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Aula A Política de Maquiavel O principe Hist. Filosofia Moderna

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Maquiavel – O Príncipe
A lógica da ação Política	Comment by Samuka Brun: A POLÍTICA É UM JOGO DE INTERESSES.
Nicolau Maquiavel (1469-1527) é um pensador quanto:
*Realista, toma a realidade como objeto de estudo (o que deve ser). A realidade política é vista como objeto de teorização, ou seja, de estudo, na busca de entender como funciona e/ou como deveria realizar-se. Os filósofos ao invés de tentar entender a realidade do mundo, criavam outros mundos para tentar responder questões reais (Platão, por exemplo), no campo da política, como deveria ser e não como ela realmente se dava. Por fim só trouxeram mais especulações abstratas.
 *Pragmatismo: Importa a Maquiavel mais os resultados das ações (prática) do que as intenções (teoria). Em Maquiavel, diferente da lógica medieval em que a ética regia em conjunto com a política, ocorre uma ruptura entre a política e a ética trazendo surgir uma nova realidade: uma ética política, trata-se de uma fragmentação da ética, na tentativa de entender a realidade que vivia. Maquiavel retira da política todo véu religioso impregnado, advindo das influencias antigas e medievais. A ideia política e a realidade política não condiziam (segundo o autor) e não ocorreu nem na época em que foram teorizados. O poder político não tem seu fundamento na fé, por exemplo, mas na força das ações concretas.
*Empirista: Os fatos são importantes e não as ideias e teorias. A política deve ao modo como as pessoas deveriam agir com relação ao poder, portanto, se dever-se-ia estudar como as pessoas estão agindo para compreender a verdade política.
Maquiavel, viveu no contexto da queda do poder medieval, na península itálica cheia de cidades estados na qual a fragmentação política concretizava. O ideal de Maquiavel seria a unificação dessas cidades-estados, tal qual as nações ao redor (França, Espanha...). Tal realidade deixava a península vulnerável, proporcionando muitas invasões. Não existia um exército nacional, mas tropas menores que defende uma causa particular (mercenários), neste caso, o reino de um príncipe. Questiona o porquê que isso ocorre, o motivo de existir essa fragmentação e a dificuldade de unificação. Encontra na moral cristã as respostas: preconiza o amor ao próximo, a pratica virtuosa, produz uma mentalidade covarde nos indivíduos, enfatiza a fraqueza à força – ela realiza uma espécie de controle sobre os indivíduos: cria e rege diretrizes morais.	Comment by Samuka Brun: (VIR)TÚ: VIRTUDE PAGÃ = FORTE
VIRTUDE (ARETÉ) > VIRTUDE/EXCELÊNCIA, Neste caso refere-se ao segundo item. Todavia o que Maquiavel compreende ser necessária ao governante a prática da “virtú”, equivalente a força, atitude, percepção prática.
NÃO EXISTE PODER SEM SEU ESTADO RACIONAL FORTE
 “O PRÍNCIPE” 	FORTUNA: ACASO, CONTINGÊNCIA
	VIRTÚ: FORÇA/CORAGEM, é aquilo que depende do príncipe.
	Ao governante depende 50% da percepção da realidade (fortuna) contingencias, dos fatos que estão acontecendo. E 50% de força, atitude (virtú).
NÃO HÁ SENTIDO NA HISTÓRIA
A história dos homens é secular. Não há história pré-determinada, nem único rumo, ou múltiplos sentidos. Os homens fazem a história segundo as circunstâncias. O Príncipe precisa ser dotado de uma capacidade de empreender ações que tornem vitoriosas suas ações. Os fatos são ambíguos; podem conduzir a vários rumos, as circunstâncias determinam. 
Maquiavel não se detém a questão econômica, por exemplo, a transição feudalismo-capitalismo. No contexto, há o surgimento dos estados nacionais, e modificação da sociedade econômica, todavia, Maquiavel preocupa-se em analisar as relações de poder. Enquanto que em boa parte da Europa acontece a emergência do capitalismo, na Itália perdura as relações feudais.
A POLÍTICA É POSITIVA E NÃO NORMATIVA
A política não se orienta mais pelos critérios morais, metafísicos (religiosos/ teológicos, dogmático), ou seja, o conceito de bem ou mal não podem ser dados definitivos, mas dados pela circunstância – ética secular, transcende o espaço e o tempo. A religião tem um papel importante, pois torna os indivíduos submissos, portanto, é auxílio à política.	Comment by Samuka Brun: Bem e mal dependem da ocasião. Os homens são maus quando querem, e são bons de acordo com sua necessidade.O mal deve ser feito de uma vez por todas, mas o bem deve ser controlado e equilibrado. O conflito é necessário pra ao crescimento.
O DEUS DA POLÍTICA É A CORRELAÇÃO DE FORÇAS.
Para esse autor o exercício da política é o exercício do poder do governante sobre o governado. Para tal é preciso que o governante compreenda que a sociedade estará sempre em conflito correlacionadas de duas forças antagônicas: entre os poderosos (almejam a dominação dos fracos para manter o poderio) e os fracos (aqueles que lutam para não serem dominado). Para Maquiavel cabe ao governante manter o equilíbrio ou a administração das forças antagônicas, ou seja, é preciso que os pobres (fracos) tenham seu espaço, todavia cabe também aos poderosos exercer a contraposição.
Não se deve conceder de uma vez por todas aquilo que é um bem! Para Maquiavel o conflito é útil e imprescindível à vida social. O conflito compreende o desenvolvimento da república e extirpa a estagnação do Estado. Quando se extingue o conflito impera o domínio de uma força contra a outra.	Comment by Samuka Brun: Ler: Capítulo: XXIV, XXV, XXVI.
No capítulo XXVI, Maquiavel revela seu real desejo: ver a unificação dos reinos itálicos, afim de dar estabilidade política, visto que a Itália compreendia naquele período reinos divididos, fator que os deixavam vulneráveis perante a guerras e perdas de territórios. A unificação fortaleceria a Península e formaria um estado Nacional reconhecido.	Comment by Samuka Brun: Cada qual com sua política interna, suas normas, seu exército... distintos, porém dentro da mesma península salvaguardavam a mesma herança cultural
OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS
Todo meio pode ser lícito quando o fim é um bem maior, no caso de Maquiavel o Estado. Para a manutenção e proteção do estado até mesmo a guerra pode ser positiva. Não há em Maquiavel uma moral a priori na esfera pública, na política, pois a política é dinâmica - ora é preciso ser mau, ora é preciso ser bom – as contingências históricas definem a necessidade da ação moral.
O homem não é um ser impelido a viver em sociedade (não é naturalmente social). O homem tende a divisão, a desunião, possuem interesses distintos. Entretanto o Estado só é possível por causa da vida em sociedade, portanto cabe a ele fazer as “proibições” necessárias para regular as ações humana. O homem só faz o bem coagido pela lei, e a maldade quando lhe convém. É necessário que o homem por si, controle seus instintos para a boa convivência. O distingue a maldade da bondade é o bem coletivo e não os interesses pessoais.
Há uma distância entre como se vive e como se deve viver. O político deve observar como as pessoas vivem. Não é prescrever regras de controle. É finalidade da ação política a manutenção do estado e não o acúmulo de riquezas. A ética da política é uma ética dos resultados – consequencialista – sempre será aquilo que é bom para a comunidade, a preservação da vida do súdito, nem que para isso seja usada a força (guerra, extermínios...). A política é o espaço das correlações de forças entre os grandes e os fracos. Na política não há espaço para afetividades. O príncipe precisa aprender a ser mal, agindo de acordo com as circunstancias.	Comment by Samuka Brun: Os que dominam, e os oprimidos; banqueiros e povo;Este é o conflito antagônico e saldável para a sociedade, ela é necessária para o desenvolvimento e preservação do estado. A guerra é útil em casos extremos para preservar uma nação, mas não para o desenvolvimento de um povo.	Comment by Samuka Brun: Como um leão e a como uma raposa: como leão pela força, lei, militarismo, medo... Como a raposa, ser astuto, atento aos embates; a raposa percebe o perigo e se desvia, foge!
O Estado não sobrevive sem a religião, por que a religião ensina a devoção, a obediênciaas leis, o patriotismo, a subordinação. A religião tem valor instrumental; útil ao estado. A ética cristã é um meio para a vivencia social, e não um fim maior. O fim maior é a preservação do estado por meio das capacidades formativas que a religião possui. 	Comment by Samuka Brun: A religião não é um fim em si mesma,
Maquiavel não propõe uma democracia, tal qual pensamos, mas um estado republicano, em que o povo participe, todavia, o povo não pode decidir. Maquiavel defende as ações excepcionais de um líder. É necessário que um grande homem haja no lugar do povo. O povo, contudo, tem força para depor, de modo que o líder deve sempre estar em favor do povo: o povo é mais forte que os grandes, pois é sempre um número maior de indivíduo.
Em que sentido Maquiavel faz uma ruptura com as concepções antigas e medievais de política?
Que relação existe entre virtú e fortuna na ação política do Príncipe?
Qual o papel da religião segundo Maquiavel?
Por que Maquiavel é considerado um dos fundadores do pensamento político moderno? 
Que relação existe entre ética e política em Maquiavel? A política e a ética cristã se excluem. A ação política forma para si uma nova ética (regras)
Como é possível entende o mito do maquiavelismo? Maquiavel era maquiavélico?
Qual é a atualidade ou a relevância do pensamento político de Maquiavel?
Maquiavel Republicano – Loyola 1981 – Newton Bignottto 
Gramisci – Maquiavel, a politica e o estado moderno – Civilização Brasileira 1978
 Lauro Escorel – Introdução ao pensamento político de Maquiavél – UNB 1979
Skinner – Maquiavel: pensamento político – Brasiliense 1988
Paul Larivaille – A Itália no tempo de Maquiavel: Florença e Roma – Cia da letras – 1988
João Ames – Maquiavel: A lógica da ação política – UNOESTE - 2002

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