para idade presentes. Desenvolvimento normal com fator de risco. 
Problemas de alimentação, lactente em aleitamento materno + fórmula. Outros 
problemas, escabiose. Foi identificado que a mãe tem lesões pluriginosas caracterizado 
por escabiose. Orientada quanto a exercícios para retração do prepúcio; quanto a cuidados 
de higiene com as roupas do bebê; observar se há na casa outras pessoas com escabiose; 
após o banho do bebê com sabonete, enxaguar com solução de pergamanato de potássio; 
depois do banho da mãe à noite, passar benzoato de benzila no corpo todo. Foram feitas 
perguntas de verificação. Encaminhado à vacinação. 
 20.07, quarta-feira, UBS 
Criança H:Lactente com 1 mês e 5 dia. Pré-natal completo, a mãe relata que fez 
6 consultas, com exames. Não há parentesco entre os pais. Ausência de pessoas na casa 
que consomem bebida alcóolica e/ou outras drogas. Não há relato de violência na família. 
Parto distócico cesariano, permaneceu 4 dias na maternidade. Não fez triagem neonatal. 
Fez BCG e Hepatite B. Consulta de enfermagem de 1 mês, em amamentação exclusiva, 
sem dificuldades. Dados antropométricos: perímetro cefálico: 38cm, comprimento: 56cme peso: 4.665g. Classificação de crescimento e desenvolvimento adequado para idade. 
Apresentou os reflexos, exceto levantar a cabeça. Queixa de coriza, fez-se instilação nasal 
com soro fisiológico. Orientada quanto estimulação do prepúcio, exercícios para 
eliminação de gases. Orientada quanto a triagem neonatal. Incentivada ao não uso de 
chupeta. Foram feitas perguntas de verificação. 
21.07, quinta-feira, internação pediátrica, Materno Infantil 
12 
 
O grupo seguiu a rotina da equipe de enfermagem, fazendo a visita de 
enfermagem. A professora selecionou alguns procedimentos e as acadêmicas os fizeram. 
22.07, sexta-feira, internação pediátrica, Materno Infantil 
A atividade proposta no primeiro dia na internação pediátrica foi posta em prática 
nesse dia. O grupo foi dividido em dois, e cada trio foi direcionado a um paciente em 
cuidados paliativos para fazer histórico e exame físico. Antes de conversarem com a 
família, revisaram o prontuário para conhecer a história da criança em questão. Quando 
a conversa começou, foi impossível seguir o roteiro do histórico do hospital, a mãe se 
mostrou muito receptiva e contou sua história comovendo todo o grupo, depois de uma 
longa conversa, foi feito o histórico e exame físico, respeitando as limitações do paciente. 
A mãe estava ciente quanto ao quadro clínico do filho e se mostrou estável e segura para 
levar seu filho parar casa. 
25.07, segunda-feira, Unidade Neonatal 
Às 7h30min, começou uma visita pela UTI neonatal (UTIN), onde a professora 
responsável apresentou o setor, explicando a rotina e funcionamento dos equipamentos, 
falou do controle da iluminação e ruídos, para que não perturbe o recém-nascido pré-
termo; foi explicado como uma incubadora funciona, assim como a fototerapia. Nesse dia 
em questão, se encontrava um recém-nascido pré-termo com 24 horas de nascido, e a 
professora orientou a estudar sobre a pele e cuidados com a pele do recém-nascido pré-
termo. 
Em seguida o grupo se dirigiu à Unidade Intermediária, onde se dá a segunda etapa 
do Método Canguru, lá as mães permanecem com seus filhos em tempo integral para que 
possam realizar o canguru, lhes é oferecida instalação de qualidade com área de 
convivência, cozinha e copa, com direito a 6 refeições diárias. Enquanto estava lá, o grupo 
pode participar de uma consulta de retorno da terceira etapa do Método Canguru. O bebê 
estava se desenvolvendo bem e ganhando peso, a mãe estava segura e orientada, foi 
orientada quanto as vitaminas, continuar fazendo canguru com ela e com o pai, cabeceira 
do berço elevado, benefícios do leite materno, pega para amamentação e foi encaminhada 
ao Follow-up. 
Após a consulta houve uma roda de conversa e foi abordado o tema “mãe 
prematura”, pois entende-se que essa mulher foi mãe antes da hora, e assim como seu 
13 
 
filho, ela precisa ser acompanhada. Outros temas como enterocolite necrosante, que 
acomete 5 a15% dos RN pré-termo, síndrome de Moebius, síndrome de brida amniótica 
e diagnósticos de enfermagem também foram abordados. 
26.07, terça-feira, Unidade Neonatal 
Às 7h30min, o grupo chegou na Unidade Intermediária, e lá foi dito que o RN 
pré-termo citado no dia anterior que estava na UTIN tinha falecido naquela manhã. 
Fez-se a pesagem diária dos bebês, a supervisão da temperatura dos berços, 
fototerapia. Foi observado o comportamento das mães no setor e uma em especial chamou 
atenção, era uma mãe adolescente, percebeu-se que ela não tinha conhecimento da real 
situação de seu filho e não sabia lidar com as necessidades dele. Havia um RN em 
investigação para fechar o diagnóstico; os pais são primos de primeiro grau, no primeiro 
trimestre de gestação a mãe teve infecção urinária, no segundo, varicela e no terceiro, 
teve otite, o RN apresenta ventriculomegalia, sopro sistólico, mielomeningocele, 
encefalocele, encurtamento das falanges distais, pé-torto congênito, espinha bífida e está 
em investigação de hidrocefalia. Nesse dia foi feita uma gavagem e a professora explicou 
sobre o resíduo gástrico. A manhã terminou em uma palestra sobre cuidados paliativos 
na pediatria. 
 
27.07, quarta-feira, Unidade Neonatal 
Foi feito um estudo sobre oxigenoterapia, levantando os possíveis diagnósticos. A 
professora explicou todo o sistema a vácuo e ainda como fazer uma aspiração. 
 
29.07, sexta-feira, internação pediátrica, Materno Infantil 
O grupo foi dividido entre as alas A e E. Na ala A acompanhou-se a visita de 
enfermagem, identificando as necessidades e os procedimentos que precisavam ser feitos. 
Foi distribuído e cada acadêmica fez um mais a evolução do paciente. 
Durante a visita na enfermaria de neurologia, foi observado uma criança com 
hidrocefalia que apresentava febre contínua há 24 horas e anasarca. Foi explicado e 
demonstrado como fazer o nivelamento da DVE. 
14 
 
01.08, segunda-feira, Banco de Leite Humano 
Nesse dia começou a Semana Mundial de Aleitamento Materno, iniciou com uma 
palestra com os fonoaudiólogos sobre os benefícios da amamentação e os Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável, como o aleitamento materno irá ajudar nesses objetivos. 
Logo depois, os atendimentos começaram, primeiramente os bebês passaram por uma 
triagem com acadêmicos e residentes de enfermagem e nutrição. 
Em seguida, o grupo foi encaminhado para o setor de coleta de leite para doação, 
acompanhando orientações sobre amamentação, massagem nas mamas, extração de leite 
manual e mecânica. 
02.08, terça-feira, Follow-up 
O grupo foi fragmentado e direcionado ao Follow-up. Lá foram feitas consultas 
da terceira etapa do Método Canguru. Foram atendidas 6 crianças e todas elas tiveram 
alta por alcançarem 2.500g. 
 
 
 
15 
 
3 DIÁRIO DE LEITURA 
 
Consulta de enfermagem 
Avaliação da qualidade da consulta de enfermagem à criança no Programa de Saúde da 
Família (SAPAROLLI, 2006) 
A consulta de enfermagem, assegurada pela legislação de Enfermagem, deve ser 
repensada na perspectiva do Programa de Saúde da Família (PSF) que visa aprimorar e 
assegurar os princípios do Sistema Único de Saúde. A aplicação desta estratégia 
possibilita reorganizar a assistência básica à saúde para desenvolver ações de promoção, 
proteção e recuperação da saúde do indivíduo, da família e da comunidade; identificar 
precocemente a necessidade de tratamento das doenças, por meio da atuação de equipes 
de saúde, de caráter multiprofissional, capacitadas tecnicamente a prestar assistência 
integral resolutiva, contínua e de boa qualidade, para atender as necessidades de saúde da 
população cadastrada e atendida na unidade de saúde e na comunidade. Para que seja 
prestada com qualidade, é fundamental que os serviços de saúde disponham de estruturas 
adequadas no que se refere à área física e instalações, disponibilidade de materiais e 
equipamentos, número adequado de enfermeiras com capacitação específica, que 
interajam com o cliente e família na perspectiva da criação de vínculo e respeito à 
autonomia do usuário. 
 
Cuidados paliativos 
LUTO DA EQUIPE: revelações dos profissionais de enfermagem sobre o cuidado à 
criança/adolescente no processo de morte e morrer (COSTA. 2005) 
A morte continua sendo um grande mistério para a humanidade, mesmo com o 
avanço da tecnologia podendo prolongar a vida, trazendo cura e solução para casos não 
solucionáveis, ainda assim não frustra a muitos. Porque mesmo que prolongue a vida, não 
impede a morte em algum momento. Quando se trata de crianças e adolescentes, tal 
frustração torna-se ainda maior por interromper o ciclo vital tão cedo, pois mesmo 
podendo dar um tempo a mais, ainda com a certeza da morte, a tecnologia não ajuda no 
processo morrer. Os profissionaisnão são treinados a trabalhar com esse tipo de situação, 
oferecendo cuidados práticos e técnicos, não sabendo lidar com as outras necessidades do 
16 
 
paciente e família. Ainda assim, há sofrimento quando um paciente vai a óbito, gerando 
um sentimento de culpa e decepção. O estudo em questão teve o objetivo de investigar 
como os profissionais de enfermagem vivenciam o luto frente à morte de crianças e 
adolescentes hospitalizados. 
Os enfermeiros relataram que quanto mais tempo uma criança ou adolescente 
permanece internada, maior é o vínculo afetivo não só com o paciente, mas com a família, 
e quando esse laço é rompido com a morte, o sofrimento é ainda maior. Quando a 
internação é passageira e não dá tempo de criar laços forte, ainda há sofrimento, porém 
menos intenso. Os autores afirmam que o envolvimento é inevitável e que que torna a 
assistência mais qualificada, pois há maior interação profissional-paciente e as reais 
necessidades do paciente/família sejam vistas. O sofrimento é iminente, porém há casos 
em que há certo conforto, quando por exemplo, não tem mais chances, e torna-se maior 
quando poderia ser feito algo mais, pois o sentimento de impotência toma conta. 
Quando foi tratado o luto, a fala foi somente quanto aos familiares. Foi percebido 
que mesmo a equipe passando pelo luto, não é algo reconhecido. Os profissionais de 
enfermagem estão sofrendo e estão sozinhos nessa batalha travada entre a vida e a morte. 
É necessário ajudá-los a compreender a morte como uma etapa que precisa ser vivida e, 
também, ajudá-los a compreender o seu luto como sendo uma resposta necessária à perda 
e à morte de crianças/adolescentes que estavam sob seus cuidados. 
 
Síndrome de Brida 
BRIDA AMINIÓTICA: achados sonográficos e correlações etiopatogênicas (LOBATO, 
2008) 
A síndrome da brida aminiótica (ou sequência da brida aminiótica) é caracterizada 
pelo conjunto de malformações congênitas que pode incluir desde pequenos anéis de 
constrição e linfedema nos dedos, até anomalias congênitas maiores, envolvendo órgãos 
vitais no feto. A presença de múltiplas malformações maiores envolvendo órgãos nobres 
em geral determina prognóstico letal. Já bridas isoladas, particularmente das 
extremidades corporais, estão associados a melhores resultados perinatais e podem ser 
abordadas intra-útero por meio da lise fetoscópio. 
 
Síndrome de Moebius 
17 
 
A incidência de anomalias ortopédicas em portadores da sequência de Moebius e sua 
associação com o uso do misoprostol (ALMEIDA, 2007) 
A síndrome de Moebius consiste, principalmente, em alterações dos pares 
cranianos, como o comprometimento do VII par craniano – nervo facial –, que leva a uma 
paralisia facial periférica, com ausência da mímica facial, boca entreaberta e dificuldade 
em baixar a pálpebra; e também com o acometimento do VI par – nervo abducente –, 
ocasionando um estrabismo convergente. 
A incidência da SM no Brasil aumentou devido ao uso do misoprostol, análogo 
da prostaglandina E1, como abortivo no primeiro trimestre de gestação. A etiologia da 
SM pode estar relacionada à insuficiência vascular uteroplacentária na organogênese, 
levando a agenesia 
 
Pele 
A PELE DO RECÉM-NASCIDO PREMATURO SOB A AVALIAÇÃO DO 
ENFERMEIRO: cuidado norteando a manutenção da integridade cutânea (MARTINS, 
2009) 
As práticas de cuidados com a pele realizada diariamente nas UTIs Neonatais 
incluem a manutenção da temperatura e umidade do ambiente, por meio de incubadoras, 
o posicionamento, o banho, a lubrificação com óleos emolientes, o uso de soluções 
cutâneas para antissepsia, fixação ou remoção de adesivos para suporte à vida e aparelhos 
de monitorização, realização de procedimentos invasivos, como punções venosas ou 
arteriais. 
O manuseio apropriado da pele do recém-nascido pré-termo denota a valorização, 
pelo enfermeiro e sua equipe, dos detalhes inerentes nos cuidados prestados. É uma 
prática desafiadora, porém bela, responsável por repercussões no sistema de vida desses 
recém-nascidos prematuros, ou melhor, pela qualidade de vida. Tendo em vista a 
importância deste tegumento para a sobrevivência do prematuro, estratégias têm sido 
realizadas para manter a integridade da pele, para tanto, há necessidade de padronização 
dos cuidados de enfermagem, e que esta esteja presente na prescrição de enfermagem de 
cada RN, tornando possível a individualização do cuidado prestado à pele do prematuro. 
 
 
Enterocolite necrosante 
18 
 
EFICÁCIA DOS PROBIÓTICOS NA PROFILAXIA DE ENTEROCOLITE 
NECROSANTE EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS: revisão sistemática e meta-
análise (BERNARDO, 2012) 
A enterocolite necrosante (ECN) é patologia multifatorial que resulta da interação 
entre perda da integridade da mucosa intestinal e da resposta do hospedeiro a este dano. 
É determinada por isquemia intestinal, lesão de mucosa, edema, ulceração e passagem de 
ar ou bactérias pela parede, culminando em necrose de mucosa e de parede intestinal. 
Os principais fatores preexistentes que acarretam risco aumentado para 
desenvolvimento de ECN são prematuridade, nutrição enteral e colonização por micro-
organismos patogênicos, como Escherichia coli, Klebsiella, Clostridium perfringens, 
Staphylococus epidermidis e Rotavirus. 
Trata-se da emergência mais prevalente do trato gastrointestinal no período 
neonatal.2 Sua incidência é bastante variável, afetando 2-22% dos recém-nascidos de 
muito baixo peso (< 1.500 g). 
A ocorrência da ECN é inversamente proporcional à idade gestacional do 
nascimento, devida à imaturidade fisiológica intestinal dos prematuros. Desta forma, os 
probióticos, um grupo de organismos capaz de melhorar este quadro, vêm sendo estudado 
a fim de combater a progressão da doença. 
 
Defeitos no fechamento do tudo neural 
Efeito da fortificação com ácido fólico na redução dos defeitos do tubo neural (SANTOS, 
2007) 
Os defeitos do tubo neural são malformações que ocorrem na fase inicial do 
desenvolvimento fetal, entre a terceira e a quinta semana de gestação, envolvendo a 
estrutura primitiva que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. Anencefalia e espinha 
bífida respondem por cerca de 90% de todos os casos de defeitos do tubo neural. Os 10% 
dos casos restantes consistem principalmente em encefalocele. Nos casos de anencefalia 
a extremidade superior do tubo neural não se fecha, resultando na ausência do cérebro. 
Estas gestações em geral resultam em aborto e aqueles nascidos vivos morrem poucas 
horas, ou dias, após o parto. A espinha bífida ocorre quando a extremidade inferior do 
tubo neural não se fecha, causando danos medulares significativos. Apesar da possível 
correção cirúrgica, a lesão nervosa é permanente e resulta em níveis diversos de paralisia 
dos membros inferiores, bexiga e intestino. 
19 
 
Além do comprometimento físico, a maior parte dos indivíduos afetados também 
apresenta dificuldade de aprendizado. Nos casos de espinha bífida o defeito pode ser 
recoberto por pele essencialmente normal (espinha bífida oculta), ou asssociar-se com 
uma protusão cística, podendo conter meninges anormais e líquido cefalorraquidiano 
(meningocele), ou elementos da medula espinhal e/ou nervos (mielomeningocele). Na 
encefalocele, o cérebro e as meninges herniam-se através de um defeito na calota 
craniana. 
O ácido fólico é o mais importante fator de risco para os defeitos do tubo neural 
identificado até hoje. A suplementação periconcepcional e durante o primeiro trimestre 
de gravidez tem reduzido tanto o risco de ocorrência como o risco de recorrência para os 
defeitos do tubo neural em cerca de 50 a 70%. Devido à gravidade dos defeitos do tubo 
neural e sua morbimortalidade,tornam-se muito importantes o aconselhamento genético, 
a suplementação dietética com ácido fólico e o diagnóstico pré-natal das malformações 
do tubo neural. 
 
 
Infecção do trato urinário na gestação 
 Infecção urinária na gravidez (DUARTE, 2008) 
Vários fatores tornam a infecção do trato urinário (ITU) uma relevante 
complicação do período gestacional, agravando tanto o prognóstico materno quanto o 
perinatal. Dentre as complicações perinatais das ITU, destacam-se o trabalho de parto e 
parto pré-termo, recém-nascidos de baixo peso, ruptura prematura de membranas 
amnióticas, restrição de crescimento intra-útero, paralisia cerebral/retardo mental e óbito 
perinatal. Mais recentemente, tem sido relatado casos de leucomalácia encefálica, 
secundários tanto às quimiocitocinas maternas (passagem transplacentária) quanto à 
septicemia fetal, cuja origem foi a ITU materna. Gestações complicadas por infecção 
urinária estão associadas também a aumento de mortalidade feta. 
Para o aumento da incidência de trabalho de parto e parto pré-termo em gestantes 
com ITU, evoca-se que o início do trabalho de parto pode ser explicado por resposta 
inflamatória com a produção de quimiocitocinas e fosfolipase A
2 
e C, mediadores da 
produção de prostaglandinas. Outra forma pela qual o trabalho de parto pode ser 
desencadeado seria a colonização do fluido amniótico por bactérias originárias do foco 
infeccioso urinário. Essas bactérias produziriam fosfolipases A e C, que atuam sobre os 
20 
 
precursores das prostaglandinas E2 e F2α, conseqüentemente deflagrando o trabalho de 
parto. Os mecanismos aventados para as elevadas taxas de ruptura prematura de 
membranas amnióticas em gestantes com ITU são inúmeros. Dentre eles, o de que a ITU, 
direta ou indiretamente via citocinas, induz a liberação de metaloproteinases de 
macrófagos, as quais degradam as membranas predispondo a sua ruptura, assim como 
fazem as colagenases e fosfolipases bacterianas. Outro mecanismo seria sua associação 
com aumento da atividade uterina, promovendo aumento das taxas de corioamniorrexe. 
Não existem dúvidas de que a ITU representa relevante fonte de complicações 
maternas (celulite e abscesso perinefrético, obstrução urinária, trabalho de parto pré-
termo, corioamniorrexe prematura, anemia, corioamnionite, endometrite, pré-eclâmpsia, 
choque séptico, falência de múltiplos órgãos e óbito) e perinatais (prematuridade, 
infecção, leucomalácia periventricular, falência de múltiplos órgãos e óbito). 
 
Varicela na gestação 
Varicela na gravidez e no recém-nascido (MARÇAL, 2009) 
Os riscos são totalmente diferentes, sendo maiores para o feto no início da 
gravidez. Já para o RN, o risco é maior quando a mãe manifesta os primeiros sinais da 
varicela no período entre 5 dias antes do parto até 2 dias após o parto. Mas os limites 
críticos mencionados na literatura não são consensuais, sobretudo no período que 
antecede o parto, daí a opção de utilizarmos, ao longo do texto, o intervalo entre 5 a 7 
dias antes do parto, até 2 dias após o parto. Contudo, salienta-se que o período 
efetivamente mais crítico é o de 5 dias antes até 2 dias após o parto. A infecção nas 
primeiras 20 semanas de gestação poder-se-á complicar de aborto espontâneo, morte fetal 
ou de síndrome da varicela congénita (SVC), sendo este último, mais frequente se a 
infecção ocorrer entre as 13 e as 20 semanas de gestação. O SVC é uma fetopatia grave 
que se caracteriza por restrição de crescimento intra-uterino e por diversos tipos de lesões: 
cutâneas cicatriciais, esqueléticas, oculares, neurológicas e viscerais. As anomalias 
ecográficas existentes no SVC não são específicas, mas a sua presença associada à 
varicela gestacional, deve fazer suspeitar de uma infecção fetal. Estes sinais, inconstantes 
em fetos infectados, podem aparecer entre 5 e 19 semanas após a infecção materna. 
Felizmente, estas complicações graves são relativamente raras: o SVC ocorre em menos 
de 2% das varicelas deste período da gravidez e, mesmo os abortos são pouco frequentes. 
 
 
21 
 
4 AUTO-AVALIAÇÃO 
 
Durante as práticas eu percebi o quanto se faz necessário um estudo completo no 
âmbito de saúde da criança, pois abrange uma imensidão de aspectos que precisam ser 
levados em consideração. No início eu tive certa dificuldade, pois foi a meu primeiro 
contato com uma consulta de enfermagem, onde o enfermeiro tem total autonomia. 
Quando fui para internação pediátrica, percebi que não tenho dificuldades em 
prestar assistência a crianças hospitalizadas e conversar com a família. 
 
 
 
 
22 
 
5 AVALIAÇÃO CONSTRUTIVA 
 
A prática de Saúde da Criança e do Adolescente foi uma ótima experiência, a 
oportunidade de poder fazer uma consulta de enfermagem foi altamente construtiva, cada 
atendimento era uma aula. Todos os dias tínhamos a oportunidade de ver algo diferente e 
ver que há resolutividade, que ações da enfermagem resolvem problemas sérios. 
O fato de podermos vivenciar a educação em saúde, prestar cuidados não só em 
momento de doença, nos abriu os olhos para o mundo que é o cuidado de enfermagem, 
pois o modele biomédico onde a assistencial só prestada na doença ainda é muito forte, 
então a oportunidade de fazer a prevenção e promover a saúde é de extrema relevância, e 
foi isso que fizemos na UBS. 
Porém em alguns momentos, quando foi percebido algo errado por parte de 
profissionais, a sensação de inquietação foi iminente, nós sabíamos o que fazer, mas não 
podíamos interferir. 
 O que sentimos falta na prática, foi a atenção ao adolescente, apesar de ter alguns 
adolescentes na internação pediátrica. 
 
23 
 
6 CONCLUSÃO 
 
 A oportunidade de poder ir para o campo de prática e poder confirmar tudo o que 
foi visto na sala de aula é essencial na formação acadêmica. A disciplina de Saúde da 
Criança e do Adolescente é muito bem regada de setores, pois vai desde o nascimento até 
a unidade básica de saúde com acompanhamento ambulatorial. 
24 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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