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Resumo Dentística Restauradora I - 2016/1 PUCRS

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DENTÍSTICA 
RESTAURADORA I 
 
RESUMO 
Diego Arthur Pohren 
Ato 2018 
 
 
Propriedades físicas dos materiais dentários 
Tensão (mPa) e deformação 
Tensão é a força atuante, por unidade de área, que resiste a força externa. Basicamente é o 
quanto que o material pode aguentar de forças pela sua área (mm², cm², m²), se um material possui 1 Mpa 
de resistência a tensão, significa que ele irá suportar 1 newton por m². Sempre que uma tensão estiver 
presente sobre um corpo (uma coroa metálica, por exemplo) o material sofrerá alguma deformação, 
mesmo que mínima. 
A deformação de um material é dada de acordo com a alteração do comprimento, pelo 
comprimento original. Ou seja, dividimos o valor da diferença pelo valor do comprimento original. 
tipos de tensões e deformações 
Uma tensão é definida de acordo com sua direção e magnitude. 
Tensão por tração – é uma tensão que suporta a deformação por tração, é causada por uma carga 
que tende a estender ou alongar um corpo/objeto. 
Tensão por compressão – é uma tensão que suporta a deformação por tração, é causada por uma 
carga que tende a comprimir ou encurtar um corpo/objeto. 
Tensão tangencial – trata-se de uma tensão que tende a resistir ao movimento de torção, ou ao 
deslizamento de uma porção de um corpo sobre outra 
Limite elástico/Limite de proporcionalidade – Trata-se do limite máximo que certo material pode sofrer sem 
que possua uma deformação permanente (ou deformação plástica), ou seja, se o limite elástico a 
compressão de uma restauração for de 10MPa, qualquer tensão de compressão acima de 10MPa irá 
causar uma deformação permanente no material. 
Módulo de elasticidade – se o valor de qualquer tensão (abaixo do limite elástico) for dividida pelo valor da 
deformação do material, teremos o módulo de elasticidade. Basicamente trata-se de uma proporção entre 
tensão e deformação, onde quanto menor a deformação para uma determinada tensão, maior será o 
módulo. Ou seja, uma barra de aço suporta uma maior tensão do que uma barra de borracha. Logo o 
módulo de elasticidade da barra de aço é maior, uma vez que é necessário uma tensão superior para 
causar uma deformação igual da barra de borracha. 
Flexibilidade – materiais odontológicos necessiam de um limite elástico elevado, uma vez que é esperado 
que estes materiais sofram tensões mastigátorias, causando deformação não-permanente no material. A 
flexibilidade de um material é importante principalmente em ortodontia. 
Resiliência – trata-se da quantidade de carga que o material pode absorver, sem ultrapassar o limite 
elástico do material, uma restauração precisa ser capaz de suportar tensões de considerável magnitude, 
mas com pouca deformação, ou seja, possuir um alto módulo de elasticidade. 
Força de impacto – uma força dinâmica, ocasionada durante a colisão com uma estrutura, presente 
durante a mastigação. A força de impacto está relacionado com a resiliência, uma vez que um material 
que sofre uma força de impacto e não sofre alterações, possui uma resiliência alta. 
Deformação permanente – a deformação permanente, ou deformação plástica, é quando um material sofre 
um tensão superior ao seu limite elástico, fazendo com que seus átomos se distanciem permanentemente, 
causando uma mudança permanente na forma do material. 
Resistência – a resistência do material varia com a tensão que ele está sofrendo, se estamos diante de 
uma tensão de compressão, temos uma resistência de compressão, e assim por diante. A resistência 
 
é a tensão máxima que um material pode sofrer antes de romper, entretanto a resistência do material não 
é igual a tensão de fratura, uma vez que temos a deformação do material diminuido a resistência a fratura 
do material. Materiais frágeis apresentam uma resistência a tração muito baixa quando comparada com a 
compressão, que é mais elevada, um exemplo disso é o amálgama. 
Resistência a flexão – Trata-se basicamente de um força sendo exercida sobre uma estrutura suportada 
em suas extremidades, nestes casos temos ações de tração e compressão sendo exercidas 
simultaneamentes, na parte superior do objeto temos uma força de compressão e na parte inferior temos 
uma de tração. 
Fadiga – as forças citadas acima e suas resistências são valores únicos, para uma única aplicação de 
força. A mastigação pode causar um ciclo quase infinito de tensões, o que pode causar a ruptura de uma 
estrutura a partir de uma carga muito abaixo ao ponto de fratura normal do material, tal força está 
relacionada com o tempo útil de trabalho de um material. 
Resistência ao impacto – é basicamente a energia necessária para fraturar um material sob um força de 
impacto. 
Tenacidade – tenacidade é a propriedade de ser difícil de se quebrar, um material tenaz precisa de uma 
energia maior para ser quebrado, geralmente um material tenaz é um material resistente. 
Fragilidade – é o oposto da tenacidade, basicamente um material frágil é aquele que se rompe quando a 
força necessária para a ruptura é proxima ao límite elástico. 
Dureza – a dureza superficial é o resultado da interação de várias propriedades, entre elas estão, 
resistência, limite elástico, ductibilidade, maleabilidade e resistência a abrasão e ao corte. A dureza é difícil 
de se conceituar, mas é amplante explicada como a capacidade do material de ser penetrado. 
Ductibilidade e maleabilidade – quando uma estrutura sofre uma tensão superior ao limite elástico, a 
mesma irá sofrer deformação. Nestes casos quando o material sofre alterações na sua forma ocasionado 
por forças de tração, sem se romper, chama-se ductibilidade. Nos casos quando o material sofre 
alterações na sua forma ocasionados por forças de compressão, sem se romper, chama-se de 
maleabilidade 
 Ductibilidade Maleabilidade 
Forças Tração Compressão 
 
A ductibilidade de um material geralente diminui com o aumento da temperatura, enquanto a 
maleabildiade aumenta. 
Grau de ductbilidade Material 
1º Ouro 
2º Prata 
3º Platina 
4º Cobre 
 
A ductiblidade está comumente associada com o grau de plasticidade de um material, por exemplo, 
quando dobramos ou torcemos um metal sem que o mesmo se rompa, ele está dentro de sua fase plástica 
(sofrendo alterações na sua forma, permanentemente). 
Corrimento – o corriemnto é uma deformação tempo-dependente, onde um objeto é submetido a cargas 
prolongadas, constantemente. Possuimos duas formas de corrimento, a estástica, onde o objeto sofre uma 
tensão constante, e a dinâmica, onde o objeto sofre tensões que não são constantes, como por exemplo a 
 
mastigação. Deformações de margens gengivais por causa de tensões mastigatórias, são associadas a 
corrimento dinâmico. 
Escorrimento – é semelhante ao corrimento, entretanto ocorre em substâncias amorfas, como ceras, 
vidros, resinas e amálgamas antes do seu endurecimento. 
Resistência a abrasão – é um fator frequentemente relacionado com a dureza, e envolve vários fatores. 
Pode ser utilizada para comparar diferentes materiais odontológicos 
Libertação de tensões – um material que sofreu algum tipo de deformação plástica irá guardar 
microtensões internas, com o tempo tais tensões podem causar certas modificações, distorcendo ou 
empenando os materiais odontológicos. 
REOLOGIA 
As caracteristicas supracitadas estão relacionadas com materiais sólidos, entretanto muitos 
materiais odontológicos em alguma de suas fases estavam em forma líquida, sendo está fase decisiva 
para o bom funcionamento dos procedimentos realizados. 
Viscosidade – quando um líquido entra em movimento, o mesmo tende a resistir as forças atuantes que 
tendem a move-lo, basicamente a viscosidade é uma resistência do liquido a a forças internas de atrito, 
entre o líquido. A viscosidade tende adiminuir com a temperatura do líquido 
Escoamento – trata-se de uma deformação plástica dependente do tempo, quando um material encontra-
se próximo ao seu ponto de fusão. É considerado estástico quando um sólido é submetido a tensões 
constantes e dinãmico quando as tensões variam, como em um teste de fadiga. A maioria dos metais 
odontológicos apresentam um ponto de fusão muito elevado, quando comparado com a temperatura da 
cavidade bucal, a exceção do amalgama de prata, onde certos componentes possuem uma temperatura 
de fusão um pouco acima da tempertaura oral. Portanto o escoamento é um fator importante em 
restaurações de amálgama, e é levado em consideração em testes para aprovação deste produto. 
Em odontologia o escoamento é comumente utilizado para descrever estas caracteristicas em 
materiais amorfos e tambem deformações plásticas em amálgama. 
Cor 
Um objetivo importante na odontologia moderna é a restauração estética do paciente (cor e 
aparência normal), para que um objeto seja vísivel deve emitir luz ou refletir/transmitir luz nele incidente de 
uma fonte externa (objetos odontológicos). 
Três dimensões da cor – a cor é uma quantidade tridimensional, que varia por três fatores, a cor 
propriamente dita (verde, azul, vermelho...), a saturação (intensidade da cor, quanto mais intensa, mais 
viva) e a claridade (brilho/luminosidade). 
Mensuração da cor – os dentes humanos possuem uma considerável variação de cor entre individuos e no 
próprio indivíduo. Objetos que se assemelham de cor, sobre uma fonte de luz, podem ser diferentes 
quando expostos em uma segunda fonte de luz, por isso seria necessário que a escolha das cores fossem 
feitas sobre diferentes fontes de luzes. 
Propriedades térmicas 
Condução – trata-se do processo de transferência de calor atrávez de um material ou substância. Quanto 
maior o valor de condutividade térmica, maior a quantidade de energia transmitida. Quanto maior o volume 
do material, menor será a difusividade térmica, e quanto maior for a condução térmica, maior será a 
difusividade, (difusividade é algo como o quanto o material consegue “expalhar” a energia/calor por ele , 
seria a velocidade da difusão, e a condutividade seria o quanto de calor se “expalha” pelo material 
 
por um determinada unidade de tempo). A estrutura dentária (esmalte/dentina) é um eficiente isolante 
térmico quando comparado com outros metais, igualando-se ao tijolo de sílicia e a água. 
 Densidade (g.cm³) Condutividade (cal.cm/cm².seg.ºC) Difusividade (cm².seg-1) 
Esmalte 2,9 0,0022 0,0042 
Dentina 2,1 0,0015 0,0026 
Prata 10,5 0,98 1,67 
Cobre 9,96 0,94 1,14 
Tijolo de sílica 2,5 0,003 0,006 
Água (20ºC) 1 0,0014 0,0014 
 
Mesmo a estrutura dentária sendo um bom isolante térmico, ela necessita possuir uma expessura 
suficiente para ser efetiva, por exemplo quando temos uma camada fina de dentina entre o fundo do 
assoalho cavitário e a polpa, é necessário a colocação de uma camada adicional de uma base de cimento 
isolante. Ou seja, quanto maior a expessura do material maior será a prevenção da condução térmica 
(isolamento), e quanto maior a difusividade térmica, menor a eficiência na prevenção da condução térmica 
(isolamento). A união atômica dos tecidos bucais são do tipo primária (ou seja, não possui eletrons livres, 
que são os responsáveis por um material ser mais condutivo), portanto a condutividade dos tecidos bucais 
é baixa, portanto em condições normais, não sentimos dores quando nos alimentamos com substâncias 
com temperaturas altamente variadas (como sorvete e café). 
Em casos de restaurações, esse fator muda, possuimos uma camada fina de dentina com uma 
restauração, em sua maioria das vezes, métalica, que possui muitos eletrons livres em seu interior, 
aumentando a condutividade térmica, tornando o dente mais sensível a modificações térmicas dos 
alimentos. Por isso a necessidade de colocação de isolantes térmicos abaixo de restaurações metálicas. 
Coeficiente de expansão térmica linear – trata-se de uma modificação do tamanho de um material, 
ocasionado por uma alteração da sua temperatura, quando aumentamos a temperatura o material 
expande, e quando diminuimos a temperatura o material contrai. Este fator é muito importante, pois uma 
restauração necessita ter esse coeficiente de expansão semelhante ao dente, pois se o a restauração se 
contrair excessivamente pode se mover e cair da cavidade em que está inserida, ou quando expandir, irá 
causar traumar ao dente que não se expande tanto quanto a restauração. 
Material Coeficiente de expansão linear (mm/mm.K)x10-6 
Dente (através da coroa) 11,4 
Cimento de silicato 7,6 
Amálgama dentário 25,0 
Porcelana 4,1 
Resina dentária (polimetacrilato de metila) 81,0 
 
Propriedades físicas dos dentes 
Um dente necessita aguentar mais forças dinâmicas do que estásticas. A resistência do esmalte 
varia de acordo com sua posição no dente, por exemplo o esmalte presenta na cúspide é mais resistente 
que o esmalte presenta nas laterais dos dentes, ao contrario da dentina, que é independente da sua 
direção e posição. O limite elástico e o módulo de elasticidade do esmalte são superiores ao da dentina. 
Tensões durante a mastigação – a mastigação trata-se de uma ação dinâmica e não estática, portanto 
suas tensões reais são de dificil medição, entretanto, um valor médio relatado foi de 77Kg, entretanto este 
valor médio diminui de acordo com a posição na arcada, nos dentes posteriores a força é maior quando 
comparado nos dentes anteriores. Todavia as forças que ocorrem durante uma mastigação normal são 
inferiores ao valor médio supracitado. O módulo de resiliência da dentina é superior ao esmalte, e assim 
está melhor capacitado para absorver a energia do impacto alimentar. O esmalte é fragil e com módulo de 
elasticidade alto e baixo limite elástico, porém quando suportado pela dentina, que possui habilidade 
 
de deformar-se elasticamente, os dentes aguentam com mais eficiência esta sobrecarga mastigatória. 
Dente Estrutura 
Módulo de 
elasticidade 
(MPa x 104) 
Limite de 
proporcionalidade 
(MPa) 
Módulo de 
resiliência 
(Joules/m³) 
Limite de 
resistência 
(MPa) 
Molar 
Dentina 1,2 148 9,4 305 
Esmalte 
(cúspide) 
4,6 224 5,5 261 
Pré-
molar 
Dentina 1,4 146 7,7 248 
Esmalte - - - - 
Canino 
Dentina 1,4 140 7,1 276 
Esmalte 
(cúspide) 
4,8 194 4,0 288 
Incisivo 
Dentina 1,3 125 6,0 232 
- - - - - 
Tabela 1 - Valores de compressão 
Material 
Módulo de 
elasticidade (MPa 
x 104) 
Limite de 
proporcionalidade 
(MPa) 
Módulo de 
resiliência 
(Joules/m³) 
Limite de 
resistência 
(MPa) 
Resina de 
restauração 
0,19 44 5,2 76 
Cimento de 
fosfato de zinco 
0,89 60 2,0 82 
Amálgama 1,4 207 15,5 398 
Liga de ouro para 
incrustação 
(média) 
7,7 166 1,8 - 
Tabela 2 - Valores de compressão 
A partir da tabela acima é possivel observar que entre os materiais resutauradores mais populares, 
usados em odontologia, apenas os materiais metálicos (amálgama e liga de ouro) aproximam-se das 
propriedades dos dentes. A liga de ouro possuir a menor resiliência, entretanto resiste eficientemente às 
forças mastigatórias deviso a sua grande tenacidade (limites elásticos e ductilidade altos). 
Critério de seleção – as tensões proeminentes durante a mastigação são de difíceis análise, entretanto ao 
analisarmos um material como a liga de ouro, que é um ótimo material odontológico, podemos averiguar 
seus valores de limite elástico, módulo de elasticidade e resistência a tração, e usar estes valores para a 
análise de outros materiais. 
Considerações biológicas – um material odontológico não necessita ter somente características físicas 
ideais, mas também necessita não causardanos aos materiais orgânicos presentes na cavidade oral, 
entre estes fatores encontram-se. 
Infiltração microscópica – com exceções dos sistemas baseados no ácido poliacrílico, nenhum material 
restaurador tradicional proporciona adesão a estrutura dentária, existe sempre um espaço microscópico 
entre a restauração e a cavidade preparada. Este espaço permite a infiltração de fluidos e detritos bucais. 
Se a infiltração for severa, ocorrerá crescimento bacteriano entre a restauração e o dente, podendo causar 
uma irritação na polpa a partir dos canalículos dentinários. 
Alterações térmicas – as estruturas dentárias e as restaurações são continuamente expostos a 
temperaturas variantes durante a alimentação, variando no calor e frio, podendo variar em 65ºC durante a 
mesma alimentação. A condutividade térmica e o coeficiente de expansão térmica dos materiais 
restauradores são propriedades importantes a considerar na preservação da saúde pulpar e na diminuição 
de grandes infiltrações microscópicas causadas pelas lacunas ocasianadas pela contração térmica. 
Galvanismo – presença de diferentes metais na cavidade bucal podem gerar uma corrente, por exemplo 
 
uma restauração em liga de ouro e uma restauração de amálgama. Causa uma sensibilidade dolorosa. 
Efeitos tóxicos do materiais – poucos materiais dentários, não possuem alguma substância tóxica, tais 
efeitos podem ser proeminentes durante o endurecimento e presa de certos materiais, causando danos a 
polpa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios gerais do preparo cavitário 
Black idealizou uma sequência lógica de procedimentos para realização de um preparo 
cavitário, entretanto a mesma é mutável com o tempo, a partir, de avanços tecnológicos 
presentes na área. Entre as evoluções ocorridas encontram-se, maior controle da incidência e 
gravidade da cárie, maior compreensão sobre as lesões cariosas, detecção precoce da cárie e 
os avanços tecnológicos em equipamentos e materiais. Basicamente a finalidade de uma ordem 
de procedimentos é que sirva de guia geral, facilitando realização dos preparos a partir de etapas 
relacionadas entre si, conduzindo ao sucesso da restauração. 
Em certos casos, as etapas aos lados devem sofrer modificações, por exemplo, em casos de cáries 
extensas, pois a remoção da dentina cariada deve preceder as outras etapas do preparo. 
Forma de contorno 
Materiais permanentes 
 A forma de contorno deve englobar todo o 
tecido cariado e as áreas suscetíveis a carie, da 
superfície do dente, a ser restauradas. Princípios básicos 
que devem ser levados em consideração. 
 Todo esmalte sem suporte dentinário (esmalte 
socavado), deve ser removido ou, se possível, 
apoiado sobre um material adesivo (resina 
composta ou cimento ionomérico). 
 O ângulo cavossuperficial deve estar localizado 
em uma área de relativa resistência a carie e que 
possibilite um correto acabamento de suas 
bordas. 
 Observar as diferenças nas cavidades realizadas 
em áreas de cicatrículas e fissuras, com as de 
faces livres. 
Cavidades de cicatrículas e fissuras 
 Para o correto planejamento de uma cavidade 
presente em uma face com cicatrículas e fissuras, 
devesse analisar: 
 Extensão da cárie – a cárie se propaga com a 
forma de dois cones sobrepostos pelas suas 
bases, na junção amelodentinária. Portanto a 
extensão da cavidade deve englobar tanto esta 
forma externa, como sua extensão a partir da 
junção. 
 Extensão de conveniência – a forma de contorno 
também deve englobar toda a área de 
cicatrículas, fissuras e sucos muito profundos 
próximos a lesão cariosa, facilitando um correto 
acabamento das margens da restauração, 
diminuindo a chance de uma recidiva da doença. 
Portanto a forma de contorno varia com a 
morfologia anatômica do dente. É importante 
frisar que as estruturas de suporte do dente 
devem ser mantidas intactas (cúspides, cristas, 
pontes de esmalte) a não ser que as mesmas 
tenham sido afetadas pela cárie. 
 Quando duas cavidades possuem uma parede 
entre si menor que 1mm, esta parede deve ser 
removida, desta forma evitando a presença de uma 
estrutura frágil na restauração, que facilitaria uma 
A ordem geral de procedimentos no preparo de 
uma cavidade, de acordo com Black, é a seguinte. 
Comentários extras da aula 
Devemos primeiramente remover a cárie de forma 
horizontal, limpando o limite amelodentinário, ou 
seja, trabalhando na largura da cavidade e só então 
aprofundamos a cavidade. 
 
 
fratura e recidiva. 
 Pacientes idosos – por possuir faces 
oclusais desgastadas por causa da 
abrasão a forma de conveniência da 
cavidade deve se limitar em remover o 
tecido cariado. 
Cavidades de superfícies lisas 
 Em superfícies lisas a cárie tende a se 
propagar mais em extensão do que em profundidade, ao contrario das cáries em superfícies com cicatrículas e 
fissuras. Alguns fatores sobre a forma de contorno da cavidade que se assemelha a cicatrículas e fissuras é: 
 Deve-se levar em consideração a forma da marcha de cárie, onde em superfícies 
lises são dois cones superpostos, base sobre ápice. 
 A extensão da cavidade deve se estender ate 
estrutura sadia, possibilitando um correto acabamento 
das margens da restauração. 
 O esmalte deve ser suportado sobre dentina 
sadia. 
 Alem destes fatores, outros fatores também 
possuem relevância para a forma de contorno desta 
superfície. 
Extensão para gengival – analisando clinicamente, a 
parede gengival de uma restauração seria o mais 
distante possível de tecido gengival. Tal condição 
facilitaria vários fatores como, acabamento das margens 
da restauração, isolamento de campo, colocação de matrizes, remoção de 
excessos e moldagens, entretanto nem sempre é possível, uma vez que a 
extensão no sentido gengival é governada por uma série de fatores. 
Cáries e outras lesões – em função da extensão da cárie o contorno de 
conveniência de uma cavidade pode ser supragengival, a margem da gengiva 
e subgengival. A altura da parede 
gengival varia de acordo com a 
idade do paciente, pacientes 
jovens a altura da parede 
gengival pode se localizar abaixo 
da gengiva, em pacientes adultos na linha da gengiva e em 
pacientes idosos deve se localizar 
supragengival. Eventualmente podemos 
realizar a separação da parede gengival 
utilizando recortadores marginais, que 
planificam os prismas de esmalte. Em 
casos de cavidades cariosas extensas 
ou lesões cervicais reincidentes, o limite 
da parede gengival é definido pela 
remoção total da lesão. 
Outros fatores que devem ser levados 
em conta sobre a extensão da parede 
gengival: 
 Posição e saúde da área do col, da papila interdentária e 
da crista alveolar. 
 Relação entre a crista alveolar e o limite gengival da 
lesão cariosa (espaço biológico), que deve ser de 1,9 a 3,8mm. 
 
 
Distância entre parede gengival e superfície proximal do dente vizinho 
Material Distância (mm) 
Amálgama 0,2 a 0,5 
Restaurações metálicas fundidas 0,5 a 1,0 
Comentários extras da aula 
Em todas as restaurações proximais, devesse 
remover o ponto de contato com o dente 
vizinho, para que desta forma possibilite o 
correto acabamento da restauração. 
 
Comentários extras das aulas 
Remoção parcial da cárie – nestes casos removemos as camadas de tecido 
cariado que estão muito desorganizados, entretanto deixamos intacta a parte 
do tecido dental que está menos contaminado e mais organizado. Realizando 
tais procedimentos possibilitamos que os odontoblastos depositem mais 
dentina sadia aumentando a camada de dentina, evitando uma exposição 
pulpar e tratamento de canal. 
 
Pergunta – porque preparos de cavidades 
indiretas precisamter uma maior distância do 
dente vizinho? Para a moldagem 
 
Estética – a estética é muito importante, principalmente na região anterior dos dentes superior, nestes casos em 
restaurações metálicas fundidas o limite da parede gengival se encontra a 0,5mm subgengival. 
Retenção – em casos que temos uma baixa retenção (profundidade insuficiente, pequena coroa clínica e pouca 
estrutura dental remanescente) podem determinar um aumento da extensão da cavidade para subgengival. 
Extensão para vestibular e lingual – além de englobar as áreas com lesões cariosas devemos estender a 
cavidade para áreas que facilitem o acabamento das bordas. Em casos de remoção de cáries incipientes após 
remover a cárie, devemos estender a cavidade até remover qualquer contato com o dente vizinho. O principal 
motivo para a remoção do contato entre os dentes durante um procedimento de cavidade em faces proximais é 
facilitar o acabamento, preparo da cavidade e limpeza das faces proximais. De acordo com Mondelli et al. Uma 
ligeira separação visível a olho nu é suficiente para a extensão de conveniência da cavidade. 
Materiais semipermanentes 
 Para os materiais considerados temporários devemos realizar cavidades mais conservadoras, limitando-
se a remoção da cárie. 
Forma de resistência 
 A forma de resistência da cavidade é dada a partir de princípios mecânicos, 
para suportar as tensões causadas a partir dos movimentos mandibulares que 
poderiam causar fraturas na restauração e nas paredes do preparo. As paredes do 
preparo cavitário apresentam paredes convergentes para a oclusal, o que possibilita 
bordas adequadas para o material restaurador, além de criar uma cavidade 
retentiva para restaurações de amálgama e diminui a área do preparo com tensões 
mastigatórias diretas sobre o mesmo. O ângulo cavossuperficial deve estar em 90º 
com a superfície do dente, acompanhando a inclinação dos prismas de esmalte, 
entretanto às vezes tal angulação possibilita a presença de esmalte das vertentes 
das cúspides esteja solapada, nestes casos uma angulação de 70º é possível. Em 
casos de restaurações metálicas fundidas as paredes vestibular e lingual devem 
estar divergentes para a oclusal, primeiro por 
causa da alta resistência da restauração, e 
segundo para facilitar a inserção da restauração 
na cavidade. No caso de irregularidades na parede pulpar da cavidade é 
necessária uma regularização com alguma base protetora. Devesse realizar 
um arredondamento do ângulo axiopulpar para desta forma evitar o acúmulo 
de forças no local, o que poderia causar fraturas e falhas na restauração 
durante restaurações de classe II. 
 A forma de resistência de uma cavidade também leva em consideração as 
características do material restaurador, por exemplo, uma cavidade para uma 
restauração metálica por aguentar de forma mais eficiente às forças mastigatórias, 
permite uma cavidade com acabamento marginal em forma de bisel, entretanto o 
amálgama que é um material frágil necessita um acabamento marginal em 90º além 
de uma maior espessura do material. Para uma forma de resistência em dentes 
despolpados devemos realizar uma diminuição das cúspides e recobertas com 
material restaurador, o motivo para tal procedimento é que o dente se torna frágil 
após um tratamento endodôntico e desta forma diminuímos a chance de uma fratura 
na coroa do dente. 
Forma de retenção 
 As formas de resistência e retenção comumente são obtidas 
simultaneamente durante a preparação da cavidade, ou seja, todos os 
princípios que regem a forma de resistência são importantes e validos 
para a forma de retenção. A forma de retenção é obtida através da 
conformação do preparo, de retenções adicionais, retenção por atrito 
do material restaurador com as paredes do preparo cavitário e adesão 
química proporcionada pelos materiais adesivos. O principal objetivo da forma de retenção é evitar o 
deslocamento da restauração causado por 
 Ação das forças mastigatórias 
Forma de 
retenção
Forma de 
resistência
 
 Tração por alimentos pegajosos 
 Diferença de coeficiente de expansão térmica entre o material restaurador e a estrutura dentária, 
especialmente nos casos de resinas restauradoras. 
Tipos de retenção 
Cavidade simples - “Quando a profundidade de uma cavidade for igual ou maior que sua largura 
vestibulolingual, por si só, será retentiva”. As paredes vestibular e lingual devem estar convergentes para a 
oclusal, desta forma criamos uma cavidade autorretentiva. 
Cavidades compostas complexas 
 Cauda de andorinha – Auxilia a retenção de restauração de cavidade 
próximo-oclusais, aumentando em 4x a retenção da restauração na 
cavidade no sentido axioproximal, à confecção de sulcos proximais aumenta 
em 10x a resistência, economizando estrutura dentária. Ou seja, 
constituísse em um procedimento biomecânico mais recomendável. 
 Inclinação das paredes vestibular e lingual da caixa proximal – quando o 
material restaurador for o amálgama, essas paredes podem ser 
convergentes para a oclusal, desta forma na zona oclusal, temos uma 
menor área da restauração, com menor área de contato durante a 
mastigação. Em casos de restaurações metálicas fundidas é necessário que 
as paredes sejam minimamente divergentes para a oclusal, para possibilitar 
moldagem e colocação da restauração. 
 Sulcos proximais – recurso retentivo confeccionado à custa das paredes 
vestibular e lingual da caixa proximal, com o objetivo de se evitar 
deslocamento lateral da restauração durante uma carga oclusal, tais 
retenções são geradas a partir de brocas tronco-cônicas. 
 Pinos metálicos – em cavidades muito extensas, 
tanto para amálgama quanto para incrustações 
metálicas, podemos utilizar um recurso de pinos 
ancorados em dentina. Em restaurações metálicas 
fundidas tipo M-O-D, as porções proximais podem 
deslocar no sentido proximal, causada por cargas 
axiais de compressão central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cárie dentária 
A prática odontológica é baseada na evidencia, a 
partir de três fatores 
O que é cárie dentária? Trata-se de resultados (sinais + 
sintomas) de uma dissolução química da estrutura dentária 
causada pelos eventos metabólicos que ocorrem no biofilme 
que cobre a área afetada. 
A presença de comunidades microbianas na 
superfície dentária é um pré-requisito para o 
desenvolvimento de lesões cariosas. Entretanto o biofilme, 
mesmo que necessários, não são suficientes para causar 
uma lesão cariosa. 
Biofilme – caracteriza-se pela atividade microbiana 
contínua resultando em eventos metabólicos contínuos na 
forma de pequenas flutuações do pH. O metabolismo 
bacteriano pode ser dramaticamente aumentado a partir 
da presença de carboidratos fermentáveis 
A superfície do esmalte está em equilíbrio 
dinâmico com o ambiente vizinho, o resultado cumulativo 
de diversas flutuações do pH ao longo de anos ou meses é 
a perda total de cálcio e fosfato, torando o esmalte poroso 
A maioria dos microrganismos é encontrada em sítios 
estagnados e protegidos da influência mecânica da língua, 
bochechas e alimentos abrasivos e escovação. O que facilita o 
acúmulo bacteriano 
 
 
B
ac
té
ri
a 
+ 
Su
cr
o
se
Polímeros extracelulares 
(EPS)
Glican; mutan 
(glicosiltransferases)
Frutan (fructosiltransferases)
Ácido lactico e outros ácidos 
e energia
Polímeros intracelulares (IPS)
Função de armazenamento 
semelhante ao glicogênio
“O início da cárie dentária 
ocorre nos pontos que vão 
favorecer o acúmulo ou 
adesão, em que os 
microrganismos não estarão 
sujeitos ao deslocamento 
frequente que impediria seu 
crescimento contínuo. Esta é 
a causa da localização e do 
surgimento da cárie em 
certos locais da superfície 
dentária. ” 
 
Diagnóstico dalesão de cárie 
O diagnóstico de lesão cariosa tem como objetivo melhorar a saúde do paciente, pela classificação das lesões de 
cárie, correspondendo-as com as melhores opções de tratamento para cada tipo de lesão, podemos diagnosticar 
cárie a partir de três formas: 
 Tátil-visual 
 Radiográfico 
 Medidas diagnósticas complementares 
Diagnóstico tátil visual 
 Necessário uma boa iluminação com os dentes limpos e secos 
 Uso adequado da sonda exploradora 
 Sítios de predileção para cárie 
Correto uso da sonda exploradora – a sonda possui duas finalidades principais: remoção do biofilme e sentir a 
textura superficial da lesão cariosa. Devemos remover a placa de forma concomitante ao exame, em vez de apenas 
removê-la antes, pois desta forma iremos saber os possíveis sítios mais afetados. Não devemos forças a sonda no 
tecido para que não seja causado danos irreversíveis a zona superficial de uma lesão incipiente 
Quais os melhores critérios para o diagnóstico? 
 Presença de cavitação 
 Atividade da lesão, se a cárie se encontra ativa 
 Profundidade da lesão 
 E tecidos dentários envolvidos 
Diagnóstico tátil visual para lesões ativas não cavitadas 
 A superfície normalmente se encontra opaca esbranquiçada/amarelada e com 
perda do brilho, exibindo uma aparência semelhante a um giz ou branco neon 
 Superfície encontra-se áspera quando deslizamos a ponta da sonda sobre ela. 
Diagnóstico tátil visual para lesões inativas não cavidades 
 São lisas, brilhantes e suaves ao deslizamento da sonda exploradora 
Diagnóstico tátil visual para lesões ativas cavitadas 
 São macias e com consistência de couro 
Diagnóstico tátil visual para lesões inativas cavitadas 
 Brilhantes e rígidas sob a sondagem delicada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cárie dentária 
Cavitada Não-cavitada 
Características 
superficiais 
Ativa Cavidade com dentina exposta, mole e com 
consistência de coura na sondagem 
Opaca/giz, áspera na sondagem 
Inativa Cavidade com dentina exposta e dura na 
sondagem 
Brilhante, macia na sondagem 
Cor Ativa Amarelo marrom escura Esbranquiçada-marrom-clara 
Inativa Esbranquiçada-marrom-clara 
Características 
dos limites 
Ativa Bem demarcada Na maioria dos casos, bem demarcada 
(correspondendo aos sítios de retenção 
da placa) 
Inativa Sem demarcação das margens da lesão Bem demarcada, ou com bordas difusas 
Distribuição na dentição A lesão ocorre nos sítios de retenção de 
placa, tais como: fissuras e cicatrículas 
oclusais, superfícies proximais abaixo do 
ponto de contato e nas superfícies lisas 
próximas a margem gengival. 
Nos sítios de retenção e placa: fissuras e 
cicatrículas oclusais, superfícies proximais 
refletindo a posição da margem gengival 
e superfícies proximais abaixo do ponto 
de contato. 
Características 
histopatológicas 
Desmineralização com perda da zona 
superficial. Fratura do esmalte e possível 
invasão bacteriana na dentina. 
Desmineralização subsuperficial (origem 
bacteriana). 
 
Diagnóstico tátil visual de cárie recorrente ou cárie secundária. 
 Cáries nas margens das restaurações localizadas com mais 
frequência nas margens gengivais das restaurações de 
classe II e V, raramente em restaurações de classe I. 
 Podem estar cavitadas, não cavitadas, ativas ou inativas. 
 Diagnóstico diferencial com degradação marginal ou 
defeitos sobre contornos 
 Cáries recorrentes não se desenvolvem em função de 
micro infiltrações ao longo da interface dente-
restauração. 
 A presença de bactérias neste local (interface dente 
restauração) não deve ser confundida com cárie 
recorrente, que se desenvolve como uma lesão 
superficial, similar as lesões primárias 
Diagnóstico radiográfico 
A radiografia é um importante fator para a determinação e 
diagnostico de cáries, o método mais utilizado é o de radiografia 
bitewing, pois esta radiografia é usada para o estudo de lesões 
cariosas em dentes posteriores, uma vez que possui menor distorção. 
As principais funções são: 
 Identificar lesões ocultas ao exame clínico 
 Estimar a profundidade da lesão 
 Auxiliar no diagnóstico de cárie oclusal em dentina 
 
D
ia
gn
ó
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il 
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su
al
Ativa
Cavitada
Não-cavitada
Inativa
Cavitada
Não-cavitada
Restaurada
Sem cárie 
recorrente
Cárie ativa 
recorrente
Cárie inativa 
recorrente
 
Devemos sempre levar em conta a qualidade técnica do exame 
radiográfico e da qualidade da interpretação da imagem radiográfica. 
Radiograficamente teremos uma limitação que está ilustrada na 
imagem ao lado, cáries amplas na superfície do dente tendem a 
parecer maiores que cáries profundas, mas não tão amplas. 
Validade do exame bitewing 
 O exame radiográfico subestima a extensão do processo de 
desmineralização, sempre sendo maior do que se apresenta. 
 Aproximadamente 0,5 mm de esmalte é desmineralizado 
antes de ser visualizado pelo exame radiográfico, e apenas 
quando toda a espessura do esmalte é envolvida pelo 
processo carioso é que se detecta a presença de uma zona 
radiolúcida. 
 A radiolucidez não corresponde necessariamente com 
presença de cavidade 
 Imagens radiolúcida restritas a esmalte 
correspondem a lesões não cavitadas 
 Quando a zona radiolúcida está na 
metade interna da dentina, a totalidade 
das lesões apresenta cavitação. 
 A identificação de atividade da lesão 
deve ser feita através da avaliação de 
atividade da doença do paciente como 
um todo. 
Basicamente podemos analisar que 
 O processo de cárie não pode ser 
observado 
 Não existe padrão ouro de diagnóstico 
 Existem 
variações na 
detecção de 
lesões 
cariosas. 
 
 
 
 
 
 
 
Su
p
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tá
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Clinicamente sadia Sem tratamento
Com lesão
Ativa
Sem Cavitação
Tratamento não 
operatório
Com Cavitação Tratamento operatório
Inativa Sem tratamento
Com restauração
Sem defeito Sem troca
Com defeito
Sobre-contorno
Sem tratamento/sem 
troca
Impactração alimentar Reparo/troca
Com lesão ativa
Sem cavitação
Tratamento não 
operatório
Com cavitação Reparo/troca
Com lesão inativa
 
Tratamento operatório 
Remoção do tecido cariado – devemos levar em conta as considerações biológicas e 
os princípios mecânicos. A tradiução operatória atual diz que devemos remover a 
dentina cariada e necrótica com a retirada de dentina amolecida, o tecido infectado 
deve ser eliminado até uma dentina resistente ao toque e sem colorações e 
estender a remoção do esmalte e dentina para se obter uma cavidade apropriada 
para a inserção do material restaurador. 
Zonas da dentina cariada 
 Zona de destruição – quando o esmalte se torna 
cavitado, as bactérias infectam a dentina. Pode haver 
uma zona de destruição na dentina, onde esta se torna 
necrótica e liquefeita. Em lesões de progressão rápida 
essa zona apresenta um tecido mole e possui 
coloração amarelada. Em lesões de progessão lenta, 
essa zona apresenta uma tecido mais sólido e marrom. 
Essa regiao é facilmente removida com um escavador de dentina. 
 Zona de invasão bacteriana – os túbulos dentinários são invadidos por cavtérias, que então se multiplicam 
no lumem do túbulo. Assim como descalcificam a dentina com ácido, as bactérias dissolvem proteínas como 
o colágeno dentro dos túbulos (proteólise). Essa regiâo pode ser removida com uma broca multilaminada 
em baixa rotação. 
 Zona de desmineralização - O ácido produzido pelas bactérias percorre os túbulos dentinários, causando 
desmineralização. A zona de desmineralização é o pelotão de frente da 
lesão cariosa, e pode ser muito pequena (1mm). É importante notarque não há bactérias nessa lesão. Clinicamente, é muito difícil dizer 
onde termina a zona de invasão bacteriana e começa a zona de 
desmineralização. 
 Dentina esclerótica - Uma reação de defesa que ocorre dentro dos 
túbulos dentinários quando o ácido começa a penetrá-los. Os 
odontoblastos vivos começam a depositar minerais dentro dos túbulos 
e ficam aprisionados nos depósitos mineralizados. Isso ajuda a 
interromper o avanço do ácido, dando à polpa uma proteção. 
 Dentina terciária - A dentina terciária é produzida pela polpa numa tentativa de barrar a agressão, quando a 
polpa está levemente inflamada. 
Perguntas: 
1. Até onde a progressão da lesão está relacionada à placa bacteriana na cavidade e com a população 
microbiana no interior da dentina infectada? 
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2. É necessário remover mecanicamente dentina infectada e amolecida pra controlar a progressão adicional da 
lesão? 
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O amolecimento da dentina precede os microrganismos que são responsáveis por eles. E estes 
microrganismos podem invadir algum túbulo vazio e aberto na dentina exposta ao ambiente oral sem 
necessariamente desmineralizar o teicdo. Mesmo após toda a dentina amolecida for removida, certos 
microrganimos permanem viaveis abaixo das restaurações sem aparenemten causar efeito deletério. E não é 
possível remover toda a dentina infectada. 
Tratamento expectante – estudos apontam que a dentina infectada pode ser seguramente deixada na cavidade. 
Logo é necessário a remoção de toda a dentina superfícial (infectada), que se encontra irreversivelmente 
desnaturada e podemos deixar a camada profunda, chamada de contaminada, que se mostra reversivelmente 
contaminada.

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