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Psicologia Evolucionista DA APRENDIZAGEM - BANDURA

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Psicologia Evolucionista:	
Aprendizagem, biologia e cérebro
Unidade II - Objetivos
2.1 Descrever os aspectos biológicos e sócioculturais da aprendizagem. 
2.2 Explicar como esses determinantes biológicos interferem ou contribuem na/para a aprendizagem humana. 
2.3 Refletir sobre as condições sócio-históricas que contribuem para aprendizagem humana. 
 
2.4 Analisar as principais instituições sociais que atuam no processo de construção do sujeito e o papel que exercem na aprendizagem. 
Charles Darwin
Teoria da Evolução
Principal teórico do Evolucionismo
Psicologia Evolucionista
Área de grandes discussões e controvérsias.
Diferença entre Psicologia Evolucionista 
 e Psicologia Evolutiva. 
Psicologia Evolucionista
O que é a Natureza Humana?
Existe Natureza Humana ou somos frutos do nosso meio cultural?
Por que falar sobre Natureza Humana é tão controverso dentro da Psicologia?
Psicologia Evolucionista
A Psicologia Evolucionista estuda como os comportamentos humanos podem ser entendidos à luz da evolução.
Exemplo: aprendizagem da aversão ao sabor.
Psicologia Evolucionista
À primeira vista, o condicionamento clássico parece ser uma boa explicação para a aprendizagem da aversão ao sabor. 
Os estímulos neutros (CS), como a visão e o gosto de uma borboleta, estão associados a um poderoso estímulo não condicionado (US), o veneno da borboleta, e ficam associados às mesmas respostas relativas ao mal-estar (CR).
Psicologia Evolucionista
No entanto várias características da aversão ao sabor adquiridas tornam a explicação do condicionamento clássico pavloviano menos adequadas. 
Primeiro, a visão pavloviana de condicionamento clássico, como a descrita por Watson, sustenta que o condicionamento resulta da associação repetida dos eventos estímulo e resposta, ao passo que a aprendizagem da aversão ao sabor geralmente ocorre numa única tentativa.
Psicologia Evolucionista
Segundo, a aprendizagem no condicionamento clássico pavloviano depende, acredita-se, da contigüidade – isto é, da simultaneidade próxima dos eventos. 
Na aprendizagem da aversão ao sabor, contudo, a resposta incondicionada (a enfermidade violenta) algumas vezes ocorre em poucos minutos, ou em poucas horas, após a CS. 
Psicologia Evolucionista
Terceiro, os princípios do condicionamento clássico afirmam que qualquer estímulo neutro pode ser associado a qualquer US, se emparelhado com a frequência suficiente, mas na aprendizagem da aversão ao sabor, os organismos costumam apresentar uma seletividade marcante na aprendizagem. 
Como resultado, certas associações nunca são aprendidas; outras são aprendidas muito rapidamente.
Psicologia Evolucionista
Se um rato passa mal ao ser exposto a flashes de luz ou a sons distintos enquanto bebe água adocicada, ele não vai desenvolver aversão às luzes ou aos sons, apenas ao sabor.
Psicologia Evolucionista
Outro exemplo:
Estudos de aprendizagem da aversão interespécies. 
Wilcoxon, Dragoin e Kral (1971): aversão em ratos e em codornas alimentando-os com água azul aromatizada e depois injetando-lhes uma droga indutora de enfermidade. 
Psicologia Evolucionista
Os ratos desenvolveram aversão a qualquer líquido com o gosto em questão, independentemente da cor.
As codornas desenvolveram aversão a líquidos coloridos, independentemente do sabor.
Psicologia Evolucionista
Uma explicação para essas descobertas é que a codorna tem excelente visão para cores e provavelmente se orienta por pistas visuais para escolher o que é ou não comestível.
Os ratos – como muitos outros mamíferos – dependem mais das pistas olfativas (cheiros) do que das visuais. 
É coerente, portanto, do ponto de vista biológico, que os ratos usem pistas olfativas para aprender sobre os alimentos que deveriam ser evitados, do mesmo modo que a codorna usa pistas visuais para o mesmo tipo de aprendizagem (Garcia, Ervin e Koelling, 1965; Rozin e Kalat, 1971).
Psicologia Evolucionista
Experimento de Kamin (1969) - bloqueio
Explicações do Bloqueio – O Modelo Rescorla-Wagner
Nos estudos do bloqueio de Kamin, o grupo B de ratos primeiro aprendeu associação entre som (CS) e choque (US). 
O fato de depois não terem aprendido a associação entre luz e choque, diz o modelo, ocorreu porque toda a força associativa entre o US (choque) e o CS foi usada pelo emparelhamento som-choque.
Explicações do Bloqueio – O Modelo Rescorla-Wagner
O modelo Rescorla-Wagner provou ser uma explicação popular para o bloqueio e para fenômenos relacionados. 
Além disso estimulou uma enorme quantidade de pesquisa sobre o condicionamento clássico. 
Muito dessas pesquisas voltou-se para o estudo do bloqueio na aprendizagem humana (por exemplo, Mitchell e Lovibond, 2002).
Explicações do Bloqueio – O Modelo Rescorla-Wagner
Num estudo típico de bloqueio humano, por exemplo, os participantes poderiam ser informados que dois tipos de alimento (X e Y) que comporiam uma refeição desencadeariam uma reação alérgica. 
Se eles depois aprendessem que X causa a reação alérgica, teriam dificuldade para aprender que Y também causa reação alérgica, quase do mesmo modo como os ratos que aprenderam que som significa choque não aprenderam que luz pode também significar choque. 
Portanto, como destacaram Pearce e Bouton (2001), as teorias do bloqueio têm implicações importantes na compreensão de como os seres humanos julgam a causalidade.
Psicologia Evolucionista
Portanto, para Eduardo Punset: “desaprender a maioria das coisas que nos ensinaram é mais importante do que aprender”.
Diferença de Psicologia Evolucionista para Determinismo Biológico.
Psicologia Evolucionista
O cérebro evolui, assim como nossos outros órgãos, através da seleção natural.
Se o cérebro é o órgão que produz o nosso comportamento, consequentemente nosso comportamento também seria selecionado através da evolução.
Sendo assim, nossos comportamentos, emoções e padrões de pensamento seriam frutos da seleção natural.
Psicologia Evolucionista
Psicologia Evolucionista
Pleistoceno: 1,8 milhões a 11.700 anos atrás.
Época de 11 eventos de aquecimento global seguidos por idades do gelo. 
Psicologia Evolucionista
Teria o ser humano instintos ou, por sermos racionais, não precisaríamos deles?
Instinto = parte do comportamento que não é fruto do aprendizado. Contudo, nosso aprendizado pode ter uma influência poderosa no modo como nossos instintos se expressam.
Psicologia Evolucionista
De acordo com William James (1890), os seres humanos teriam ainda mais instintos do que os outros animais, o que explicaria nossos comportamentos mais complexos.
Exemplo de instinto humano: linguagem. Já nascemos com esse mecanismo ativo, o que nos permite aprender a língua da região onde habitamos.
Psicologia Evolucionista
Outro exemplo: etnocentrismo.
Através do aprendizado, na interação com outras pessoas, temos um aprendizado social que modula nosso instinto.
Psicologia Evolucionista
A vida caçadora/coletora corresponde a mais de 99% da nossa existência enquanto espécie.
Um problema adaptativo exige um mecanismo cognitivo, uma forma de resolvê-lo.
Nós somos descendentes dos ancestrais que conseguiram resolver os problemas adaptativos que impediam a sobrevivência e/ou a reprodução.
Psicologia Evolucionista
A teoria da seleção natural de Darwin é baseada na observação de que todas as espécies variam no aspecto comportamental e psicológico, que pelo menos algumas dessas variações são genéticas, e que a competição por recursos importantes levará a um aumento na frequência daqueles traços que favorecem o sucesso na competição pelos recursos.
Psicologia Evolucionista
Os psicólogos evolucionistas sugerem que outra forma útil de considerar o condicionamento é dizer que é um processo adaptativo bastante influenciado por pressões biológicas e evolutivas.
Portanto, muitos organismos parecem estar predispostos a apresentar certos comportamentos e com frequência
aprenderão esses comportamentos mesmo em situações nas quais eles interferem com o reforçamento (automodelagem, como a ação dos pombos de bicar o disco).
Psicologia Evolucionista
Animais que são ensinados a ter comportamentos complexos algumas vezes revertem para um comportamento mais instintivo mesmo que ao fazê-lo não mais recebam reforçamentos (derivação instintiva).
Psicologia Evolucionista
Restrições biológicas são predisposições genéticas que tornam certos tipos de aprendizagem difíceis (o que Seligman descreve como contrapreparadas) e outros altamente prováveis e fáceis (preparadas).
As predisposições biológicas são evidentes na derivação instintiva, automodelagem e aprendizagem da aversão ao sabor.
Psicologia Evolucionista
Biofeedback refere-se à informação que o organismo recebe a respeito de seu funcionamento biológico. 
Neurofeedback refere-se especificamente à informação sobre o funcionamento neuronal – em especial o cérebro. 
Psicologia Evolucionista
As pesquisas do biofeedback procuram aumentar o controle das pessoas sobre seu funcionamento fisiológico oferecendo-lhes informação sobre ele. 
Algumas vezes, as técnicas do biofeedback e neurofeedback são usadas em terapia, em especial naquelas direcionadas para aliviar o estresse e as dores de cabeça, por exemplo.
Psicologia Evolucionista
A psicologia evolucionista, que busca as contribuições biológicas ao comportamento humano e animal, sugere uma abordagem um pouco menos mecanicista para explicar a aprendizagem e marca, conceitualmente, o início de uma transição para as teorias mais cognitivas.
Psicologia Evolucionista
Entre outros elementos, os estudos sobre o funcionamento cerebral identificaram centros de “prazer” e “punição” em partes do hipotálamo e mostraram de que forma certos neurotransmissores, como a dopamina, podem explicar os efeitos recompensadores e viciantes da estimulação elétrica do cérebro e de certas drogas como a cocaína.
Psicologia Evolucionista
As estruturas cerebrais mais recentes, no sentido evolucionário, são muito mais desenvolvidas em seres humanos e estão profundamente relacionadas ao funcionamento mental superior. 
As estruturas do rombencéfalo, que respondem pelo funcionamento fisiológico e pelos movimentos, são mais antigas e, em geral, mais desenvolvidas em animais não humanos.
Psicologia Evolucionista
O córtex cerebral, camada fina e convoluta que recobre o cerebrum divide-se em quatro lobos em cada um dos hemisférios; e cada lobo está associado a uma ou mais funções, embora haja considerável sobreposição e integração funcional entre eles.
Lobos frontais: processos mentais superiores;
Lobos parietais: sensação, movimento, reconhecimento e orientação;
Lobos occipitais: visão; 
Lobos temporais: audição, fala e linguagem.
Psicologia Evolucionista
Algumas evidências sugerem que as duas metades do córtex cerebral são assimétricas em seu envolvimento com várias funções. 
O hemisfério esquerdo, especificamente, ao que parece, é mais lógico, matemático e verbal; o hemisfério direito é mais emocional, artístico, espacial e musical. 
Na verdade, as funções cerebrais se sobrepõem consideravelmente.
Psicologia Evolucionista
O desenvolvimento cerebral parece ser bastante dependente da experiência, em especial da experiência precoce.
As abordagens da aprendizagem fundamentadas no cérebro buscam entender como o cérebro responde à estimulação e como processa a informação.

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