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DIREITO ADMINISTRATIVO 1º SEMESTRE

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28
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DIREITO ADMINISTRATIVO
SÃO PAULO
2016
DIREITO ADMINISTRATIVO
Pesquisa qualitativa referente a matéria de Instituições de Direito, lecionada pelo Prof. Jefferson Di Pasquale, no 1º semestre do curso de Administração.
SÃO PAULO
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho é sobre direito administrativo, contratos e licitações em sua espécie. Mais concretamente seus conceitos e formalidades. O trabalho se encontra dividido em quatro partes, sendo elas: Noções preliminares, o conceito geral de direito administrativo. Conceito de contratos administrativos, formalidades, cláusulas necessárias, garantia, duração do contrato, cláusulas exorbitantes, alteração contratual, Teoria da Imprevisão, formas de extinção e penalidades. Na terceira parte do trabalho encontra se os contratos em espécie, contratos propriamente ditos, contratos de concessão, serviço adequado, direitos e obrigações dos usuários, convênios e consórcios (públicos). Na quarta parte o trabalho cita a licitação (conceito) e suas espécies, procedimentos licitatórios e sua importância para a administração pública, licitação e suas modalidades.
A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foram pesquisas bibliográficas enriquecida com pesquisas webgráficas.
2 NOÇÕES PRELIMINARES
2.1 Conceito de direito administrativo
Segundo Di Pietro (2010, p. 48), Direito Administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.
Já para Azevedo, Aleixo e Filho (2006, p. 40), o Direito Administrativo, pode ser sintetizado no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins que são desejados pelo Estado.
Assim, pode-se entender que o Direito Administrativo é um dos ramos do direito público, que visa tratar de princípios e regras que abrangem entes, órgãos, agentes e atividades que são desempenhadas pela Administração Pública e tem como objetivo o estudo da organização e estrutura desta.
A função administrativa é a atividade do Estado de cumprir os comandos normativos para realização dos fins públicos. Esta é exercida pelo Poder Executivo, mas também pode ser desempenhada pelos demais Poderes, atipicamente.
Segundo Di Pietro (2010, p. 49), a expressão administração pública possui dois sentidos:
Sentido subjetivo, formal ou orgânico: ela designa os entes que exercem a atividade administrativa; compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer uma das funções em que se triparte a atividade estatal: a função administrativa;
Sentido objetivo, material ou funcional: ela designa a natureza da atividade exercida pelos referidos entes; nesse sentido, a Administração Pública é a própria função administrativa que incumbe, predominantemente, ao Poder Executivo.
Este ramo é considerado como direito não codificado, pois este não pode ser reunido em uma única lei e sim em várias específicas, chamadas de legislações esparsas (Lei de Licitações, Lei de Improbidade Administrativa, Lei de Processo Administrativo Federal, entre outras). Além disso, também é considerada não contesiosa, ou seja, que não existe a previsão legal de Tribunais e Juízes Administrativos ligados ao Poder Judiciário, onde a Constituição Federal/88 concede a este poder a atribuição típica de julgar os litígios.
Possuem regras que se traduzem em Princípios Constitucionais (estão previstos na Constituição Federal/88. Art. 37, caput) e Princípios Infraconstitucionais (previstos nas legislações específicas).
3 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
3.1 Conceito de contratos administrativos 
3.1.2 Características
Em contratos administrativos, em um sentido estrito, ou seja, aqueles em que a Administração Pública age sob o Regime Jurídico Público, segundo Di Pietro (2013, p. 271) podem-se descrever as seguintes características:
Presença da Administração Pública como Poder Público:
Em relações firmadas através de contratos, a Administração conta com posição de supremacia sobre o contratado, seja por meio de privilégios ou prerrogativas, seja pelas cláusulas exorbitantes.
Finalidade Pública:
Deve estar presente em todos os atos da Administração Pública, também em contratos de caráter privado, caso este não ocorra se configurará desvio de poder.
Obediência à forma prescrita em lei:
Esta está atrelada à administração, se fazendo primordial para o controle da legalidade. Além de que, a Constituição Federal deixa explícito a sua obrigatoriedade de sua observância, a Lei nº 8.666/93 também possui uma série de normas referentes a aspectos dos contratos.
Procedimento legal:
A lei dispõe determinados procedimentos obrigatórios para a celebração de contratos, que podem variar de uma modalidade para outra dependendo de
algumas medidas, como a autorização legislativa, motivação, avalição, indicação de recursos orçamentários e a licitação.
Natureza intuito personae:
Contratos administrativos são intuito personae, pois devem ser executados pelo próprio contrato, vedadas em princípio a subcontratação, total ou parcial, de seu objetivo, a associação do contrato com outros e a cedência ou transferência, total ou parcial, salvo se expressamente previstas no edital da licitação e também no contrato.
Presença das Cláusulas Exorbitantes:
Em contratos administrativos existem cláusulas exorbitantes que conferem vantagens ou restrições a administração. Não são lícitas em contratos privados, mas são absolutamente válidas em contratos administrativos.
Mutabilidade:
Esta é uma característica de contratos administrativos e decorre de determinadas cláusulas exorbitantes, conferindo à administração o poder de unilateralmente alterar cláusulas regulamentadoras ou rescindir o contrato antes mesmo do prazo assim estabelecido, por motivos de interesse público.
Estes contratos são em regra de longa duração, e necessitam de um grande volume de gastos públicos, entre outras peculiaridades, o equilíbrio entre os contratantes pode se romper muito mais facilmente do que nos contratos de direito privado, razão pela qual o Poder Público necessita do dispositivo mensurado.
3.2 Formalidades 
Segundo Barbosa (2012), os contratos administrativos devem ser precedido de licitação, exceto em casos de inexigibilidade e dispensa. Também não são admitidos contratos verbais, salvo no caso de pequenas despesas de pronto pagamento, assim aquelas de valor não superior a R$4.000,00 (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento (art. 60, parágrafo único).
Segundo Azevedo, Aleixo e Filho (2006, p. 221), no conteúdo do contrato contém a vontade das partes expressas no momento de sua formalização. Por isso há necessidade de conter, direitos, objetivos, encargos, responsabilidades dos contratantes. No caso de dispensa ou inexigibilidade de licitação, o conteúdo deve estar ligado ao despacho que autorizou sua realização e a proposta escolhida, devendo mencionar também o número do processo de autorização (art. 61).
Para Barbosa (2012), nos casos de inexigibilidade e dispensa de licitação, para o contrato ter eficácia são exigidas, duas formalidades:
1. Ratificação pela autoridade superior e publicação na imprensa oficial dos atos de inexigibilidade ou dispensa;
2. Publicação do resumo do instrumento do contrato respectivo na imprensa oficial.
Segundo o art. 62 da Lei 8.666/1993, o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, tal como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam entendidos nos limites das duas modalidades de licitação.Em outros casos, o contrato é facultativo. Isso não significa que o vínculo seja verbal. A lei estabelece que, na hipótese de dispensar o uso de contrato, a administração deverá substituí-lo por outros instrumentos, tais como nota de empenho de despesa, carta-contrato, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
A lei permite, também, que a administração dispense o “termo de contrato”, escolhendo a substituição por outros instrumentos, como acima exemplificados, a seu critério e independentemente do seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não existam obrigações futuras (art. 62, § 4.º).
Com o intuito de assegurar a publicidade dos contratos administrativos, prioriza a lei que é permitida a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos impostos devidos (art. 63).
3.3 Cláusulas necessárias 
Segundo Loester (2013) “O art. 55 da Lei 8.666/93 de Licitações nos contratos administrativos determina-se quais são as cláusulas necessárias em um contrato, ou seja, são consideradas cláusulas indispensáveis, obrigatórias em todo contrato administrativo, sob pena de nulidade”
Algumas cláusulas obrigatórias são:
O produto/objeto e os seus elementos característicos;
O regime da execução ou a forma do fornecimento;
Os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;
O preço e as condições de pagamento, os critérios, as datas-base e os períodos de tempo previsto no reajuste dos preços, os critérios de atualização monetária entre a data do cumprimento das obrigações e a do efetivo pagamento;
Direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;
Os casos de rescisão e o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa, prevista no art. 77 da Lei 8.666/93.
3.4 Garantia 
As garantias são meios criados pela ordem jurídica com a finalidade de evitar ou de sancionar quer violações do direito objetivo quer as ofensas dos direitos subjetivos e dos interesses legítimos dos particulares pela Administração pública. Administração pode exigir prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, desde que exista previsão para tanto no instrumento convocatório, a qual deverá ser liberada ou restituída após a execução do contrato (atualizada monetariamente, se for o caso). Essa garantia está limitada a 5% valor do contrato, podendo ser elevada para 10%, em casos de obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis.
Havendo a exigência de garantia o contratante pode escolher umas das seguindas modalidades
Caução em direito ou titulo da divida publica
Seguro garantia
Fiança bancaria
3.5 Duração do contrato administrativo 
Entende-se como duração do contrato administrativo o prazo de sua vigência, ou seja, o tempo de existência do contrato. É o período durante o qual o ajuste entre o Poder Público e o particular surtirá efeitos, realizando os objetivos de sua efetividade. Todo contrato administrativo deve ter prazo determinado e a sua duração deve corresponder à disponibilidade dos créditos orçamentários, exceto:
I – aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório. Nesse caso, a doutrina majoritária aponta que os contratos poderão ser prorrogados até o máximo de quatro anos, isso se o instrumento convocatório tiver feito referência à possibilidade de prorrogação.
II – à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a 60 meses.
No caso deste inciso, são serviços que não podem sofrer solução de continuidade (não podem ser interrompidos), sob pena de prejuízo à Administração, exemplos: vigilância; limpeza; motorista; e manutenção de equipamentos (exemplo: elevadores). O prazo contratual de tais serviços podem ser superiores, inclusive, ao prazo dos projetos inclusos no Plano Plurianual, pois prorrogáveis até o limite de 60 meses.
III – ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.
Os contratos de aluguel de equipamentos de informática podem ser estendidos até 48 meses, ou seja, não podem ser prorrogados, excepcionalmente, por mais 12 meses, como dito. De regra, o prazo dos contratos administrativos não pode ultrapassar a vigência dos créditos orçamentários a. Logo, os contratos administrativos terão sua vigência de acordo como o orçamento, sendo, portanto, vedados contratos por prazo indeterminado.
3.6 Cláusulas exorbitantes
“Concorrência entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, cuja aquisição tenha derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. No caso de bens imóveis derivados de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, é indispensável a avaliação dos bens e a comprovação da necessidade ou utilidade da alienação.” (FIAUX, 2011, p. 71)
> Lance Condicional: Quando o lance mínimo não é alcançado é aceito o lance condicional, é um termo utilizado quando o maior lance ofertado por um bem ou serviço leiloado não atinge o valor mínimo de venda exigido por seu vendedor arrematante.
Conclusão
O leilão é a forma mais democrática, cristalina e eficiente para transação de bens, é regido pela lei de oferta e procura, onde o preço é obtido pelo maior lance oferecido pelos interessados ou arrematantes. Onde é regulamentado e amparado por legislação específica. No Brasil foi regulamentado em 1932 pela Lei 21.981 de 19/10/1932 e 22.457 de 01/02/1933.
No Estado é coordenado pela Junta Comercial, que é o responsável pela sua fiscalização. Normalmente os bens estão disponíveis à visitação pública que antecedem ao leilão. O leilão é muito difundido em órgãos públicos e empresas privadas, do qual administradores e servidores necessitam solucionar de maneira simples e rápida a venda de bens e serviços. O leiloeiro é um agente público, pertencente à categoria ficção doutrinária do Direito Administrativo Brasileiro.
3.7 Alteração Contratual 
Segundo Hely Lopes Meirelles (2003), sobre o poder de alterar unilateralmente o contrato:
Podem ser feitas ainda que não previstas expressamente em lei ou consignadas em cláusula contratual. Assim, nenhum particular, ao contratar com a Administração, adquire direito à imutabilidade do contrato ou à sua execução integral ou, ainda, às suas vantagens in specie, porque isto equivaleria a subordinar o interesse público ao interesse privado do contratado.[57] (grifado no original).
A Lei de Licitações e Contratos Administrativos - Lei 8.666/1993, prevê que referidos contratos possam ser alterados, desde que haja a devida justificativa para a alteração.
Os Contratos Administrativos poderão ser alterados nos seguintes casos:
Unilateralmente pela Administração: Quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;E ou quando necessária à modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela Lei de Licitações.
Por acordo das partes: Quando conveniente à substituição da garantia de execução; quando necessária à modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termoscontratuais originários; quando necessária à modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. 
Ao longo do tempo de vida de uma empresa é comum que esta necessite passar por algumas alterações contratuais.
3.7.1 Teoria da imprevisão 
Segundo o informativo de Lopes Kfuri, Rénan (2009), “de forma resumida, podemos conceituar a Teoria da Imprevisão como consistindo no reconhecimento de que a ocorrência de acontecimentos novos, imprevisíveis pelas artes que firmaram um contrato de longo termo, e, a elas não imputáveis (os referidos acontecimentos), refletindo sobre a economia ou a execução do
contrato, autorizam, como exceção, sua revisão, para ajustá-lo às circunstâncias supervenientes”. A imprevisibilidade é a incerteza sobre um fato, a incerteza de que ele pode ou não ocorrer.
A teoria da imprevisão é sempre utilizada quando as condições vigentes no ato do contrato não perpetuam no tempo, ou seja, quando esse contrato fica sujeito a alterações sócio – políticas e econômicas imprevisíveis, assim, o uso da teoria da imprevisão para a reversão do negócio jurídico pode ser possível.
Doutrina, por Orlando Gomes:
“Mas, é preciso ter bem seguro que a teoria da imprevisão não aboliu o princípio da força obrigatória do contrato, nem tornou passível de alteração o negócio jurídico, simplesmente porque a conjuntura econômica tornou mais ou menos onerosa sua execução, dentro da área natural do mundo dos negócios. (Contratos, Forense, 16ª ed., 44)”. 
Essa teoria só pode ser utilizada quando for verificada a total impossibilidade do cumprimento do contrato, por haver uma situação de desequilíbrio entre as partes pactuantes.
A teoria da imprevisão existe para flexibilizar e para haver uma possibilidade de revisão entre os pactuantes de um contrato, levando em consideração acontecimentos extraordinários e fora do curso habitual das coisas.
3.8 Formas de extinção 
Segundo Hely Lopes Meirelles (2011, p.243) Extinção do Contrato é a cessação do vínculo obrigacional entre as partes pelo integral cumprimento de suas cláusulas ou pelo seu rompimento, através da anulação ou da rescisão. Podendo o contrato administrativo ser prorrogado e renovado. Todas estas são formas de extinção do contrato, normais ou excepcionais, que fazem desaparecer as relações negociais entre os contratantes.
São formas de extinção do contrato administrativo:
• Anulação: ela consiste numa forma excepcional de extinção do contrato que só poderá ser declarada quando se observar ilegalidade na sua formalização ou em cláusula essencial.
• Rescisão: funda-se numa forma excepcional de extinção, onde há o anulação do contrato durante sua execução, por inadimplência de uma das partes, pela superveniência de eventos que tornem inconveniente o seu prosseguimento ou pela ocorrência de fatos que acarretem seu rompimento de pleno direito.
• A conclusão do objeto: é a forma de extinção que ocorre em regra, ocorrendo quando as partes cumprem totalmente as prestações contratuais recíprocas, ou seja, a realização do objeto do ajuste por uma delas e o pagamento do preço pela outra. 
• O término do prazo: se dá nos contratos por tempo determinado, nos quais expirado o prazo, extingue-se o ajuste, seja qual for a fase da execução na qual se encontra, como ocorre na concessão de serviço público. O contrato extinto não se prorroga nem se renova, exigindo novo ajuste para a continuação dos serviços anteriormente contratados.
3.9 Penalidades 
Lopes (1996, p.19) A sociedade se rege por um conjunto de normas de conduta, porém, as normas do direito se distinguem das outras pela natureza de sua sanção. Assim, quem deixa de observar uma norma religiosa, comentando um pecado, fica sujeito a uma penitência de confessionário. Aquele que viola uma norma, exclusivamente moral, é punido por sua própria consciência, afligida pelo remorso, se já não a tem empedernida. Por outro lado, se alguém, em uma reunião social, se conduz de modo contrário às normas da etiqueta, ou da educação, tornando-se impertinente ou descortês, passa a ser censurado pelo grupo social, e, possivelmente, não mais será convidado para outras reuniões como aquela, sendo aos poucos afastado da sociedade, nisto consistindo a sanção.
	Meirelles (2001, p.208) A aplicação de penalidades contratuais diretamente pela Administração é outra de suas prerrogativas, correlata à do controle do contrato. Realmente, seria inútil o acompanhamento da execução contratual se, verificado a infração do contratado, não pudesse a Administração puni-lo pela falta cometida. Tal poder resulta do princípio da auto-executoriedade dos atos administrativos. Destarte, ao contratar, a Administração reserva-se implicitamente a faculdade de aplicar as penalidades contratuais e as legais, ainda que não previstas expressamente no contrato, independentemente de prévia intervenção do Poder Judiciário, salvo para as cobranças resistidas pelo particular contratante. Poder correlato é o de relevar penalidades, motivadamente, quando conveniente essa revelação. 
	Essas penalidades, que compreendem desde as advertências e multas até a rescisão unilateral do contrato, a suspensão provisória e a declaração de inidoneidade para licitar e contratar com a Administração (arts. 86 a 88), decorrem geralmente da inexecução do contrato.
4 CONTRATOS EM ESPÉCIE
4.1 Contratos propriamente ditos 
4.1.1 Contratos de concessão 
No Art. 1o As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos são regidas pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.
Contrato de concessão de uso de bem público
“É o ajuste oneroso ou gratuito, efetivado sob condição, pela Administração Pública, chamada concedente, com certo particular, o concessionário, visando transferir-lhe o uso de determinado público.” (GASPARINI, apud HORVATH, 2011, p. 58)
Contrato de concessão de obra pública
“A Administração Pública atribui, a determinado particular, a execução e exploração de certa obra pública, podendo o executante ressarcir-se do capital investido e dos encargos da execução por meio da cobrança de tarifa ao usuário. O exemplo típico é a construção de rodovias com posterior cobrança de pedágio. Exige autorização legislativa,licitação e publicação. Passou a ser chamado contrato de concessão de serviço público precedido da execução de obra pública.” (HORVATH, 2011, p. 58)
Poderes Concedentes: A União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em sua competência encontra-se o serviço público, antecedendo ou não da execução da obra pública, objeto de concessão ou permissão.
Concessão de Serviço Público: A delegação indicada na sua prestação, feita pelo poder concedente, por intermédio da licitação, na modalidade da concorrência, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre a capacidade para seu o desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
 I - Serviço Adequado
No Art. 6o Toda concessão ou permissão deduz a prestação do serviço adequado em pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas relevantes e no devido contrato.
Motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações;Por falta de cumprimento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
II - Direitos e Obrigações Dos Usuários
No Art. 7º A. As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos. Sem prejuízo do disposto na lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários:
Receber serviço adequado;
Receber do poder concedente e da concessionária, informações para a defesa de interesses individuais ou coletivos;
Obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente (Lei nº 9.648, de 1998)
4.1.2 Contrato de permissão de serviço público 
Quando a administração pública deseja repassar a execução de um determinado serviço público de sua competência para a iniciativa privada, pode-se fazer mediante autorização, permissão ou concessão (art. 21, XII, e art. 175, CF/88). Diz a Lei nº 8.987/95, em seu art. 2º, IV, que a permissão do serviço público é “a delegação, a título precário, mediante licitação da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, para seu desempenho, por sua conta e risco”.
No caso de serviço público é exigido um contrato de adesão e revogável, assim prevê o art. 40 da mesma lei.
A permissão do serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.
Contrato de Adesão.
O contrato de adesão é aquele contrato “pronto”, onde não se discutem as cláusulas, ou se aceita como é proposto, se adere a ele, ou não se aceita. Exemplos típicos desses contratos são aqueles propostos pelo banco ao se abrir uma conta corrente, cheque especial, seguros, entre outros.
 Contrato Precário.
O contrato precário é o contrato que não dá garantias ao contratado, o permissionário, de permanência do vínculo com a Administração Pública, ou seja, a qualquer momento e sem indenização a mesma poderá revogar esse contrato.
4.1.3 Contrato de gestão 
O contrato de gestão é um modelo de administração pública que pretende ser mais eficiente. Com o objetivo de alcançar melhores resultados na Administração Pública, criaram-se novos instrumentos no âmbito do Direito Público, para conferir maior autonomia aos entes administrativos ou estabelecer parcerias com entidades privadas sem fins lucrativos. Dentre tais medidas, sobressai o contrato de gestão.
Sua previsão legal está no artigo 37, §8° da Constituição Federal, incluído pela emenda constitucional 19/98. Antes da emenda eram previstos apenas em Decretos. Portanto, os poucos contratos de gestão celebrados acabavam sendo impugnados pelo Tribunal de Contas, já que o controle só pode decorrer da Constituição ou de leis infraconstitucionais, não de decretos.
O contrato de gestão, como o próprio título já denota, tem finalidade de gerir, gestão, algo maior, amplo, dentro do universo de atuação, as atividades não devem ser fragmentadas. Por exemplo: se um hospital atual em contrato de gestão e este atende pronto socorro, especialidades, internações, procedimentos cirúrgicos variados, oncologia, raio x, ressonância magnética, etc, e caso o poder público necessite destes serviços, se tratando de contrato de gestão, a entidade não poderá negar atendimento, considerando que ainda não tenha alcançada as quantidades de ofertas propostas no plano de trabalho do contrato de gestão pactuado.
O contrato é firmado entre a OS e o órgão ou entidade da área de atuação em que esteja inserido o objeto social da entidade. A OS é fiscalizada quanto aos resultados alcançados: ou seja pelo cumprimento dos objetivos e metas do Contrato de Gestão A gestão da OS não é fiscalizada pelo órgão supervisor ou pela CGU/TCU: seus procedimentos administrativos, contábeis e financeiros não são objeto de fiscalização pelo órgão supervisor ou pelos órgãos de controle.
4.2 Convênios e consórcios 
Meirelles (2001, p.300) "Consórcio de empresas ou firmas é a associação de dois ou mais interessados na concorrência (empresas ou profissionais), de modo que, somando técnica, capital, trabalho e know-how, possam executar um empreendimento que, isoladamente, não teriam condições de realizar. Não é, portanto, uma pessoa jurídica, mas uma simples reunião operativa de firmas, contratualmente comprometidas a colaborar no empreendimento para o qual se consorciaram, mas mantendo cada qual sua personalidade própria, sob a liderança de uma delas, que, no caso dos consórcios internacionais, erá sempre brasileira. Não obstante, esta assertiva, agora, somente é válida nas concorrências nacionais. Nas internacionais, admitindo-se a participação de firma estrangeira que tenha representante legal no Brasil, não há por que impedir a participação de consórcios constituídos apenas por empresas estrangeiras, desde que a empresa-líder aqui possua representação legal para receber citação e responder administrativa e judicialmente.
	A firma-líder apenas representa o consórcio no trato com o Poder Público, responsabilizando-se pelas demais sob o tríplice aspecto técnico, econômico e adminitrativo, inclusive quanto a multas e eventuais indenizações, exigindo a legislação atual (art. 33, V) a resposabilidade solidária das consorciadas, porque este não possui personalidade própria; se a tivesse, deixaria de ser consórcio para apresentar-se como nova entidade jurídica.
	A lei de sociedade por ações (Lei 6.404/76) passou a regular indevidamente o consórcio operativo das sociedades (arts. 278 e 279) e tornou obrigatório o arquivamento do instrumento consorcial e de suas alterações "no regitro do comércio do lugar da sua sede, devendo a certidão do arquivamento ser publicada" (parágrafo único do art. 279). Providência inútil, onerosa e burocrática, porque o consórcio não é pessoa jurídica e tem existência transitória, vinculada ao empreendimento a que se destina.
	Não obstante, para partcipar de licitação, basta a apresentação do compromisso de consórcio, por instrumento público ou particular, subscrito pelos interessados e independente de qualquer registro. Somente o licitante vencedor é obrigado a promover o registro do consórcio para a assinatura do contrato (art. 33, I, e & 2º).
	Sendo uma soma dos recursos dos consorciados, o consórcio demonstra sua habilitação jurídica e sua regularidade fiscal mediante documentação apresentada pelos consorciados individualmente, nos termos do pedido no edital, não se admitindo que a firma-líder o faça por todos. Não obstante, para a qualificação técnica e qualificação econômico-financeira, a lei admite o somatório dos quantitativos e dos valores de cada consorciado, na proporção de sua de sua cota consorcial (art. 33, III), ampliando-se, assim, a possabilidade de participação de pequenas e médias empresas em concorrências de maior vulto.
	Assinale-se, finalmente, que é vedada a participação da empresa ou profissional, ma mesma licitação, em mais de um consórcio, ou isoladamente (art. 33. IV)".
	Meirelles (2001, p.376) "Consórcios adminitrativos são acordos firmados entre entidades estatais, autárquicas, fundacionais ou paraestatais, sempre da mesma espécie, para realização objetivos de interesse comum do partícipes.
	O que caracteriza o consórcio e o destingue do convênio é que este é celebrado entre pessoas jurídicas de espécie diferentes e aquele só o é entre entidades da mesma espécie. Feita essa distinção, todos os princípios e preceitos regedores dos convênios são aplicáveis aos nossos consórcios adminitrativos, como válida para estes ficam sendo as observações que fizemos quanto á organização e direção daqueles.
	Entre nós, o consórcio usual é o de Municípios, paraa realização de obras, serviços e atividades de competência local mas de interess comum intermunicipal de toda uma região. Com essa cooperação associativa da Municipalidades reúnem-se recursos financeiros, técnicos e adminitrativos que uma só Prefeitura não teria para executar o empreendimento desejado e de utilidade geral para todos.
	Entendemos que os consórcios dependem de autorização para serem validamente celebrados, e, como não são pessoas jurídica, não têm capacidade para exercer direitos e assumir obrigações em nome próprio, pelo quê é de toda conveniência a organização de uma entidade civil ou comercial, paralela, que administre seu interesses e realize seus objetivos, como desejado pelos consorciados".
	Meirelles (2001, p.377) "Convênios adminitrativos são acordos firmados por entidades pública de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum do partícipes.
Convênio é acordo, mas não é contrato. No contrato as partes têm interesses diversos e opostos; no convênio os partícipes têm interesse comuns e coincidentes. Por outras palavras: no contrato há sempre duas partes (podendo ter mais de dois signatários), uma que pretende o objeto do ajuste (a obra, o serviço, etc.), outra pretende a contraprestação correspondente (o preço, ou qualquer outra vantagem), diversamente do que ocorre no convênio , em que não há partes, mas unicamente partícipes com as mesmas pretensões. Por essa razão, no convênio a posição jurídica dos signatários é uma só, idêntica para todos, podendo haver apenas diversificação na cooperação de cada um, segundo suas possibilidades, para a consecução do objetivo comum, desejado por todos.
	Diante dessa igualdade jurídica de todos o signatários do convênio e da ausência da vinculação contratual entre eles, qualquer partícipe pode denunciá-lo e retirar sua cooperação quando o desejar, só ficando responsável pelas obrigações e auferindo as vantagens do tempo em que participou voluntariamente do acordo. A liberdade do ingresso e retirada dos partícipes do convênio é traço característico dessa cooperação associativa e, por isso mesmo, não admite cláuula obrigatória de permanência ou sancionadora dos denunciantes. Nossas Administrações, entretanto, têm confunido, em muitos casos, o convênio com o contrato adminitrativo, realizando este em lugar e com a denominação daquele, o que dificulta sua interpretação e execução.
	Os convênios, entre nós, não adquirem personalidade jurídica, permanecendo com simple aquiescência dos partícipes para a prossecução de objetivos comuns, o que nos leva a considerá-los, tão somente,uma cooperação associativa, livre de viínculos contratuais. Essa instabilidade institucional, aliada á preceriedade de sua administração, vem criando dificuldade insuperáveis para sua operarividade, principalmete no campo empresarial, que exige pessoas e órgãos responsávei para a contratações de grande vulto.
	A Constituição de 1988, não se refere nominadamente a convênios, mas não impede sua formação, como instrumento de cooperação associativa, segundo se infere de seu art. 23, parágrafo único. E o Dec.-lei 200/67, ao cuidar da reforma administrativa federal, já os recomendava como meios de descentralização de suas atividades, desde que os partícipes estejam devidamente aparelhados (art. 10, & 3º, "b"). Pela interpretação do texto constitucional e pela defeituosa redação da norma federal ordinária, tem-se a impressão de que o convênio só é admissível entre entidades estatais, para execução por seus agentes, quando, na realidade, a possibilidade de tais acordos é ampla, entre quaisquer pessoas ou organizações públicas ou particulares que disponham de meios para realizar os objetivos comens, de interesse recíproco dos partícipes".
5 LICITAÇÕES E SUAS ESPÉCIES 
5.1 Conceito de licitação 
Segundo Dromi, José Roberto (1975, p. 92), é possível definir licitação como o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem as condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a que mais lhe for conveniente para a celebração do contrato.
O conceito que pode-se considerar como o mais completo por abordar a atuação da licitação nos negócios da Administração Pública é o de Meirelles, Hely Lopes (2003, p. 264):
“Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Como procedimento, desenvolve-se através de uma sucessão ordenada de atos vinculantes para a Administração e para os licitantes, o que propicia igual oportunidade a todos os interessados e atua como fator de eficiência e moralidade nos negócios administrativos.”
A licitação é disciplinada pela Lei 8.666/1993 e é utilizada pela Administração Pública para selecionar a proposta que oferece maiores vantagens para contratos de seu interesse, e também visa proporcionar condições iguais a todos que queiram realizar um contrato com o Poder Público.
A partir da análise da licitação enquanto meios para efetivação de contratações no âmbito da Administração Pública se dará um detalhamento acerca das diversas modalidades presentes no processo licitatório, isto é, haverá uma análise minuciosa – com base no lado crítico do direito positivo – das diversas espécies de “debates” licitatórios e suas características essenciais.
Através da Medida Provisória n.° 2.026, de 04 de maio de 2000, os ramos das licitações sofreram uma expansão, surgindo assim uma nova modalidade, denominada como “pregão”, que trouxe dinamização ao processo, invertendo as fases de julgamento e habilitação, mas que por outro lado trouxe polêmicas entre doutrinadores e aplicadores do direito, que argumentam vícios de ilegalidade e inconstitucionalidade em tal medida.
As licitações tem tanta importância no momento de celebrar contratos, pois a Administração Pública, direta e indireta, não possui essa autonomia, de adquirir, vender, ceder, locar ou até mesmo contratar obras e serviços, já que esta não trabalha com recursos próprios ou disponíveis, mas sim com recursos públicos.
5.2 Procedimentos licitatórios e a importância para a administração pública 
Segunda Daniela Cerri Junqueira procedimento Licitatório é uma ferramenta fundamental dentro da gestão pública, com consequências diretas em todas as áreas dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal.
A licitação é um processo administrativo que visa assegurar igualdade de condições a todos que queiram realizar um contrato com o Poder Público. A Licitação é disciplinada por lei (Lei 8666 de 1993). Esta estabelece critérios objetivos de seleção das propostas de contratação mais vantajosas para o interesse público.
No Brasil, o legislador optou por classificar distintamente o tipo e a modalidade de licitação. São duas ordens de classificação às quais se submetem quaisquer procedimentos licitatórios.
As modalidades referem-se principalmente ao volume das transações em questão, e secundariamente às características do objeto da licitação.
5.3 Modalidades de licitação previstas na lei 
A modalidade indica o procedimento que irá reger a licitação. Segundo Maristella (2003) “Atualmente, as nossas leis gerais estabelecem seis modalidades licitatórias que são: concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão e pregão, que estão conceituadas no art. 22, da Lei nº 8.666/93 e art. 1º, da Lei nº 10.520/02. 
A licitação, como espécie de processo administrativo, é dividida em seis modalidades distintas: Concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão e pregão. A seguir, veja cada uma delas. 
5.3.1 Concorrência 
Meirelles (2001, p.296) "Concorrência é a modalidade de licitação própria para contratos de grande valor, em que se admite a participação de quaisquer interessados, cadastrado ou não, que satisfaçam as condições do edital,convocados com a antecedência mínima prevista na lei, com ampla publicidade pelo órgão oficial e pela imprensa particular.
	A concorrência é obrigatória nas contratações de obras, serviços e compras, dentro dos limites de valor fixados pelo ato competente, que são diverso para obras e serviços de Engenharia e para outros serviços e compras.
	É também obrigatória a concorrência, independentemente do valor do contato, na compra ou alienação de bens imóveis e na concessão de direito real de uso, justificando-se tal exigência pelo interesse em convocar o maior número possível de interessados. O mesmo ocorre nas licitações internacionais, quando se procura atrair interessados de outros países. Neste último caso, admite-se a tomada de preços quando a entidade interessada disponha de cadastro internacional de fornecedores, situação em que devem ser observados os limites financeiros para a escolha da modalidade licitatória (art. 23, & 3º)".
5.3.2 Tomada de preços
A Tomada de preço necessita de um certificado do registro cadastral (CRC), ou seja, necessita comprovar requisitos para participar da licitação ate o terceiro dia anterior do termino da proposta.
Segundo Simone Zanotello a principal caractéristica da tomada de preços é que ela se destina a interessados devidamentes cadastrados e por força da Lei número 8.666/93 ela também passou a se estender aos interessados que atenderam a todas as exigidas para o cadastramento ate o dia anterios da data do recebimento das propostas.
5.3.3 Convite 
E segundo afirma Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2003) Convite é a modalidade de licitação entre, no minímo, três interessados do ramo pertinente a seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados pela unidade administrativa, e da qual podem participar também aqueles que, não sendo convidados, estiverem cadastrados na correspondente especialidade e manifestarem seu interesse com antecedência de 24 horas da apresentação das propostas ( art. 22, § 3°). (DI PIETRO, 2003, p. 417).
Esta é a única modalidade de licitação em que a lei não exige publicação de edital, já que a convocação se faz por escrito, com antecedência de 5 dias úteis, antes de sua abertura (art. 21, § 2º, IV), por meio da chamada carta-convite ou instrumento convocatório. Embora ele seja uma modalidade de licitação mais simples, o seu processamento não dispensa a necessidade de se seguir todas as exigências dispostas na Lei n°. 8.666/93. 
5.3.4 Concurso 
Segundo o livro :
“Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a escolha do trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio e remuneração aos vencedores (art. 22, § 4º).”. “A publicidade (do concurso e também do resultado do mesmo) é assegurada por meio de publicação do edital (...), com, pelo menos, 45 dias de antecedência (...) o julgamento deve ser feito por comissão especial integrada por pessoas de reputação ilimitada e reconhecido conhecimento da matéria, não havendo necessidade de serem servidores públicos.”.
Concurso público é a forma de avaliação e recrutamento do governo para cargos da prefeitura municipal, estadual ou federal. É um processo seletivo que avalia candidatos para um cargo efetivo de uma entidade governamental.
Para esse concurso existem editais, que podem ser considerados como os manuais, as leis e as regras do concurso.
O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
5.3.5 Leilão 
“Concorrência entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, cuja aquisição tenha derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. No caso de bens imóveis derivados de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, é indispensável a avaliação dos bens e a comprovação da necessidade ou utilidade da alienação.” (FIAUX, 2011, p. 71)
> Lance Condicional: Quando o lance mínimo não é alcançado é aceito o lance condicional, é um termo utilizado quando o maior lance ofertado por um bem ou serviço leiloado não atinge o valor mínimo de venda exigido por seu vendedor arrematante.
O leilão é a forma mais democrática, cristalina e eficiente para transação de bens, é regido pela lei de oferta e procura, onde o preço é obtido pelo maior lance oferecido pelos interessados ou arrematantes. Onde é regulamentado e amparado por legislação específica. No Brasil foi regulamentado em 1932 pela Lei 21.981 de 19/10/1932 e 22.457 de 01/02/1933.
No Estado é coordenado pela Junta Comercial, que é o responsável pela sua fiscalização. Normalmente os bens estão disponíveis à visitação pública que antecedem ao leilão. O leilão é muito difundido em órgãos públicos e empresas privadas, do qual administradores e servidores necessitam solucionar de maneira simples e rápida a venda de bens e serviços. O leiloeiro é um agente público, pertencente à categoria ficção doutrinária do Direito Administrativo Brasileiro.
5.3.6 Pregão 
O pregão é uma modalidade de licitação utilizada no Brasil. Nessa modalidade de licitação, os licitantes que podem ser pessoas físicas ou até mesmo jurídicas podem vender bens e/ou serviços conforme editais e contratos previamente combinados.
O pregão pode ser feito presencialmente ou eletronicamente. O responsável pelo pregão é chamado de pregoeiro.
O critério de julgamento do pregão é sempre o menor preço e apesar da semelhança com o leilão pelo fato de haver lances que são feitos publicamente, as peculiaridades do pregão estão no fato de que a habilitação somente é aferida após a etapa de lances, e não precedentemente.
O livro cita pregão também como uma forma de licitação.
“Pregão é a modalidade de licitação para a aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública (...) a lei nº 10.520/2002 permite que o pregão seja realizado por meio da utilização de recursos de tecnologia de informação, nos termos de regulação específico.”.
A maior diferença entre pregão e leilão é que, no leilão, o objeto posto na situação depende de lances para atingir o preço avaliado ou então ultrapassar, já no pregão o preço já é pré-estabelecido.
5.3.7 Critérios de julgamento das propostas 
O artigo tem como objetivo apurar e debater os aspectos legais e técnicos do julgamento de licitações na administração brasileira. Licitação é uma sucessão ordenada de atos, mediante os quais a administração seleciona a proposta mais vantajosa para a compra do seu interesse. Como se sabe, o Decreto-lei federal nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, reformulou os princípios da compra na esfera pública que vinham sendo criticados, especialmente no que tocava aos critérios de julgamento.
	O critério qualidade citado decreto-lei vem em primeiro lugar. Sendo que a palavra qualidade seja, em si, um termo neutro, podendo haver uma série de graus de qualidade, abrangendo desde um bom até um mau nível de qualidade, o legislador talvez quisesse dizer que a melhor qualidade deveria classificar melhor a proposta, enquanto a menor qualidade deveria piorar sua classificação. Na verdade, o comprador tem de exigir tão-somente um nível exato de qualidade. A qualidade, portanto, não é propriamente um fator de julgamento ou ordenamento das propostas, mas de qualificação ou desclassificação, conforme a especificação for, ou não, atendida. 
	Entretanto, se não houve especificação técnica no edital, a qualidade deve ser objeto de julgamento na própria licitação. É desejável que a comissão de julgamento estabeleça, antes do julgamento, as características de qualidade a serem levadas em conta. 
	A durabilidade vem em seguida, pois é um dos aspectos de qualidade. Se a norma técnica não especificar a durabilidade mínima do produto, do serviço ou da obra, a garantia do fornecedor, notocante à durabilidade oferecida, é fator que deveria ser levado em consideração. 
	A segurança tem dois aspectos: o inerente à durabilidade da própria obra ou do produto e o inerente à segurança do usuário. O primeiro, na verdade, é uma extensão do próprio conceito de durabilidade. A garantia do fornecedor cobre, antes de mais nada, a segurança do produto. Em obras, o prazo de garantia é fixado por lei e a ela deve referir-se o comprador. Em serviços, isso nem sempre é o caso e, muitas vezes, é preciso indicar o prazo da segurança, que mais uma vez se reveste do caráter de durabilidade. Quanto à segurança do usuário, dificilmente se podem fixar critérios objetivos. A sociedade é quem nos diz qual o grau de segurança exigido. O julgamento acaba sendo, primordialmente, subjetivo. O resultado será a classificação ou a desclassificação, não se podendo nem devendo atribuir classificação melhor ao produto de maior segurança ou pior ao produto com menor segurança.
	A confiabilidade é a probabilidade de que certo produto irá efetivamente exercer a sua função durante o tempo previsto para sua missão. Uma confiabilidade de 99,2% significa ser provável que essa função seja exercida durante 99,2% do tempo de missão previsto, ou, alternativamente, que 99,2% dos itens desse produto funcionarão satisfatoriamente durante todo o tempo de missão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Direito Administrativo Brasileiro. CONCORRÊNCIA. (p. 296). Meirelles
Direito Administrativo Brasileiro. CONSÓRCIO. (p.379). Meirelles
Direito Administrativo Brasileiro. CONVÊNIOS. (p. 377). Meirelles.
Direito Administrativo Brasileiro e Curso de Direito Penal. PENALIDADES. (p.208,19). Meirelles, Lopes
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LATIF, Omar Aref Abdul. Contrato Administrativo Disponível em: http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1828. Acesso em: 28 abril 2016
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 24ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 26ª Ed. São Paulo: Atlas, 2013.
AZEVEDO, Eurico de Andrade; ALEIXO, Délcio Balestero; FILHO, José, Emmanuel Burle. Direito Administrativo Brasileiro. 32ª Ed. São Paulo: Medalheiros Editores, 2006.
BARBOSA, Teresa Maria Valença De Farias. Direito Administrativo. Acesso em: 10 de maio de 2016. Disponível em: <http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=4601&idAreaSel=1&seeArt=yes>
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JUS. Navigandi. Acesso em: 23 Abril 2016. Disponível em: <https://jus.com.br/duvidas/3018/qual-a-diferenca-entre-leilao-e-pregao>

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