Propriedades para Investimento

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30/08/2016
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GCC026 – Contabilidade Internacional
Profa. Dra. Denise Mendes da Silva
Propriedades para investimento
CPC 28 – IAS 40
Profa. Dra. Denise Mendes da Silva
FACIC/UFU
2º semestre/2016
30/08/2016
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Definição
� Propriedade para investimento é a propriedade
(terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou
ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo
arrendatário em arrendamento financeiro) para
auferir aluguel ou para valorização do capital ou para
ambas, e não para:
(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou
serviços ou para finalidades administrativas; ou
(b) venda no curso ordinário do negócio.
Ativo Imobilizado 
(CPC 27)
Ativos Mantidos para Venda 
(CPC 16 - Estoques e CPC 
31 – Ativo não circulante 
mantido para venda)
(a)
(b)
CPC 28, itens 5 e 7
Terrenos e EdifíciosTerrenos e Edifícios
Auferir aluguelAuferir aluguel
Valorização do 
capital
Valorização do 
capital
AmbasAmbas
Propriedades:
Mantidas para...
Distinção entre PPI e Ativo Imobilizado:
A PPI gera fluxos de caixa altamente independentes dos outros
ativos mantidos pela entidade. No imobilizado, outros ativos
contribuem com a geração de fluxos de caixa.
Definição
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Definição
Não se trata de ativo comprado ou construído com o
objetivo de venda no curso ordinário do negócio, ou seja,
não se trata de imóvel adquirido ou construído para
revenda (setor de construção).
� Ativo destinado a uso futuro não é propriedade para
investimento, mas se ainda estiver com futuro incerto,
entende-se que, por enquanto, é um investimento para
especulação.
Aplicação de capital sem 
caráter especulativo
(ações ou quotas)
Terrenos e Edifícios: finalidade 
de obtenção de rendas (aluguel 
ou valorização)
Imóveis mantidos sem produção de renda e 
destinados a uso futuro, ou que não são 
utilizados nas atividades da empresa 
(terrenos, obras de arte)
Diferenças em Investimentos
(IUDÍCIBUS et al, 2010, p. 163)
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Definição
Ativo parte para uso próprio e parte para renda ou
valorização, só pode ser subdividido em imobilizado e
investimento se puderem ambas as partes ser
vendidas separadamente.
CPC 28, itens 10 e 14
Terrenos e Edifícios Parte é mantida para obter rendimentos ou 
para valorização de capital (pode ser 
vendida ou arrendada separadamente)
Parte é mantida para uso na produção ou 
fornecimento de bens ou serviços ou para 
finalidades administrativas
Ativo Imobilizado (CPC 27)
Propriedades para 
Investimento (CPC 28)
Se as partes puderem ser vendidas
separadamente a entidade contabiliza as
partes separadamente
Se as partes não puderem ser vendidas
separadamente, só será PPI se uma parte
insignificante* for usada na produção, serviços
ou atividades administrativas.
* Julgamento
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� Em alguns casos, a entidade possui propriedade que está
arrendada e ocupada por sua controladora ou por outra controlada.
� A propriedade não se qualifica como PPI nas demonstrações
contábeis consolidadas, porque a propriedade está ocupada pelo
proprietário sob a perspectiva do grupo.
� O arrendador trata a propriedade como propriedade para
investimento nas suas demonstrações contábeis individuais.
CPC 28, item 11, 12 e 15
� Se a entidade proporciona serviços de apoio insignificantes aos
ocupantes da propriedade: é PPI (por ex. o proprietário de edifício
de escritórios proporciona serviços de segurança e de
manutenção aos arrendatários que ocupam o edifício.
� Se a entidade proporciona serviços de apoio significantes aos
ocupantes da propriedade: é Imobilizado (por ex. se a entidade
possui e administra um hotel, os serviços proporcionados aos
hóspedes são significativos).
Definição
Quando o imóvel for destinado para aluguel, deve-se
avaliar a intenção com que se faz o aluguel.
Se o imóvel for alugado para funcionários da empresa,
devido à localização da empresa, este deverá ser
considerado como imobilizado, pois está sendo
empregado na manutenção das atividades da empresa.
Caso contrário, se for para obtenção de renda, classificar
como propriedade para investimento.
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Reconhecimento
CPC 28, itens 16 e 18
A propriedade para 
investimento deve ser 
reconhecida como ativo 
quando:
(a) for provável que os
benefícios econômicos futuros
associados à propriedade
para
investimento fluirão para a
entidade; e
(b) o custo da propriedade
para investimento possa ser
mensurado confiavelmente.
Custos = incluem os inicialmente incorridos para adquirir uma PPI e custos incorridos
subsequentemente para adicionar a, substituir partes de, ou prestar manutenção à
propriedade (custo de trocas de itens regulares e grandes inspeções) . Obs.: custos
diários de “reparo e manutenção” = despesa.
As propriedades para investimento devem ser,
inicialmente, mensuradas pelo custo. A entidade
escolhe, daí para a frente, o método do valor justo ou o
método do custo, de maneira consistente ao longo
do tempo.
Mensuração no Reconhecimento
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Mensuração após o Reconhecimento
� A entidade deve escolher, como sua política contábil, o método
do valor justo ou o método do custo e deve aplicar essa política a
todas as suas PPI.
CPC 28, itens 30 e 32
Mensuração após 
o Reconhecimento
Custo
Valor Justo
Mensuração no 
Reconhecimento
Custo de 
aquisição
Custo de 
produção
INICIAL SUBSEQUENTE
Se a entidade optar pelo método do custo, ela deve divulgar o valor justo em
notas explicativas.
Método do Custo
CPC 28, itens 32 e 56
PPI
Mensurar todas as PPIs pelo
método do custo
Seguir as orientações do CPC 27 –
Ativo Imobilizado
Deve divulgar o valor justo em notas explicativas
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Método do Valor Justo
CPC 28, itens 33 e 40
PPI
Mensurar todas as PPIs pelo valor
justo*
Refletir as condições de mercado à
data do período de reporte
* exceto se o valor justo
não puder ser mensurado
com confiabilidade (casos
excepcionais)
� O valor justo deve, preferencialmente, ser obtido de avaliador
independente que tenha qualificação profissional relevante e
reconhecida e que tenha experiência recente no local e na categoria
da PPI (CPC 28, item 32).
Método do Valor Justo
� Quando não for possível mensurar o valor justo com
confiabilidade (casos excepcionais)?
CPC 28, item 53
Ativo em 
construção
Mensurar pelo método de custo até a
que a construção seja concluída*
Outros Ativos
Mensurar pelo método de custo de
acordo com o CPC 27 (Imobilizado) até
a sua alienação*
* Com as demais PPI ao valor justo
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EXEMPLO: Em 02/01 a empresa ALFA adquiriu um imóvel
para valorização de capital por $200.000, com 50% de
entrada e o restante será pago em 60 dias. Em 31/12 o
valor justo do imóvel era de $ 180.000. Realize a
contabilização dos eventos de acordo com o CPC 28,
sabendo que a vida útil econômica do imóvel é de 50 anos.
Mensuração e Reconhecimento
Mensuração e Reconhecimento
a) Em 02/01 – Contabilização inicial pelo método de custo:
D: Propriedade para Investimento (ANC) $ 200.000 
C: Caixa (AC) $ 100.000 
C: Imóveis a pagar (PC) $ 100.000 
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Mensuração e Reconhecimento
b) Em 31/12 – Pelo método de Custo:
D: Despesa com depreciação (DRE) $ 4.000
C: Depreciação acumulada (ANC) $ 4.000
Valor líquido do imóvel $ 196.000
Valor justo $ 180.000 
D: Perdas por redução ao valor recuperável (DRE) $ 16.000
C: Perdas por redução ao valor recuperável (ANC) $ 16.000
Mensuração e Reconhecimento
c) Em 31/12 – Pelo Método de Valor Justo
Propriedade para investimento $ 200.000
Valor justo $ 180.000
D: Perda com ajuste a valor justo (DRE) $ 20.000
C: Propriedades para investimento (ANC) $ 20.000
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� Podem ocorrertransferências de imóveis do ativo
imobilizado ou estoque para propriedade para investimento
e vice-versa, caso surjam motivos para isso. Essas
transferências precisam ser muito bem suportadas por fatos
devidamente documentados.
Transferências
Transferência
CPC 28, itens 57 e 59
PPI
Mensurada 
ao custo
De: Para: Na data da 
transferência:
PPI Imobilizado (CPC 27) 
ou Estoque (CPC 16) Não há alteração no
valor contábil do ativo
transferidoImobilizado (CPC 27) 
ou Estoque (CPC 16)
PPI
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Transferência
CPC 28, itens 60 a 65
PPI
Mensurada ao 
valor justo
De: Para: Na data da transferência:
PPI Imobilizado (CPC 27)
ou Estoque (CPC 16)
Considera-se custo o valor justo na data
da alteração do uso
Imobilizado PPI Se a diferença entre o VJ e o VC for:
(a) Negativa – PERDA - (VC↓): debita
resultado (ou debita Reserva de
Reavaliação, se existente, até o seu
limite)
(b) Positiva - GANHO - (VC↑): credita
Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL).
Todavia, se perda por impairment
anteriormente reconhecida desse ativo,
credita no resultado, até o limite da perda
por impairment reconhecida
Estoque PPI A diferença entre o VJ e o VC deve ser
reconhecida no resultado
Transferências
� Se houver transferência de um ativo imobilizado para propriedade
para investimento, e esta passar a ser avaliada ao valor justo, a
diferença acumulada até a transferência, se negativa, deve ser
registrada no resultado do exercício:
Valor contábil do imóvel: $ 200.000
Depreciação acumulada: $ 4.000
Valor justo: $ 180.000
D: Propriedade para Investimento (ANC – Invest.) $ 180.000
D: Depreciação Acumulada (ANC – Imob.) $ 4.000
D: Perda com ajuste ao valor justo (DRE) $ 16.000
C: Imóvel (ANC – Imob.) $ 200.000
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Transferências
� Se a diferença for positiva no momento da transferência, esta será
registrada em ajustes de avaliação patrimonial, como parte de outros
resultados abrangentes; à medida que se realizar esses excedentes, os
valores serão transferidos para lucros ou prejuízos acumulados e não
mais podem afetar o resultado do exercício:
Valor contábil do imóvel: $ 200.000
Depreciação acumulada: $ 4.000
Valor justo: $ 220.000
D: Propriedade para Investimento (ANC – Invest.) $ 220.000
D: Depreciação Acumulada (ANC – Imob.) $ 4.000
C: Imóvel (ANC – Imob.) $ 200.000
C: Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) $ 24.000
Alienação
� Ocorre pela venda ou pela celebração de arrendamento
financeiro (aplicar o CPC 30 – Receitas e o CPC 06 –
Operações de Arrendamento Mercantil);
� Ganhos ou perdas provenientes da retirada de uso ou
alienação de PPI devem ser reconhecidos no resultado;
� Se o pagamento da PPI for diferido, a contraprestação
recebida é reconhecida pelo preço à vista e a diferença
entre o preço à vista e o preço à prazo é reconhecida
como receita de juros (CPC 30 - Receitas).
CPC 28, itens 67 a 70
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CPC 28, itens 32 e 79
MÉTODO 
DO CUSTO
Métodos de depreciação usados
Vidas úteis ou taxas de depreciação
usadas
Valor contábil bruto e a depreciação
acumulada - início e fim do período
Conciliação do valor contábil da PPI -
início e fim do período
Valor justo de todas as PPIs
Divulgação
CPC 28, itens 75 a 78
VALOR JUSTO
Apresentar a conciliação dos valores
contábeis no início e no fim do período
Apresentar a conciliação entre a valorização
obtida e a ajustada
Casos excepcionais (item 53 – VJ não pode
ser mensurado com confiabilidade), divulgar
separadas as quantias relacionadas às PPIs
reconhecidas ao VJ das PPIs reconhecidas
ao custo
Descrição da PPI; motivo da não
confiabilidade do VJ; intervalo das
estimativas que o VJ possa recair etc.
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MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto R.; SANTOS, Ariovaldo dos; IUDÍCIBUS,
Sérgio de. Manual de Contabilidade Societária - aplicável a todas as
sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. 2ª ed. São
Paulo: Atlas, 2013. (Capítulo 10)
Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 28
(material adaptado de conteúdo gentilmente cedido pelo Prof. Dr. Vinícius
Aversari Martins e Profa. Flaida Êmine A. Souza)
Referências