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ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO EM CHAMA – FOTOMETRIA DE CHAMA Espectrometria de Emissão Atômica A Espectrometria de Emissão em Chama, FES é uma técnica analítica relativamente simples mas poderosa para determinações de metais facilmente excitáveis, como sódio, potássio, lítio e cálcio. Apesar da existência de técnicas de emissão atômica mais avançadas, como aquelas baseadas em plasma, a FES ainda encontra bastante uso em análises clínicas e em laboratórios industriais para determinação de íons sódio e potássio, apesar de estar sendo substituída por métodos íon-seletivos. Espectrometria de Emissão Atômica 1752: Melville (Na): Fotometria de chama chama de ar/GLP ou ar/acetileno emissão de átomos (Na, K, Li e Ca) T= 1700 – 3000 °C amostras líquidas Na e K em fluídos biológicos interferências espectrais interferências químicas: C2O4 2-, SO4 2-, PO3 2- e AlO2- Baseia-se na excitação de átomos neutros de Na, Li, Ca e K obtida pelo uso de uma chama Fotometria de chama Chama: sistema composto por gases à alta temperatura Ar-GLP (1700 – 1900 °C) ou Ar-acetileno (2125 – 2397 °C) Os átomos excitados voltam ao seu estado fundamental com emissão de um fóton de radiação que pode ser identificado e medido Na (589,0 ou 589,6 nm), K (766,5 nm), Li (670,8 nm) e Ca (422,7 nm) Esquema simplificado de um fotômetro de chama comercial • Preço : ~ R$ 4300,00 • Faixa linear: 0 – 100 mg L-1 • Boa repetibilidade média: RSD 1% • Volume de amostra: de 3-5 mL • Tempo de leitura: 6-8 s Na medida da intensidade de uma determinado analito tem-se os seguintes processos representados na figura abaixo: Fotometria de chama Sinal analítico A intensidade de emissão em cada raia atômica depende de: a) Fração evaporada do sal introduzido; b) Fração das moléculas evaporadas que dissocia; c) Fração dos átomos formados que não ioniza; d) Fração de átomos não ionizados que são excitados; e) Probabilidade de transição a um estado inferior; f) Energia do fóton (transições de menor energia são mais prováveis); g) Auto-absorção. Fotometria de chama Sinal analítico Influência de solventes orgânicos: • A presença de solventes orgânicos misturados à água acentua notavelmente a intensidade de emissão; • Solventes orgânicos puros, na ausência de água, produzem emissão mais intensa, mas não é prático trabalhar somente com solventes orgânicos; • Os efeitos dos solventes orgânicos são vários: • Diminuição da viscosidade; • Diminuição da tensão superficial; • Diminuição da densidade; • Aumento da velocidade de evaporação; • Reduz o efeito de esfriamento da chama pela água e contribuem para o aumento da temperatura pela sua queima. Interferências em Fotometria de chama Interferências espectrais resultam da sobreposição de linhas de Absorção ou Emissão do analito e de outras espécies (atômicas, moleculares e partículas que emitem espectro contínuo). Ex: Sr(OH)2 emite na mesma região que o Li em 670,8 nm FES é mais suscetível a interferências espectrais do que AAS, dada a menor T da chama que leva a maior formação de espécies moleculares. Interferências químicas resultam da reação do analito com uma outra espécie formando uma molécula radical, óxido, hidróxido, etc.... Ou da ionização do vapor atômico. Formação de compostos estáveis, muito comum com Ca2+ (formação de sais de C2O4 2-, SO4 2-, PO3 2- e AlO2-) Interferências em Fotometria de chama Interferências físicas - Viscosidade (e Ionização) Em geral, para minimizar interferências: Preparar os padrões em um meio “semelhante” ao da solução de amostra Otimizar a temperatura da chama (solventes orgânicos podem ser usados) Utilizar (quando necessário) o “método de adição de padrão” Minimizando as interferências em Fotometria de chama Interferências espectrais - Variar o comprimento de onda da leitura Interferências químicas Reação do Ca2+ com PO4 3- ou SO4 2- ou OH- Ca2+ + SO4 2-→CaSO4(S) Ti4+, V4+, Al3+ + O2 →ÓXIDOS (refratários) SOLUÇÕES: 1) Aumentar a Temp. da chama C2H2 + ar → C2H2 + NO2 2) Substituição do analito na reação, p. ex. adicionar La2+ ou Sr2+ à amostra, os quais que substituem o Ca na reação. 3) Adição de EDTA para complexar o Ca2+ e minimizar a reação do Ca2+ com PO4 3- ou SO4 2-. Minimizando as interferências em Fotometria de chama Interferências químicas Ionização do analito M(g)→M+(g) + e- A ionização do analito (Na, Ca, Sr, Ba) diminui a população de átomos no estado vapor e consequentemente reduz a Abs e/ou a Emissão. Em ambas as técnicas (AAS e FES) deseja-se suprimir a ionização. SOLUÇÕES: 1) diminuir a Temp. da chama. 2) Adição de um elemento com mais baixa energia de ionização (Cs, Na, K), assim estes elementos liberam um excesso de e- na chama que minimizam a ionização do analito. Minimizando as interferências em Fotometria de chama Interferências químicas Efeitos matriz (diminuição da eficiência de nebulização, de transporte do aerossol ou da atomização). SOLUÇÃO: adição da matriz aos padrões ou uso da técnica de adição padrão. Geração de fumaça/partículas que espalham a radiação da fonte ou que emitem bandas espectrais. SOLUÇÃO: lâmpada de D2. Interferências do Branco do procedimento e contaminação. Minimizando as interferências em Fotometria de chama Interferências físicas (*) Se o analito não for o Li. Neste caso, o Cs pode ser usado como tampão sais de Li* “Tampão” iônico Padrão interno evita a ionização do analito compensar diferenças na viscosidade Vantagens da Fotometria BAIXO CUSTO (frente a outros métodos espectrométricos) SIMPLICIDADE OPERACIONAL (adequada a rotinas) DESEMPENHO ANALÍTICO SATISFATÓRIO (boas exatidão, precisão e limites de detecção) Determinação de potássio solúvel em fertilizantes por fotometria de chama Preparo do extrato Determinação de potássio solúvel em fertilizantes por fotometria de chama Procedimento experimental
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