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dentistica restauradora II - Faculdade de odontologia PUCRS

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PUCRS 
Faculdade de Odontologia 
DENTÍSTICA RESTAURADORA II 
Diego Arthur Pohren 
 
Diego Arthur Pohren 
Ato 2018 
 
 
 
 
Diagnóstico das lesões cervicais e hipersensibilidade dentária 
Causas - hábitos do paciente como: 
 Higiene oral - técnica incorreta de escovação 
 Hábitos alimentares - erosão ácida 
 Trauma oclusal 
 Bruxismo 
 Tratamento ortodôntico - movimentação rápida de forma não adequada 
 Idade do paciente - retração fisiológico com o envelhecer 
 Defeitos na junção cemento esmalte 
 Defeitos na formação dentária 
 Doença periodontal 
 Doenças sistêmicas que alterem a acidez do meio oral, como bulimia, anorexia nervosa, hipertireoidismo e 
distúrbios gástricos 
Ausência de esmalte e cemento – quando possuímos um cemento exposto ele irá ser removido daquela região 
deixando dentina exposta, e esta dentina exposta será causada a hipersensibilidade dentinária. 
Definição de hipersensibilidade dentinária - trata-se de uma dor que surge de uma dentina exposta, tipicamente em 
resposta a estímulos químicos, térmicos, táteis ou osmóticos não originados de patologias dentais. 
Teoria hidrodinâmica de Brännström - dentro dos túbulos dentinários 
possui líquido e que quando este líquido se movimenta acaba 
pressionando as terminações nervosas resultando em dor. Estímulos 
podem causar essa movimentação hidrodinâmica, por exemplo, 
sondagem, corte por broca, jatos de ar, bactérias e toxinas, 
substancias que causam uma diferença osmótica. 
A sensibilidade dentinária tem relação direta com o número de 
túbulos expostos, e, portanto, com a profundidade da cavidade, uma 
vez que quando mais próximo da polpa maior o número de canalículos 
além de maior diâmetro dos mesmos. 
Histologicamente – a dentina sensível irá apresentar túbulos 
ampliados, com cerca de 8 vezes maior diâmetro quando comparados 
com uma dentina normal, e em maior quantidade por área quando 
comparada com dentina sem sensibilidade. Todavia não apresenta 
características macroscópicas que diferenciem as duas dentinas. 
Diagnóstico de sensibilidade dentinária - podemos realizar os seguintes critérios 
 Anamnese – deve-se fazer uma busca detalhada da história médica e odontológica do paciente, é de 
importância para detectar espontaneidade, localização e intensidade da dor 
 Exame clínico - deve-se realizar diagnóstico diferencial da hipersensibilidade com lesões cariosas, restaurações 
fraturas e mal adaptadas, dentes fraturados ou trincados e lesões com comunicação pulpar. Também é 
importante analisar a presença de recessoes gengivais, mobilidade dentária, biofilme dentário e a qualidade da 
escovação. 
Diego Arthur Pohren 
Ato 2018 
 
 
 
 
 Análise da oclusão - momento que se avalia interferências oclusais, fraturas de esmalte, mobilidade dentária, 
facetas de desgaste e abfrações. Pesquisas apontam que cerca de 98% dos casos de hipersensibilidade 
dentinária possuem componente oclusal envolvido. 
 Testes e exames complementares - são utilizados para confirmar o diagnóstico de hipersensibilidade, alem de 
descartar outras complicações provaveis. Exemplos de testes 
o Percussão 
o Palpação 
o Sondagem periodontal 
o Radiografia 
o Teste térmico e eletrico de sensibildiade pulpar 
Tratamento – no tratamento da sensibilidade devemos selar os túbulos dentinários expostos. Para isso devemos 
recomendar ao paciente a utilização de pastas dentais, enxaguatórios com flúor, controle da dieta (evitar dieta ácida) e 
da higiene oral. O agente dessensibilizante deve ser: 
 Indolor 
 Fácil aplicação 
 Cessar rapidamente a dor após aplicação 
 Promover efeito duradouro 
 Não provocar manchamento 
 Ter efetividade comprovada 
 Ser de baixo custo 
 Tolerado pelo paciente 
Tipos de agentes – agentes anti-inflamatórios, agentes com efeito oclusivo (mais utilizado), atua como um tampão, 
obliterando a troca com o meio externo, deposição de partículas, hidróxido de cálcio, compostos fluoretados e cimento 
de ionômero de vidro. 
Dessensibilizante Forma de ação 
GFH (biodinâmica) 
Recobre e oblitera com cargas minerais nanométricas 
que penetram nos túbulos. Possui flúor na composição e 
protege de forma intensa por até seis meses. 
Dessensibilize (FGM) 
Nitrato de potássio e cloreto de estrôncio. O nitrato de 
potássio despolariza as membranas das fibras nervosas, 
bloqueando a passagem do estímulo. 
Dessensibilize KF0 0,2% 
Nitrato de prata e fluoreto de sódio a 0.2%, para uso 
caseiro em moldeira. 
Dessensibilize KF 2% Uso em consultório 
Dessensibilize Nano P 
Remineralizante e dessensibilizante – fosfato de cálcio 
nanoestruturado, organizado em forma cristalina de 
hidroxiapatita ocluindo os túbulos e nitrato de prata 
despolarizando as fibras nervosas. 
Vilevie: sensis 0,2% Uso caseiro, nitrato de potássio e fluoreto de sódio 0,2% 
Vilevie 2% 
Uso em consultório - nitrato de potássio e fluoreto de 
sódio 2% 
Adesivos Efeito oclusivo 
 
 
 
Diego Arthur Pohren 
Ato 2018 
 
 
 
 
Método de tratamento para hipersensibilidade dentinária em relação a profundidade da lesão. 
Profundidade Hipersensibilidade Tratamento 
Menos de 1mm Presente 
Remoção do fator etiológico 
Dessensibilização 
Proservação 
Menos de 1mm Ausente 
Remoção de fator etiológico 
Proservação 
Mais de 1mm Presente 
Remoção de fator etiológico 
Dessensibilização 
Restauração adesiva 
Proservação 
Mais de 1mm Ausente 
Remoção de fator etiológico 
Restauração adesiva 
Proservação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diego Arthur Pohren 
Ato 2018 
 
 
 
 
Cimento de ionômero de vidro 
História - em 1972 foi realizado o primeiro cimento de ionômero de vidro, a partir da mistura de 
cimento de silicato (liberação de flúor e estética temporária) com um policarboxilato de zinco 
(biocompativel e adesível). Tratava-se de um material com uma reação ácido-base, com um 
líquido e um pó. 
 Pó - vidro de aluminiosilicato com elevado conteúdo de fluoreto 
 Líquido - ácido polialcenóico (não possui penetração na dentina) 
Propriedades do cimento de ionômero de vidro – a palavra "ionômero" se refere aos 
íons. 
 Trata-se, portanto, de uma adesão química (íons do material se ligam ao esmalte 
e dentina). 
 Liberação e agregação de flúor – inibindo a proliferação de cárie secundária 
 Não deve ser usado em áreas de esforço mastigatório 
 Coeficiente de expansão térmica linear do cimento de ionômero de vidro (entre 8 e 13 °C-1) é próximo ao do 
esmalte (11,4°C-1) e da dentina (8,3°C-1). 
 Menos rígido e mais suscetível a deformação elástica 
Cimentos quimicamente ativados ou convencionais (primeiros materiais que surgiram) - eram materiais que possuíam 
uma presa inicial de quatro minutos, entretanto sua presa final só se dava após um período de duas semanas a seis meses. 
Possuíam uma estética pobre, pois os mesmos ficavam brancos e ressecavam, eram sensíveis a umidade durante a presa, 
podendo perder ou ganhar umidade alterando sua formulação interna e fragilizando-os, além de serem de difícil 
manipulação. 
Ionômero modificado por resina – trata-se de um material composto por um líquido e um pó, onde: 
 Líquido - parte dele é substituído por monômeros metacrilatos solúveis em água. 
 Pó - adicionados fotoiniciadores e partículas de carga não reativas, aumentando o tempo de trabalho, a resistência 
imediata e torna o cimento menos sensível a umidade 
Reação de presa do cimento de ionômero de vidro 
 Reação ácido-base 
 Ativação por luz - presença de HEMA 
 Reação química da resina como presa adicional - reação no "escuro" 
Características dos cimentos de ionômero de vidrosmodificados por resina ou híbrido 
 Melhor translucidez pela adição de monômeros 
 A liberação de flúor é em mesma quantidade que um ionômero de vidro convencional 
 Maior resistência a tração 
 Menpr modulo de elasticidade 
 Maior capacidade de deformação plástica 
 Maior resistência adesiva as resinas compostas 
 Biocompatibilidade semelhante ao dos ionômeros convencionais 
 
Diego Arthur Pohren 
Ato 2018 
 
 
 
 
Tratamento das lesões classe V não cariosas 
Prevalência - em um estudo com um "n" de 
100 indivíduos entre 18 e 66 anos a 
prevalência foi de 76,84%, outros estudos 
chegam a valores parecidos de prevalência. 
"Apenas um processo é responsável pelo 
inicio ou pelo desenvolvimento da lesão, 
porem, quando iniciada a perda da estrutura 
por um processo, o dente torna-se mais 
suscetível aos demais danos" 
Caracterização - as lesões não cariosas são caracterizadas pela perda de tecido dental duro na região próxima a junção 
cemento-esmalte e, ao promover a exposição de dentina, podem desenvolver sensibilidade dolorosa. 
Etiologia das lesões classe V não cariosas 
 Escovação traumática - creme dental mais abrasivo tem maior perda de estrutura dentária, além do tipo de escova 
utilizada e a força exagerada durante a escovação. Aspecto liso e brilhante. 
 Erosão química - solução ácida aumenta a perda dentária na abrasão, por isso após beber alguma bebida que seja 
ácida devemos esperar 30 minutos para realizar a escovação. Pode ser extrínseca (frutas frescas, sucos e 
refrigerantes) ou intrínsecos (vômitos frequentes, problemas gastrointestinais, gravidez, alcoolismo, vomitos 
autoinduzidos). 
 Trauma oclusal (abfração) – o papel do trauma nas lesões classe V não cariosas ainda não pode ser comprovado. 
Todavia esta teoria explica que a flexão do dente que ocorre principalmente na junção cemento-esmalte forma 
trincas na estrutura dentária, causando seu enfraquecimento por fadiga. 
Restauração - quando é indicado a restauração destas regiões: 
 Sensibilidade dentária 
 Retenção de placa 
 Incidência de cárie 
 Integridade estruturas 
 Vitalidade pulpar 
 Estética 
As lesões cervicais não cariosas podem se apresentar no formato de cunha, com grande superfície dentinária 
exposta, podendo causar hipersensiblidade dentinária. Procedimentos restauradores utilizando os cimentos de ionômero 
de vidro ou sua associação com resinas compostas constituem recursos eficientes. 
Desafios para a restauração destas áreas 
 Isolamento do campo operatório 
 Adesão 
 Inserção do material 
 Acabamento e polimento 
Materiais restauradores que podem ser utilizados 
Diego Arthur Pohren 
Ato 2018 
 
 
 
 
 Amálgama - possui um preparo definido, deve ser retentivo, realiza-se desgaste de estrutura dentária saudável e 
não são estéticos 
 Resina composta – dificuldade de adesão, presença de dentina esclerosada, hipermineralização, causando uma 
resistência ao condicionamento ácido e, portanto, necessidade de asperização, provável aumento na 
sensibilidade e de difícil acabamento. 
 Ionômero de vidro – biocompatibilidade, adesão aos substratos calcificados, coeficiente de expansão térmica 
semelhante ao dente, possui liberação de flúor e é de fácil acabamento. 
 Resinas VS ionômero de vidro – as resinas possuem uma baixa retenção em cavidade de classe V por motivo da 
direção de contração que as mesmas possuem, formando um gap na região mais cervical da restauração. 
Isolamento – o isolamento as vezes não é possível de se utilizar um grampo, mas devemos sempre tentar realizar 
primeiramente um isolamento absoluto. Para a colocação do grampo a parte vestibular deve ser voltada para cervical 
enquanto a parte lingual é voltada mais para oclusal, desta forma expondo a retração vestibular. Tambem podemos 
realizar o furo 0,5mm a mais para vestibular desta forma expondo ainda mais essa retração. Para um melhor travamento 
dos grampos podemos utilizar uma godiva de baixa fusão. 
Condicionamento ácido - é feito com o ácido poliacrilico, realizando uma remoção seletiva da smear layer. 
Acabamento e polimento – Pontas multilaminadas em baixa rotação, lâminas de bisturi 10, 11, 12, pontas de borracha 
abrasivas e discos de polimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diego Arthur Pohren 
Ato 2018 
 
 
 
 
Estética em dentes Anteriores 
Princípios estéticos - trata-se de princípios que localizam e referenciam pontos importantes para se alcançar uma 
harmonia dental, e que, uma vez alcançados, levam a satisfação do paciente e do profissional quanto ao trabalho 
realizado. Alguns fatores que são importantes para a estética do nosso paciente: 
 Posicionamento da linha do sorriso, da linha média e da borda gengival de cada dente 
 
 Contorno gengival – simetria dos dentes em arcadas separadas, posição do ponto mais alto da gengiva e a forma 
do triângulo papilar 
 
 Contato interdental - presença e posição deste contato 
 Textura da superficie do dente – se é liso ou com estrias 
 Forma e contorno dos dentes – arredondado, mais afeminado, ou quadrado, mais masculino 
 Forma dos espaços interdentais 
Sorriso – os incisivos centrais são destacados pela quantidade de luz que recebem e pelo contraste com o fundo escuro 
da boca. 
Paciente jovem – com o lábio superior em repouso, mostra de 1 a 3mm dos incisivos centrais. Em caso de um sorriso leve 
o paciente deve mostrar de 3 a 4mm do bordo incisal dos incisivos centrais. Em um sorriso completo, o lábio superior 
sobre mostrando os incisivos e caninos até a margem gengival. 
Diego Arthur Pohren 
Ato 2018 
 
 
 
 
Avaliando o comprimento e a largura dos dentes anteriores mostraram que na média os incisivos centrais e os caninos 
são aproximadamente iguais em comprimento e são 20% mais longos que os incisivos laterais. E as ameias incisais 
variam entre os centrais, entre os centrais e os laterais e entre os laterais com os caninos. 
 
Configuração anatômica - características anatômicas dos dentes a serem levados em consideração: 
 Dentes com bordas arredondadas são mais femininos e de aparência mais jovem 
 Dentes quadrados com ângulos mais afilados são mais masculinos e dão a impressão de mais idade 
 Comprimento médio de incisivos centrais 
o Homens – 10,7mm 
o Mulheres 9,6mm 
o Basicamente a proporção entre comprimento e largura dos centrais são de 1,2 de comprimento para 1 
de largura, ou seja, o dente sempre será mais longo do que largo. 
Estética em resinas compostas – podemos utilizar as resinas para: 
 Fechar diastemas 
 Restaurar e modificar a anatomia de dentes conóides sem necessitar de desgastes dentários. 
 Modificação de cor e de forma (plastia dental) - por exemplo transformar um canino em um incisivo lateral 
 Remoção de manchas 
 Facetas diretas de resina 
Passos a serem realizados antes do preparo: 
 Esgotar possibilidades conservadoras (sem usar broca) 
 Informar e preparar o paciente 
 Realizar a confecção de um Mock up – ou testar no próprio dente do paciente colocando uma resina sem 
condicionamento. Podemos também restaurar no modelo. 
 Analisar detalhes anatômicas da superfície vestibular 
 Presença de sulcos, depressões e trincas 
 Confecção de modelos de estudo 
 Escolha da cor

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