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AULA NOME EMPRESARIAL

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Prévia do material em texto

iNSTmrros COMPLEMENTARES
J o local onde tiverem sucursais, filiais ou agências, sendo também obrigatória,
para todos os casos, a publicação em jornal de grande circulação, salvo
exceção expressa, publicações estas que deverão ser efetuadas antes do respec-
tivo registro e averbação no órgão de registro competente para cada caso.
Publicação dos atos:
Empresário e Sociedade brasileira:
• Órgão oficial da União ou do Estado (da sede do empresário ou
sociedade).
• Jornal de grande circulação.
Sociedade estrangeira:
• Órgão oficial da União ou do Estado (do local das sucursais, filiais ou
agências).
• Jornal de grande circulação na mesma região supra.
Ainda com relação à publicidade de atos, estabelece a lei empresarial,
com relação à convocação de sócios para realização da assembleia de sócios, a
necessidade de se publicar o anúncio de convocação no mínimo três vezes
conforme segue:
Publicidade de anúncio de convocação para realização de assembleia de
sócios - três vezes:
• Primeira publicação: observar o intervalo mínimo de oito dias antes da
segunda convocação.
• Segunda publicação: observar o intervalo mínimo de cinco dias da
terceira convocação.
• Terceira publicação: observar o intervalo mínimo de cinco dias antes
da realização da assembleia de sócios.
i
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y o^^^y
Nome Empresarial f v ^ ^
(arts. 1.155 a 1.168, CG/02) ~ £%
' i 6
^V
• '
31.1 DISPOSIÇÕES GERAIS
Àsemelhançaja. ^ ^
, comorefexggè"sua imagem,
um bem incorpóreo.
^ — , ____ . —O empresário e as sociedades deverão ndotar um dos tipos de nome
empresarial, observando as normas legais r a r a cada caso, objetivando
viabilizar o exercício da atividade empresarial.
31.2 PRINCÍPIOS A SEREM APLICADOS COM RELAÇÃO T» i
À CRIAÇÃO E ARQUIVAMENTO DE NOMES U
i EMPRESARIAIS J ^ ' ' '
Na composição do nome empresarial, devemos observar os seguintes
princípios: -uxvo
Princípio da novidade: i ao se criar um nome empresarial, deve-se atentar
para que ele seja "novo", atendendo ao princípio cia novidade.
~J H I! l f | J •
230 INSTITUTOS COMPLEMENTARES
Asjun arquivar e, em consequênciaerciais
nome
ante já
Base legal que ampara o princípio da novidade:(art. l. 163, capuye
parágrafo único do CG/02.
ualquerj:spé.cie,
[Princípio da veracidade^ aplicável à Jitnia individual ou firma social e
exige que a declaração que o nome representasqá\ef^«fâgdPrcaBeTnronmcão
- s— i—- ^ - J * ^ ^ ^ - ^ ^—" " ^ t ^ * - ^ . ^ . -— • *< -
ujociedade empresariaa que o nome se refere.
Ao se «instituir uma firma (individual ou social), o nome ou nomesciyig
que compoèm^êltè-Tlpo^cIèrnofhe eTnpresafm'1 dêvjlfí^CTjrealmerite dÕs^seus
da
sociedade. Não se pode_emprestar nome de outrem c
Qualquer, nem como homenagem, para compor este tipo de nome empresarial.
~ -- "-
Base legal que ampara o princípio da veracidade: arts 1.156,1.157,
§ 1a do art. 1.158 e 1.165, todos do CC/02.
Finalidade da aplicação dos princípios supra: . . , <^f^ Q^^
Coibiçãp^daconcorrência desleal. '"T *^^-y\j~rJ~J~'^
Preservação da reputação dos empresários perante fornecedores e
- ^-X^/TN^V-^— — * • • • — • - -*-"-*-^ -*-- -^=^^-^ -—
anciadores. "D.
O uso indevido do nome empresarial constitui crime de concorrência
desleal (LPI, art. 195, V), cabendo a responsabilização civil do usurpador
pelos danos derivados do desvio de clientela (LPI, art. 209).
j!
Ainda sobre este assunto, aquele que usa indevidamente nome em-
presarial estará, de alguma forma, prejudicando outrem, titular do direito.
A nova lei civil tutela este direito, dando ao prejudicado a prerrogativa de,
NOME EMPRESARIAL (ARTS.
a qualquer tempo, promover ação para anular a inscrição d
feita com violação da lei ou do contrato, conforme estabelece em sc^
1.167 (grifos nossos). j-
Assim, a proibição de arquivamento de nomes empresariais homófonos*
ou homógrafos,2 ou que não representam os sócios que compõem a sociedade,
é /aplicada pelas juntas comerciais, sob determinação e supervisão do DNRC.3
*-»
31.3 BUSCA PREVIA-
isco e que deverá ser requerido o arquivamento
do contrato social, ou do requerimento de empresário. Assim, serão evitados
prejuízos, perda de tempo e problemas futuros, pois, havendo colidência, o
nome empresarial terá que ser mudado, antes do arquivamento.
ie sede gara outro Estado, sejião_
Junt^Comerdal
rdejransferência pela Junta
concomífant6nlQQte""cóm a
**ir— _^^ T ^ — — - ' '^mr-*'—"^— .. — -~——. ~—*^- . •»-—. ^-- _^——— -^^ -"~
r\, novo requerimento pai~a mudança no nome empresarial.
31.4 TIPOS DE NOMES EMPRES
Há dois tipos de nomes empresariais rk firma e a denominação, cada um
com suas características próprias de constituição e utilização, podendo a firma
ser utilizada por empresário ou por sociedades (empresária e simples).
É comum o leigo confundir o termo firma com empresa, ou estabeleci-
mento comercial. Este hábito é derivado da origem desse tipo de nome empresa-
rial, já que antigamente era o único a ser adotado pelos antigos tipos societários
existentes à época. Alguns deles ainda não revogados, mas atualmente muito
1 Nome homófono: equivale àquele que tem grafia diferente, mas som idêntico ou
semelhante a outro já existente. Segundo o dicionário Aurélio, equivale a "vocábulo que tem o
mesmo som de outro com grafia e sentido diferente".
2 Nome homógrafo: equivale àquele que teir. grafia e sons idênticos ou semelhantes
a outro já existente.
3 DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio): órgão vinculado ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércir. E...:erior (aos quais as Juntas Comerciais
são subordinadas tecnicamente).
T
232 INSTITUTOS COMPLEMENTARES
pouco usados, tendo em vista a grande responsabilidade prevista para seus
sócios, como a so£ie^ad.e^£mjiojriecoletivo e
em cujo quadro societário contémso^rõTc^ffrr^spõnsabilidade ilimitada, garan-
tindo estes, com seus bens pessoais, as obrigações assumidas pela sociedade.
Atente-se que este vício de linguagem é uma falha técnica que não pode
ocorrer com o profissional da área.
Ainda com relação afirma, desde o primórdio de sua criação, este tipo de
nome empresarial era também chamado razão:
• razão individual como substituto de firma individual, utilizado pelo
empresário (antigo comerciante individual); e
• razão social, como substituto da firma social, utilizado pelas sociedades.
me
x^/
erma-
camente correio a ser
Tipos de nomes empresariais: •
• Firma individual: utilizado petaempresário irjdividijal.
• Firma social: utilizado por sociedade empresari. iedade
31.5 FORMA DE COMPOSIÇÃO DOS NOMES
EMPRESARIAIS EM GERAL
De acordo com cada tipo de nome empresarial, para sua composição,
devemos seguir uma estrutura convencionada por lei, atendendo sempre aos
princípios da veracidade e da novidade para efeitos de sua proteção junto ao
órgão registrário.
31.5.1 Firma individual
Firma individual é o "nome empresarial" que o empresário (antigo comer-
ciante individual) deverá adotar e g^r^^ompp^^rjor^seujnigjne^coriipletcijiu
>e quiser, designação mais precisa, de sua pessoa ou
NOME EMPRESARIAL (ARTS. 1.155 A l 168, CC/02) 233
Assim, o empresário, que é a pessoa física que se habilita a praticar
atividade empresarial regular e se registra na junta comercial para este fim,
utilizará seu nome civil por extenso ou abreviado.
Neste caso, não há que se falar em compor o nome empresarial com
qualquer elemento fantasia. O máximo que a lei permite é o aditamento, se
quiser (não é obrigatório), de alguma designação que faça com que o público
reconheça aquele nome civil como uma designação mais precisa de sua
pessoa, com a qual o empresário já é conhecido pelo público (apelido ou nomecomo é mais conhecido), ou de termo que designe o género de atividade.
oodejgr abrevj&dg_£jj]ltiiygjiíií}rer^^
constituem^c;bjT«efae^(.>aap_j)odem serãEr5-
_ % Sorjram^~6ltc?,Iqiie,indicam i
'de^paTwirSsCo":'
Sugere-se que seja requerida à Junta Comercial pesquisa (busca prévia)
sobre a existência anterior de registro do nome empresarial escolhido, para
evitar colidência e a consequente colocação do processo em exigência.
Havendo nome igual já registrado, o empresário deverá aditar ao nome
escolhido designação mais precisa de sua pessoa ou género de negócio que o
diferencie do outro já existente.
C A" f
Exemplo de firma individual: Marco António dos Santos Filho resol-
ve praticar atividade de ourives, como empresário. Ao compor seu nome
empresarial somente poderá adotar afirma individual, composta por seu
nome civil completo ou abreviado, com as seguintes opções:
Marco António dos Santos Filho, ou
M. António dos Santos Filho, ou
Marco A. dos Santos Filho, ou
Marco António dos Santos Filho, ourives
Marco António dos Santos Filho, o gordo.
Marco António dos Santos Filho, 444.555.656-10 (este último é
forma de diferenciação do nome empresarial utilizada geralmente quan-
do o nome civil é muito comum. O número do CPF ao final do nome torna
única a firma individual, atendendo ao princípio da novidade exigido
para proteção e arquivo na Junta Comercial).
Não é necessária a indicação de pontos nas abreviaturas; o uso,
entretanto, não invalida a informação.
Ex.: MA dos Santos Filho, ou
M. A. dos Santos Filho.
Je uma
234 INSTITUTOS COMPLEMENTARES
'
- «
*V
1,
31.5.2 Firma social '"" ^ /oerVvJL- \^^ ^ c^^^
^j Eirma-sgcial é o npme,_empresarial adjotadQjJGi^ociedades, que, como
] regra geral, s^rjí^ídQjpasíQjr^ ífidoi osjsóçios
societáj
— * ,^ -..^ -í^ !....—,
sócios ocultos na con-
companhia, poFjextenspTeyjLlKevia^^£CÍ&p^SlPre ap-final. Portanto, se em
uina~fiffnaleãaTconter o termo & Cia. (por extenso ou abreviado), significa
que naquela sociedade há outros sócios, além dos que compõem o nome
empresarial em referência.
Conforme já analisado, com exceção da sociedade de capital e indústria,
o Código Civil de 2002 não aboliu os antigos tipos societários que têm em seu
quadro societário sócios com responsabilidade solidária e ilimitada pelas
obrigações sociais contraídas.
Esses tipos societários somente poderão adotar como nome empresarial a
firma social e será composto pelo nome de um ou alguns sócios com responsa-
bilidade ilimitada. O sócio que, em contrapartida, assumir responsabilidade
limitada não pode configurar na firma social, que, neste caso, terá a expressão
e companhia, ou sua abreviatura, ao final.
E se constar nome de sócio com responsabilidade limitada, na
"~|^ :omposição de firma social nos tipos societários supra referidos?
A consequência é que ficam solidária e ilimitadamente responsáveis
pelas obrigações contraídas pela sociedade, em igualdade de condições
com os demais sócios que assumiram responsabilidade ilimitada.
31.5.3 Denominação -
.A^jáejiominjjcjíç^ampipa^iejyjm^
apde.ser mais bem_trabalhado em termos de marketing_e captaç"" J~
Tté7ãdoquãncTó~õcorrer
rHéTs<5ãóTaí
É permitido constar da denominação^ o nome do fundador, ou de urinou
mais sócios ou acionistas, sendo encarado tal ato como uma homenagem, e
que não incorrerá em obrigatoriedade de alteração da denominação quando
esta pessoa falecer, for excluída ou se retirar da sociedade.
NOME EMPRESARIAL (ARTS. 1.155 A 1.158, CC/02) 235
Um exemplo grandemente difundido sobre este assunto é o caso de
ienry Ford, cujo nome civil foi utilizado pela fábrica de automóveis criada por
ele, a Ford Motor Company do Brasil Ltda. Mesmo já falecido, Henry Ford
continua sendo homenageado e seu nome consta na denominação que não
necessitou ser alterada pelo fato de seu fundador já não mais pertencer ao
quadro societário da fábrica de veículos da marca Ford.
A Lei 10.406, de 10/1/2002, em vigor desde 11/1/2003, alterou um dado •
importante sobre a composição da denominação que é a obrigatoriedade de
constar neste nome empresarial o objeto da sociedade. Pela legislação que antes
regulamentava esta matéria, este dado era opcional, e a sociedade, se quisesse,
poderia aditar à denominação o objeto da sociedade.
Assim, ao se aplicar a nova lei sobre este assunto, a sociedade que adota\o nome empresarial uma denominação composta nos moldes antigos e
que nela não consta o objeto da sociedade terá que adequar-se à nova
imposição legal e promover a devida alteração.
Atual composição da denominação:
Objeto social 4- elemento fantasia + tipo societário
31.5.4 Nome empresarial de microempresa e de
empresa de pequeno porte
As regras para a composição do nome empresarial das microempresas
e empresas de pequeno porte são as mesmas direcionadas para o tipo
societário adotado.
Após sua inscrição, com o respectivo arquivamento do contrato e poste-
rior ao enquadramento pela Junta Comercial na condição de microempresa ou
empresa de pequeno porte, deverão aditar ao nonie empresarial a expressão
ME ou MICROEMPRESA e EPP ou EMPRESA DE PEQUENO PORTE.
31.6 FORMAS DE COMPOSIÇÃO DO NOME EMPRESARIAL,
^m C ], , DE ACORDO COM OS VÁRIOS TIPOS SOCIETÁRIOS
Diz o art. 1.157 do CC/02:
"A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada
operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figu-
rar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão 'e
companhia' ou sua abreviatura."
236 INSTITUTOS COMPLEMENTARES
Vejamos os casos aplicáveis ao artigo, conforme itens a seguir:
31.6.1 Composição de nome empresarial da "sociedade
em nome coletivo"
y Na sociedade em nome coletivo, todos os sócios têm responsabilidade
solidária e ilimitada pelas obrigações sociais; portanto, todos podem empres-
tar seu nome civil para compor o nome empresarial, que será obrigatoriamente
a "firma social".
Assim, a|firma sócia/da sociedade em nome coletivo poderá conter urrum^
jais nomes dequalqúérum d£S jócic^Serestarem ainda sócios cujos_nomes
^ ~ -íõm£^í^rêsãnSr^^^_^^^^^^SS^-^^£^
nhuTou sulTafófiv
—•—.—•—•—•
Exemplos de firma social de uma sociedade em nome coletivo composta
por três sócios: Fernando Silva, Joaquim Pereira e Manoel Santos.
Fernando & Cia.
Joaquim, Manoel e Companhia
Joaquim, Manoel e Fernando
^^
í- t-^*--'^^*^"^
Note-se que somente pela firma social não é possível detectar-se qual o
tipo societário adotado por esta sociedade. Neste caso, temos que nos reportar
ao contrato social. O mesmo ocorrerá com a sociedade em comandita simples
abaixo analisada.
31.6.2 Composição de nome empresarial da "sociedade
em comandita simples"
Há neste tipo societário duas categorias de sócios:
• Sócio comanditado: com responsabilidade solidária e ilimitada
pelas obrigações sociais.
• Sócio çomanditário: com responsabilidade limitada ao valor de
sua quota.
Aplicando-se o disposto no art. 1.157 do CC/02, esse tipo societário
somente poderá adotar como nome empresarial a Jírma sodáj. Para sua
composição, devemos escolher o nome civil de um ou jnais sócios
comanditado^já que somente eles têm responsabilidade ilimitada.
NOME EMPRESARIAL (ARTS. 1.155 A 1.: :S, CC/02) 237
Neste caso, será obrigatório o uso da expressão e companhia ou sua
abreviatura, representandoos sóciosõ5maTtàíi"árí6s~!
Exemplos de firma social de uma sociedade em comandita simples:
Sócios comanditados: João Ferreira e José Fernandes
Sócios comanditários: Pedro Lopez e Peter Linhares
João Ferreira & Companhia
José Fernandes e Companhia
João Ferreira, José Fernandes & Cia.
Lembramos que, se qualquer um dos sócio? comanditários emprestar seu
nome civil para compor a firma social, sofrerá a consequência de responder de
forma solidária e ilimitada pelas obrigações sociais, como se fosse sócio
comanditado.
31.6.3Nome empresarial da "sociedade em conta de
n •> participação"
A sociedade em conta de participação é um tipo societário despersonificado,
conforme regulamentos contidos nos arte. 986 a 996 do CC/02 já analisados.
Assim, não pode adotar nenhum tipo de nome empresarial. Prevê o art.
1.162 do CC/02 que: "a sociedade em conta de participação não pode ter firma
ou denominação".
Considerada pela nova lei civil como uma ''sociedade não personificada",
contém dois tipos de sócios: o sócio ostensivo (somente ele utiliza seu nome civil
para contrair obrigações perante terceiros) e o sócio oculto, também chamado
pela nova lei civil como "sócio participante'' (este tipo de sócio não aparece
perante terceiros; só tem responsabilidade perante o quadro societário).
31.6.4 Composição de nome empresarial da "sociedade
limitada"
O art. 1.158 do CC/02 permite à sociedade limitada adotar firma ou
denominação, devendo ao final do nome empresarial escolhido constar a
expressão limitada ou sua abreviatura.
A esroiha de um tipo de nome exclui a op.:ão pelo outro.
238 INSTITUTOS COMPLEMENTARES
Se adotar prma saciai! será composta comj) nome dg_uin_gu jnais sócios,
desde que pessoas físicas; nSS~~põàsnSo
jurídica na composição deste nome empresarial.
Se adotaridenominaçao] terá obrigatoriamente que designar o objeto sócia!,
sendo permitido nelJTTTgTlrar o nome de um ou mais sócios (pessoa física)
como uma homenagem. Esta é uma alteração da Lei n210.406, de 10/1/2002,
uma vez que a legislação anterior regulamentava que a atividade ou objeto
social era opcional na composição da denominação, o que fará com que as
sociedades que adotam a denominação como nome empresarial e que optaram
pela não-utilização do termo designativo do objeto social, a partir da vigência
do novo Código Civil, terão que efetuar a devida adequação.
De qualquer forma, utilizando-se a sociedade limitada de uma firma
social ou denominação, o novo Código Civil deu continuidade ao regramento
preexistente determinando, em um ou outro caso, que a palavra limitada ou
sua abreviatura deve ser aditada ao final do nome empjresarial.
A_'?)2___Suaomissão determina a [responsabilidade solidária e i'ljmitad,a dos admL^
(-$ri? \u'stradorè\o é, a cobrança de responsabilidade dos administradores deste
\j/ tipo societário será semelhante à responsabilidade dos sócios da sociedade em
nome coletivo (§ 32 do art. 1.158, CC/02).
V
A omissão da palavra limitada ou sua abreviatura ao final do nome
empresarial de uma sociedade limitada determina a responsabilidade
solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma
ou a denominação da sociedade.
Exemplo de nome empresarial de uma sociedade limitada:
Atividade social: indústria e comércio de massas alimentícias.
Sócios quotistas administradores: João Ferreira e José Fernandes
Sócios quotistas simples: Pedro Lopez e Peter Lanhares
Firma social:
Ferreira & Companhia Ltda.
Fernandes e Companhia Ltda.
Ferreira, Fernandes & Cia. Ltda.
Denominação:
Massas Alimentícias Saúde Ltda.
Fernandes Alimentos Ltda.
Indústria e Comércio de Massas Alimentícias Itália Ltda.
NOME EMPRESARIAL (ARTS. 1.155 .\, CC/02) 239
31.6.5 Composição de nome empresarial da
"sociedade anónima"
Seguindo o art. l l-fin jjp CC/02, continua obrigatória para a sociedade
anónima a adoção da bffiomingção) como nome empresarial, porém agora
integrando-se a este tipo de nome empresarial elemento que designe a ativi-
dade empresarial.
Composição obrigatória da denominação de uma sociedade anónima:
• Expressão designativa do objeto sociaí (por extenso ou abrevia-
damente) .
• Expressão designativa do tipo societário (por extenso ou abrevia-
damente) :
- "Sociedade Anónima" - "S.A."; ou Q^^Ç-fD SOCI^^- "Í"""
- "Companhia" - "Cia.".
\o usar uma ou outra expressão designativa do tipo
societário? - A escolha de uma exclui a possibilidade de uso da
outra expressão:
ao^SA., por extenso ou abreviado, usa-sejip i^ncigjHijzp
Jo nome eriTt
Ter
noyfmcSj do nome.
Composição facultativa da denominação de uma sociedade anónima:
Além dos itens obrigatórios supramencionados, a sociedade anónima
pode, se quiser, acrescentar na denominação:
• De acordo com o parágrafo único do art. 1.160 do CC/02, continua a
opção de constar da denominação o nome do fundador, acionista,, ou
pessoa que haja concorrido para o bom êxito da empresa. Neste
caso, o nome civil constante da denominação figurará como simples
elemento fantasia em homenagem ao seu representante.
" Pode-se livremente utilizar uni demento fantasia para cornput a
denominação.
240 iMSTrruros COMPLEMENTARES
Uso correto de denominação da sociedade anónima:
• Saber Livros Técnicos S.A.
• Sociedade Anónima Saber Livros Técnicos.
• Construtora Pedro Valente S.A.
• Padaria e Confeitaria Saúde & Sabor Sociedade Anónima.
• Plantar Reflorestamentos S.A.
• Cia. Siderúrgica Belgo Mineira.
• Companhia Siderúrgica Pains.
31.6.6 Composição de nome empresarial da "sociedade
em comandita por ações"
dade em Comandita por Ações pode optar porj/irmc^sodap ou
| denominação)
Para um melhor entendimento sobre a composição do nome empresarial
deste tipo societário, reportamos-nos à Lei das Sociedades por Ações (Lei na
6.404, de 1976) em seu art. 281, que estabelece a opção de escolha para nome
empresarial da sociedade em comandita por ações, na seguinte forma:
Firma social, da qual só farão parte os nomes dos sócios diretores ou
gerentes; uma vez que somente eles serão solidária e ilimitadamente
^responsáveis pelas obrigações sociais, alertando que, aqueles que, por
seus nomes, figurarem na firma social, ficam ilimitada e solidaria-
mente responsáveis pelas obrigações sociais. Daí se conclui que, em
caso de qualquer outro sócio não gerente que emprestar seu nome civil
para a composição da firma social, assumirá este tipo de responsa-
bilidade, em igualdade de condições com o sócio diretor ou gerente.
De acordo com o parágrafo único do art. 281 da Lei das Sociedades por
Ações, também a firma social deverá aditar, ao seu final, a expressão que mostra
• o tipo societário, ou seja: comandita por ações, por extenso ou abreviadamente.
• Denominação: conforme o art. 1.161 do CC/02, a sociedade em
comandita por ações pode, em lugar da firma social, adotar deno-
minação. Preocupou-se o legislador, mais uma vez, de ressaltar a
obrigatoriedade do uso de expressão designativa do objeto social
e da expressão comandita por ações.
De resto, em qualquer caso, aplicam-se as regras já vistas para a compo-
sição do nome empresarial escolhido.
NOME EMPRESARIAL (ARTS. 1.155 A 1.168, CC/02) 241
Exemplos de nome empresarial de sociedade em comandita por ações:
Firma social
Denominação com
homenagem ao
fundador
Denominação com
elemento fantasia
Pedro Valente & Companhia Comandita por Ações
Construtora Pedro Valente Comandita por Ações
Natureza Reflorestamentos Comandita por Ações
31.6.7 Composição de nome empresarial da "sociedade
jP> cooperativa" ^ ^ ^vw^o cLc-<>\(^\jP\r tipo de cooperativa deverá adotar como nome empresarial uma
ienominoçõj? que deverá vir integrada com o termo cooperativa, conforme o
aTrrrT59do CC/02.
omposição da denominaç
itar sua sigla parVefeinyaeTír^eçãjJjuatoj^^ (que
ocorrera poroíasíae-tíe suatnscriçao na Junta Comercial).
Este cuidado resultará na proteção da sigla, como parte integrante do
nome, pois, se considerada como título do estabelecimento, como simples
elemento fantasia em separado da denominação, resultaria na consequência
da falta de tutela com relação à sua proteção.
Exemplo de denominação de uma sociedade cooperativa:
Coopercal-BH Cooperativa de Produção de Calçados de Belo Horizonte Ltda.
Unimed Divinópolis Cooperativa de Trabalho Médico Ltda.
O
31.7 ALTERAÇÃO OBRIGATÓRIA DE NOMES
EMPRESARIAIS
31.7.1 Alteração de firma social ,^7Atendendo ao princípio da veracidade, a sociedade que adotar como nome
empresarial a firma social terá que alterá-lo toda vê? que , ^
tou seu nome civil para comoor esíe nome empresarial, se retirar da sociedade
•^r~r^~^^~ —
• (falecimento,
242 INSTITUTOS COMPLEMENTARES
Isto porque somente podem compor a firma social nomes civis de sócios
que realmente pertencem ao quadro societário, em conformidade com o art.
1.165 do CC/02.
A consequência pela não-alteração da firma social, como também a sua
não-averbação no órgão de registro, é a continuidade da cobrança de respon-
sabilidade do sócio que compunha o nome empresarial, como se ainda per-
tencesse ao quadro societário. O mesmo procedimento se aplica também aos
herdeiros do sócio falecido quando o caso for de morte do sócio.
Enquanto não se efetivar a alteração do nome empresarial com o
devido arquivamento na Junta Comercial, os sócios antigos, cujos nomes
constavam no nome empresarial antigo, ainda não alterado, continuarão
respondendo pélas obrigações contraídas pelos novos sócios perante terceiros.
Esta responsabilidade cessará com o arquivamento na Junta do novo
nome comercial adotado pelos novos sócios.
31.7.2 Alteração do nome empresarial pela
transformação de tipo societário
Em virtude da transformação de tipo societário, torna-se obrigatória a
alteração do nome empresarial quando, para sua composição, a legislação exige
colocar-se um termo que designe o tipo societário, como parte do nome empresarial.
Um exemplo típico e muito praticado é o da transformação de uma
sociedade limitada (antiga sociedade por quotas de responsabilidade limi-
tada), que passa a adotar como tipo societário a sociedade anónima, ou vice-
versa. A obrigatoriedade de alteração do nome ocorre mesmo em se tratando
de denominação, uma vez que nestes tipos societários é obrigatório colocar-se
o termo que designe o tipo societário adotado integrando o nome empresarial.
31.7.3 Alteração tendo em vista a proteção de nome
empresarial
Sempre que ocorrer hipóteses que ferem o direito de proteção de outro
nome anteriormente registrado, a alteração do nome empresarial de registro
posterior torna-se obrigatória, por imposição legal.
De aço-do com o ãrt. 1.167 do CC/02, "cabe ao prejudicado, a
qualquer tffinpo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita
cora violação da. lei ou do contrato".
NOME EMPRESARIAL (ARTS. 1.155 A 1.168, CC/02) 243
31.7.4 Alteração tendo em vista a venda de nome
empresarial
O art. 1.164 do CC/02 veda a alienação do nome empresarial, declarando
que, em caso de alienação integral do estabelecimento, e permitindo o contrato,
o adquirente poderá usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com
a qualificação de sucessor.
Este regramento era antes somente aplicado para firma social; a nova lei
agora, ao regulamentar sobre a matéria, determina a vedação para o "nome
empresarial", donde se concluir sua aplicação atual para qualquer tipo de
nome empresarial, seja firma ou denominação.
Analisando a lei anterior, a proibição era embasada no fato de a venda da
firma social atentar contra o princípio da veracidade, uma vez que outra pessoa
jurídica, adquirente do estabelecimento, composta por outro quadro societário, já
não mais representa o quadro societário que deu origem à firma social adquirida.
Portanto, perfeitamente acolhida a tese de que a utilização do nome
empresarial do adquirente deveria ser precedida ao da firma social recém-
adquirida, como meio de não se perder a antiga clientela.
Assim, o adquirente José Lopez & Cia. Ltda. passa a adotar como nome
empresarial o seu próprio nome, seguido da expressão sucessor de + a antiga
firma social: José Alfredo & Companhia Ltda.
José Lopes & Cia. Ltda., sucessor de José Alfredo & Companhia Ltda.
Como vimos, agora esta hipótese aplica-se a qualquer tipo de nome empre-
sarial (veja análise da seção 29.1, referente aos arts. 1.142 a 1.149 do CC/02).
Agora, torna-se necessário conter no contrato a permissão para o uso
do nome empresarial do alienante do estabelecimento, em cuja venda inclua o
nome empresarial. Em caso de não haver permissão em contrato e, mesmo
assim, o adquirente fizer uso do antigo nome empresarial do estabelecimento,
cabe ação de anulação de inscrição do nome empresarial com o objetivo de
impedir seu uso incorreto, a ser impetrada pelo prejudicado, a qualquer
tempo, conforme o art. 1.167 do Código Civil de 2002.
31.8 PROTEÇÃO AO NOME EMPRESARIAL
31.8.1 Disposições gerais %
Para o exercício de atividade regular, tanto o empresário individual quanto
as sociedades em geral devem providenciar sua inscrição no registro próprio
dentro de um prazo máximo de 30 dias contados da lavratura dos respectivos
atos de constituição, conforme prescreve o § l s do art. 1.151 do CC/02.
r
;
244 INSTITUTOS COMPLEMENTARES
A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquiva-
mento dos atos constitutivos da firma individual (empresário) e de sociedades,
ou de alterações dos respectivos atos constitutivos, no órgão de registro.
Assim, ao se arquivarem os documentos próprios na Junta Comercial,
automaticamente o empresário passa a contar com a proteção do direito de
exclusividade ao uso do nome, proteção esta que se dá em âmbito estadual.
Caso o interessado pretenda a proteção do nome empresarial em outros
Estados, de que fala o parágrafo único do art. 1.166 do CC/02, deverá
requerer da Junta que arquivou o ato constitutivo ou alteração que deu origem
à proteção ao nome uma certidão com os dados essenciais do registro com o
objetivo de ser arquivado também nas juntas comerciais dos Estados escolhi-
dos para atuação do empresário ou sociedade empresária. Somente após o
arquivamento deste documento é que se estenderá a proteção aos Estados em
cujas juntas comerciais ocorreu tal arquivamento.
Em caso de filial o procedimento é o do arquivamento do contrato social
que deu origem à filial, com procedimento idêntico ao do registro da sede.
Tendo em vista o pressuposto de que quem registra primeiro é o titular do
direito ao uso e proteção do nome empresarial regularmente inscrito, se outro
empresário ou sociedade estiver causando-lhe prejuízos com o uso indevido de
nome empresarial, a legislação civil permite ao prejudicado, a qualquer tempo,
promover ação para anular a inscrição de nome empresarial feita com violação
da lei ou do contrato, de acordo com o art. 1.167, CC/02.
Assim, a anulação será efetivada via judicial, em caso de uso
indevido de nome empresarial, por outrem.
31.8.2 Comparação relacionada à proteção de nome
empresarial x marca x título
Nome
empresarial
Marca
Título
Identifica o sujeito que explora a atividade empresarial.
Está ligado à personalidade de quem ele representa e é
elemento identificador da atividade empresarial.
Identifica o produto ou serviços
empresarial.
resultantes da atividade
Elemento fantasia pelo qual o estabelecimento é conhe-
cido pelo público.
Quanto às marcas, a proteção ocorrerá após o registro no Instituto
Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em âmbito nacional. Cabe ao INPI o
registro e a proteção de marcas, patentes, elemento fantasia ou título.
NOME EMPRESARIAL (ARTS. 1.155 A 1.158, CC/02) 245
O rítuío (nome fantasia) constante no contrato social e formulários da
Junta Comercial está ali registrado só para constar, tendo efeito de compilação
de dados, pois não recebe proteção deste óreão registrário. A Junta protege
tão-somente o nome empresarial, cabendo ao INPI a proteção do título, que
representa um elemento fantasia através do qual o empresário ou a sociedade
é conhecida perante o público e sua clientela.
Assim vigora a proteção:
Órgão registrado:
Junta
INPI
protege o nome empresarial.
protege a marca e o título.
Âmbito territorial da tutela:
Junta
INPI
âmbito estadualNota: O nome registrado na Junta tem proteção estadual. Para
estender a tutela em todo o país, o empresário deverá provi-
denciar o "pedido de proteção ao ijme empresarial", nas Juntas
dos demais Estados (IN.DNRC, ne 53, art. 13, §§ 1a e 2a).
âmbito nacional
Prazo de duração da proteção dos registros:
Do nome:
Da marca:
vigora por tempo indeterminado enquanto a sociedade esti-
ver em funcionamento regular.
A declaração de inatividade da empresa pode importar na
extinção do direito ao nome empresarial contra a vontade de
seu titular (art. 60, § 1a, final, da Lei na 8.934/1994).
10 anos se não solicitada a prorrogação.
Âmbito material da tutela:
Nome:
Marca:
é protegido independentemente do ramo de atividade econó-
mica a que se dedica o empresário (intuito de preservar a
reputação da empresa. Ex.: o protesto do nome de um pode
prejudicar o crédito do outro com nome igual ou semelhante.
Este prejuízo independe da atividade, do ramo de negócio).
tem sua proteção restrita à classe dos produtos ou serviços em
que se encontra registrada pelo IM?I - salvo a marca de alto
renome, que tem proteção especial e abrange todas as classes.
246 INSTITUTOS COMPLEMENTARES
31.8.3 Critério da anterioridade quanto aos conflitos
relacionados à proteção
Quando se discute quem tem direito ao uso e proteção:
Conflito: Nome versas Nome ou Marca versus Marca:
Quem registra primeiro é o dono, titular da proteção.
Conflito: Nome versus Marca:
Se o registro do nome na Junta é anterior ao da marca no INPI:
A legislação é omissa. A jurisprudência tem dado ganho de causa à
tutela da marca em detrimento à do nome, mesmo quando o registro
deste é anterior.
Exige-se, porém, que o titular da marca e o do nome colidentes
operem no mesmo segmento de mercado (princípio da especialidade),
salvo se a marca for de alto renome (neste caso, a proteção se estende a
todos os segmentos).
31.9 CANCELAMENTO DO NOME EMPRESARIAL JÁ
REGISTRADO
Já o cancelamento regular da inscrição do nome empresarial será efetuado
quando cessar o exercício da atividade empresarial ou quando ocorrer a liqui-
dação da sociedade, com sua respectiva extinção, mediante requerimento de
qualquer interessado, em conformidade com o art. 1.168 do Código Civil/02.
Neste caso, o cancelamento será efetivado extrajudicialmente, me-
diante requerimento de qualquer interessado junto ao órgão registrário,
provando uma das duas hipóteses supra-referidas.
L
32
Prepostos
32.1 DISPOSIÇÕES GERAIS (ARTS. 1.169 A 1.171, CC/02)
A figura do preposto é muito comum no efetivo exercício de atividades
empresariais.
Considera-se preposto aquela pessoa que dirige um serviço ou um ne-
gócio, por delegação da pessoa competente, denominada preponente, através
de outorga de poderes.
São características do preposto:
• Pratica atos em nome do preponente, podendo representá-lo judicial
e extrajudicialmente.
• Seus poderes são limitados em documento apartado, e que lhe
foram outorgados pelo preponente. Tais documentos podem ser
uma procuração, contrato ou carta de preposição, esta última muito
usada em processos trabalhistas.
O preponente, ao transmitir poderes ao preposto, o faz com base num elo
de confiança nele depositada. Assim, o preposto representa pessoa de con-
fiança do preponente. Este último, em âmbito empresarial, poderá ser o
empresário individual ou a sociedade. Enquanto atua como preposto, gera o
efeito de adquirir direitos e contrair obrigações como se fosse o próprio prepo-
nente, que responde pelos atos praticados peio preposto, nesta qualidade.

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