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1. Ética e Moral No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade. Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego“ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”. Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade. 2. A relação de Aristóteles com a Ética. Ética em Aristóteles pode ser definida como uma busca da felicidade dentro do âmbito do ser humano se este homem se esforçar a atingir sua excelência, isto é, se tornar uma pessoa virtuosa. Para Aristóteles, o objetivo da ética era a felicidade. 3. Os princípios fundamentais da ética Verdade: fale a verdade sempre ao paciente, já mais deve tentar engana-lo. Liberdade: deve-se dar liberdade ao enfermo, afim de não torna-lo um prisioneiro ou incapacitado, ele deve ter liberdade de escolha, e de continuidade do tratamento. Autonomia: o paciente deve ter autoridade sobre o que deseja fazer, sendo respeitada sua vontade de continuidade ou interrupção do tratamento. Claro que tudo isso deve ser amplamente tratado com paciente numa conversa amigável e esclarecedora. O Pai desses ensinamentos e o figura chave da medicina Hipócrates, e em seus princípios fundamentais que são a beneficência ( fazer apenas o bem ao paciente), e não maleficência (nunca fazer o mal ao paciente). 4. Direito (imprudência, imperícia, negligência) Negligência: Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era esperada para a situação. Age com descuido, indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções. Imprudência: A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. A pessoa não deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. Na imprudência, ela age, mas toma uma atitude diversa da esperada. Imperícia: Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. Um médico sem habilitação em cirurgia plástica que realize uma operação e cause deformidade em alguém pode ser acusado de imperícia. Resumindo: Negligência: desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência, omissão ou inobservância do dever, em realizar determinado procedimento, com as precauções necessárias; Imperícia: falta de técnica necessária para realização de certa atividade; Imprudência: falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção, é a imprevidência a cerca do mal, que se deveria prever, porém, não previu. 5. O código de ética da Enfermagem (principais artigos) Dos Direitos Art. 7º - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal. Das responsabilidades Art. 16 - Assegurar ao cliente uma assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência Art. 17 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para a clientela. Art. 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe. Dos deveres Art. 21 - Cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão Art. 22 - Exercer a enfermagem com justiça, competência, responsabilidade e honestidade. Art. 23 - Prestar assistência de Enfermagem à clientela, sem discriminação de qualquer natureza. Art. 24 - Prestar à clientela uma assistência de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência. Art. 25 - Garantir a continuidade da assistência de Enfermagem. Art. 28 - Respeitar o natural pudor, a privacidade e a intimidade do cliente. Art. 29 - Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional, exceto nos casos previstos em Lei. Art. 32 - Respeitar o ser humano na situação de morte e pós-morte. Art. 39 - Alertar o profissional, quando diante de falta cometida por imperícia, imprudência e negligência. Das proibições (que ferem o código de ética) Art. 42 - Negar assistência de Enfermagem em caso de urgência ou emergência. Art. 43 - Abandonar o cliente em meio a tratamento sem garantia de continuidade da assistência Art. 44 - Participar de tratamento sem consentimento do cliente ou representante legal, exceto em iminente risco de vida. Art. 45 - Provocar aborto ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação. Art. 47 - Ministrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que o compõem e da existência de risco para o cliente. Art. 48 - Prescrever medicamentos ou praticar ato cirúrgico, exceto os previstos na legislação vigente e em caso de emergência. Art. 50 - Executar prescrições terapêuticas quando contrárias à segurança do cliente. Art. 52 - Provocar, cooperar ou ser conivente com maus-tratos.
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