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Aula 9 Alterações cardíacas copia

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE ALTERAÇÕES CARDÍACAS
Faculdades Integradas Asmec
Enfermagem em UTI
Profª. Ms. Mônica Silva
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Grande
Circulação
Pequena
Circulação
Corpo
Artéria Aorta
Sangue arterial O2
Veia cava superior e inferior
Sangue venoso 
CO2
Pulmões
Sangue venoso CO2
Artéria pulmonar
Veias pulmonares
Sangue arterial O2
AD
VD
AE
VE
Válvula mitral
Válvula tricúspide
Válvula aórtica
Válvula pulmonar
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Anatomia 
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INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) E ANGINA
Fisiopatologia
Placa aterosclerótica
Trombos
Obstrução parcial 
Obstrução total 
Isquemia
Angina 
Necrose
Infarto 
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Angina
Síndrome clínica que se caracteriza por episódios de dor na região anterior do tórax.
Causada por fluxo sanguíneo coronariano insuficiente.
Suprimento de O2 diminuído para satisfazer a demanda aumenta em resposta a esforço físico ou estresse emocional.
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Angina
Sintomas
Dor (desconforto até agonizante) ou pressão na região anterior do tórax;
Localização difusa da dor ou irradiada para pescoço, mandíbula, braço esquerdo e ombro.
Sensação de indigestão; sufocação ou peso no tórax.
Sensação de fraqueza ou dormência nos braços, punhos e mãos; 
Falta de ar, palidez, sudorese, tontura, náuseas e vômitos.
Isolados ou combinados
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Angina
Classificação:
Angina Estável: dor ao esforço e alívio ao repouso.
Angina Instável: sintomas mais comuns e com maior duração; dor pode ocorrer ao repouso.
Angina Silenciosa: sem sintomas
OBS: Característica da angina: dor diminui ou desaparece ao repouso
Diagnóstico:
ECG: Inversão de onda T
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Infarto Agudo do Miocárdio
Necrose
Injúria
Isquemia
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Infarto
Sintomas
Dor repentina e contínua apesar do repouso e medicamento.
Desconforto torácico e palpitações
Falta de ar, taquipnéia
Náuseas e vômitos
Inquietação e ansiedade;
Pele fria, pálida e úmida;
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Diagnóstico do Infarto
Exames laboratoriais: 
Aumento sérico das enzimas CK-MB (creatina fosfoquinase-MB), AST (alanina transferase) e LD (lactato desidrogenase)
ECG: 
Inversão de onda T = isquemia
Elevação de do segmento ST = lesão
Desenvolvimento de onda Q anormal = infarto
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Infarto Agudo do Miocárdio
Necrose
Injúria
Isquemia
Injúria = lesão
Infarto
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Complicações do Infarto
Disritmias e paradas cardíacas
Choque cardiogênico (miocárdio está lesado e não consegue se contrair para bombear sangue >> suprimento inadequado O2 para coração e tecidos).
Embolia pulmonar (bloqueio da artéria pulmonar por um trombo que se deslocou do local de formação)
Edema agudo de pulmão (em virtude da lesão no miocárdio, há um acúmulo de sangue nas veias e capilares pulmonares a tal ponto que acontece um extravasamento de fluídos para os espaços intersticial e alveolar dos pulmões).
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Grande
Circulação
Pequena
Circulação
Corpo
Artéria Aorta
Sangue arterial O2
Veia cava superior e inferior
Sangue venoso 
CO2
Pulmões
Sangue venoso CO2
Artéria pulmonar
Veias pulmonares
Sangue arterial O2
AD
VD
AE
VE
Válvula mitral
Válvula tricúspide
Válvula aórtica
Válvula pulmonar
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Angioplastia Coronariana Percutânea (balão) com implantação de stent (rede)
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Bypass cardíaco (ponte)
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Processo de Enfermagem
DIAGNÓSTICOS:
Dor Aguda caracterizada por relato verbal e expressão facial relacionado a agentes lesivos físicos.
Débito cardíaco diminuído caracterizado por disritmias, fadiga, variações de PA, pele fria e pegajosa, relacionada a freqüência e rítmo cardíacos alterados.
Perfusão tissular cardiopulmonar alterada ou ineficaz caracterizada por pressão sanguínea alterada, mudança de cor da pele, alteração de pulso e mudança dos movimentos respiratórios relacionado a redução do fluxo sanguíneo.
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Promover repouso no leito para diminuir o trabalho cardíaco;
Aferir sinais vitais;
Investigar o tipo de dor (quando ocorreu, recidiva, frequência, portador de DM e HA);
Realizar ECG;
Administrar a medicação prescrita (Isossorbida - vasodilatador)
Se Angina sem alteração enzimática:
Alta após 1-2 horas de observação 
Tratamento ambulatorial e domiciliar
Orientar paciente:
Não realizar atividades físicas excessivas;
Não ficar exposto a baixas temperaturas;
Ter sempre Isordil sublingual(vasodilatador) que é administrado em caso de dor precordial;
Não fumar (vasoconstritor)
Intervenções de Enfermagem - Angina 
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Promover repouso no leito urgente;
Oxigenioterapia por cateter nasal (aumentar a oferta de O2);
Aferir sinais vitais;
Investigar o tipo de dor (quando ocorreu, recidiva, frequência, portador de DM e HA);
Realizar ECG;
Coletar sangue para exames laboratoriais;
Puncionar acesso venoso calibroso e manter com SF 0,9% (urgência);
Administrar a medicação prescrita; 
Instalar monitor cardíaco e oxímetro de pulso;
Instalar SVD e fazer balanço hídrico rigoroso (evitar sobrecarga cardíaca e pulmonar);
Avaliar e monitorar nível de consciência;
Manter dieta zero
Solicitar vaga na UTI
Intervenções de Enfermagem - Infarto
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CTI: 
Primeiras 24 horas:
Instalar acesso venoso central; 
Repouso absoluto nas primeiras 24 horas;
Enfaixar MMII e/ou colocar meias elásticas (evitar trombos);
Manter dieta zero;
ECG (4/4 horas) e dosagem enzimática (6/6 horas);
Aporte emocional
Após 24 horas:
Oferecer dieta (leve, branda, rica em fibras e morna);
Aporte emocional;
3º dia:
Levantar, deambular próximo ao leito e tomar banho de aspersão;
Orientar melhora dos hábitos de vida: abandono do fumo, diminuição da ingesta de álcool, dieta hipossódica e baixo colesterol; 
Intervenções de Enfermagem - Infarto
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Na enfermaria:
 
Manter quarto calmo;
Orientá-lo e alterar momentos de repouso e deambulação
Aferir sinais vitais;
Observar sinais hemorrágicos, eliminações, hematomas, estado neurológico;
 Administrar medicações prescritas;
Oferecer dieta hipossódica;
Avaliar dor e fadiga;
Orientar para alta hospitalar 
Intervenções de Enfermagem - Infarto
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4º dia – Alta:
 Orientar paciente e família:
Uso da medicação prescrita (AAS – 100mg – aspirina –uso diário e crônico); 
Evitar atividades físicas até liberação médica;
Ter sempre Isordil sublingual(vasodilatador) que é administrado em caso de dor precordial e procurar serviço de Urgência o mais rápido possível;
Melhora dos hábitos de vida: abandono do fumo, diminuição da ingesta de álcool, dieta hipossódica e baixo colesterol; 
Se cirurgia foi recomendada, orientar sobre o serviço de referência;
Intervenções de Enfermagem - Infarto
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Paciente que aguarda cirurgia cardíaca:
Paciente com cardiopatia não aguda podem ser internados no hospital no mesmo dia da cirurgia ou no dia anterior a ela.
Grande parte da avaliação pré-operatória é completada antes mesmo do paciente entre no hospital – diminui o estresse gerado pela cirurgia.
Histórico:
História pregressa familiar
Exame físico (sopros, engurgitamento, estado nutricional e hídrico, edemas)
RX de tórax, ECG, tipagem sanguínea, doação autóloga (próprio paciente)
Processo de enfermagem ao paciente que se submeteu à cirurgia cardíaca
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1. CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA (CEC)
Máquina que circula e oxigena mecanicamente o sangue para o corpo, enquanto desvia do coração e pulmões.
A máquina de coração-pulmão permite que os cirurgiões trabalhem em um campo cirúrgico sem sangue e mantém a perfusão para outros órgãos e tecidos do corpo enquanto o coração não está funcionando.
Procedimentos utilizados na cirurgia cardíaca
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CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA (CEC)
Princípio básico da instilação e utilização da CEC:
O circuito de circulação extra-corpórea é instalado de forma a drenar todo o sangue venoso do paciente.
Para tanto, o sangue deverá ser desviado ou por meio de 2 cânulas inseridas nas veias cavas superior e inferior ou por meio
de um tubo único no seu átrio direito.
Procedimentos utilizados na cirurgia cardíaca
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CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA (CEC)
A CEC faz com que o sangue proveniente das veias sistêmicas, geralmente veias cavas, seja drenado para um oxigenador que oferece oxigênio (O2) e retira dióxido de carbono (CO2) e envia o sangue com O2 para artéria Aorta.
Os circuitos da CEC são preenchidos por uma solução chamada perfusato, cuja composição pode ser com colóides ou cristalóides.
Procedimentos utilizados na cirurgia cardíaca
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Grande
Circulação
Pequena
Circulação
Corpo
Artéria Aorta
Sangue arterial O2
Veia cava superior e inferior
Sangue venoso 
CO2
Pulmões
Sangue venoso CO2
Artéria pulmonar
Veias pulmonares
Sangue arterial O2
AD
VD
AE
VE
Válvula mitral
Válvula tricúspide
Válvula aórtica
Válvula pulmonar
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CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA (CEC)
O ritmo de drenagem e de infusão sanguínea (fluxo de pressão) é controlado com o objetivo de manter as pressões venosa e arterial em níveis o mais próximo possível do normal.
A pressão venosa central é medida por um cateter introduzido em uma das veias periféricas do paciente e sua pressão arterial média por um cateter inserido na sua artéria radial.
Procedimentos utilizados na cirurgia cardíaca
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CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA (CEC)
Antes da cirurgia os aparelhos da CEC são preenchidos com solução de Ringer lactato ou glicosada.
A utilização de sangue ou plasma de doadores ou do próprio paciente depende de seu hematócrito, abaixo de 35%, as soluções acima mencionadas são substituídas por sangue total (500 – 1200 ml).
Procedimentos utilizados na cirurgia cardíaca
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ALTERAÇÕES DECORRENTES DA CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA (CEC)
Quando o procedimento é encerrado, o sangue é reaquecido a medida que passa através do circuito de CEC.
Enfermagem deve avaliar o estado do paciente durante a cirurgia, monitorando:
Débito urinário
PA
Eletrólitos
Exames de coagulação e ECG
Procedimentos utilizados na cirurgia cardíaca
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Cardiovasculares
hipovolemia – gerando hipóxemia 
Sobrecarga hídrica
Sangramento no pós-operatório
Disritmias
IAM, ICC
Distúrbios hidroeletrolíticos (hipocalemia – uso de diuréticos, hipercalemia – hemólise de hemáceas na máquina de CEC).
Principais complicações da cirurgia cardíaca
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Objetivos:
Obtenção ou manutenção da estabilidade hemodinâmica
Recuperação da anestesia geral
Realizadas na sala de recuperação anestésica ou UTI
Após estabilização hemodinâmica e anestesia geral – tranferência para cuidados intermediários
Alta: 3-5 dias após cirurgia
Intervenções de enfermagem no 
Pós-operatório de cirurgia cardíaca
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Monitorar ssvv (PA cada 15 min, pulsos periféricos, temperatura);
Monitorar nível de consciência;
Auscultar batimentos e ritmos cardíacos;
Administrar medicação prescrita;
Monitorar exames das enzimas cardíacas; níveis séricos dos eletrólitos e ECG;
Monitorar débito urinário;
Balanço hídrico rigoroso;
Avaliar e monitorar a dor (tipo, localização, duração)
Fornecer dieta hipossódica;
Usar técnica asséptica na troca do curativo da incisão cirúrgica e observar sinais de infecção;
Orientar paciente para o retorno progressivo das atividades;
Orientar melhora dos hábitos de vida: abandono do fumo, diminuição da ingesta de álcool, dieta hipossódica e baixo colesterol; 
Suporte emocional
Intervenções de enfermagem no Pós-operatório de cirurgia cardíaca
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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA -ICC
Falência cardíaca
Incapacidade do coração bombear sangue suficiente para satisfazer as necessidades de oxigênio e nutrientes dos tecidos, ou seja, o coração é incapaz de gerar um débito cardíaco suficiente para satisfazer às demandas do corpo.
Quando esta condição ocorre:
1. Diminuição no sangue enviado para o organismo
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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA -ICC
2. Redução da oxigenação dos tecidos, causando falhas em diversos processos do organismo, como deficiente remoção de água, sal e impurezas da corrente sanguínea.
3. Coração acelera seus batimentos na tentativa de compensar a falta de oxigênio tecidual >> sobrecarga de trabalho >> estresse na parede dos vasos. Gerando hipertrofia e/ou dilatação.
4. Resultado: edemaciação dos vasos sanguíneos, ocorrendo migração do líquido intravascular para os tecidos. Isto leva ao edema pulmonar, de MMII e da região abdominal.
Reversível mas em geral diagnóstico pro resto da vida.
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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
Hipertrofia de VE, Angina, Infarto, Miocardite, Estenose ou Insuficiência valvar
Hipertrofia de AE
Congestão de veias pulmonares
Congestão de artéria pulmonar
Hipertrofia de VD
Hipertrofia de AD
Congestão de VCI e VCS
Congestão jugular
ICC
Contração (sístole) diminuída
Enchimento (diástole) diminuída
Ambos
> Carga de trabalho > Estresse na parede dos vasos
Hipertrofia e/ou dilatação
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Sintomas - ICC
Sinais e sintomas de sobrecarga hídrica e perfusão tissular inadequada.
 
Características clínicas: cansaço, fadiga, PA convergente, cianose, edema, dor abdominal, ascite.
Gerais: pele pálida e cianose (perfusão diminuída para os membros) e edema por gravidade (MMII)
Cardiovasculares: taquicardia, Terceiro batimento cardíaco (B3), sopros
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Sintomas - ICC
Cerebrovasculares: tontura, confusão
Gastrointestinais: náuseas, fraqueza, ganho de peso (retenção de líquido) e ascite;
Renais: frequência urinária diminuída durante o dia (FS para rins diminui – perfusão diminuída e débito urinário diminuído) e noctúria (pct está dormindo, a carga de trabalho cardíaca diminui – perfusão renal melhora – micção frequente a noite)
Respiratórios: dispnéia ao esforço, ortopnéia 
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Diagnóstico - ICC
Características clínicas: cansaço, fadiga, PA convergente, cianose, edema,dor abdominal, ascite.
RX tórax – hipertrofia do coração
Ecocardiografia - funcionamento
ECG - funcionamento
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Complicações - ICC
Edema Agudo de Pulmão
Choque Cardiogênico
Derrame pericárdico (acúmulo anormal de fluidos na cavidade pericárdica)
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Tratamento - ICC
Tratamento: medicamentoso e alterações do estilo de vida
Objetivos: 
Eliminar ou reduzir fatores etiológicos, principalmente os reversíveis.
Reduzir a carga de trabalho do coração
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Tratamento - ICC
Medicamentos:
Digitálicos: aumenta a força de contração do miocárdio, aumenta o débito de VE e aumenta diurese).
Diuréticos: eliminação de água e sódio – diminui edema
Vasodilatadores
Inibidores da ECA (diminuem a carga de trabalho do coração – vasodilatação e diurese)
Cirúrgico:
Cardiomioplastia (aumenta força de contração do coração)
Transplante
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PROCESSO DE ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICO:
Débito cardíaco diminuído caracterizado por disritmia cardíaca, presença de edema, fadiga, palidez, oligúria, relacionada a contratilidade cardíaca alterada. 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Repouso no leito com cabeceira elevada e MMII pendidos
Aferir ssvv
Auscultar sons pulmonares – identificar estertores
Instalar monitor cardíaco, oxímetro de pulso e oxigenoterapia (se congestão pulmonar e hipóxia ou apenas durante a atividade)
Realizar balanço hídrico rigoroso
Monitorar débito urinário
Pesar diariamente o paciente
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Intervenções de enfermagem - ICC
Avaliar edema
Avaliar sintomas de sobrecarga hídrica (ortopnéia, disnéia ao esforço)
Administrar medicação prescrita
Suporte emocional
CTI: 
Repouso no leito com meias elásticas em MMII, 
Rigoroso balanço hídrico
24 horas: Manter jejum
Após 24 horas: paciente pode sentar no leito.
	3º dia: paciente pode se levantar, tomar banho de cadeira
Enfermaria: 
Banho de aspersão de cadeira; 
Fornecer orientações para alta:
Orientar a monitorar peso diariamente e observar edema
Orientar melhora dos hábitos de vida: abandono do fumo, diminuição da ingesta de álcool, dieta hipossódica e de baixo colesterol; 
 
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Referências
SMELTZER, S. C., BARE, B. G. Brunner & Suddarth Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009
Os ateromas são placas, compostas especialmente por lípidos e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. O volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo ocasionar obstrução total em algum ponto do vaso.
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