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Distribuição de Ar - Dutos

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Termofluidomecânica IV 
 
Escola SENAI “Oscar Rodrigues Alves” 
 
 
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Distribuição de ar 
 
 
 
 
 
O objetivo desta unidade é que sejamos capazes de dimensionar uma instalação de 
distribuição de ar, desde a escolha do tipo de insuflação até o projeto da rede de 
dutos. Devemos garantir que o ar ao ser distribuído pela rede de duto garanta uma 
perfeita homogeneização no ambiente climatizado. 
 
Normas 
 
Para o projeto da rede de dutos utilizaremos as normas da ASHRAE e os valores de 
velocidade do ar e temperatura dentro do ambiente climatizado às normas da ABNT. 
 
Detalhes 
 
Para iniciarmos os cálculos da distribuição de ar será necessário que já tenhamos 
calculado a carga térmica do ambiente que serão instalados os dutos, sendo 
necessário conhecermos: 
 Vazão de ar de insuflação; 
 Temperatura de insuflação; 
 Leiaute do local e da casa de máquinas; 
 Equipamento condicionador de ar que será utilizado. 
 
Insuflação 
 
Inicialmente devemos determinar o tipo de insuflamento que utilizaremos, e localizá-lo 
no ambiente que está sendo climatizado, posteriormente, faremos o projeto da rede de 
dutos para levar o ar até essas bocas de insuflamento. 
 
Para a escolha do tipo de insuflamento utilizaremos o material técnico do fabricante, 
neste caso utilizaremos os manuais da TROX. 
 
 
 
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Tipos de insuflação 
 
As posições relativas das bocas de insuflação, como também as de retorno, podem 
ser muito diversas e é importante dispô-las adequadamente para obter uma boa 
distribuição do ar. Se os locais chegarem a alcançar dimensões consideráveis ou 
formas irregulares, devemos dividir o local em salas imaginárias, como será descrito a 
seguir. O tipo de insuflação que se utilizará determinará de maneira eficaz como irá se 
comportar a distribuição de ar dentro do local que se está climatizando, é claro que o 
tipo de insuflação que será escolhido depende muito das condições físicas do local. 
Basicamente podemos classificar a insuflação de quatro maneiras distintas, conforme 
descrito a seguir: 
 
Insuflamento por grelha 
 
Este tipo de insuflamento é sempre utilizado em locais com pé direito baixo, ou quando 
não for possível a passagem de dutos pelo forro da área a ser climatizada. 
 
 
 
 
 
Grelha de insuflação e retorno no mesmo bloco 
Insuflamento por Difusor 
 
Das formas de distribuição de ar é a que apresenta uma melhor eficiência, mas requer 
cuidados durante a elaboração da melhor localização dos difusores e o seu 
selecionamentro 
 
 
 
 
 
Difusor de teto com grelha de retorno na parte baixa 
 
 
 
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Insuflamento de Rodapé 
 
O insuflamento é feito pela parte baixa do local a ser climatizado, sempre junto a 
parede, para aprovetar a vantagem do efeito Coanda. 
Nota: Efeito Coanda será detalhado a seguir 
 
 
 
 
 
 
 
 
Insuflação pela parte baixa da sala – Insuflamento de Rodapé 
 
Bocas de insuflação 
 
Designamos de bocas de insuflação o local pelo qual o ar que esta vindo do 
condicionador de ar será insuflado na sala a ser climatizada, existem no mercado uma 
infinidade de equipamentos utilizados para esta finalidade, mas basicamente 
utilizamos dois tipos básicos: grelhas e difusores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Difusor Grelha 
 
 
 
 
 
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Grelhas 
 
As grelhas são , geralmente , feitas de aço , alumínio e outros materiais com vários 
tipos de acabamento. Na figura anterior mostramos os aspectos de uma grelha 
simples. A largura e a altura das grelhas são expressas em polegadas ou milímetros. 
 A largura multiplicada pela altura corresponde à “área total” da grelha. 
 
Este tipo de bocas de insuflação tem a sua principal aplicação junto a paredes. Em 
geral são retangulares de proporções próximas ao quadrado até chegar a ser 
totalmente linear de vários metros, estreitos. Todos dispõem de pás paralelas, 
horizontais ou inclinadas, e principalmente fixas. Existem as reguláveis em inclinação 
e também de duas fileiras superpostas, verticais e horizontais. 
 
O conjunto de pás paralelas das grelhas permite o controle do alargamento angular do 
insuflamento do jato de ar.na direção longitude deste jacto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ângulo de incidência do jato de ar através das laminas das grelhas 
 
Difusores 
 
Os difusores de teto oferecem o melhor processo para a distribuição de ar uniforme 
acima da linha de respiração, com menores probabilidades de formação de corrente 
de ar. Estes difusores insuflam o ar horizontalmente, o qual se mistura do recinto 
acima da cabeça dos ocupantes, sendo a sua velocidade totalmente consumida antes 
de descer para a linha de respiração. 
 
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Difusores de teto são utilizados para o insuflamento de ar em teatros e qualquer outro 
local onde o duto possa ser colocado acima do teto ou logo abaixo e de forma que aos 
mesmos possam ser ligados os difusores. 
Os difusores de teto podem fabricados de vários tamanhos e formas e podem ser 
adaptados a qualquer esquema de decoração. 
 
A insuflação pelo teto, através do difusor, é a melhor, porque está fora da zona 
ocupada. Os difusores geralmente adotam a forma circular ou quadrada. 
 
Os difusores circulares estão formados por vários cones concêntricos que insuflam o 
ar paralelamente ao teto e em todas as direções. 
Existem difusores circulares com pás torcidas que insuflam o jato de ar em espiral, 
utilizados em locais em que a altura do difusor pode estar relativamente grande. 
 
 
 
 
Difusor com pás torcidas 
Os difusores quadrados funcionam praticamente igual aos circulares, embora se 
distinguam um pouco mais os quatro jactos que correspondem a cada lado do 
quadrado Também existem os que descarregam em só três, duas ou apenas uma 
direção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Insuflação por quatro lados Insuflação por três lados 
 
 
 
Insuflação por dois lados 
 
 
 
 
Insuflação por um único lado 
Os difusores de um lado a três lados são muito adequados para se instalar próximo a 
paredes. Alguns têm dispositivos de regulação que permitem orientar o jacto 
parcialmente para o solo. É conveniente instalar uma comporta na conduta de 
alimentação do difusor que permita regular o fluxo de ar. O alcance (L) do jato de ar é 
definido pela velocidade de insuflação, indicada no catálogo do fabricante. 
 
 
Distribuição do ar pelas bocas de insuflação 
 
Uma perfeita distribuição do ar requer um fornecimento uniforme do mesmo na 
totalidade da superfície do local, sem insuflação diretas sobre os ocupantes, sem 
zonas de ar morto, e com a velocidade suficiente como para obter uma sensação de 
conforto. 
Uma velocidade muita baixa ou muito alta do ar deve ser evitada. 
 
 
 
 
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Uma distribuição correta, levada a um nível que não descarregue diretamente sobre as 
pessoas existentes no local, produzirá um movimento suficienteno ar para que o 
mesmo se distribua no ambientes sem correntes incômodas. 
Em cada caso particular determina-se a velocidade apropriada como também a 
localização das bocas de entrada e saída do ar. 
Primeiramente, devem ser localizados os locais onde serão instalados os terminais de 
saída de cada ambiente então, selecionamos o tipo e o tamanho de cada um deles de 
acordo com as necessidades locais. A distribuição do ar no ambiente condicionado é 
de extrema importância e influencia diretamente no conforto dos ocupantes do mesmo. 
 
Uma boa distribuição do ar no ambiente climatizado, é assegurada pela escolha 
correta dos bocais de saída (tipo, tamanho, perda de carga, nível de ruído, etc); estas 
informações podem ser obtidas nos catálogos dos fabricantes, por isso, recomenda-se 
o uso de bocais padronizados e de fácil disponibilidade no mercado em geral. 
 
Em ambientes com ocupação de pessoas, o próprio bocal de saída deve insuflar o ar 
controlando a velocidade de saída e a equalização da temperatura na zona ocupada 
(~2m acima do piso); para isto, devem ser considerados os efeitos da convecção 
natural do ar no ambiente. No caso de controle de ambientes de equipamentos, 
devemos atentar às necessidades de cada caso isolado, podendo ter a insuflação do 
ar dentro do gabinete ou estrutura dos mesmos. 
 
Deve ser evitado o uso de grelhas e difusores na insuflação do mesmo ambiente. Se 
houver tal necessidade, devido às questões citadas anteriormente, devemos 
selecioná-los de modo que as perdas de carga sejam semelhantes (não ultrapassando 
12,5 Pa de variação – segundo Manual SMACNA de HVAC). 
Para a seleção do equipamento de distribuição do ar, deve ser levado em 
consideração: 
 
• As condições do ambiente que podem afetar o conforto; 
• Definir as posições de insuflação e de retorno do ar (bem como, se o duto ficará 
exposto no ambiente ou acima do forro do mesmo); 
 
• Considerar necessidades especiais que afetam as saídas de ar em sistemas que 
utilizam vazão de ar variável (VAV Systems); 
• Selecionar os dampers e os bocais de saída de forma a fornecer uma velocidade de 
saída menor. 
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• Consultar os manuais dos fabricantes dos equipamentos e componentes envolvidos 
no projeto. 
 
 
Zoneamento 
 
Após selecionar os dispositivos de saída e antes definir layout e tamanho dos dutos, o 
projetista deve determinar quantas zonas de temperatura serão controladas 
(ambientes internos e externos); geralmente, as zonas exteriores são divididas de 
acordo com as faces e suas respectivas exposições ao sol (ex. norte, sul, leste e 
oeste). 
As zonas internas poderão ser subdivididas em pequenas zonas de controle, as quais 
dependerão das variações internas de carga térmica, ou de necessidades específicas 
para uma área isolada. Situações típicas são encontradas nessas áreas, como por 
exemplo: escritórios executivos, onde o proprietário deseja um controle individual; ou 
áreas de elevado ganho ou perda de calor, salas de informática, sala de reuniões etc. 
 
 
Localização das bocas de Insuflação 
 
Os difusores devem ser selecionadas de acordo com o manual do fabricante 
para que possam oferecer um alcance desejado para o ambiente onde serão 
instaladas, para ambientes com áreas maiores do que o alcance (L) maior do que o 
conseguido pelo difusor, devemos dividir a sala onde será instalado o difusor em salas 
imaginarias, sendo que no centro de cada uma destas salas imaginárias estará 
instalado um difusor. 
Nota: O conceito de alcance (L) será desenvolvido a seguir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Divisão de uma sala de grandes dimensões em salas imaginarias 
Nota: O ideal é que as salas imaginárias sejam de forma quadrada, ou seja, com 
lados iguais (a x a) mas na impossibilidade disto acontecer podemos utilizar 
salas imagináarias retangular (a x b), como no desenho anterior. 
 
As recomendações para s divisão das salas imaginárias: 
 Dividir a área do teto em quadrados, de tamanhos iguais. O lado deste 
quadrado (a) não deve exceder 3 (três) vezes a altura de instalação do difusor 
(h), ou seja; 
a ≤ 3.h 
 Se não for possível que as áreas imaginárias sejam quadrados, os retângulos 
devem ter o lado maior (a) no máximo 1,5 (uma vez e meia) o lado menor (b). 
 
a ≤ 1,5 . b 
 
Diretrizes para o selecionamento de bocas de insuflação 
 
O selecionamento das bocas de insuflação, seja ele difusor ou grelha pode ser 
facilmente obtido com o auxilio do catálogo técnico de algum fabricante, contudo 
existem alguns termos técnicos específicos utilizados por estes fabricantes que 
devemos conhecer para facilitar o uso destes catálogos, vamos imaginar uma sala a 
qual está instalado um difusor de teto, conforme figura abaixo, e os diversos fatores 
que envolvem a sua instalação. 
 
 
 
2 a 
 
a 
2 a 
a 
 
Salas Imaginárias 
2 b 
½ b b 
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Zona de ocupação (ZO) 
 
Espaço compreendido entre o piso e uma altura pré determinada. E a região ocupada 
pelas pessoas na qual devemos garantir as condições de conforto térmico, a ABNT 
na norma NBR 16401 – “Instalações Centrais de Ar Condicionado parar conforto – 
Parâmetros Básicos de Projeto” recomenda este valor como 1,5 m, o que 
corresponde a linha de respiração de um homem, em pé, com altura mediana. 
Atualmente a maioria dos projetistas utiliza para esta condição valores que variam 
entre 1,7 m a 2,1 m. 
 
Velocidade do ar na zona de ocupação (
zoV
 ) 
 
Corresponde a velocidade recomendada do ar dentro da zona de ocupação (ZO), a 
ABNT, segundo a norma ASHRAE, esta velocidade deve estar compreendida entre 
0,025 a 0,25 m/s. Este valor pode ser ultrapassado quando a grelha de retorno estiver 
localizada dentro da zona ocupada. As normas americanas são mais especificas 
quanto este valor, conforme pode ser verificado na Tabela 36. 
 
Alcance (L) 
 
Também conhecido como “flecha”, “jato” , “distância de propulsão” ou “impulsão” é a 
distancia horizontal percorrida pelo fluxo de ar desde seu lançamento, da grelha ou 
difusor, até que sua velocidade se reduza a um valor suficientemente baixo 
(velocidade terminal 
tV
 ) medido acima da linha da zona de ocupação. Esta distância 
deve garantir também para que o choque do ar insuflado contra obstáculos (paredes, 
colunas ou fluxo de ar de outro difusor) não possa produzir correntes de ar 
desagradáveis na zona de ocupação. 
 
Nota: Os bons fabricantes de bocas de insuflação, em seu catálogo técnico, 
fornecem recomendações da forma de se obter o alcance (L) para um local que 
irá utilizar os seus produtos. 
 
Velocidade do ar de insuflação (
IV
 ) 
 
É a velocidade recomendada nos difusores e grelhas para que se consiga ter um 
alcance (L) desejado do jato de ar, a velocidade deve, também, ser controlada para 
que se tenha um nível de ruído (N) adequado no local. Quanto maior for a velocidade 
de insuflação, maior será o alcance (L) do jato de ar, mas maior será o ruído 
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produzido por este ar ao passar pela grelha ou difusor, desta forma os valores para a 
velocidade de insuflação são tabelados, para fim de parâmetros de projeto, algumas 
recomendações de velocidade do ar de insuflação (), podem ser encontradas na 
Tabela 37 . 
 
 Fatoresenvolvidos na distribuição de ar 
 
Nível de Ruído (N) 
O ar ao passar pelo difusor causa ruído que é usualmente percebido no recinto, desta 
forma deve-se tomar cuidados especiais para que isto não aconteça. Os níveis de 
ruído devem ficar dentro de valores pré estabelecidos, de acordo com a função da 
finalidade da instalação, conforme estabelecido na Tabela 46. 
 
Velocidade do ar de retorno (
)RV
 
 
Refere-se a velocidade do ar nas grelhas ou difusores de retorno. Embora a 
velocidade do ar diminua rapidamente à medida que nos afastemos das grelhas ou 
 
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difusores de retorno , quando pessoas estão próximas a estes, a velocidade do ar 
pode se tornar desconfortáveis, desta forma são recomendadas as velocidades 
máximas para este ar de retorno, as quais estão relacionadas na Tabela 38. 
 
Velocidade terminal (
LV
 ) 
É a velocidade no final da distância recomendada para o alcance (L) do fluxo de ar. 
Esta velocidade deve ser observada como um valor que o ar deve ter quando 
insuflado de cima para baixo até chegar no limite da zona de ocupação. Esta 
velocidade deve proporcionar a velocidade do ar na zona de ocupação (
zoV
 ) Estas 
velocidades recomendadas podem ser descritas, de acordo com o tipo de local que 
esta sendo climatizado, na Tabela 39. 
 
Efeito Coanda (Ec) 
Nome que se dá quando o fluxo de ar é insuflado de grelhas ou difusores junto ao 
forro e este ar se move como se estivesse grudado no forro, este fenômeno permite ao 
jato de ar percorrer uma distância maior. 
Nota: Os fabricantes de bocas de insuflação, em seu catálogo técnico, fornecem 
informações para selecionamento pressupondo que exista o efeito Coanda. 
 
Perda de carga (P) 
É a perda de pressão estática que ocorre no fluxo de ar ao atravessar o difusor/grelha. 
Este valor é de vital importância a ser somado a perda de carga total do sistema dutos 
e difusores. A perda de carga pode ser calculada, contudo os fabricantes fornecem 
estes valores em seus catálogos. 
 
Nota: Desta forma, você será capaz de selecionar uma boca de insuflação 
acompanhando as recomendações acima, leiaute em escala do local a ser 
climatizado e principalmente o manual técnico de algum fabricante de bocas de 
insuflação. 
 
Exemplo Prático 
Você deve encontrar o catálogo técnico de algum fabricante de bocas de insuflação, e 
com ele Selecionar um Difusor, que será instalado em um local que necessite das 
seguintes condições: 
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 Vazão de ar Insuflada no Difusor V = 500 m3/h 
 Alcance do jato de ar insuflado L = 3,0 m 
O seu selecionamento só estará completo se você conseguir responder a todas as 
perguntas abaixo: 
1. Nome do Fabricante (Dê preferência aos nacionais); 
2. Modelo do difusor selecionado; 
3. Detalhes dimensionais do difusor; 
4. Velocidade de insuflação (
IV
 ); 
5. Ruído causado pelo ar ao ser insuflado (N); 
6. Perda de carga do ar ao ser insuflado(P). 
 
 
 
Dutos 
Após termos definido a posição das bocas de insuflação, sejam elas difusores ou 
grelhas, dentro do ambiente a ser climatizado deve-se determinar a rede de dutos que 
irá trazer o ar a partir do condicionador de ar até as bocas de insuflação 
 
Seleção do Sistema de Dutos 
Para iniciar o projeto da rede de dutos, conforme já mencionamos anteriormente, 
devemos conhecer a carga térmica dos ambientes climatizados, bem como suas 
respectivas vazões de ar. 
O tipo de sistema de dutos deve ser escolhido em função de uma análise econômica 
prevista durante o projeto civil do ambiente a ser construído. A menos que o imóvel já 
esteja construído ou, o proprietário e o arquiteto especifiquem sua preferência. Em 
qualquer um dos casos anteriores, a escolha do tipo de sistema de dutos implicará em 
mudanças na escolha do sistema de fornecimento de ar condicionado. 
A primeira proposta de um sistema de distribuição de ar para climatização ou 
ventilação é promover o conforto dos ocupantes do ambiente condicionado (locais 
onde haja a presença de pessoas), ou fornecer condições climáticas específicas 
necessárias ao controle do ambiente condicionado (ex. laboratórios de metrologia, 
ambientes de processos industriais, etc). Os principais fatores que afetam a qualidade 
do ar insuflado e o conforto dos ocupantes são: 
• Pureza do Ar; 
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• Odor; 
• Temperatura Ambiente; 
• Meios de Controle da Temperatura; 
• Circulação e Distribuição do Ar; 
• Fontes de Calor Radiante; 
• Qualidade da Ventilação; 
• Controle de Umidade; e, 
• Nível de Ruído. 
 
Os sistemas de ar podem ser divididos em duas categorias principais: sistema simples 
e sistema duplo (conforme figura 1). Sistema simples de dutos é aquele no qual o 
aquecimento e resfriamento do ar são feitos num escoamento em série, utilizando um 
único sistema de distribuição com a temperatura do ar (variável) alimentando todos os 
bocais de saída (difusores, grelhas, etc); ou usando dutos separados para cada zona 
(multizonas) e misturando previamente o ar quente e frio em caixas de mistura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de sistemas de dutos segundo ASHRAE. 
 
 
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Sistema duplo de dutos caracteriza-se pelo escoamento paralelo do ar resfriado e do 
ar aquecido (dutos separados), sendo estes misturados nos bocais de saída de cada 
ambiente. 
 
Além destas duas vertentes, podemos ainda, diferenciar um sistema pela sua 
capacidade de variar a vazão de ar, reaquecer o ar ou introduzir um fluxo secundário 
proveniente de outra zona próximo aos bocais de saída. Neste capítulo serão 
abordados os conceitos e métodos apenas para a execução do dimensionamento de 
sistemas simples de dutos para condicionamento de ar de ambientes ocupados por 
pessoas; pois os outros casos são aplicações especiais destes métodos e necessitam 
de detalhes específicos de cada instalação. 
 
 
Componentes e tipos de um sistema de dutos 
Os componentes básicos de um sistema de dutos pode ser basicamente composto de: 
• Volume do ar a circular; 
• Velocidade o ar através das condutas; 
• Resistência a ser vencida na conduta. 
• Registros divisórios e quadrantes; 
• Registros de volume e quadrantes; 
• Portas de acesso; 
• Registros tipo veneziana; 
• Registros estacionários; 
• Telas de entrada de ar; 
• Ligação de lonas para amortecer vibrações. 
 
Os dutos podem ser classificados de acordo com sua forma, sendo os mais comuns, o 
duto circular, duto retangular, duto oval e duto flexível, cada tipo irá depender da 
necessidade especifica do projeto. 
 
 
 
 
 
 
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Alguns tipos básicos de dutos a) Duto Retangular, 
b)duto circular, c)Duto Oval, e) Duto Flexivel 
 
Layout Preliminar 
O próximo passo, após ter se determinado a localização das bocas de insuflação, é 
desenhar um diagrama esquemático preliminar da rede de dutos o qual será útil no 
projeto para identificarmos as zonas de controle de temperatura, as vazões de ar 
envolvidas, os tipos de bocais de saída etc; com o objetivo de determinar o traçado 
mais eficiente e mais econômico 
Sugere-se que este layout seja feito sobre uma cópiada planta arquitetônica do local, 
pois assim o projetista terá uma melhor visualização dos ambientes e, poderá 
selecionar .componentes que possuam uma melhor compatibilidade entre si. 
Nestes espaços físicos o projetista deverá levar em conta não só a dimensão, mas 
também, o espaço necessário para as fixações, para o acesso as caixas de misturas, 
aos dampers, as válvulas e outros acessórios e ter a certeza de que o trajeto de sua 
futura rede de dutos não entre em concordância com tubos, colunas, luminárias, etc. 
O projetista deverá também observar os seguintes aspectos: 
 O trajeto deverá ser o mais curto possível; 
 O desenho deve ser feito em planta e elevação; 
 Deverá ter o mínimo de singularidades (curva, “T”, válvulas, etc); 
 Nomear todos os trechos dos traçados, com letras ou números, identificando 
todos os componentes, como também a vazão de ar nestes trechos. Estas 
 
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nomeações deverão estar descritas nas legenda do desenho do layout do local 
a ser climatizado. 
 
Dimensionamento do Sistema de Dutos 
Após construir o layout do sistema, o projetista deverá escolher um dos métodos que 
serão citados a seguir. A maioria deles calcula dutos do tipo circular, ou seja, fornece 
apenas a dimensão do diâmetro do duto; caso o projetista ou o cliente tenha 
preferência por dutos retangulares existem tabelas para conversão de dutos circulares 
em retangulares. 
Com o sistema de dutos dimensionado e com a perda de pressão estática ou pressão 
total calculadas, o projetista determinará se a rede de dutos tenha espaço suficiente 
para ser instaladas nos ambientes. 
Nestes espaços físicos o projetista deverá levar em conta não só a dimensão, mas 
também, o espaço necessário para as fixações, para o acesso as caixas de misturas, 
aos dampers, as válvulas e outros acessórios. 
 
 Métodos de Projetos 
Não existe um método de dimensionamento que seja suficiente para determinar um 
sistema de dutos econômico e, que atenda todas as condições dos diversos 
ambientes ao mesmo tempo. 
Os sistemas de dutos atuais têm sido projetados utilizando um ou mais de um dos 
seguintes métodos ou suas variações (sendo alguns deles obsoletos): 
• Igual Perda de Carga; 
• Recuperação Estática; 
• Igual Perda de Carga Modificada; 
• Método T; 
• Redução da Velocidade; 
• Pressão Total; 
• Velocidade Constante; e, 
• Método de Projeto para sistemas residenciais. 
A seguir definimos abaixo os métodos mais utilizados 
 
 
 
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Método da velocidade constante 
 
Também denominado de método da igual velocidade, é o mais simples de ser 
calculado, porém não consegue garantir uma perda de carga satisfatória na rede de 
dutos e, muito utilizado em projetos industriais e algumas vezes nos dutos principais 
de grandes instalações de conforto térmico. 
Quanto maior a velocidade do ar dentro do duto, maior será a perda de carga (ΔP) 
gerada e, maior também será o ruido. 
 
Método da recuperação estática 
 
Consiste em se controlar a velocidade do ar dentro do duto, através do aumento ou 
redução do diâmetro, deste duto para garantir que a pressão estática no seu interior 
permaneça sempre constante. É o método mais preciso de distribuição de ar, pois 
consegue garantir que dentro do duto, em todas as saídas para as bocas de 
insuflação, mas está longe de ser o mais utilizado, pois o seu custo de fabricação dos 
dutos tem se mostrado mais oneroso. 
 
Método de Igual Perda de Carga 
No método de igual perda, a perda de carga unitária é mantida constante em todo o 
sistema.Para determinar a perda por atrito no sistema de dutos, multiplica-se a perda 
unitária pelo comprimento equivalente da rede de dutos. 
A perda de carga unitária depende da velocidade admissível no sistema de dutos. Em 
instalações comerciais, a velocidade é determinada por considerações de conforto em 
função do nível de ruído permitido no local climatizado. Para funcionamento usual em 
comércio, as velocidades nos dutos não devem exceder os valores máximos indicados 
na Tabela 47 nos anexos. 
 
Nota: Neste curso, utilizaremos o Método da igual perda de carga (o qual é 
utilizado pela maioria dos projetistas de condicionamento de ar). 
 
A seguir vamos resolver um “Exemplo pratico” para que você possa assimilar melhor a 
idéia de como determinar os parâmetros para o projeto de uma rede de dutos, 
aplicando esta metodologia de calculo. 
 
 
 
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Velocidade do ar no interior do duto 
Um estudo corrente de projeto de duto tem necessariamente de incluir discussões 
tanto dos sistemas convencionais de baixa velocidade, como do projeto de duto de 
alta velocidade, recentemente aceito. Cada ano está sendo instalado mais sistemas de 
distribuição de ar a alta velocidade devido à característica de economia de espaço do 
projeto de duto de alta velocidade. 
As regras gerais usadas para o projeto convencional de duto de baixa velocidade 
aplicam-se também ao projeto de duto de alta velocidade, mas tem de ser dada 
consideração especial ao método do projeto, ao problema do ruído e à instalação de 
dutos de alta velocidade. 
 
 Tal como no caso do ar, sempre que passa ar através de um tubo ou duto, perde-se 
alguma pressão por causa do atrito. Quanto maior for à quantidade de ar passando 
através de um duto de uma dada área, maior será a perda por atrito (ΔP), e maior será 
também o nível de ruído. 
 
Resumindo podemos entender, que mesmo que utilizemos em nosso projeto da rede 
de dutos o “Método da igual perda de carga” a velocidade do ar está diretamente 
ligada a ela, pois quanto maior a velocidade do ar no interior do duto maior será a 
perda de carga por atrito (ΔP), e vice e versa, ou seja, se quisermos ter controle sobre 
determinada perda de carga (ΔP) e nível de ruído desejado devemos utilizar 
velocidades também controladas, conforme Tabela 47. 
 
Perda de carga (∆P) recomendada 
 
Trecho de duto destacando a pressão dinâmica e estática. 
 
PT = Pressão total 
Pv = Pressão dinâmica 
Pe = Pressão estática 
 
 
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116 
 A perda de carga (∆P) é gerada diretamente (ao quadrado) pela velocidade; 
 A velocidade gera ruído no duto Tabela 47 
 Quem vence a perda de carga é a pressão estática; 
 A pressão estática (Pe) é aumentada diminuindo a velocidade (pressão 
dinâmica). 
 
Perda de carga (ΔP) no interior do duto 
É fácil perceber que quanto maior for a velocidade do ar no interior do duto maior será 
a turbulência do ar e desta forma será maior a perda de carga (ΔP) causada por este 
aumento da velocidade. 
No “Método da igual perda de carga” determinaremos uma perda de carga (ΔP), 
devido ao movimento do ar para cada metro de duto linear que o ar se deslocar no 
interior do duto, e a unidade de medida desta perda de carga, a ser pré estabelecida, 
será, Pa/m (Pascal por metro), sendo assim os projetistas costumam utilizar-se de 
alguns valores de referência para a perda de pressão, por unidade de comprimento, a 
ser estabelecida, da seguinte forma: 
 
 Ambientes que exigem baixo nível de ruído 
Exemplo: Estúdios de gravação de som, salas de concerto, igrejas. 
ΔP = 0,3 Pa/m a 0,5 Pa/m 
 Ambientes de conforto térmico especiais 
Exemplo: Escritórios privados, salas de aula, salas de reunião, bibliotecas. 
ΔP = 0,6 Pa/m a 1,0 Pa/m 
 
 Ambientes de conforto térmico generalizadosExemplo: Escritórios públicos, agências de banco, hall de entrada e corredores. 
ΔP = 0,8 Pa/m a 1,2 Pa/m 
 
 Ambientes de conforto térmico públicos; 
Exemplo: Super mercados, shopping center. 
ΔP = 1,2 Pa/m a 1,8 Pa/m 
 
 Ambientes industriais 
Exemplo: Interior de fábricas de processos industriais mecânicos 
ΔP ≥ 1,8 Pa/m 
 
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117 
Nota: Estes valores de perda de carga são muito pequeno, considerando que o 
valor da pressão atmosférica é de Patm = 101325 Pa 
 
Nota: Quanto menor for o nível de ruído desejado, menor será a perda de carga (ΔP) 
e menor velocidade do ar no interior deste duto. 
 
Custo da rede de duto 
 
O custo inicial de um duto depende do seu tamanho. Quanto menor for o duto, menor 
será o custo inicial. Contudo a potência necessária para distribuir o ar através do duto 
menor sobe por causa do aumento da pressão, portanto, a escolha do tamanho do 
duto depende do balanço entre o custo de funcionamento do sistema e custo inicial. 
 
Praticamente, este balanço de custo é um processo e por vez inútil por falta de dados 
seguros sobre o custo. Os projetistas de dutos dependem invariavelmente de 
experiências anteriores com sistema de condicionamento de ar e de ventilação, ao 
selecionarem as perdas de pressão a serem admitidas no sistema de dutos. Além 
disso, no projeto convencional de dutos de baixa velocidade, o problema é mais 
complicado em edifícios comerciais pelo fato das velocidades do duto ter que ser 
mantidas a baixa de um ponto determinado, se quiser obter um funcionamento 
silencioso. 
Os dutos condutas representam em custo médio cerca de 25% de toda a instalação. O 
custo do dimensionamento dos dutos, alem do custo do matéria de construção e mão 
de obra, também leva em conta os seguintes fatores: 
 
• Volume do ar a circular; 
• Velocidade o ar através das condutas; 
• Resistência a ser vencida na conduta. 
 
Em sistemas industriais, a qual o ruído não é fator, o problema está em fazer apenas o 
balanço entre o custo de funcionamento e o custo inicial. 
 
Dimensionamento dos trechos retos da rede de dutos 
 
Lembrando que estamos utilizando o “Método da igual perda de carga”, desta forma 
devemos estabelecer uma perda de carga (ΔP) esta diretamente relacionada com a 
velocidade do ar no interior do duto; quanto maior a velocidade, maior o ruído gerado 
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118 
considerando que dependendo do tipo de ambiente a ser climatizado, não pode ser 
maior do que estabelece a norma da ABNT NBR 16401, conforme anexos, Tabela 46. 
Para facilitar o entendimento, vamos fazer, a seguir, um exemplo pratico e determinar 
a rede de dutos e a perda de carga em de um sistema de escritório conforme 
 
Dimensionamento das singularidades da rede de dutos 
Existem diversas maneiras, oferecidas pela mecânica dos fluidos, de se calcular a 
perda de carga (ΔP) causada pela passagem de um fluido através de uma 
singularidade, dentro estes existem dois que são muito utilizados por projetistas de 
sistemas de distribuição de ar: 
 
Devemos salientar que singularidade é o nome que damos para todo trecho do duto 
reto que sofre uma descontinuidade, ou seja a singularidade pode ser a curva, saída 
de ramal, “T”, dampers, lona anti vibração (colocada na saída do condicionador de ar 
e que faz ligação com a rede de dutos), etc. 
 
Os manuais de condicionamento de ar de alguns fabricantes, tais como “TRANE” e 
“CARRIER”, consistem em fornecer um valor de comprimento de um duto reto a uma 
determinada singularidade, e através deste comprimento equivalente determinar a 
perda de carga nas singularidades. este comprimento de duto reto seria uma 
equivalência a uma determinada 
 
Outra maneira de calcular a perda de carga (ΔP) do ar ao atravessar uma 
singularidade, e que é recomendado pelas tabelas da ASHRAE e SMACNA, 
determinar um coeficiente de perda de carga (C) na singularidade e com este valor, 
relacionado com a velocidade do ar no interior do duto, determinar-se o valor da perda 
de carga (ΔP), através de uma determinada equação. 
 
Qualquer dos métodos acima descrito podem ser utilizados para a determinação da 
perda de carga nas singularidades, mas em nosso curso utilizaremos o método 
recomendado pela ASHRAE e SMACNA. 
 
A perda de carga (ΔP) nas singularidades pelo método da ASHRAE será calculada 
através da equação abaixo: 
 
 
 
 
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Sendo: 
P = Perda de Carga na Singularidade (Pa); 
0,6 = Constante de proporcionalidade; 
C = Coeficiente de Perda de Carga (1); 
v = Velocidade na singularidade (m / s). 
 
Os valores do coeficiente de perda de carga (c) dependem do tipo de singularidade 
que estamos utilizando, e seus valores foram retirados do handbook da ASHRAE 
(American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers, Inc) – 
Fundamentals, 2005, conforme anexos Tabela 51.. 
 
Para facilitar o entendimento, vamos fazer, a seguir, um exemplo pratico e determinar 
a perda de carga de singularidades. 
 
Exemplo Pratico 
Na figura a seguir, temos o layout preliminar de um sistema de dutos que atenderá 
nove salas de escritório de uma empresa, levando em consideração os seguintes 
detalhes: 
 Determinar uma perda de carga (ΔP) para cada metro de deslocamento do ar no 
interior do duto, estabelecendo uma perda de carga distribuida de ΔP = 1,0 
Pa/m (um Pascal, por cada metro de trecho reto do ar percorrido no inteior do 
duto). 
 O duto deverá ser retangular, com uma altura no treho do ventilador até o ponto 
A e B, de 350 mm, nos trechos dos ramais a altura deverá ser de 300mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo Pratico de selecionamento de uma rede de dutos 
 
Devemos iniciar o dimensionamento inicialmente, pelos dutos, retos, fazendo todos os 
trechos que possuem a mesma vazão, sendo assim vamos iniciar o dimensionamento 
pelo trecho reto do Ventilador até o ponto A. 
 
Trecho de duto reto do ventilador até o ponto A 
 Vazão de ar 9000 m3/h (2500 L/s); 
 Comprimento trecho Ventilador-A (LVA) = 20 m (8 + 12,00); 
 Perda de carga estipulada ∆P = 1,0Pa/m 
 
Nota: Lembre-se a escolha de um valor de perda de carga distribuída de 
∆P =1,0Pa/m, é uma prerrogativa do projetista, de acordo com o nível de ruído 
máximo que se deseja para o local, ver acima o tópico “Perda de carga (ΔP) no 
interior do duto” 
 
Para selecionarmos o diâmetro do duto, utilizaremos a carta de perda de pressão em 
duto nos anexos, Tabela 49. 
 
Método de utilizara Tabela 49 
Conhecendo a vazão de ar e a perda de carda distribuída (∆P), para o trecho reto de 
duto que estamos dimensionando, devemos proceder da seguinte maneira: 
 
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1. Selecionar a Perda de carga distribuída ∆P =1,0 Pa/m; 
2. Selecionar a Vazão de ar do trecho V = 2500 l/s; 
 
Após você ter feito isto, na mesma tabela, pode-se encontrar, as retas que 
representam o diâmetro do duto, e a velocidade que o ar terá no interior do duto no 
trecho pretendido (Ventilador-A), ou seja: 
 
3. Encontramos um duto de diâmetro Ø = 625 mm; 
4. Encontramos a velocidade no interior do duto será de v = 8,0 m/s 
 
Nota: Sempre o diâmetrodo duto será inicialmente obtido de forma circular, a seguir 
o mesmo será transformado em duto retangular, conforme necessidade do 
projeto. 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo Prático selecionamento do trecho reto do duto com a Tabela 49 
 
 
 
 Selecionar a Perda de Carga 
Distribuída ∆P = 1,0 Pa / m 
2. Selecionar a Vazão de ar do 
trecho V = 2500 l/s 
3. Encontramos um duto de 
diâmetro 625 mm 
4. Encontramos a velocidade no 
interior do duto será de v = 8,0 m/s 
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Transformar duto circular em retangular 
 
Como já mencionamos todo projeto de movimentação de fluidos em tubulação, o 
cálculo é feito em tubos circulares. Para transformar o duto em retangular, quadrado 
ou ovalado deve-se utilizar tabelas de conversão, (também conhecida como “tabelas 
de equivalência”). 
 
A Tabela 50, foi desenvolvida pela ASHRAE / SMACNA, para transformar dutos 
circulares em retangulares ou quadrados (ou vice e versa). 
Em nosso “Exemplo Prático”, devemos transformar o duto do circular do trecho 
(ventilador-A) em um duto retangular. 
 
Método de utilizara Tabela 50 
Conhecendo o diâmetro do duto circular, do duto, determinado anteriormente, 
devemos proceder da seguinte maneira: 
1. Selecionar o diâmetro do duto Ø = 625 mm; 
2. Altura necessária do duto retangular H = 350 mm; 
 
Nota: Para se utilizar a tabela de equivalência, Tabela 50, é necessário sempre 
conhecermos de antecedência, a altura (H), ou largura (L), do duto que será 
transformado. 
 
Após você ter feito isto, na mesma tabela, pode-se encontrar, o lado do duto 
retangular no trecho pretendido (Ventilador-A), ou seja: 
 
3. Encontramos o lado do duto retangular L = 1000 mm; 
 
Nota: Dizemos que o duto retangular 1000 mm x 350 mm é equivalente a o duto 
circular de Ø = 625 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo Prático Transformar trecho reto do duto circular de Ø = 625 mm em duto 
retangular de 1000 x 350 mm, com auxilio da Tabela 49 
 
 Representação dos Lados do duto Retangular 
Os lados do duto deverão ser representados, segundo suas medidas, em desenho, 
conforme especificação vista na figura a seguir, que podem ser entendidas da 
seguinte forma: 
 Quando a vista do desenho for em planta: Lado x Altura (L x H) 
 Quando a vista do desenho pela Elevação: Altura x Lado (H xL) 
 Quando a vista for em Corte : Lado x Altura (L x H) 
Na vista em corte com duas diagonal, conforme C-1, significa que o duto possui 
pressão positiva, utilizado para insuflamento de ar. 
Na vista em corte com uma diagonal, conforme C-2, o duto esta em depressão, como 
é o caso de dutos utilizados para exaustão 
 
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125 
 
 
 
 
 
 
Representação das medidas do duto em desenho 
 
Perda de carga no trecho reto de duto (ventilador-A) 
A perda de carga total no trecho reto de duto pode ser facilmente obtida, com a 
seguinte equação: 
 
 
 
Em nosso “Exemplo Pratico”, a perda de carga no trecho reto Ventilador – A, será: 
 Comprimento da rede de duto = 20 m 
 Perda de carga distribuída ∆P = 1,0 Pa/m 
∆P = 20 m x 1,0 Pa/m 
∆P = 20 Pa 
 
Resumo do trecho duto reto (Ventilador-A) 
Em nosso exemplo pratico obtivemos os seguintes valores no trecho reto de duto: 
 
 Vazão de ar do trecho V = 2500 l/s; 
 Perda de carga distribuída ∆P =1,0 Pa/m; 
 Duto circular equivalente, de diâmetro Ø = 625 mm; 
 Velocidade no interior do duto será de v = 8,0 m/s; 
 Duto retangular 350 mm x 1000 mm; 
 Perda de carga no trecho reto ∆P = 20 Pa. 
 
 
 
∆P = Perda de carga distribuída x comprimento reto do duto 
 
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126 
 
 
Dimensionamento das singularidades 
 
Após termos calculado os trechos retos de duto, sua dimensão e velocidade do ar 
você pode agora determinar as singularidades (cotovelo, ramal, entre outros). O 
modelo de cálculo será o recomendado pela SMACNA – ASHRAE, a qual as principais 
singularidades encontram-se nos anexos, nas Tabelas 51. 
 
Nota: Lembre-se adotaremos o método de calculo da SMACNA, mas você pode 
utilizar outro método que achar conveniente, como o método da TRANE ou 
CARRIER, que também são de excelente aplicação, parta estes casos você 
deve procurar os referidos manuais, cujo titulo se encontra nas referências 
desta apostila. 
 
Iremos continuar dimensionando nosso “Exemplo Prático” conforme desenho unifilar 
da rede de dutos, visto anteriormente. 
 
Perda de Carga nas Curvas – Singularidades 
As curvas, também denominadas de cotovelos, em sistemas de dutos têm de ser 
corretamente projetados se quiserem manter as perdas de carga (P) por fricção num 
valor mínimo, desta forma é muito importante que a velocidade seja distribuída 
uniformemente ao longo do corte transversal da curva. Perda excessiva de carga (P) 
por atrito é devida ao fato de o ar não ser uniformemente distribuído ao longo da 
curva. A porção de corrente de ar que passa ao longo do bordo exterior da curva é 
desviada ao fato do ar não ser uniformemente distribuída ao logo da curvatura. 
 
Perda de carga na curva “entre o ventilador e A” 
A curva, como pode ser observado, anteriormente, no layout unifilar da rede de dutos 
que atendera uma série de escritorio, está interligando os trechos retos da rede de 
duto entre o “ventilador e o ponto A” , como foi determinado anteriormente, este 
trecho de duto possui as seguintes caracteristicas: 
 
 
 
 
 
 
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127 
Resumo do duto trecho Reto 
Grandeza Unidade 
Trecho do duto 
Ventilador-A 
Vazão 
m3 /h 9000 
l/s 2500 
Duto circular equivalente (ø) mm 625 
Duto retangular mm x mm 1000 x 350 
Velocidade do ar (
CEv

) m /s 8,00 
Tabela com as informações da singularidade 
 
A curva que utilizaremos no projeto de nosso “Exemplo Prático”, e que ira se conectar 
com o trecho reto do duto, dimensionado anteriormente, terá a seguinte forma 
geométrica especificada na figura a seguir. 
 
 
Detalhes da curva “D”, localizada no trecho CE 
 
A determinação do raio (R) é uma prerrogativa do projetista, quanto maior melhor, 
pois acarretará uma menor perda de carga, em nosso exemplo utilizaremos R = 
350mm. 
 
Método de determinar a Perda de Carga na Singularidade 
Com as tabelas 51 devemos encontrar uma que geometricamente se assemelha com 
a curva que necessitamos para o nosso projeto. 
A Figura 51.4, é a que se aproxima mais da curva do nosso exemplo. 
 
Para utilizarmos a Figura 51.4 , necessitamos determinar o “quociente de curvatura” e 
“cociente de aspecto” da curva , estes valores são solicitados na tabela que se 
encontra ao lado da Figura 51.4 
8,0 m/s 
H = 1000 mm 
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Quociente de curvatura 
 
Um termo que é largamente usado em projetos este quociente acha-se dividindo o raio 
(C), pela sua largura (W), algumas vezes este raio é medido até a linha de centro da 
curva e representado como RW. Assim, com referência à figura acima, o “quociente de 
curvatura” será:Quociente de Aspecto 
O quociente de aspecto de um duto de trecho reto é sempre igual ao lado maior do 
duto dividido pelo seu lado menor. Contudo, no caso de curvas, o quociente de 
aspectos é sempre igual à altura (H) do duto dividido pela sua largura (W). Assim, os 
quocientes de aspecto das curvas da figura anterior serão: 
 
350
1000

W
H
 
 
0,385,2 
W
H
 
 
Com os valores do quociente de curvatura e aspecto, iremos até os anexos (tabela 51 
figura 51.4), para encontrar o valor do coeficiente de proporcionalidade (C = 0,18). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Determinação do Coeficiente de proporcionalidade C, para a curva do Exemplo Prático 
 
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129 
Perda de carga (P) da curva 
 
Agora vamos calcular o valor da perda de carga (∆P) na curva pela equação, que já 
foi mencionada anteriormente, a qual se encontra no final das figuras da Tabela 51: 
 
 
 
Dados da curva 
 Velocidade na curva = 8,0 m/s; 
 Coeficiente de proporcionalidade = 0,18. 
 
20,818,06,0 xxP 
 
 
PaP 912,6
 
 
Resumo da perda de carga da curva (Ventilador-A) 
 
Em nosso “Exemplo Pratico” obtivemos o seguinte valore da perda de carga da curva 
entre o ventilador e o ponto A da rede de duto: 
 
 Perda de carga na curva ∆P =6,912 Pa 
 
Perda de carga total na rede de dutos 
 
A perda de carga total na rede de dutos (∆P) é a soma de todas as perdas de carga 
nos trechos retos de duto e de suas singularidades, desde o condicionador de ar até o 
difusor que estiver mais distante do equipamento condicionador, ou o ventilador como 
no caso de nosso “Exemplo Pratico” , no qual o difusor 18 . 
 
Nota: Calculamos a perda de carga no trecho mais longo de duto, pois se o 
condicionador de ar possui uma pressão estática em seus ventiladores, que o 
torna capaz de vencer todas as perdas de carga no trecho mais longo, a qual 
logicamente existirá uma maior perda de carga, conseqüentemente este ar de 
insuflação poderá também alcançar os ramais de duto que possuírem uma 
menor perda de carga, admitidas a partir do condicionador de ar. 
 
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130 
No “Exemplo Pratico” da rede de dutos que estamos realizando para a determinação 
das singularidades do projeto de conjunto de escritórios, devemos calcular a perda de 
carga desde a saída do ventilador de ar até o difusor mais distante, o de número 18, 
 
Tarefa para o aluno 
Você deve agora determinar o restante do projeto do trecho dos dutos retos do nosso 
“Exemplo Prático” , e a perda de carga de todas as singularidades, e no final calcular a 
perda de carga total. 
Para facilitar o seu trabalho você pode preencher a tabela a seguir: 
 
PROJETO REDE DE DUTOS 
TRECHO Vazão Velocidade ∆P 
Distribuída 
Coef. 
C 
Diâmetro Retangular Comprimento ∆P 
Total 
 L/s m/s Pa/m mm mm x mm m Pa 
Vent-A 2500 8,0 1,0 --- 625 1000x350 20 20 
Curva 2500 8,0 --- 0,18 625 1000x350 --- 6,912 
Ramal A 
Trecho AB 
Ramal B 
Trecho B13 
Curva 
Ramal 13 
Ramal 14 
Ramal 15 
Ramal 16 
Ramal 17 
Ramal 18 
Difusor 18 
 Total 
 
 
Nota: Na tabela o trecho designado, por exemplo, como Ramal 13, refere-se a saída 
do duto para o difusor 13. 
 
Nota: Na tabela a perda de carga no difusor 18, que é igual em todos difusores, do 
“Exemplo Prático”, já foi determinado por você anteriormente, quando 
estudamos os difusores. 
 
Caso você queira é possível utilizar a tabela anterior nos seus projetos profissionais, 
ou você pode criar alguma semelhante, nos anexos, encontramos a Tabela 52, que é 
um modelo de tabela para “Dimensionamento da Rede de Dutos”, que foi 
recomendada pela SMACNA. 
 
 
 
Termofluidomecânica IV 
 
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131 
Observação final 
 
Com o catálogo do fabricante do condicionador de ar deve-se observar que a pressão 
estática disponível, que esta registrada junto ao evaporador e ventilador, deve ter um 
valor maior do que a perda de carga da rede de dutos. 
 
Caso a pressão estática da máquina seja igual ou menor que a perda de carga da 
rede de dutos, deve-se refazer o projeto dos dutos (trechos mais curtos, curvas mais 
suaves, tamanho maior dos dutos). 
 
Se não for possível diminuir a perda de carga na rede de dutos, deve-se entrar em 
contato com o fabricante do condicionador de ar e solicitar um novo projeto do 
ventilador no equipamento. 
 
Nota: Lembrando que, a perda de carga na rede de dutos (∆P) também se utiliza 
como para a sua unidade de medida, além do Pa (Pascal) o mmca 
(milímetros de coluna de água), e que a relação entre eles pode ser escrita 
como; 
 mmca = 9,803Pa 
 
Por exemplo uma perda de carga de 100 Pa será então: 
 
∆P = 100 Pa = 10,2 mmca 
 
Resumindo o capítulo 
 
A grande maioria dos projetos de distribuição de ar, principalmente no que se refere a 
rede de dutos, esta intimamente ligada com a perfeita distribuição de ar no interior de 
um local que esta sendo climatizado, pois muitas vezes por mal dimensionamento, ou 
negligencia do projetista, as redes de duto apresentam uma perda de carga maior do 
que o pressão estática que o ventilador do condicionador de ar pode oferecer, fazendo 
com que o ar a ser insuflado, não consiga alcançar os difusores mais afastados da 
rede. 
 
Caso você venha a se tornar um projetista, seguir os passos recomendados nesta 
apostila é a maneira perfeita de dirigir o seu projeto, caso você seja um profissional da 
área de manutenção, realizar estes cálculos é uma maneira de você avaliar e 
Termofluidomecânica IV 
 
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132 
desenvolver um relatório técnico sobre as verdadeiras causas do mau funcionamento 
de uma rede de dutos. 
 
Aprenda mais 
 
Você percebeu como é extenso o conteúdo básico de “Mecânica dos Fluidos” Para 
você se aprimorar mais sobre os mesmos, estamos sugerindo alguns livros e 
publicações técnicas que poderão ajudá-lo neste momento: 
 
 DISTRIBUIÇÃO DE AR – Valter Rubens Gerner 
Apostila - 2007 
 
 ELEMENTOS BÁSICOS DE AR CONDICIONADO – Raul Peragalo Torreira 
Editora Hemus - 1983 
 
 FÍSICA APLICADA A CONSTRUÇÃO – CONFORTO TÉRMICO – Ennio Cruz da 
Costa - Editora Edgard Blucher – 1991 
 
 INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA DA REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇAO – Josué 
Graciliano da Silva - Editora Artliber - 2004 
 
 ISNTALAÇÕES DE AR CONDICIONADO – Helio Creder 
Editora LTC - 1997 
 
 MANUAL DE AR CONDICIONADO – Trane 
The Trane Company – 1980 
 
 MANUAL DE AIRE ACONDICIONAD HIDRAULICA – Carrier Air Conditioning 
Company 
Editora Marcombo - 19978 
 
Nota: As publicações sugeridas se encontram disponíveis em nossa biblioteca.

Outros materiais