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CQ027 – Fundamentos de Química Estrutural Turma: Geologia Prof. Jackson Gois Aula 6 – Estrutura do átomo Átomo • Ponto de partida: filosófico, pressuposto, conceitual. • Séculos XVII e XVIII: grande quantidade de experimentos trouxe grande quantidade de informações sobre as transformações químicas, mas não sobre a estrutura da matéria. • Ex. 1: ácido sulfúrico dissolve zinco e ferro, mas não prata e ouro. Motivo? • Ex. 2: porque as massas se conservam numa transformação química? Por que diferentes tipos de matéria têm composição aparentemente iguais? Dalton (1776-1844) • Em 1803 (ou 1807) Dalton realizou vários experimentos, onde observava a proporção de elementos (substâncias simples) em um composto. • No caso da água ele sempre encontrava a proporção de 8g de oxigênio para 1g de hidrogênio. Em outro composto, ele encontrou a proporção de 16g de oxigênio para 1g de hidrogênio. • Baseado nesse tipo de dados, ele propôs uma hipótese atômica. • Ele ressuscitou a concepção grega de átomo: Dalton • Toda a matéria é composta por átomos. • Átomos são permanentes e indivisíveis. • Átomos de um mesmo elemento químico são idênticos em todas as suas propriedades. • Átomos de diferentes elementos têm massas diferentes. • Compostos químicos são formados por átomos de dois ou mais elementos em uma proporção fixa. • As transformações químicas são uma combinação, separação ou rearranjo de átomos. Dalton • Para Dalton o átomo era uma esfera perfeita e maciça, do tipo bola de bilhar. • O que deu certo: suas ideias ajudaram a explicar a conservação das massas nas transformações químicas, e a composição fixa dos compostos. • O que não deu tão certo: • Definição moderna de elemento: substância formada por um mesmo tipo atômico (exemplo: elemento químico 110, artificial, fabricado com apenas 2 átomos e por uma pequena fração de segundo). • Átomos são formados por partículas subatômicas (prótons etc.). Nem todos os átomos de um mesmo elemento são idênticos (isótopos). Distinção entre átomo e molécula. Matéria e eletricidade • Evidências: • 1 – Primeiros experimentos de decomposição da água por eletrólise em 1800 (Nicholson e Carlisle): há relação entre a matéria e a eletricidade. • 2 – Experimentos de Davy e Faraday (1832) que são conhecidas como leis de Faraday (quantidade de produto formado em uma eletrólise depende da quantidade de eletricidade e da identidade dos compostos). • 3 – Ampola de Crookes (1950). Requer alta voltagem (20.000 volts) e baixa pressão. Evidência de partículas que deixam o cátodo (-) na direção do ânodo (+). A evidência de que se trata de uma partícula, e não de um raio, é que essas espécies viajam em linha reta. Thomson (1856-1940) • Mostrou que as partículas dos raios catódicos são carregadas negativamente, colocando uma placa metálica carregada positivamente ao lado de uma ampola de Crookes. Hoje se utiliza campos magnéticos para fazer esse desvio. • Mostrou que as partículas eram sempre as mesmas, independente do metal usado no cátodo. A conclusão é que essas partículas constituíam todos os átomos. As partículas foram chamadas de elétrons. • Conseguiu medir a relação entre a carga e a massa do elétron. Millikan (1868-1953) • Projetou um equipamento engenhoso onde podia medir a massa de pequenas gotas de óleo, observando a velocidade com que elas caíam em uma câmara contendo partículas de gás ionizado que se uniam às gotas de óleo. • Ele aplicava um campo elétrico que atraía as gotas para cima. Sabendo o valor do campo elétrico necessário para contrabalancear a força da gravidade, ele determinou o valor da carga das partículas. • Mas as gotículas de óleo podiam suportar mais de um elétron, então ele tomou a carga do elétron como sendo o menor incremento de carga entre as gotículas (1,6x10-19 C). • A massa do elétron foi calculada usando a relação carga/massa de Thomson, chegando ao valor de 9,1x10-31 Kg. O átomo de Thomson • Sabendo: • O volume e o raio de um átomo (aprox. 10-8 cm); • Os átomos são eletricamente neutros, portanto devem ter também carga positiva; • A massa do elétron é muito pequena em relação ao átomo. • De posse desse dados Thomson sugeriu que um átomo poderia ser uma esfera carregada positivamente, onde os elétrons estão incrustados. Com isso, seria fácil remover alguns elétrons. Mais tarde, Thomson postulou que os elétrons estavam organizados em anéis. Rutherford (1871-1937) • Será que a carga positiva do átomo estava realmente em uma bolha gelatinosa espalhada por todo o átomo? • Rutherford sabia que elementos radioativos emitiam feixes de partículas com carga positiva (partículas alfa). Ele pediu a dois estudantes (Hans Geiger e Ernst Marsden) que “atirassem” partículas alfa (radônio) contra uma folha de platina extremamente fina. • Se a proposta de Thomson estivesse certa, TODAS as partículas deveriam passar ou ser levemente desviadas. • Observaram que QUASE TODAS as partículas passavam, onde 1 em 20.000 retornavam ou sofriam um desvio maior que 90o. • Resultado: existe uma densa carga positiva central circulada por um volume de espaço quase vazio. As partículas positivas foram chamadas de prótons. Bohr (1885-1962) • Problema no modelo de Rutherford: • Massa positiva no centro do átomo e elétrons ao redor resulta em instabilidade e possível colapso atômico! Tanto parado quando em movimento circular haviam sérios problemas nesse modelo. As leis do eletromagnetismo apontam que uma carga negativa em movimento circular resulta em emissão de luz e dissipação de energia. • Aplicou a teoria quântica de energia desenvolvida por Max Planck em 1900. Bohr • 1 – No átomo, somente é permitido ao elétron estar em certos estados estacionários, sendo que cada um deles possui uma energia fixa e definitiva. • 2 – Quando um átomo estiver em um desses estados, ele não pode emitir luz. No entanto, quando o átomo passar de um estado de alta energia para um estado de menor energia há emissão de um quantum de radiação, cuja energia é igual a diferença de energia entre os dois estados. • 3 – Se o átomo estiver em qualquer um dos estados estacionários, o elétron se movimenta descrevendo uma órbita circular em volta do núcleo.
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