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Homeostase da glicose e do Fígado
O fígado é importante para manter a homeostase da glicose Photo Credit Hemera / AbleStock.com / Getty Images 
Homeostase da glucose no sangue é um importante processo biológico que envolve uma variedade de mecanismos. Os músculos, rins e fígado todos têm funções importantes na regulação da glicose. O fígado é especialmente importante para a sua capacidade de armazenar glicogênio e evitar baixa glicose no sangue. 
Importância da homeostase da glicose 
A manutenção de glucose no sangue dentro do intervalo normal é referida como a homeostase da glucose. Seu cérebro e do sistema nervoso depende unicamente de glicose como combustível e requerem um fornecimento constante de glicose em todos os momentos. É fundamental que a sua concentração de glicose no sangue permanece dentro da faixa de 70 a 110 mg / dL para abastecer o seu cérebro e do sistema nervoso com o combustível adequado. Baixa glicose no sangue pode levar a sintomas como tontura ou falta de concentração, que, ao longo do tempo, a glicemia elevada pode danificar os vasos sanguíneos e nervos. 
Papel do fígado 
O fígado desempenha um papel fundamental na homeostase da glicose do sangue. Após uma refeição, quando é elevado de glicose no sangue, o fígado tem a capacidade de remover a glicose do sangue e armazená-lo como parte de uma molécula chamada glicogénio. Entre as refeições, como glicose no sangue começa a declinar, o fígado pode fazer nova para liberar glicose no sangue. Hormônios, como a insulina e glucagon, regulam estes processos homeostáticos. 
Glicogênio hepático
Em seu corpo, o glicogênio serve como a molécula de armazenamento de glicose. A glicose é armazenada como glicogênio quando as concentrações de glicose no sangue exceder a demanda de energia. O glicogênio é encontrada principalmente no fígado, mas é encontrada em pequenas quantidades em seus músculos. O glicogénio pode ser sintetizado, ou repartidas, de acordo com as necessidades do seu corpo. A insulina dirige a síntese de glicogênio, ajudando assim a reduzir a glicose no sangue elevados. Em resposta ao hormônio glucagon, armazenados glicogênio do fígado pode ser dividido e liberada no sangue para ajudar a aumentar a glicose no sangue. 
Gluconeogenesis 
Para além da degradação do glicogénio, num esforço para aumentar a glucose no sangue, o fígado participa num outro processo chamado a gluconeogénese, a qual é a síntese de novas moléculas de glicose a partir de outras substâncias tais como o ácido láctico e ácidos aminados. Gluconeogenesis é importante para prevenir a hipoglicemia durante os períodos de jejum. Semelhante à quebra do glicogênio, gluconeogenesis também é estimulada pelo hormônio glucagon. Em conjunto, os processos de síntese de glicogénio e desagregação e gluconeogénese no fígado ajuda a manter a homeostase da glucose. 
A importância da glicose
Os cientistas sabem como sua molécula é formada e o que ela faz, mas, surpreendentemente, ainda não conseguiram sintetizá-la em laboratório. Apenas as plantas podem fabricar glicose por meio da mistura mágica de luz do Sol, água e outros elementos, transferindo essa energia para outras criaturas através da cadeia alimentar. Quando comemos, o corpo “quebra” os alimentos em componentes menores e mais simples, que passam pelo intestino delgado e vão para a corrente sanguínea. Quando chegam ao sangue, esses nutrientes são transportados para as células de todo o corpo.
 
Alimentos diferentes são quebrados em tipos diferentes de nutrientes. A proteína desdobra-se em aminoácidos, em geral utilizados para a criação e o reparo dos tecidos. A gordura desdobra-se em ácidos graxos, que são armazenados principalmente como reservas de energia. Os carboidratos (incluindo pães e massas, até frutas, legumes e verduras) desdobram-se principalmente em glicose, usada quase imediatamente como energia. Para se sentir bem, é preciso glicose suficiente em suas células o tempo todo.
Se o açúcar é importante fonte de energia, por que faz mal para a saúde?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) determinou que o consumo diário de açúcar deve diminuir significativamente. Adultos e crianças devem consumir no máximo 50 g por dia ou, idealmente, 25 g por dia, o que significa, aproximadamente, 2 colheres de sopa OU 6 colheres de chá não cheias de açúcar. 
 
Há vários tipos de açúcar: sacarose, o mais conhecido, e que comumente utilizamos no dia a dia; a frutose, que está nas frutas, e a lactose, que vem do leite. Na recomendação da OMS não se incluem, na conta diária, o açúcar proveniente das frutas nem do leite. 
Quando ingerimos estes açúcares, a digestão os transforma em glicose, que é o principal combustível das células. Nosso cérebro, por exemplo, não vive mais de 5 minutos sem glicose. É o seu combustível essencial. Quando falta glicose no sangue, apresentamos os desagradáveis sintomas de hipoglicemia: tremedeira, suor frio, tonturas, enjoo, moleza, sensação de desmaio ou até o desmaio propriamente dito. Recém nascidos sem glicose podem até ter uma crise convulsiva.  
O açúcar, portanto, é essencial à vida. Por isso, vale de novo a pergunta: então por que a OMS nos manda restringir o uso de açúcar a uma quantidade mínima?
Simples assim: porque não é o açúcar que faz mal. É a quantidade que ingerimos que, em excesso, prejudica a saúde. A ingestão média de açúcar dos brasileiros está em torno de 150 g por dia. Isso é muito. O ideal, como já dissemos, situa-se abaixo de 50 g por dia, ou seja, um terço do consumo médio. Idealmente,  deveríamos consumir um sexto do consumo diário médio, o equivalente a 25 g. 
 
Vamos entender quais são os efeitos deletérios do açúcar em excesso no organismo.
Comemos um bolo, por exemplo. O açúcar é digerido, transforma-se em glicose que, por sua vez, entra na corrente sanguínea. Muito bem. Só que de nada adianta ficar circulando pelo sangue, ela precisa entrar nas células para agir. Quem “abre as portas” das células para a glicose é a insulina, hormônio liberado pelo pâncreas. 
Muita ingestão de glicose, muita produção de insulina. Glicose em excesso, insulina em excesso. Resultado: aumentamos excessiva e desnecessariamente de peso, o que compromete várias funções do organismo e, mais que isso, passamos a desenvolver uma certa resistência à insulina.
Assim, precisamos cada vez de mais insulina para guardar a glicose que continua chegando, conforme continuamos a consumi-la. Em algum tempo, a chance de desenvolvermos diabetes é muito grande. Obesidade e diabetes caminham juntas com várias outras morbidades, como hipertensão e doenças cardiovasculares, que, juntas, deterioram a qualidade de vida de todas as pessoas.
 
Por isso, está certíssima a OMS em determinar a diminuição da ingestão diária de açúcar, para todas as pessoas, desde crianças pequenas. 
Fique atento, pois o problema não é o açúcar que colocamos no café, no leite ou no bolo. É o açúcar que NÃO vemos e que está embutido em alimentos como massas, pães, bolachas, ketchup, refrigerantes e tantos outros. Preste atenção nos rótulos e faça as contas.
Não pense que adoçar seus alimentos hoje é garantia de uma doce vida no futuro!

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