Buscar

capitulo 2 questoes sobre liberdade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome: Isabele Reis – ra00104724
O que é liberdade para Maquiavel Há diferentes conceitos de liberdade
Em seu livro “Discurso sobre a Primeira Década de Tito Lívio”, publicado em 1531, Nicolas Maquiavel traz ao debate a questão da liberdade associada à virtude cívica de um dado Estado. 
Para Maquiavel a liberdade é tanto um desejo de comando para uns poucos, quanto o desejo de se viver em segurança para a maioria da população. A liberdade para o povo é o desejo da não opressão, enquanto para as classes dominantes é o desejo de comandar. Sendo assim, entende-se que não é possível falar de liberdade sem falar de conflitos, pois a mesma deve ser pensada a partir dos embates de uma cidade. 
No capítulo quinto, percebe-se uma leve crítica referente a sede do poder da aristocracia, “sede do domínio” e, ao mesmo tempo, a validação do desejo “de não ser degradado”, considerado por Maquiavel uma “vontade mais firme de viver em liberdade, porque o povo pode bem menos do que os poderosos ter esperança de usurpar a autoridade” (p. 33). Entretanto, no mesmo capítulo, o autor traz as vantagens de um Estado que possui uma concentração de poder, a primeira seria a satisfação da partilha e a segunda vantagem encontra-se no regulamento dos desejos do povo. Logo, entende-se que, para Maquiavel, há a importância da participação popular, mas, ao mesmo tempo, verifica-se que a vontade coletiva “de índole inquieta” (p. 34) pode transformar-se em um perigo e, portanto, provocar “dissenções e distúrbios”. E por isso há a necessidade de um governo esclarecido, capaz de controlar tais vontades (a obra é direcionada aos que poderiam tornar-se príncipes e o próprio autor acredita que a “liberdade pode existir em “germe” em qualquer forma constitucional”). 
A liberdade é um processo, portanto não pode ser extinto com o tempo e, por isso, deve ser repensada a partir dos conflitos e das reformas de instituições políticas. A reforma das instituições deve permitir o embate político e, com isso, a liberdade, pois a luta jamais deixará de existir. 
Newton Bignotto, no livro “Maquiável Republicano”, afirma que é a partir do conflito que nasce a possibilidade do surgimento da liberdade. Assim, falar de liberdade não implica necessariamente em falar de uma forma política estável, mas sim e, principalmente, da criação contínua das condições de potência. 
Bignotto também traz a questão da liberdade nos discursos de Savonarola, importante figura política-religiosa da mesma época que Maquiavel. Para Savonarola a liberdade é o oposto de tirania, por isso “deve ser entendida como ausência de sujeição a um poder arbitrário, mas não como direito à igual participação de todos nos negócios do Estado.

Outros materiais