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RESUMO G1 E G2 DE PROCESSO CIVIL I

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1 
 
 
Roberta Pacheco Minossi Professor Francisco B. Motta 
15100019 
PROCESSO CIVIL 1 
 RESUMO 
 
FASES METODOLÓGICAS DO PROCESSO 
 
1. Praxismo: Há uma confusão entre o direito material e o direito processual. O 
direito processual não é um ramo autônomo do direito. 
 
2. Processualismo científico: O direito processual começa a ser visto como um 
ramo autônomo do direito. Possuía autonomia científica. 
3. Instrumentalidade do processo: Resposta à fase 2. O direito processual não 
é a forma de idealização do direito material, mas o instrumento de realização deste. 
É um instrumento da jurisdição. O processo é um método técnico para aquilo que 
o direito material promete ser concretizado. É uma atividade do juiz. 
 
4. Neoprocessualismo: Relação entre processo e Constituição. CF no topo 
normativo, interpretação construtiva do juiz, ênfase nos direito fundamentais. 
CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO: Neoconstitucionalismo. Possui 
três novas teorias: 
a) Nova teoria das fontes - A fonte é a Constituição. A Constituição tem caráter 
transformador da sociedade. Tudo deve estar de acordo com a Constituição, e nada 
pode ir contra ela. 
b) Nova teoria da interpretação - texto ≠ norma. O juiz tem um papel criativo, 
para os casos em que a lei não se encaixa perfeitamente no caso concreto. 
c) Nova teoria da norma - caráter normativo, que engloba tanto regras quando 
princípios (abaixo). 
 
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
O Estado não pode, por exemplo, desapropriar uma propriedade sem antes abrir 
um processo, de acordo com a própria CF. Processo conforme o direito. 
Citação válida; Ampla defesa; Juiz imparcial. 
 
Ex: Caso Dred Scott. 
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO 
 
Possui dupla dimensão: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formal Material 
Bilateralidade de audiência. Vedação a julgamento de 
surpresa e garantia de influência. 
 
 
 
2 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL 
 
Idéia de que as relações jurídicas sejam pautadas pela boa-fé. Direito de exigir 
e dever de agir em conformidade com a boa fé. Todas as partes (autor, réu e juiz) 
têm o dever de agir em conformidade com a boa fé. 
Fonte normativa: devido processo legal, igualdade e solidariedade. 
 Vedação à má-fé subjetiva – falsear as verdades da causa; 
 Vedação ao abuso de direito; 
 Vedação ao comportamento contraditório - exercício de uma situação em 
desconformidade com um comportamento anterior que gerou uma 
expectativa; 
 Supressio – perda de um poder pelo seu não exercício por tempo suficiente 
 
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO PROCESSUAL 
 
Todas as partes devem cooperar entre si. 
 
Dever de esclarecimento: Juiz deve esclarecer suas decisões para as partes. 
 
Dever de diálogo: Antes de tomar uma decisão, o juiz deve dialogar com as 
partes. 
 
Dever de prevenção: O juiz deve prevenir os vícios processuais. 
 
Dever de auxílio: O juiz deve auxiliar as partes na transposição de obstáculos à 
concretização de seus direitos. 
 
PRINCÍPIO DO ACESSO À JUSTIÇA 
 
1. Gratuidade de acesso. 
2. Proteção dos direitos e interesses coletivos e difusos 
3. Simplificação dos procedimentos 
 
PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO 
 
Este dispositivo não dá prazo máximo à tramitação do processo, e sim que ela 
deve durar o tempo necessário. O tempo deve se ajustar à necessidade do direito 
material. 
PRINCÍPIO DA FUNDAMENTAÇÃO 
RACIONAL DAS DECISÕES 
 
O juiz deve fundamentar todas as suas decisões. Há um dever endoprocessual 
e outro extraprocessual. 
 
 
3 
 
 
a) Endoprocessual: o juiz tem o dever de responder as questões processuais. 
 
 
b) Extraprocessual: há o dever de controle comunitário dos argumentos jurídico 
(sistema de precedentes). 
 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
 
a) Vetor interno: é irrestrita. A idéia é que, assim, haja um controle dos atos 
processuais. 
 
c) Vetor externo: trata do controle social da atividade processual. Aqui, essa 
publicidade pode ser limitada ou moderada, para preservar a intimidade e 
para preservar o interesse público. 
 
JURISDIÇÃO 
 
Há dois conceitos. 
 
1. Chiovenda: jurisdição = atuação da vontade concreto da lei. 
 
2. Carnelutti: jurisdição = justa composição da lide. 
 
Fatores que caracterizam a jurisdição contemporânea: 
 
a) Terceiro imparcial; 
 
b) Imperatividade; 
 
c) Criatividade; 
 
d) Reconhecimento/efetivação/proteção; 
 
e) Situação concreta; 
 
f) Sem controle externo: só a jurisdição controla a jurisdição. 
 
g) Indiscutibilidade: as decisões do Poder Judiciário são potencialmente 
imutáveis. Nem todas as decisões se tornam definitivas, mas só as decisões do 
Poder Judiciário se tornam definitivas. 
Coisa julgada = indiscutível 
PRINCÍPIOS: 
 
1. Investidura: só exerce a jurisdição aquele que ocupou o cargo em 
conformidade com as regras constitucionais de investidura. 
 
 
 
4 
 
 
 
 
2. Territorialidade: a jurisdição tem limites espaciais; é limitada pelo território. 
 
OBS: A territorialidade diz respeito aos limites do poder de decidir, e não aos 
efeitos dessa decisão. 
 
3. Indelegabilidade: a autoridade jurisdicional não se delega (transfere), nem 
mesmo a outro juiz. O que é indelegável é a decisão. Por exceção, os demais 
atos processuais, que não a decisão, podem ser delegados. 
 
4. Inevitabilidade: a decisão é inegociável. A jurisdição é uma manifestação de 
poder. 
 
5. Inafastabilidade: se houver uma lei que viola direitos, o Poder Judiciário tem 
a prerrogativa de revisão da legislação. 
 
6. Inquisitorialidade: atribui-se ao juiz mais possibilidades (decidir por 
equidade, independentemente da legalidade estrita) 
 
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA 
 
Atividade materialmente administrativa e subjetivamente judicial (administração 
de interesses público). 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
a) Receptícios: a atividade jurisdicional se restringe a documentar uma 
manifestação de vontade. A atividade do juiz é de apenas passar as informações. 
 
b) Probatórios: a atividade jurisdicional se restringe à produção de provas. 
 Ex: Provar que vivia em união estável com alguém falecido. 
 
c) Declaratórios: a atividade jurídica se limita a reconhecer a existência ou 
inexistência de determinada situação jurídica. 
 Ex: Abertura de testamento. 
d) Constitutivos: a atividade jurídica se limita a criar, modificar ou extinguir uma 
situação jurídica. 
 
e) Executório: a atividade jurídica se limita a modificar algo no mundo prático. 
 Ex: arrecadação de bens deixados por pessoa carente. 
 
f) Tutelares: 
 Ex: procedimentos da proteção à infância e à juventude. 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
AÇÃO 
 
Decorre da combinação de dois dispositivos constitucionais: 
 
1. Inafastabilidade da Jurisdição: qualquer lesão ou ameaça de lesão a direito 
pode ser levado à apreciação do poder judiciário; 
 2. Devido Processo Legal: nenhum direito fundamental será restringido ou 
atingido sem que ele seja precedido de um devido processo legal. 
A ação é um conteúdo complexo, pois é um direito que pressupõe e articula 
uma série de outros direitos (ex: acesso à jurisdição, prestação jurisdicional 
tempestiva, etc). Todos os direitos que envolvem o fato do indivíduo poder levar 
uma questão ao Poder Judiciário compõem constitucional da ação 
 
O direito constitucional de ação abrange outras situações jurídicas, algumas 
processuais (ex: direito potestativo) e outras processuais (ex: direito a uma 
prestação adequada e tempestiva). 
 
Esse direito é abstrato (engloba uma série de outros direitos) e incondicional 
(não pode ser excluídado acesso ao Poder Judiciário, independentemente da 
causa) 
 
ELEMENTOS DA AÇÃO 
 
1. Partes processuais: autor e réu, demandado e demandante. 
 
2. Causa de pedir: o que efetivamente aconteceu na relação de direito material. 
 
3. Pedido 
 
a) Imediato: provimento jurisdicional pretendido (ex: condenação); 
 
b) Mediato: bem da vida pretendida (ex: pagamento de R$) 
 
Ex: condenação de B ao pagamento do preço acertado; condenação de B a 
uma prestação, a uma conduta, etc. 
 
CONDIÇÕES DA AÇÃO 
1. Legitimidade: autorização do sistema jurídico para a defesa de direito e 
interesse em juízo. 
Legitimidade ordinária: coincide a parte processual e o titular do direito material. 
A parte defende um interesse próprio em nome próprio. 
Legitimidade extraordinária: quando se atua em nome próprio na defesa de 
interesse alheio. Pode ser autônoma (se confere ao legitimado extraordinário o 
direito de atuar independentemente de autorização do legitimado originário) ou 
subordinada (subordinada à atuação do legitimado ordinário). 
 
 
 
6 
 
 
2. Interesse: Deve ser útil (o provimento jurisdicional deve propiciar uma 
vantagem a quem o pede) e necessário (a idéia de que qualquer lesão ou ameaça 
de lesão a direito tem garantia de acesso à jurisdição). 
A idéia é de que o recurso à jurisdição seja pensado ou concebido como a última 
alternativa à resolução do conflito. 
Ex: o sujeito quer se aposentar. Para isso, obtém ou não a aposentadoria do 
INSS. Se não obtiver, pode ajuizar a ação. Se ajuizar a ação antes de tentar 
resolver direto com o INSS, o STF entende que não há interesse. 
 
3. Possibilidade jurídica de pedir. 
 
No CPC/15 não se fala mais em condições da ação, e excluiu a possibilidade 
jurídica de pedir. No entanto, ainda se fala em legitimidade e interesse para o 
ajuizamento de uma ação. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES 
 
1. Ações de conhecimento: O pedido do indivíduo é a certificação a respeito de 
uma situação jurídica. 
 
a) Ações declaratórias – se ajuíza uma ação apenas com o objetivo de 
reconhecer a existência ou inexistência de uma situação jurídica. Não há prazo 
para ajuizamento. 
 Ex: reconhecimento de paternidade. 
 
b) Ações constitutivas: visa a criação, modificação ou extinção de uma 
determinada situação jurídica. Há prazo decadencial. 
 Ex: ação de interdição, divórcio. 
c) Ações condenatórias: ações cujo objetivo é a obtenção de uma prestação. 
Submetidas a prazos prescricionais. 
d) Ações mandamentais: obrigações de fazer ou não fazer. 
Executividade intrínseca: sua execução independe de novo requerimento 
Executividade indireta (coerção indireta): a decisão judicial atua sobre a vontade 
do devedor 
 Ex. do Roberto Carlos no casamento. 
 
 e) Ações executivas em sentido amplo: obrigações de entregar coisa certa. 
 
Executividade intrínseca; 
 
Executividade direta (coerção direta): substituição da vontade do devedor 
(subrogação. O estado se subroga). 
 Ex: busca e apreensão 
 
2. Ações cautelares: trata-se de proteger a efetivação de um direito 
3. Ação executória: trata-se da efetivação de um direito. Se promove uma 
modificação no mundo dos fatos, e não apenas no mundo jurídico. 
 
 
7 
 
 
 
 
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
a) Subjetivos: diz respeito aos sujeitos do processo (partes, capacidade das 
partes, exercício da atividade do juiz, etc). Os sujeitos hão de ser capazes. 
b) Objetivos: diz respeito ao objeto da relação processual (demanda, relação 
processual em si mesma). A forma do ato deve ser respeitada. 
 Ex: convenção de arbitragem. 
c) Intrínsecos: questões endoprocessuais. 
 Ex: falta de citação, citação inválida, etc. 
d) Extrínsecos: questões extraprocessuais. 
 Ex: coisa julgada. 
 
 Não se pode repropor uma ação, se já há uma decisão; essa decisão já dada 
é um pressuposto extrínseco. 
 
 e) Elementos positivos: pressupostos que devem estar presentes para que a 
relação processual se desenvolva de maneira regular. 
 Ex: petição inicial apta. 
f) Elementos negativos: pressupostos que devem estar ausentes para que a 
relação processual se desenvolva de maneira regular. 
 Ex: coisa julgada. 
PRIMAZIA DO MÉRITO 
A regra é que o juiz examine o mérito. Sempre que for possível superar um 
impasse, isso deve ser feito. 
 
TEORIA DAS INVALIDADES 
Não se declara uma invalidade sem que haja prejuízo. Se nos depararmos com 
uma situação em que falta um pressuposto, devemos nos perguntar se há 
prejuízo para alguém. Se não houver, não há porque extinguir sem resolução 
de mérito. 
 
PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA: 
É o mínimo necessário para que se constitua uma relação jurídica processual. 
a) Pedido: para se começar a pensar em processo, precisa-se de um pedido. 
b) Órgão jurisdicional: para quem o pedido deve ser formulado (juiz devidamente 
investido na função). 
c) Citação: participação do demandado. 
 
REQUISITOS DE VALIDADE: 
Diz respeito ao desenvolvimento regular da relação processual. A ausência de 
pressupostos de validade leva à extinção do processo sem resolução de mérito. 
a) Subjetivos: 
1. Juiz: O juiz deve ser imparcial. Não pode fazer parte de uma relação 
processual, bem como deve guardar uma equidistância das partes. 
 Ex. 1: se for amigo de uma das partes, diz-se que o juiz é suspeito; 
 Ex. 2: se for cônjuge de uma das partes, diz-se que o juiz é impedido. 
 
 
8 
 
 
 
2. Parte: As partes devem ter capacidade processual, capacidade postulatória 
e legitimidade. 
b) Objetivos: 
1. Intrínsecos: Respeito ao formalismo processual. Observância às regras da 
escritura processual. 
2. Extrínsecos: 
 Positivos 
 Ex: interesse. 
 Negativos 
 Ex: perempção, litispendência, coisa julgada. 
 
LITISPENDÊNCIA: O juiz pode reconhecer de ofício. Leva à extinção sem 
resolução de mérito. 
CONEXÃO: O juiz pode reconhecer de ofício. Leva à reunião das duas ações. 
COISA JULGADA: O juiz pode reconhecer de ofício. Só se configura em ações 
idênticas. 
CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM: Não pode ser reconhecido de ofício. Uma das 
partes deve alegar que havia uma convenção de arbitragem que dizia que eles não 
recorreriam ao judiciário. Leva à extinção sem resolução de mérito. 
 
 CAPACIDADES 
CAPACIDADE DE SER PARTE 
Se trata da capacidade do autor (a capacidade do réu é um pressuposto de 
validade) - qualquer pessoa que tenha aptidão em formular, em juízo, um pedido. 
É o que se chama de "personalidade judiciária". 
CAPACIDADE PROCESSUAL 
Aptidão para comparecer em juízo independentemente de assistência ou 
representação. Qualquer pessoa maior e capaz tem essa capacidade. É o que se 
chama "capacidade de estar em juízo". 
 Ex: um menino de 10 anos tem capacidade de ser parte, mas não tem 
capacidade processual. 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA 
A capacidade postulatória abrange a capacidade de pedir e de responder. Têm-na 
os advogados regularmente inscritos na OAB, os defensores públicos e os 
membros do Ministério Público. Em alguns casos, as próprias pessoas não 
advogadas também a possuem, como no caso dos Juizados Especiais. 
As pessoas não advogadas, em caso adverso de Juizado Especial, precisa, 
portanto, integrar a sua incapacidade postulatória, nomeando um representante 
judicial: o advogado (procuração). 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
SUJEITOS PROCESSUAIS 
SUJEITOS COMUNS 
1. Partes 
2. Procuradores 
3. 
SUJEITOS ESPECIAIS 
1. Ministério Público: instituição vocacionada para a defesa de direitos e 
interesses sociais ou individuais indisponíveis. Defesado interesse público, 
da ordem jurídica e do regime democrático. 
 O Ministério Público pode atuar no processo civil de dois modos: 
 a) Como parte - 
 Ex: ação civil pública, ação pública para proteção de interesses coletivos, 
ação de combate à improbidade administrativa, em defesa de interesse individual - 
ação de alimentos, ação de interdição. 
 Na defesa de interesses individuais, o Ministério Público atua como substituto 
processual. Atua em nome próprio e em defesa de interesse alheio (legitimidade 
extraordinária). 
 b) Fiscal da lei – deve ser necessariamente intimado para fiscalizar a aplicação 
correta do direito. 
 Três hipóteses: interesse público ou social, interesse de incapaz e conflito 
coletivo sobre propriedade. 
 O Ministério Público possui prazo em dobro, salvo quando estiver expresso 
em lei o prazo destinado a este. 
2. Advogados Públicos: Advogado ou procurador do Município, do Estado, da 
União, do INSS, das autarquias. 
 Possui prerrogativa de intimação pessoal e de prazo em dobro. 
3. Defensoria Pública: criada com o dever de dar assistência judiciária gratuita 
aos necessitados. 
 Possui prerrogativa de intimação pessoal e de prazo em dobro. 
 
FATOS JURÍDICOS PROCESSUAIS 
São manifestações de vontade praticadas com o objetivo de produzir efeitos na 
relação jurídica processual. 
 Ex: criação, conservação, modificação ou extinção. 
O atual código de processo civil brasileiro adota uma classificação subjetiva: 
1. Atos da Parte 
 a) Atos de obtenção: atos praticados pela parte com o objetivo de obter da 
jurisdição algum resultado. 
 Atos postulatórios - requerimentos feitos diretamente ao juiz em busca de 
resposta jurisdicional. 
 Ex: petição inicial, requerimento de produção de prova, etc. 
 Atos afirmativos – requerimentos feitos em busca de resposta jurisdicional, 
mas não são feitos diretamente ao juiz. 
 Ex: pagamento de custas ou caução. Não são os depósitos judiciais. 
 
 
10 
 
 
 Atos de prova – atos praticados com o objetivo de comprovar ou demonstrar 
as alegações de fato e de direito articuladas pelas partes. 
 Via de regra, quem alega deve provar, mas há exceções (hipossuficiência do 
autor no caso de relação de consumo). 
 b) Atos definitivos conclusivos: atos praticados sem esperar nada da jurisdição. 
São atos praticados de forma definitiva, através dos quais a parte abre mão de 
determinados direitos. 
 Atos de submissão - uma das partes se submete ao requerimento ou à 
pretensão da outra parte. 
 Ex: reconhecimento de procedência do pedido. 
 Atos de desistência - a parte abre mão de uma determinada situação jurídica. 
 Ex: desistência. 
 Atos de transação - auto composição. 
2. Atos do Juiz 
a) Decisórios: decisões. O juiz decide quando resolve questões. Sempre que 
houver um ponto controverso que o juiz tenha de resolver, se tem dele um ato 
decisório. 
 Decisões interlocutórias - a decisão de um dos pedidos da parte é 
considerada uma decisão interlocutória, pois é uma sentença parcial de mérito. 
b) Não-decisórios: atos de impulso, coordenação do processo. São os despachos. 
3. Atos dos Servidores da Justiça (escrivão e serventuários) 
Atos de comunicação, certificação, etc. do andamento do processo. 
OBS: Os atos não são praticados só por esses três (ex: testemunha). 
 
INVALIDADES PROCESSUAIS 
Quando houver um problema (como o Ministério Público ser efetivamente intimado 
pessoalmente), se tem um suporte fático preenchido de forma deficiente, e, 
portanto, um defeito no ato processual. 
Sempre que houver um defeito, se tem portas abertas para se ter uma invalidade. 
Porém, não basta haver o defeito para se ter uma invalidade; é preciso ser 
agregado ao defeito um prejuízo. Se não houver o defeito e a existência do prejuízo 
decorrente dele, não se tem uma invalidade processual. 
TIPOS DE DEFEITOS: 
1. Defeitos que não geram invalidade: são as meras irregularidades. São 
irrelevantes, não ocorre nenhum prejuízo importante e não geram invalidade. 
2. Defeitos que geram invalidade e que podem ser reconhecidos de ofício: São 
defeitos do ato jurídico complexo que podem ser reconhecido pelo juiz em 
qualquer tempo, independentemente de provocação, e que geram invalidade 
de todo o procedimento. 
 
 
3. Defeitos que geram invalidade e que devem ser alegados pelas partes, sob 
pena de preclusão: a nulidade dos atos deve ser alegada na primeiro 
oportunidade. Se isso não ocorrer, a parte perde a oportunidade de discutir 
isso posteriormente. Não pode ser reconhecido de ofício. 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
TEORIA DAS NULIDADES 
Existem três categorias de invalidades processuais. 
Nulidades Absolutas Nulidades Relativas Anulabilidade 
Visam a preservação do 
interesse público. Essas 
nulidades não se submetem 
às regras de finalidade e não 
prejuízo. São reconhecidas de 
ofício 
Visam a preservação do 
interesse público e também 
do interesse particular. Para 
que a nulidade relativa se 
forme, precisa-se que o ato 
não tenha atingido a sua 
finalidade e que haja prejuízo 
disso. Pode ser reconhecida 
de ofício. 
Visa a preservação de um 
interesse particular. Não se 
pode reconhecer de ofício 
 
 
LITISCONSÓRCIO 
Litisconsórcio é a pluralidade de sujeitos em um ou ambos os polos da relação 
processual. Ou seja, trata-se de uma relação processual que possui mais de um 
autor, réu ou ambos. 
O litisconsórcio pode ser: 
a) Ativo: quando houver pluralidade de autores; 
b) Passivo: quando houver pluralidade de réus; 
c) Misto: quando houver pluralidade em ambos os polos. 
d) Inicial: trata-se de uma demanda que já é iniciada com o litisconsórcio; 
e) Ulterior: trata-se de uma demanda que se inicia sem o litisconsórcio, mas, ao 
decorrer da demanda, ocorre sua formação. 
f) Simples: diz-se que há litisconsórcio quando há uma pluralidade de relações 
jurídicas sendo discutidas no processo. A mera possibilidade da decisão ser 
diferente entre os litisconsortes já torna-o simples. 
g) Unitário: O mérito do processo envolve uma relação jurídica indivisível. A decisão 
a ser proferida deve ser idêntica para todos os litisconsortes do mesmo polo. 
h) Facultativo: Aquele que pode ou não se formar; fica a critério dos litigantes. 
i) Necessário: A formação do litisconsórcio é obrigatória. 
 
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO 
Ato jurídico processual pelo qual um terceiro, autorizado por lei, ingressa em 
processo pendente, transformando-se em parte. 
IDT espontânea: o terceiro pede para intervir 
IDT provocada: o terceiro é trazido a juízo. 
 
ASSISTÊNCIA 
Assistência é a modalidade de intervenção de terceiro pela qual um terceiro 
ingressa em processo alheio para auxiliar uma das partes. Pode ocorrer a qualquer 
tempo e grau de jurisdição. 
O interesse jurídico é pressuposto da intervenção. Não se autoriza a assistência 
quando o interesse for meramente econômico ou afetivo. 
A assistência é intervenção de terceiro espontânea. 
 
 
12 
 
 
 
ASSISTÊNCIA SIMPLES: o terceiro ingressa no feito afirmando-se titular de 
relação jurídica conexa àquela que está sendo discutida. 
O assistente simples pode, como parte auxiliar, alegar, produzir provas, recorrer, 
etc. O assistente simples exerce os mesmos poderes e sujeita-se aos mesmos 
ônus processuais que o assistido. 
 Ex: sublocatário em processo de despejo contra o locatário. 
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL: cabe quando o terceiro alega a existência de 
um interesse jurídico imediato na causa.

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