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Metodologia de Projeto Pensando o projeto Prof. Antonio Carlos Aula 0 O P R O C E S S O E M D E S IG N • Ao definirmos um projeto, seja ele um artefato, uma peça gráfica, um site, uma sala de estar, um deck, etc., devemos estabelecer uma ordem de ações para que o resultado esperado seja atingido. • A proposição inicial é que temos um PROBLEMA a ser resolvido, e queremos alcançar uma SOLUÇÃO. • Para que isso ocorra, devemos procurar identificar as etapas de elaboração de um projeto. • OBS. O problema não se resolve por si só no entretanto, contém todos os elementos para sua solução. É necessário conhecer todos e usar todos na sua solução. 01 - PROBLEMA – SOLUÇÃO • Definição, encontram-se os objetivos do problema; • Ex.: Desenvolver um quarto para duas crianças (garotos) de 05 e 08 anos, que tenha espaço para jogos eletrônicos, estudo, guardar os brinquedos e uma área aconchegante para dormir. • É a etapa inicial no desenvolvimento de qualquer projeto; • Se faz necessária para definir limites, até onde é possível ir possível ir. 02 - DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Buscar informações sobre quartos infantis, sobre materiais, levantamento da área disponível, gastos disponibilizados, sobre a rotina das crianças no quarto e na casa, cores de preferencias, desenhos, sonhos, etc... 03 - LEVANTAMENTO DE DADOS 04 - ANÁLISE DE DADOS • Depois de se colherem os dados, deve-se analisá-los. Porquê? • Simples, para que colhemos os dados? • Não é para ter mais segurança na elaboração do projeto? • Então, a análise mostra o que se deve ou não fazer, usar, aproveitar, enfim, é a análise dos dados que permite estabelecer o passo seguinte: Briefing, Criatividade e Ideia. Brief (ing) = Dossiê. Briefing (…) é um conjunto de informações ou uma coleta de dados passados em uma reunião para o desenvolvimento de um trabalho ou documento.” [wikipedia]. 05 - CRIAÇÃO DO BRIEFING O briefing é o que nortear a sua criação, seu trabalho. Todas as informações vitais e relevantes devem estar neste documento. A falta de itens essenciais poderá resultar em um pequeno desvio do alvo. E sabemos que pequenos desvios, no longo prazo/percurso, resultam em uma distância grande do objetivo inicial. Pode ser dividido em plano objetivo (técnico) e plano subjetivo (pessoal). 05.A - Briefing inicial Neste processo, a primeira etapa chamada de Briefing ou Levantamento de Necessidades, é a reunião de informações necessárias que o designer deverá avaliar para conceber o projeto. Entre elas estão: – Gostos e preferências estéticas do cliente; – Principal desejo do cliente em relação ao ambiente que será decorado; – Sonhos e vontades que o cliente deseja realizar no ambiente; – Cores que mais agradam o cliente; – Qual é o uso diário dos espaços; – Tipo de composição: será familiar ou empresarial; – Orçamento existente para o projeto; – A data de entrega do ambiente estará vinculada com alguma data especial; – Outros detalhes particulares a cada projeto e cada cliente. 05 - CRIAÇÃO DO BRIEFING 05 - CRIAÇÃO DO BRIEFING 05.B – Perfil do Cliente • Depois de reunir as informações anteriores, o Designer de Interiores deverá usa-las, para poder traçar o perfil do cliente, e assim poder adequar as soluções e o projeto que irá oferecer com o jeito de ser e viver do cliente. 05.C – Brainstorm • Após a analise o próximo passo é iniciar o processo de brainstorm que poderá ser apoiado com um painel de semântico, que é um painel com fotos, gráficos e recortes de tudo relacionado ao assunto e preferências do cliente. (como veremos na fase 07) • Em geral, depois da definição do problema, tem-se a “IDEIA”. E pode mesmo parecer que o problema está resolvido... Mas “ideia” não pode ser considerada como solução. • Uma ideia pode surgir e depois ser substituída por outra, e outra e mais outra ao longo do desenvolvimento do projeto. • É certo que as ideias ajudam ao desenvolvimento, mas sozinhas não resolvem a questão. 06 - IDEIA – CRIAÇÃO • Enquanto IDEIA ela somente está relacionada ao “fantástico”, a fantasia, o sonho, já a CRIATIVIDADE processa- se de acordo com um método definido e mantém-se nos limites impostos pela análise dos dados colhidos. • Criatividade, bem aplicada, e dentro do programa de objetivos traçados e definidos pelos passos anteriores do processo de desenvolvimento pode agregar valores diferenciais a um projeto O pensamento criativo ajuda a: 1. Encontrar nossa inspiração criadora. 2. Superar todos os obstáculos que nos impedem de pensar com clareza e objetividade. 3. Superar as barreiras mentais que nos impedem de perceber um problema e a forma correta de encontrar soluções. 4. Descobrir que a criatividade, antes de tudo, requer uma atitude, uma maneira de valorar os estímulos que recebemos. 5. Por em funcionamento os dois elementos fundamentais que desencadeiam qualquer processo criativo: a imaginação e o conhecimento. 6. Descobrir que uma ideia é uma combinação de elementos velhos, composta de conhecimentos gerais e de conhecimentos específicos. 7. Descobrir que a capacidade de conseguir novas combinações com base em elementos velhos depende em grande parte do talento e habilidade para encontrar relações. 06 - IDEIA – CRIAÇÃO e o pensamento criativo: • Não visa substituir o que já foi feito, nem tem a pretensão de inovar sempre, mas sim de certificar que as escolhas tenham sido feitas levando-se em conta todas as possibilidades e busca-se optar pelos mais adequados. • Sintetiza as ideias em relação a um objetivo. • Podemos, agora, estabelecer as relações entre os dados recolhidos, agrupar os sub-problemas e efetivar a construção dos esboços para a elaboração do modelo que pretendemos aplicar como solução efetiva ao nosso problema inicial. 07 - SOLUÇÃO E GERAÇÃO DE CONCEITOS PAINEL SEMÂNTICO = imagens + palavras chaves = SIGNIFICADOS • O Painel Semântico refere-se a uma espécie de quadro de referências visuais para determinados aspectos do projeto, tais como cores, formas, texturas, conceitos, cenários, etc. • A Semântica diz respeito ao estudo do significado. No design de produto estabelece que todo objeto, além de sua funcionalidade prática e estética, também é um símbolo cultural, algo que tem um significado, que traduza os conceitos e as ideias relacionadas ao projeto. • O mood board é constituído pelo designer por meio de um processo de colagem que reúne fotografias, imagens de revistas ou Internet, amostras de tecidos, desenhos, objetos, texturas e cores que, conforme Garner & McDonagh-Philp (2008), conseguem exprimir emoções e sentimentos relacionados ao briefing em questão. Este é o aspecto essencial que faz do mood board um instrumento de apoio aos projetos em design. 07 - PAINEL SEMÁNTICO - CONCEITOS O painel semântico ou mood board é uma COLAGEM DE IDEIAS e INSPIRAÇÃO para qualquer trabalho de design!!! 07 - PAINEL SEMÁNTICO - CONCEITOS 07 - PAINEL SEMÁNTICO - CONCEITOS 08 - CONCEITOS e CRIAÇÕES O conceito Definição: concepção, caracterização, ideia, compreensão, sentido, identificação, entendimento. O conceito conduz a concretização do projeto em linhas, formas, movimento, texturas, simbologias, materiais, cores, iluminação, comunicação (como as ideias e significados são expressos), detalhes... É preciso haver unidade entre cliente, conceito, espaço e projeto. Rascunhos e esboços iniciais • Inicia-se os primeiros estudos com rascunhos breves gerando algumas alternativas iniciais. Quanto mais, melhor para poder aquecer o processo criativo e tornar as primeiras ideias do design de interiores mais visíveis para poderem ser analisadas pelo mesmo em busca de uma ou mais de uma alternativa ideal.08 - CONCEITOS e CRIAÇÕES – esboços. Termos – Rascunhos, Esboços e Croquis Termos como rascunho, esboço ou até mesmo croquis, possuem basicamente o mesmo valor de significado. Eles são caracterizados por desenhos rápidos, com o propósito de expressar graficamente uma idéia. Também pode ser considerado como o gesto ou ataque do artista perante o papel. 08 - CONCEITOS e CRIAÇÕES – esboços. LAYOUT DO AMBIENTE: Fazer o desenho com a distribuição dos equipamentos e mobiliários dentro do espaço estudado, obedecendo a medidas de circulação ideais. Escala sugerida para o desenho: 1:50; 1:25; 1:20. CORTES e ELEVAÇÕES: Desenho que estabelece as alturas de móveis e equipamentos, tetos rebaixados e outros. Escala sugerida para o desenho: 1:50; 1:25; 1:20. PLANTA DE MODIFICAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO: Desenho da planta com especificação das paredes (que vão permanecer, das que serão demolidas e das que serão construídas – com auxilio de arquitetos quando necessário) Escala sugerida para o desenho: 1:50; 1:25; 1:20. O traçado que representa cada uma delas é: Paredes existentes: linha cheia _____________ Paredes derrubadas: linha tracejada ---------- Paredes construídas: linha cheia com textura interna.//////////// É importante fazer uma legenda para representar o significado dos traçados. • Esta fase do projeto será apresentado através de plantas e desenhos, com nível de detalhamento que depende da complexidade do trabalho a ser feito. Podem (e devem) ser apresentadas mais que uma solução para a escolha do cliente. • Neste momento é fechado o formato final e são definidos materiais, cores, móveis, etc. Todas as dúvidas do cliente devem ser sanadas passando a ele uma noção muito clara de como ficará o ambiente após o serviço. 09 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 09 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DESENHO TÉCNICO DAS PEÇAS A SEREM EXECUTADAS PLANTA ESQUEMÁTICA DOS PONTOS ELÉTRICOS: Elétrico: Desenho da planta sem os móveis e equipamentos, para representar a localização e as alturas das tomadas, interruptores, pontos de telefone, etc... Desenho dos móveis e outros detalhes já definidos no projeto e que serão enviados para marceneiros, gesseiros, etc, como projeção ortogonal dos móveis, perfis de sanca, degraus iluminados, etc...Escala indicada para os desenhos: 1:1; 1:5;1:10 PLANTA DE PISO: Desenho de uma planta sem os móveis(ou pode ter a localização dos móveis tracejados),marcando o sentido da colocação do piso, com cotas, diferença de nível( degraus) e outros detalhes que sejam necessários. (Para definir a colocação de pisos, principalmente cerâmicos ( chamado de paginação do piso), ou outros que tenham uma maneira específica de colocação, ou mesmo quando se mistura mais de um material, deve-se detalhar como isso acontecerá. Escala sugerida para o desenho: 1:50; 1:25; 1:20). PLANTA DE TETO: Para marcar os pontos de luz no teto, deve-se fazer uma planta de teto com a localização dos pontos de luz cotados e com as alturas rebaixadas com gesso( se tiver - Também para marcar a localização de sancas para cortinas, detalhes de teto rebaixado, etc...Sugere-se as seguintes escalas para o desenho: 1:50; 1:25; 1:20.). 09 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DESENHO TÉCNICO DAS PEÇAS A SEREM EXECUTADAS ESTUDO DE CORES; Desenho ilustrado (pode ser a perspectiva, as elevações, etc.) para definição das cores que serão utilizadas, facilitando a visualização do cliente.(para isso, pode ser utilizada a ferramenta disponível nos sites de tintas) MEMORIAL DESCRITIVO: Descrição TÉCNICA de como vai ser o projeto, especificando materiais e demais detalhes. Serve também para tirar dúvidas e esclarecer melhor o projeto em qualquer momento de sua execução. Deve-se escrever objetivamente, sem “ lero lero“. 09 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO http://designontherocks.blog.br/as-cores-no-design-de-interiores/ 09 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 10 - APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO Além da entrega do projeto através de um Caderno Técnico (digital e/ou impresso), também deverá contemplar visitas técnicas a fim de dar instruções e acompanhar a execução do projeto e a certeza que ele será executado de acordo com o cronograma e o projeto proposto. 11 - FINALIZAÇÃO DO PROJETO • Os profissionais que executarão os serviços necessários podem ser contratados pelo cliente. • O cliente pode se responsabilizar por todo o trabalho ou acompanhar a execução, depende do que ele/ela desejar ou da forma de trabalhar do(a) designer. • Dependendo da complexidade, será necessário um cronograma com as etapas a serem cumpridas, seus prazos e desembolsos necessários. • De todas estas decisões dependerá o custo final do trabalho, que deverá ser previsto (ou fechado, fixo) pelo(a) designer no contrato de trabalho, assim como a forma de pagamento. • As compras de materiais, móveis, etc, necessários poderão ser feitas pelo(a) designer ou pelo cliente com a supervisão ou acompanhamento do(a) profissional, o que também deve ser decidido pelo cliente antes da aceitação e início dos trabalhos. • Enfim, todos os detalhes devem ser discutidos e acertados antes da aceitação, pois, normalmente, qualquer modificação ou questão não resolvida pode se transformar em gastos extras nas fases posteriores. 11 - FINALIZAÇÃO DO PROJETO • Durante o trabalho, se este tiver um prazo maior, reuniões de acompanhamento devem ser feitas com o(a) designer e os responsáveis pelos serviços que estão sendo executados. É muito importante o acompanhamento do cliente e compreensão do que está sendo feito. • É claro que problemas sempre podem acontecer, tais como atrasos em entregas de materiais, necessidade de troca de algo que foi planejado mas por alguma razão não é possível realizar da forma planejada, etc. Nestes casos é necessário entender se o fato ocorreu por erro de alguém ou por um imprevisto impossível de se prever (por exemplo, a necessidade de modificar uma instalação hidráulica planejada foi porque a planta original do ambiente não apresentava um detalhe que impossibilitou a sua instalação ou o responsável instalou erroneamente porque não seguiu a determinação do arquiteto ou do designer?. Por isso, quanto mais profundo for o estudo preliminar, mais detalhado o planejamento, quanto maior o envolvimento do cliente e o acompanhamento, mais chances de sucesso o projeto terá. 11 - FINALIZAÇÃO DO PROJETO
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