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PARASITOLOGIA – ARTRÓPODES (PRÁTICA) Diferenças entre os insetos (ordem Hemiptera -- percevejos) quanto ao hábito alimentar: Fitófagos (Alimentam-se exclusivamente de seiva) o Probóscida: reta e longa, ultrapassa o 1º par de patas, podendo atingir o abdome o “Maria-fedida”/ “Marronzinho” Predadores (Alimentam-se exclusivamente de outros insetos) o Probóscida: espessa e curvada ventralmente (perfurar outros insetos) o “Fino”/ “Pretão” (lateral listrado vermelho) Hematófagos (Alimentam-se exclusivamente de sangue) o Probóscida: fina e reta o Barbeiro Imagens: McMilton / http://www.eventosufrpe.com.br/2013/cd/resumos/R0936-1.pdf REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Hemiptera FAMÍLIA: Reduviidae SUBFAMÍLIA: Triatominae Hemípteros hematófagos 1. Panstrongylus megistus Maior Negro e lateral com listras laranjas É uma espécie de grande importância na transmissão de doença de Chagas ao homem no Brasil (porém não produz colônias tão grandes quanto o Triatoma infestans); Especialmente associadas a regiões de clima úmido; De São Paulo para o Sul diminui sua densidade intradomiciliar e sua importância vetorial; É a principal espécie autóctone transmissora em MG, AL e PE. Também já foi encontrada na Argentina, Paraguai e Bolívia. Condições para ser um bom transmissor da doença de Chagas 1) Adaptação à habitação humana 2) Alto grau de antropofilia 3) Curto espaço de tempo entre hematofagia e defecação 2. Triatoma sp. (infestans e sordida) Intermediário Negro/marrom e lateral com manchas amarelas no conexivo preto (T.infestans) ou notas musicais no fundo claro (T.sordida). Espécie predominantemente domiciliar (T.infestans) e peridomiciliar (T.sordida). Espécie mais importante no Brasil, sendo responsável por altas taxas de prevalência da doença de Chagas nas suas áreas de ocorrência. T.sordida é encontrado mais no cerrado e é a espécie mais capturada no Brasil. 3. Rhodnius sp. (prolixus Venezuela,Colômbia e Guiana / neglectus MG, BA, GO, MT, SP) Mais fino/”menor” Dorso “amadeirado” Peridomiciliar e domiciliar Formas evolutivas Tripomastigota sanguíneo Tripomastigota metacíclico Amastigota Esferomastigota Epimastigota Tripomastigotas metacíclicos são eliminados nas fezes/urina do vetor Interação com macrófagos e transformação em amastigotas, que se multiplicarão por divisão binária Diferenciação em tripomastigotas sanguíneos que atacarão novas células/ serão ingeridos pelo triatomíneo. No estômago, se transformam em esferomastigotas e epimastigotas No intestino médio, os epimastigotas se multiplicam por divisão binária No reto, os epimastigotas se diferenciam em tripomastigotas metacíclicos VERTEBRADO Doença de Chagas Agente etiológico: Trypanosoma cruzi Sintomatologia Fase aguda ( até 60 dias) – assintomática (90- 98%) e sintomática (2-10%) Sinal de Romanã Chagoma de inoculação Febre Edema Hepatoesplenomegalia Poliadenia IC Meningoencefalia/miocardite aguda Morte em crianças Fase crônica Indeterminada (50-69%) Cardíaca (13%) o ICC (fibrose) o SNA lesado (arritimias) o Tromboêmbolos o Edema Digestiva (10%) o Megaesôfago/cólon (lesão do SNA intramural) Mista (8%) Transmissão Vetorial *Oral* (caldo de cana/ açaí - PA) Diagnóstico Sangue (fresco/gota espessa/esfregaço) Imunofluorescência indireta (IgM) Xenodiagnóstico PCR Tratamento Benzonidazol Leishmaniose Leishmania (Viannia) braziliensis cutâneo-mucosa (úlcera de bauru) Leishmania (Viannia) guyanensis cutânea (pian bois) Leishmania (Leishmania) amazonensis cutâneodifusa Leishmania chagasi visceral (calazar) Sintomatologia Tegumentar Úlcerações Visceral Febre irregular Hepatoesplenomegalia Anemia, leucopenia, trombocitopenia Hipoalbuminemia Hipergamaglobulinemia Linfoadenopatia periférica Transmissão Vetorial Tratamento Antimoniais pentavalentes Diagnóstico Tegumentar Exame direto na úlcera com bisturi Inoculação em pata de hamster Teste de Montenegro PCR Visceral Aspirado de medula óssea ELISA Imunofluorescência indireta PCR Promastigotas metacíclicos são eliminadas no regurgitamento Interação com macrófagos e transformação em amastigotas, que se multiplicarão por divisão binária Macrófagos com amastigotas No estômago, transformam-se em promastigotas (membrana peritrófica) Membrana peritrófica se rompe e os promastigotas ficam livres No intestino anterior, os promastigotas sofrem metaciclogênese VERTEBRADO Formas evolutivas Promastigota metacíclico Amastigota REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Nematocera FAMÍLIA: Psychodidae SUBFAMÍLIA: Phlebotominae GÊNERO: Lutzomyia Vetor – Leishmaniose Mosquito-palha – birigui – tatuqueira – flebotomíneo Lutzomyia sp. Lutzomyia longipalpis (calazar) Muito pequeno (“pó”) Nas lâminas com lamínula pequena (vermelha), o único setado no microscópio Macho Menor Espículo Fêmea Maior Sem espículo Formas evolutivas Esporozoítos Trofozoítos Merozoítos Gametócitos Gametas Oocisto Malária Plasmodium falciparum hemácias em diferentes graus de maturação (48h – terçã) Plasmodium vivax apenas reticulócitos (48h - terçã) Plasmodium malariae preferencialmente hemácias maduras (72h - quartã) Sintomatologia Fase assintomática inicial (mal estar, cefaleia, cansaço e mialgia) Devido ao ciclo eritrocítico: Anemia (destruição dos eritrócitos parasitados) e palidez Febre, calafrio e sudorese (citocinas) o Acesso malárico coincide com a ruptura das hemácias o Após fase inicial torna-se intermitente Náuseas e vômitos (junto à crise) Trombos? (citoaderência rosetas) Lesão glomerular (imunocomplexos) Esplenomegalia (malária crônica) Malária grave e complicada Malária cerebral (forte cefaleia, hipertermia, vômitos, sonolência, convulsões) IRA Edema pulmonar agudo Hipoglicemia Icetrícia Hemoglobinúria Transmissão Vetorial (fontes para o mosquito são pessoas contaminadas) Tratamento Cloroquina Artemisina Diagnóstico Gota espessa Imunocromatografia o Proteína 2 rica em His o LDH do P. falciparum São liberados esporozoítos que atingem as gg. salivares (via hemolinfa) Esporozóitos são inoculados e chegam na corrente sanguínea Nos hepatócitos, diferenciam- se em trofozoítos pré- eritrocíticos, e formamesquizontes Dos esquizontes surgem merozoítos que invadirão os eritrócitos, sofrem nova esquizogania Depois de algumas ferações, merozoítos diferenciam-se em gametócitos No intestino médio, transformam-se em macrogameta 8 microgametas O zigoto é formado, passa a movimentar-se (oocineto)e se encista (intestino médio) oocisto REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Nematocera FAMÍLIA: Culicidae SUBFAMÍLIA: Anophelinae TRIBO: Anophelini GÊNERO: Anopheles Vetor – Malária Mosquito-prego – anofelino Anopheles sp. A.aquasalis A.darlingi O mais escuro (comparação a olho nu) Asa manchada OVIPOSIÇÃO: isolados sobre a água Importante transmissor devido: antropofilia, domesticidade, suscetibilidade ao plasmódio e densidade (nº de exemplares) Macho Maior Antena plumada Fêmea Menor Antena pilosa Anopheles aquasalis: Costa (AM até SP), vetor secundário da filariose em Belém (PA), anoitecer Anopheles albitarsis: Natal, Salvador, Vitória e Baixada Fluminense, elevada antropofilia Anopheles cruzii: Sul do Brasil, criadouro nas folhas de Bromeliaceae Anopheles bellator: Planícies, criadouro nas folhas de bromélia expostas ao sol Anopheles gambiae: África REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Nematocera FAMÍLIA: Culicidae SUBFAMÍLIA: Culicinae TRIBO: Aedini GÊNERO: Aedes Vetor – Dengue/Febre amarela/Zika Mosquito da dengue Aedes aegypti A partir de 1967, houve a reintrodução Em 1986, foi detectado o Aedes albopictus no Brasil Transmissores do vírus da dengue e da febre amarela Hematofagia, cópula e oviposição são diurnas OVIPOSIÇÃO: isolados e próximo d’água, na parede do recipiente Características Coloração marrom Lira no tórax Patas listradinhas Pontinhos brancos (a olho nu) REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Nematocera FAMÍLIA: Culicidae SUBFAMÍLIA: Culicinae TRIBO: Culicini GÊNERO: Culex Vetor – Filariose Culex quinquefasciatus Altamente antropofílico Hematofagia noturna e somente domiciliar Transmissores da filariose bancroftiana e maior perturbador do repouso noturno humano Recife, Olinda, Maceió, Belém ainda apresentam elevados índices de casos OVIPOSIÇÃO: unidos, formando “jangada” sobre a água parada, poluídas por matéria orgânica. Características Coloração mais clara Lâmina amarelinha Listras (a olho nu) Macho Antena plumada Fêmea Antena pilosa REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Siphonaptera FAMÍLIA: Pulicidae SUBFAMÍLIA: Pulicinae REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Siphonaptera FAMÍLIA: Pulicidae Pulgas – Ordem Siphonaptera (sifonápteros) Insetos sem asas Aparelho bucal de tipo picador-sugador As pernas estão adaptadas para o salto Transmitem: o Peste bubônica (Yersinia pestis) o Tifo murinho (Rickettsia typhi) o Hospedeiras de alguns cestódeos (Taenia sp., H.nana, por exemplo) Pequenos organismos (1 a 3 mm), sendo os machos um pouco menores que as fêmeas. As pulgas vivem parte do tempo sobre os animais de onde retiram seu alimento e parte nos ninhos e lugares de permanência deles. Aí põem seus ovos e desenvolvem- se as larvas e pupas; Cada uma tem seu hospedeiro preferido, mas na falta dele buscam qualquer outro. Fêmeas e machos adultos alimentam-se exclusivamente de sangue, mas suportam 1 a 2 semanas de jejum. No macho é possível ver o órgão sexual (edeago) Possuem cerdas Ápteros: último par de patas (para saltar) As espécies mais importantes são: o Pulga do homem (Pulex irritans) o Pulga do gato / cachorro (Ctenocephalides) o Pulga do rato (Xenopsylla cheopis) o Pulga do porco (Tunga penetrans) Pulex irritans (pulga das casas ou do homem) •Cosmopolita. •Pode alimentar-se do cão e, mais raramente, em outros animais. •Só procura um hospedeiro para alimentar-se. •A saliva que injeta produz irritação local, com halo eritematoso e forte prurido, podendo sensibilizar os pacientes e perturbar lhes o sono. •Em geral, essa pulga não transmite doenças. •Como vive na poeira do chão e aí põe seus ovos e cria suas larvas e pupas, o controle é feito com inseticidas e pela remoção da poeira (de preferência com aspirador). REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Siphonaptera FAMÍLIA: Pulicidae SUBFAMÍLIA: Archaeopsyllinae REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Siphonaptera FAMÍLIA: Pulicidae SUBFAMÍLIA: Xenopsyllinae Ctenocephalides sp. (pulgas de cães e gatos) Ctenocephalides canis Locais com temperatura e umidade elevadas (Manaus, Salvador). Ctenocephalides felis Locais subtropicais (sudeste) Chegam a ser mais abundantes no domicílio (com esses animais) que a Pulex irritans Importância humana e veterinária: o HI de Dipylidium caninum e Dipetalonema reconditum; o Vetores de Rickettsia felis o Infectam-se com Leishmania infantum chagasi Fêmea o Maior o Cerdas na parte posterior Macho o Menor o Sem cerdas o Edeago Xenopsylla cheopis (pulga do rato) Cosmopolita Principal transmissora da peste bubônica e tifo murino entre roedores domiciliares, podendo depois passar destes para humanos Peste bubônica: (Yersinia pestis – infectante nas fezes dessecadas da pulga, durante 16 meses). Sintomatologia Linfadenite dolorosa (tende a supurar) Lesões parenquimatosas de tipo hemorrágico e necroses, no fígado, baço, pulmões (muito letal/transmissão direta – pessoa-pessoa) e meninges. Na forma septicêmica: prostração, delírio e choque, com morte em 3-5 dias. Epidemiologia O ecossistema em que circula Yersinia pestis, em áreas urbanas, requer populações abundantes de ratos domésticos e de suas pulgas, Xenopsylla cheopis, principalmente. As pulgas infectam-se ao sugar em um animal em fase septicêmica. REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Siphonaptera FAMÍLIA: Tungidae Controle Combate aos roedores (privar esses animais de acesso aos alimentos, cuidando para que os depósitos, armazéns e casas os tenham protegidos por telagem, containers, armários e recipientes bem fechados Usar rodenticidas / ratoeiras ( quando o número de roedores for pequeno) Inseticidas (controle das pulgas) Vacinação e medicação preventiva Educação sanitária Tunga penetrans – Tungíase (pulga do porco/ bicho de pé) Características: Popularmente é a “pulga-da-areia”, a “pulga-do-porco” ou o “bicho- do-pé”, cuja fêmea, quando grávida, parasita a pele do porco ou, eventualmente, a das pessoas. É a menor das pulgas (1 mm de comprimento) e tem a região frontal com uma ponta aguda que lhe permite furar a pele e aí introduzir-se. Os adultos, machos e fêmeas virgens, vivem no solo arenoso, quente e seco dos chiqueiros e imediações. Na pele fica completamente enterrada, deixando apenas a extremidade posterior exposta ao ar, para respirar. Enquanto aí permanece, alimentando-se de sangue, seu abdome vai sendo progressivamente distendido pelamassa de ovos que acumula, até alcançar o tamanho de uma ervilha ao fim de uma semana. Uns 100 ovos são, então, expelidos e a fêmea, agora murcha, é expulsa pela reação inflamatória desenvolvida em torno dela. No solo, os ovos eclodem e produzem larvas que passam a pupas. Estas darão insetos adultos ao fim de 17 dias ou mais. Sintomatologia Cada lesão assemelha-se a um furúnculo e o número delas varia de uma única a centenas ocorrendo ao mesmo tempo Planta dos pés, os artelhos, os espaços entre eles e sob as unhas Prurido tolerável. Mas a reação inflamatória pode tornar o local tumefeito e dificultar ou impedir a marcha, se o número de parasitos for grande O perigo é que essas feridas abertas e em contato com o solo, em pacientes que andam descalços, podem contaminar-se com o bacilo do tétano (Clostridium tetani). Também podem infectar-se com Clostridium perfringens (gangrena gasosa). Outro risco é a blastomicose (Paracoccidioides brasiliensis) Tratamento e prevenção Inseticidas na pele Uso constante de calçado e aspersão de inseticidas nos lugares suspeitos REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Phthiraptera SUBORDEM: Anoplura FAMÍLIA: Pediculidae GÊNERO: Pediculus REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Phthiraptera SUBORDEM: Anoplura FAMÍLIA: Phthiridae GÊNERO: Phthirus Piolho e chato – ( Pediculus capitis / Phthirus pubis) Os piolhos sempre foram companheiros assíduos do homem e, em muitas ocasiões produziram epidemias de tifo ou de outras rickettsioses. A infestação por piolhos é denominada pediculose 1. Pediculus humanus (= P. humanus corporis) vive nas partes cobertas do corpo e cola seus ovos às fibras das vestes 2. Pediculus capitis (= P. humanus capitis) habita a cabeça das pessoas e seus ovos ficam cimentados na base dos fios de cabelo 3. Pthirus pubis ou piolho-do-púbis é menor que os outros localizando-se na região pubiana e perineal Morfologia São achatados dorso-ventralmente esem asas Aparelho bucal picador-sugador As pernas são fortes e no tarso nota-se uma forte garra que se opõe a um processo na tíbia; esse conjunto (garra + processo tibial) forma uma pinça, com a qual o inseto fica firmemente abraçado ao pelo ou a fibra. Machos e fêmeas podem ser diferenciados pela extremidade abdominal que é arredondada nos machos e provida de uma reentrância nas fêmeas. Não raro, a genitália do macho evidencia-se pela face ventral. Ovoposição: aderidos aos pelos ou às fibras e são conhecidos por lêndeas. Elas são operculadas, branco-amareladas, medindo ~1 mm de Pediculus e 0,5 mm em Pthirus. Transmissão Contato / contato sexual (Pthirus pubis) A coabitação em locais apertados, os transportes coletivos, abraços e brincadeiras infantis etc. facilitam a transmissão Temperatura, umidade e odor são estímulos para que os piolhos mudem de hospedeiro. Controle - Pediculus humanus: banho e troca de roupa diária; aquecimento das roupas do corpo e de cama (70º.C/1hora); inseticidas. - Pediculus capitis: catação manual; penteação ou escovação frequente; ar quente (secador); corte curto ou raspagem dos cabelos; solução salina (provoca exosmose das lêndeas e sua morte); óleos, cremes e vaselina (os fios tornam-se escorregadios e não permitem a aderência). Há sérias controversas em relação à utilização de medicamentos. - Phtirus pubis: catação manual, raspagem e ar quente. REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Arachnida ORDEM: Astigmata REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Arachnida ORDEM: Astigmata SUBORDEM: Psoroptidia FAMÍLIA: Acaridae e Sarcoptidae Os carrapatos de animais domésticos são artrópodes de tamanho pequeno ou médio, que, em jejum ou pouco alimentados, têm o corpo achatado no sentido dorso-ventral; - Doenças produzias por carrapatos: dermatite por picada; paralisia ascendente por picada; - Doenças transmitidas por carrapatos: febre maculosa**; febre Q; febre recorrente; tularemia; doença de Lyme; erlichiose; babesiose; tifo de Queensland. **“Carrapato estrela” – Amblyoma cajennense Subordem: Ixodides Família: Ixodidae, Gênero: Amblyoma Larvas: “carrapatinhos” ou “micuins” Principal transmissor da febre maculosa (Rickettsia rickettsi) Algumas alergias respiratórias como a asma e a rinite alérgica (Família Acaridae), bem como dermatites alérgicas podem ser devidas aos ácaros e seus produtos, encontrados nas poeiras. A dermatose produzida por Sarcoptes scabiei, mais conhecida como “sarna” (Família Sarcoptidae), é infestação cosmopolita encontrada em todos os climas e regiões. Uma semana ou mais após o contágio, aparece o prurido, que é mais intenso à noite. Outros dados clínicos são o aparecimento de trajetos escuros na pele (sujeira e dejeções dos parasitos acumuladas nas galerias da epiderme) e pequena pápula no fim da galeria, onde se encontra um ácaro. Macho Apresenta antenas REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Cyclorrhapha FAMÍLIA: Calliphoridae GÊNERO: Cochliomyia Miíases Infestação de vertebrados vivos por larvas de dípteros que se alimentam de tecido (vivo ou morto), de substâncias corporais ou alimento ingerido pelo hospedeiro. Pertencem à subordem Cyclorrhapha/Muscomorpha. Podem ser cutâneas ou cávitarias (bucal), furuncular (Dermatobia hominis) ou traumática (Cochliomyia hominivorax). Classificação: Obrigatórias Tecidos vivos Cochliomyia hominivorax Dermatobia hominis Facultativas Matéria em decomposição Cochliomyia macellaria Sarcophaga sp. Entomologia forense/ Terapia larval Pseudomiíases (não se desenvolvem) Alimentos Náuseas, diarreia, dor abdominal Stratiomyidae Syrphidae (flores) Tephritidae (maçã) Piophilidae (queijo) As “varejeiras/bicheiras” são moscas de porte médio, corpo curto e grosso, cores metálicas brilhantes (azuis, verdes ou cúpreas). Cochliomyia hominivorax é parasito obrigatório na fase larvária (larvas biontófagas) e portanto produtora de miíases. Os adultos apresentam aparelho bucal do tipo lambedor, alimentando-se de matéria orgânica animal. Os adultos copulam uma só vez, e após a cópula as fêmeas iniciam a postura nas aberturas naturais do corpo (narinas, vulva, ânus) ou em alguma solução de continuidade (feridas, incisões cirúrgicas). Põem de 10-300 ovos em cada local, aglomerados uns aos outros. Em menos de 24 horas as larvas eclodem e passam a nutrir-se vorazmente de tecidos vivos. Após 6 a 7 dias, caem ao solo para pupar. As pupas, cerca de oito dias depois dão liberdade aos adultos. Os adultos alimentam-se de néctar, secreções de feridas, etc. Cochliomyia macellaria: as larvas de C. macellaria e de outras espécies da família são necrobiontófagas (alimentam-se sobre cadáveres e animais mortos), sendo de interesse para a Medicina Legal. ** larva com risco preto até o terceiro segmento. REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Cyclorrhapha FAMÍLIA: Oestridae SUBFAMÍLIA: Cuterebridae GÊNERO: Dermatobia Dermatobia. hominis é uma mosca robusta com ~15mm de comprimento; as peças bucais são atrofiadas (pois o inseto adulto não se alimenta durante sua curta existênciade 2 a 19 dias).O berne é uma dermatite parasitária devida às larvas dessa mosca. Para desovar a fêmea procura agarrar um inseto zoófilo (sobretudo hematófago) e, em pleno voo, nele cola seus ovos. Após uma semana, quando o inseto vetor pousar ou for alimentar-se sobre um animal ou uma pessoa, as larvas levantam o opérculo do ovo e passam para a pele, onde penetram. A larva perfura a pele (ou penetra pela picada do inseto), instalando-se com os espiráculos posteriores aflorando à superfície cutânea, para respirar. Pelo extremo anterior, provido de 2 ganchos, alimenta-se e cresce. Em torno delas surge inflamação e a formação de uma cápsula fibrosa. O orifício aberto possibilita a entrada de larvas de outras moscas e várias bactérias que podem complicar o quadro. Externamente a lesão parece um furúnculo. As principais espécies de insetos veiculadores de ovos de D. hominis são moscas hematófagas (Sapromusca bruna; Fannia sp; Sarcophagula sp) e dípteros hematófagos (Neivamyia lutzi; Stomoxys calcitrans; Aedes sp; Psorophora sp). Tratamento: recomenda-se tirar o berne logo que seja percebido. A melhor maneira de se retirar o berne é matando-o por asfixia: (a) raspar os pelos da região (cabeça); (b) colar um pedaço de esparadrapo; (c) deixar por uma hora; (d) retirar o esparadrapo: o berne deve estar aderido ao mesmo, caso não esteja, com ligeira compressão, sairá; (e) tratar a ferida com bacteriostático local. Obs.: deve-se matar o berne antes de tentar retirá-lo. ** larva gordinha (parece um casulo), com pontilhados nos segmentos. Cochlyomia hominivorax (Varejeira/ bicheira) Verde com azul metálico Fêmeas OVOS (200-300/dia) o Narina, boca, vulva e ânus o Feridas o Incisões cirúrgicas TRAUMÁTICA Remover larva + antibióticos + bacteriostático local Dermatobia hominis (Berneira) Vivem 10 dias Tórax cinza, marrom Abdome azul metálico CUTÂNEA ou OCULAR Fêmea coloca ovos no abdome de outro inseto (ex: Aedes) Ovos penetram pele sã e evoluem na lesão TERMOTROPISMO Furúnculo (40-60 dias) Remover larva + antibióticos REINO: Animalia FILO: Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM: Cyclorrhapha FAMÍLIA: Sarcophagidae GÊNERO: Sarcophaga Os insetos adultos alimentam-se de fezes, da carne de animais mortos e de sucos de frutas (míiase facultativa). As fêmeas são larvíparas e depositam suas larvas onde haja matéria orgânica em decomposição ou cadáveres. Há 2 tipos de miíases: 1. As produzidas por larvas biontófagas, capazes de invadir tecidos normais e iniciar um processo patológico. São devidas a Dermatobia hominis e a Cochliomyia hominivorax. 2. As produzidas por larvas necrobiontófagas, que são invasoras secundárias de lesões anat omopatológicas pré-existentes. Entre as muitas espécies responsáveis encontram-se: Cochliomyia macellaria, alguns Sarcophagidae e espécies dos gêneros Phaenicia, Chrysomyia, Fannia, Musca e Muscina. ENTOMOLOGIA FORENSE E DROGAS Outro aspecto a ser ressaltado é que os insetos também podem ser utilizados na detecção de drogas, lícitas ou ilícitas, presentes no corpo (estimulantes ou depressores do SNC, antidepressivos, etc.). A utilização dos insetos como recurso para análise apresenta várias vantagens. Assim, quando não há elementos necessários para a realização da análise toxicológica e/ou o cadáver se encontra em estágio de decomposição avançada, os insetos também são utilizados uma vez que eles apresentam uma relação direta com o cadáver ou carcaça. A análise dos insetos, especialmente larvas de dípteros encontradas num corpo em decomposição pode servir não apenas para a estimativa do intervalo pós-morte e como indicador forense, mas também na identificação de substancias ou drogas. MOSCAS E TERAPIA LARVAL Consiste no uso de larvas de moscas com hábitos saprófagos, ou seja, que se alimentam de tecido putrefato, para o tratamento de feridas de difícil cicatrização, sendo usado normalmente as larvas da mosca Lucilia sericata. As larvas aplicadas promovem a cura por meio de vários mecanismos, como a liquefação do tecido necrosado, remoção de bactérias, secreção de substâncias que auxiliam a cicatrização e estimulam o crescimento de tecido de granulação, entre outros. Trabalham de forma seletiva, assimilando apenas os tecidos mortos, como os tecidos mortos não há fibras nervosas não causa qualquer dor ao paciente, após 3 ou 4 dias é efetuado a troca das larvas. O tratamento demora cerca de 2 a 6 meses.
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