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Contabilidade 2016 Iº modulo -.docx

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REPÚBLICA DE ANGOLA
“Academia do Saber”
Luanda, 2016
INTRODUÇÃO
Durante sua evolução o Homem produzia sempre os seus bens e prestava serviço para a satisfação das suas necessidades e da comunidade onde estava inserido, depois começou a acumular os seus bens com o intuito de trocar com outros bens. Mas com o aparecimento da moeda esse bem poderia ser vendido por um valor monetário. Dai surge a necessidade de arrumar os bens e vende-los a um preço superior ao da Produção e isto permitiu a criação de uma estrutura apropriada que é a empresa onde todos os factos poderiam ser planificados, analisados, executados e controlados.
Para o crescimento e desenvolvimento das empresas criou-se uma ferramenta ou técnica para o registo dos factos patrimoniais. Esta técnica chama-se CONTABILIDADE.
Iº MODULO
1-Conceitos Gerais
	Atividade económica: é o conjunto das operações que consistem em utilizar os recursos disponíveis para a produção de bens e serviços e que se dirigem basicamente a satisfação das necessidades, onde se estabelecem múltiplas relações entre os diversos agentes económicos e que originam fluxos monetários.
	Essas atividades podem ser consideradas em três óticas:
Financeira
Diz respeito ao endividamento da empresa perante o exterior. Está diretamente relacionado com a numeração dos bens e serviços vendidos.
Económica 
Nesta ótica está ligada a transformação e incorporação dos diversos materiais ou meios até se atingir o produto (bem ou serviço) final. Os valores incorporados e gastos na produção designam-se custos. Por sua vez, os produtos acabados ao serem vendidos constituem proveitos. Em síntese a empresa ao consumir bens e serviços tem custos; ao vende-los, tem proveitos.
Tesouraria 
Por último é a ótica de tesouraria ou de caixa e corresponde as entradas e saídas monetárias ou de dinheiro da empresa. (recebimentos e pagamentos).
	1.2- A empresa, definição e classificação.
 	Empresa são conjuntos organizados (organismo económico) de meios materiais, financeiros e humanos orientados com o objetivo de produção de bens e serviços para a satisfação das necessidades dos consumidores, tendo em vista a obtenção de lucros.
	Dentre os vários critérios de classificação das empresas os mais importantes são:
	Quanto a sua propriedade as empresas podem ser:
	Empresas públicas: são aquelas em que o estado é o detentor do capital.
		Ex: Sonangol EP, Edel, EPAL, etc.
	Empresas privadas: aquelas em que os particulares são detentores do capital.
	Empresas Mistas: são aquelas empresas em que há participação do estado em 51% do capital no mínimo, e a entidade privada de ser detentora de 49% do capital no máximo.
	
Classificação Jurídica
	Segundo a classificação jurídica, as empresas podem ser:
Empresas em nome individual: são aquelas em que apenas existe uma pessoa que é detentora do património da empresa, e que tendo capacidade para praticar atos de comércio, faz deste comercio a sua profissão obtendo uma responsabilidade ilimitada.
Empresas coletivas ou sociedades: são empresas que a detenção do seu capital pertence a varias entidades, tradicionalmente existe quatro tipos de sociedades comerciais que são:
Em nome coletivo: é o tipo de sociedade em que todos os sócios possuem responsabilidade ilimitada e solidárias ao valor das quotas.
Sociedade por quotas: aqui a responsabilidade dos sócios é limitada ao valor das quotas subscritas, assim, denomina-se quota do capital subscrito e realizados por quota ou sociedade.
Este tipo de sociedade caracteriza-se pelo adiamento «Lda.».
Capital subscrito é que consta da escritura de constituição da sociedade, neste processo, os sócios simplesmente têm o compromisso de contribuir a quota.
Capital realizado é quando os sócios efetivamente põem a disposição o capital subscrito sobre a sociedade.
Em comandita: nesta sociedade a sua sigla é «Cta» e existe dois tipos de sócios os comanditados e os comanditários:
Sócios Comanditários: aqueles que entram na sociedade com o capital necessário ao funcionamento e a atividade da empresa eles têm responsabilidade limitada.
Sócios comanditados: não entram com o capital mas sim põem o seu trabalho ao serviço da empresa e têm responsabilidade ilimitada.
Anonimas: têm o nome de sociedade anonima porque por vezes tem um elevado número de sócios que não se conhecem uns aos outros. As responsabilidades dos acionistas limitam-se ao valor das ações subscritas, cuja sigla representa, SARL.
Classificação económica
De acordo com esta classificação, as empresas dividem-se em: comerciais, de serviços e industriais.
Empresas industriais: são aquelas que vendem aquilo que transformam ou fabricam.
Empresas comerciais: são aquelas que vendem aquilo que compram sem qualquer transformação de fundo.
Empresas de prestação de serviços: são aquelas que comercializam serviços.
2- A CONTABILIDADE 
2.1-Historial sobre a evolução da contabilidade
	A contabilidade existe desde os primórdios da civilização e, durante um longo período, foi tida como a arte da escrituração mercantil. Utilizava técnicas específicas que foram aperfeiçoando e especializando, sendo algumas delas aplicadas até hoje. Não obstante a origem milenar da contabilidade, é identificada por historiadores como praticadas em tempos remotos da civilização, embora de forma rudimentar e não sistematizada. O homem enriquecia, e isso impunha o estabelecimento de técnicas para controlar e preservar os seus bens. Aí se inicia a história da contabilidade. Ela desenvolveu-se no século XV, em 1494, com o tratado da contabilidade em partidas dobradas de Luca Paccioli.
	Apôs a 2ª guerra mundial é que precisamente surgem novas interpretações da contabilidade, que muito vão significar para gestão de empresas.
	Atualmente, a contabilidade está bastante desenvolvida, como consequência da contribuição que muitos autores têm dado, dos novos processos utilizados e ainda devido a evolução tecnológica que possibilita uma melhor recolha de informações e facilita o tratamento dos dados.
	Devido a vários fatores e circunstâncias, sentiu-se a necessidade de uma regulamentação geral da organização contabilística da empresa, de modo a que todos falassem a mesma língua e obedecessem as mesmas leis. Surge então a Normalização contabilística. O movimento de normalização refletiu-se nos vários países. Em 1937 surgiu o plano contabilístico alemão. Em 1947, publicou-se em frança o plano nacional. A experiencia francesa foi muito importante para a evolução da normalização contabilística.
		2.2-Conceito de contabilidade
	A contabilidade é uma ciência de natureza económica cujo objetivo é a realidade económica passada, presente e futura de qualquer unidade económica. Entretanto é também uma ferramenta de gestão para o registo dos factos patrimoniais de uma organização.
	Mais importante do que definir a contabilidade será referir os temas que ela aborda e a sua utilidade. Este curso permitira a qualquer agente económico registar com precisão as operações que manteve com outros intervenientes e saber quais as alterações ou consequências que dai advieram, não só para a composição como também para o valor do património. Além disso, fornecerá informações e meios apropriados para que os responsáveis da empresa possam tirar lições do passado, justifiquem o presente e preparem o futuro. A função contabilística existe sempre em qualquer entidade privada ou pública, só que numas pode estar bem organizada e ser eficiente, enquanto noutras se pode num estado elementar. 
		2.3- Funções da contabilidade
	As funções básicas da contabilidade são hoje em dia as seguintes: do registo dos factos patrimoniais, de controlo de toda atividade desenvolvida pela empresa as avaliações por ela produzidas, armazenadas e por fim a de previsão a curto, médio ou longo prazo dos factos que com ela se relacionam e podem condicionar a sua atividade.
	Função de Registo: consiste em registar todosos factos que provocam alterações no património da empresa. Para a contabilidade cumprir esta missão, a empresa deve munir-se de todos os documentos obrigatórios ou facultativos que tornem apta a fornecer informações claras, precisas e concisas a todos interesses na sua vida. Quer isto que o papel da contabilidade na empresa começa ainda antes de a empresa entrar em funcionamento é por isso que devemos dividir a função de registo em duas fases:
1ª Fase da montagem da empresa: 
Inclui escolher os modelos de impressos adequados ao tipo de empresa e as informações que se pretende obter;
Conhecer em perfeição o circuito de cada impresso, de modo a haver boa coordenação entre os vários serviços da empresa;~
Adquirir e registar os livros obrigatórios, de acordo com o estipulado no código comercial (artigo 31). Os livros obrigatórios são:
-Diário: regista cronologicamente as operações que modificam o património da empresa, quer quantitativamente quer qualitativamente.
-Razão: regista os movimentos da empresa.
-Inventario e balanço: registam no início da atividade económica todos os valores ativos e passivos da empresa, bem como o balanço da mesma, a que por lei foi obrigada;
-Livro de atas (obrigada a todas sociedades): nelas se regista as atas de todas reuniões de negócios.
	2ª Fase de análise do funcionamento
		Já em funcionamento, a empresa deve possuir uma contabilidade que registe todos os factos que lhe dizem respeito, pelo registo deve apurar-se claramente: 
A situação da empresa em determinado momento.
Resultado obtido em cada exercício.
Função de Controlo
O controlo aqui suponha várias perceções:
Permite o cálculo de indicadores de gestão;
Permite perceber como o resultado foi alcançado;
Serve como instrumento de comparação com os valores alçados;
Operar (fazer) uma análise transversal entre os dados de uma empresa com as empresas do mesmo sector.
Função Avaliação
A contabilidade fornece a informação para avaliação do valor intrínseco matemático e o valor de cada elemento que compõe a atividade da empresa.
Determinação do capital;
O valor da empresa;
Determinação do valor dos terceiros;
A determinação do valor das existências;
A determinação da produtividade.
Função de Previsão
A contabilidade fornece a informação que permite a definição dos objetivos e metas a alcançar pela empresa depois fornece as realizações que são comparadas com as previsões estabelecidas para extrair, apurar os desvios, explicar as causas e determinar as responsabilidades.
2.4-Objetivos da contabilidade
	Uma contabilidade bem montada, organizada e atualizada é uma importante fonte de informações para todos os possíveis interessados (sócios, gestores, Estado, credores, concorrentes, etc.) Os objetivos sintetizam-se nos seguintes:
Verificar a eficiência e a racionalidade de vários departamentos da empresa;
Responsabilizar os diversos intervenientes pela atuação;
O registo, o controlo, a avaliação e a análise da atividade empresarial;
A avaliação dos elementos patrimoniais da empresa, o cálculo do preço de custo e do preço de venda e, sobretudo, a análise da situação económico-financeira através do Balanço e da produtividade.
2.5-A contabilidade como instrumento de gestão
Já vimos que a contabilidade, para além de uma técnica de registos de factos patrimoniais, constitui um eficiente meio de gestão, uma vez que permite estabelecer opções entre diferentes alternativas possíveis.
	Se a contabilidade é, pois uma ferramenta de gestão, isso significa que os gestores necessitam do produto dos sistemas contabilísticos para governarem as empresas. A informação contabilística financeira é a que no âmbito de uma gestão moderna, torna ainda mais presente a existência, na empresa, de sofisticados e eficazes sistemas de informação. A contabilidade é uma técnica de informação ao serviço da empresa.
	O património é o campo de atuação da contabilidade, e representa o conjunto de Bens, Direitos (valores a receber) e obrigações (valores a pagar) de propriedade de uma pessoa física ou jurídica.
	O campo de aplicação da contabilidade se estende a todas as entidades que possuam património, sejam pessoas físicas ou jurídicas de fins lucrativos ou não. Tais entidades são unidades económico-administrativas, cujos objetivos podem ser sociais e/ou económicos.
	2.6 Divisões da contabilidade geral
A primeira divisão da contabilidade refere-se ao espaço da empresa:
Contabilidade externa: regista as operações externas da empresa no seu todo referem-se ao lucro global e elaboração do balanço anual. Os seus utilizadores principais são entidades externas prestando contas as mesmas.
Contabilidade interna: regista as operações efetuadas no seio da empresa, apurando o resultado a nível mais elementar, nomeadamente por cliente, produto, departamento, etc.
Contabilidade Orçamental ou previsional: exprime os resultados das provisões, permite a elaboração fundamentada dos planos de atividade e a formulação de regras a que ação se deve subordinar traduzindo a estrutura e atividade desejada no futuro.
Contabilidade Histórica: dá a conhecer o que efetivamente se faz e proporciona uma visão retrospetiva da gestão. Até que ponto os objetivos fixados são alcançados de facto reflete o passado e é fundamental para estabelecer o controlo da contabilidade previsional.
Os princípios requeridos para uma boa informação contabilística têm de satisfazer os seguintes requisitos:
Relevância: a qualidade que a informação tem de influenciar as decisões dos seus utentes e ajuda-los a avaliar os acontecimentos passados, presentes e futuros capazes de confirmar e corrigir as suas avaliações.
Oportunidade: a informação contabilística deve ser oportuna, com vista a colmatar possíveis irregularidades.
Verificabilidade: as informações divulgadas devem ser transparentes e permitir a sua revisão.
Objetividade: a informação contabilística deve divulgar a realidade.
Quantificação: toda informação deve ser expressa em unidades monetárias.
			
3- O Património
O património	é o conjunto de tudo o que pertence a um individuo ou podemos dizer que é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações pertencentes a uma entidade em determinado período. 
O património pode ser reconhecido a partir de dois documentos nomeadamente: Balanço e Inventario. Os elementos que compõem o património são:
Bens: elementos corpóreos ou tangíveis (edifícios, maquinas, viaturas, mercadorias, dinheiro, etc.);
Direitos: elementos incorpóreos, os créditos da empresa ou as dividas a receber; 
Obrigações: são elementos incorpóreos, os débitos da empresa ou dividas a pagar.
Os elementos patrimoniais (bens, direitos e obrigações) são representados em valores monetários e apresentam as seguintes características:
Titularidade, pertencente a uma entidade;
Heterogeneidade, são diferentes entre si- caixa, banco, mercadorias…;
Pecuniaridade, são suscetiveis de conversão em valores monetários. A que se refere o PGC, no ponto 1.4 na pág. 20;
Algebricidade, uns têm valores positivos, outros negativos – proveitos e ganhos, custos e perdas
Complementaridade, o conjunto dos elementos patrimoniais, definem a entidade a que pertencem – empresa.
O património ainda é classificado em:
Património individual: quando é propriedade de um só individuo;
Património Social: se for propriedade de uma coletividade (sociedade, Organização);
Património nacional: aqui trata-se do património de uma nação incluindo o público e o privado.
As massas patrimoniais
	O património é representado através das massas patrimoniais. Podemos definir as massas patrimoniais como sendo o conjunto de elementos que têm a mesma funcionalidade económica ou financeira.
	Bens e Direitos são valores positivos e Obrigações são Valores negativos.
Valor do Património corresponde a sua expressão monetária que é Situação Líquida.
Os tipos de Massas patrimoniais
	A contabilidade não utiliza a nossa linguagem, ela usa a linguagem das contas. Na apresentação da situação patrimonial e financeira as contas são agrupadasem massas gerais e parciais.
	Massas Gerais
Ativo: corresponde aos valores positivos (bens e diretos), o valor que a empresa possui. 
	Passivo: corresponde aos valores negativos (obrigações), conjunto de valores a pagar.
	Capital próprio ou Situação: corresponde ao valor do património, determinado pela diferença entre ao Ativo e o Passivo, ou entre bens direitos e obrigações.
	Massas Parciais
	No ativo encontramos as seguintes massas:
Ativo fixo ou não corrente: são os bens e direitos destinados a permanecer na empresa no período superior a um ano, com carater de permanência na empresa.
	Ativo circulante ou corrente: são os bens e direitos destinados a estarem na empresa num período inferior a um ano, incluem elementos renováveis, cuja mutação representa dinamismo e atividade na empresa. Ainda subdividem-se em:
	Existência: são os elementos que têm facilidade em se transformar em disponibilidades (mercadorias).
	Terceiros: são os valores que a empresa tem a receber de outras entidades.
	Disponibilidades: corresponde ao dinheiro que existe nos cofres da empresa, nos depósitos bancários ou aplicadas em títulos negociáveis. 
	
No passivo temos as seguintes massas:
	Passivo não corrente ou débito ou exigível de médio e longo prazo: inclui todas as obrigações ou dividas a terceiros com o prazo superior a um ano.
	Passivo corrente ou débito ou exigível de curto prazo: inclui o conjunto dos valores a pagar com o prazo inferior a um ano. 
Exercício de aplicação sobre o património nº o1 
A empresa Angomoveis, Lda. Em 20 do mês passado apresentou os seguintes elementos patrimoniais (valores em kwanzas):
Depósitos no Banco BIC ---120.000.00
Edifício --- 900.000.00
Fornecedores --- 75.000.00
Mobiliários diversos para venda --- 750.000.00
Dinheiro em cofre --- 250.000.00
Credito a Mobilux, Lda. --- 500.000.00
Empréstimo do banco BAI a 5 anos --- 2.000.000.00
Camião --- 1.200.000.00
Imposto a pagar --- 65.000.00
Debito ao Armazém Valódia, Lda. --- 550.000.00
Depósitos no Banco BAI --- 580.000.00
Pretende-se:
Elaboração do mapa patrimonial
Mapa do Património
	Descrição
	Bens
	Direitos 
	Obrigações
	Depósitos no Banco BIC
	120.000.00
	
	
	Edifício
	900.000.00
	
	
	Fornecedores
	
	
	75.000.00
	Mobiliários diversos para venda
	750.000.00
	
	
	Dinheiro em cofre
	250.000.00
	
	
	Credito a Mobilux, Lda.
	
	500.000.00
	
	Empréstimo do banco BAI a 5 anos
	
	
	2.000.000.00
	Camião
	1.200.000.00
	
	
	Imposto a pagar
	
	
	65.000.00
	Debito ao Armazém Valódia, Lda.
	
	
	550.000.00
	Depósitos no Banco BAI
	580.000.00
	
	
	Total
	3.800.000.00
	500.000.00
	2.690.000.00
Determinação do valor do património
	Massa patrimonial
	 Activo
	Passivo
	Descrição
	Bens (+)
	Direitos (-)
	Obrigações
	Valor do património ou Situação líquida
	3.800.000.00
	500.000.00
	2.690.000.00
	Valor do património ou Situação líquida
	(=)
	1.610.000.00
Reconhecimento do património.
O património pode ser reconhecido através de dois documentos, Inventario e Balanço.
Exercício de Aplicação nº2
A empresa MFM, Lda., que se dedica a comercialização de materiais e equipamentos informáticos, em 12/04/2014, apresentou os seguintes elementos patrimoniais (valores em AKZ).
Dinheiro em cofre 2.000.000.00
Empréstimo no Banco BAI 2.500.000.00
Computador para uso exclusivo 800.000.00
Débito á DDM 1.200.000.00
Materiais informáticos diversos 1.500.000.00
Edificio 1.800.000.00
Crédito á Sogester 950.000.00
Débito á Síntese, Lda. 900.000.00
Dépositos á prazono Banco BIC 2.000.000.00
Divida ao fornecedor de combustível 500.000.00
Depósitos á ordem Banco Besa 1.200.000.00
Pretende-se:
Elaboração do mapa patrimonial.
Determinação do valor do património.
3.1- A conta
	A conta é um conjunto de elementos patrimoniais, com características comuns e homogéneas, expressos em unidades monetárias. A conta constitui a base de toda a escrituração, visto que é a partir dela que se desenvolve o trabalho contabilístico. Permite registar todas as variações sofridas pelos elementos patrimoniais que nela se englobam. As contas, como classe de valores, apresentam características próprias:
 Título ou compressão da conta: é o nome da conta, ou seja, qualidade que caracteriza o conjunto de elementos patrimoniais (caixa, depósitos á ordem).
Extensão: conjunto de elementos patrimoniais que satisfazem as condições previamente definidas (o valor ou saldo da conta).
Homogeneidade: a conta só deve conter os elementos patrimoniais que tenham as mesmas características.
Integralidade: todos os elementos patrimoniais que tenham as mesmas características devem estar incluídos na mesma conta.
Funções da Conta
As contas têm funções como:
Classificativa: que permite a escrituração mercantil.
Histórica: permite comparações entre o passado e o presente.
Numérica: tem expressão monetária-saldos.
Prespectivas: permite fazer previsões.
Elementos da conta
Titulo- é o nome da conta.
Código- número da conta.
Débito- é o estado de vida da conta e é representado pela abreviatura D.
Crédito- é o estado haver da conta e é representado pela abreviatura C.
Saldo- é a diferença entre o débito e o crédito.
Natureza do saldo de uma conta
Os saldos das contas podem ter naturezas diferentes, como podemos observar mais abaixo.
Devedor. Quando o débito é maior que o crédito.
Credor: quando o crédito é maior que o débito.
Nulo: quando o débito é igual ao crédito, conta saldada.
Classificação e divisão das contas
 Podemos classificar as contas segundo as suas massas patrimoniais:
	
Contas do balanço
	1
2
3
4
5
	Meios fixos e investimentos
Existências 
Terceiros
Meios monetários
Capital próprio
	Ativo
Ativo
Ativo e Passivo
Ativo
Capital Próprio
	
Contas de Resultados
	6
7
8
	Contas de proveitos e ganhos
Contas de custos e perdas
Resultados
	Demonstração de Resultados
Demostração de resultados
Demonstração de Resultados e Balanço.
	Contas do Balanço
	Contas do Ativo
	Nat. Saldo
	Contas do Passivo
	Nat. Saldo
	11-
	
Devedor
	32- Fornecedores
	
Credor
	12-
	
	33- Empréstimos
	
	13-
	
	34- Estado
	
	…
	
	36- Pessoal
	
	26- Mercadorias
	
	…
	
	31- Clientes
	
	Capital próprio ou Situação líquida
	
Credor
	41- Títulos Negociáveis
	
	51- Capital
	
	42- Depósitos á Prazo
	
	55- Reservas
	
	43- Depósitos á Ordem
	
	81- Resultados transitados
	
	45- Caixa 
	
	88- Resultado líquido do exercício
	
	Contas de proveitos e ganhos 6
	Nat. Saldo
	Contas de custos e perdas 7
	Nat. Saldo
	61- Vendas
	
Credor
	71- Custos de exist. Vendidas e consumidas
	
Devedor
	62- Prestações de serviço
	
	72- Custos com Pessoal
	
	63- Outros proveitos suplementares
	
	73-Amortizações do exercício
	
	64- Variação da produção
	
	75- Outros custos Operacionais
	
	65- Trabalhos p/ própria empresa
	
	76- Custos e perdas financeiras gerais
	
	68- Proveitos e ganhos não operacionais
	
	78- Custos e perdas não operacionais
	
	69- Proveitos e ganhos extraordinários
	
	79- Custos e perdas extraordinários
	
	
	
	
	
	Resultados
	82- Resultado Operacional
	
Livre
	85- Resultado não operacional
	
Livre
	83- Resultado financeiro
	
	86- Resultado extraordinário
	
3.2- O Inventario
	O Inventario: é uma relação dos elementos patrimoniais de uma empresa com indicação da sua respectiva quantidade, preço e valor.
	
Existem dois tipos de inventário, simples e classificado:
Inventario Simples: é quando os seus elementos não obedecem a qualquer ordem.
Inventario Classificado: é quando os seus elementos são agrupados segundo a sua natureza, característica ou função.
O inventário está composto por dois grupos: Ativo e Passivo.
O inventário apresenta três características:
É estático: porque apresenta a relação dos elementos patrimoniaisem determinado momento.
É quantitativo: porque os elementos estão valorizados em moedas.
É qualitativo: porque desta lista fazem parte todos os elementos patrimoniais da empresa nesse momento.
Representação gráfica do inventário
O inventário pode ser representado de uma das duas formas aqui citadas:
Vertical – quando os elementos do ativo e do passivo encontram-se num mesmo quadro, estando os elementos do Ativo em cima e os do Passivo em baixo.
Horizontal – quando os elementos do Ativo e do Passivo estão num quadro com duas colunas ficando, na coluna esquerda o Ativo e na direita o Passivo.
Fases de elaboração do inventário
Em contabilidade procura-se o inventário quando se analisam os elementos patrimoniais de uma empresa com vista a descriminação e valorização. Na elaboração dos inventários distingue-se 4 etapas:
Arrolamento ou identificação de todos elementos – consiste em agrupar os elementos patrimoniais existentes.
Classificação dos elementos em conta – consiste em agrupa-los nas respetivas contas.
Descrição – descreve-os nas suas respetivas contas.
Avaliação – consiste em atribuir o seu respetivo valor a cada um dos elementos.
Atualmente tem-se em conta apenas duas etapas que são a identificação e da avaliação.
Aplicação sobre inventario
A empresa MKS, Lda. Apresentou os seguintes elementos patrimoniais em 01 de Janeiro de 2014:
Um Empréstimo de medio a longo prazo 12.000.000,00
 Armazém com escritório 6.500.000,00
Monta-cargas 1.400.000,00
Quatro Viaturas 3.200.000,00
Cinco Secretarias com cadeiras em uso 50.000,00/1
3 Estantes para arquivos em uso 32.000,00/1
Gerador uso exclusivo 1.800.000,00
Pacote de software de contabilidade/ Adm 585.000,00
 8 Computadores para uso 87.600,00/1
 25 Computadores para vendas 55.000,00/1
 15 Estantes para vendas 330.000,00/1
 18 Televisores para vendas 55.000,00/1
 Mobiliário de Escritórios completo 285.000,00
66 Mobiliários de lar diversos 1.950.000,00 p/vendas
 Mercadorias diversas em trânsito 516.800,00
Pretende-se:
Identificação dos elementos ativos e passivos
Elaboração do inventário simples
Elaboração do inventário geral e classificado.
Resolução:
Inventário simples ou corrido
Inventário simples da MKS; Lda.
	Ativo
	Quantidade
	Preço
	Valor
	Armazém com escritórios
Monta-cargas
Viaturas
Secretarias com cadeiras
Estantes p/ arquivos
Gerador
Software de contabilidade/ adm
Computadores p/ uso exclusivo
Computadores p/ vendas
Estantes p/ vendas
Televisores p/ vendas
Mobiliários diversos p/ escritório
Mercadorias diversas em transito
Mobiliários diversos p/ lar
	1
1
4
5
3
1
1
8
25
15
18
1
1
66
	6.500.000,00
1.400.000,00
800.000,00
50.000,00
32.000,00
1.800.000,00
585.000,00
87.600,00
92.000,00
22.000,00
55.000,00
285.000,00
516.000,00
29.545,45
	6.500.000,00
1.400.000,00
3.200.000,00
250.000,00
96.000,00
1.800.000,00
585.000,00
700.800,00
2.300.000,00
330.000,00
990.000,00
285.000,00
516.800,00
1.950.000,00
	Total do Ativo
	
	
	20.903.600,00
	Passivo
Empréstimo de médio longo prazo
Total do EML/P
	
	
	
12.000.000.00
	
	
	
	12.000.000,00
	Total do Passivo
	
	
	12.000.000,00
	
	
	Ativo
	Quantidade
	Preço
	Valor
	
1
11
12
2
26
3
4
	
Meios fixos e investimentos
Imobilizações corpóreas
Armazém com escritórios
Monta-cargas
Viaturas
Secretarias com cadeiras
Estantes p/ arquivos
Gerador
Computadores p/ uso exclusivo 
Sub total
Imobilizados incorpóreos
Software de contabilidade/ adm
Subtotal
	
1
1
4
5
3
1
8
1
	
6.500.000,00
1.400.000,00
800.000,00
50.000,00
32.000,00
1.800.000,00
87.600,00
585.000,00
	
6.500.000,00
1.400.000,00
3.200.000,00
250.000,00
96.000,00
1.800.000,00
700.800,00
	
	
	
	
	13.946.800,00
	
	
	
	
	
585.000,00
585.000,00
	
	Total dos meios fixos
	
	
	14.531.800,00
	
	Ativo corrente 
Ativo realizável
Existências
Mercadorias
Computadores p/ vendas
Estantes p/ vendas
Televisores p/ vendas
Mobiliários diversos p/ escritório
Mercadorias diversas em trânsito
Mobiliários diversos p/ lar
Sub total
Contas a receber
Sub total
	
25
15
18
1
1
66
	
92.000,00
22.000,00
55.000,00
285.000,00
516.000,00
29.545,45
	
2.300.000,00
330.000,00
990.000,00
285.000,00
516.800,00
1.950.000,00
6.371.800,00
	
	Total do Ativo realizável
	
	
	6.371.800,00
	
	Meios monetários
	
	
	
	
	Total do ativo corrente
	
	
	6.371.800,00
	
	
	
	
	
	
	Total do Ativo
	
	
	20.903.600,00
	
33
	
Passivo
Exigível de médio e longo prazo
Empréstimo Bancário
Empréstimo de médio longo prazo
Total do EML/P
Total das contas a pagar
Total do exigível de curto prazo
	
	
	
12.000.000.00
	
	
	
	
	12.000.000,00
	
	Total do Passivo
	
	
	12.000.000,00
Exercício nº3
A empresa MXN, Lda. que se dedica a comercialização de materiais e equipamentos informáticos em 12/04/2010 apresentou os seguintes elementos patrimoniais (valores em Kzs):
Dinheiro em cofre-------2.000.000.00
Crédito do banco BAI------2.500.000.00
Computador para uso exclusivo----800.000.00
Débito a DDM------1.200.000.00
Materiais informáticos diversos-----1.500.000.00
Edifício------1.800.000.00
Crédito á sogester-----950.000.00
Débito à síntese,Lda.------900.000.00
Déposito à prazo banco BIC-----2.000.000.00
Divida ao fornecedor de combustível-----500.000.00
Dépositos banco BESA-----1.200.000.00
Pretende-se a elaboração simples em disposição vertical.
 3.3- O Balanço
	O Balanço é uma demonstração contabilística onde se compara o Ativo e o Passivo para evidenciar a situação líquida de uma entidade em determinado período.
	O balanço é constituído pelas seguintes classes:
	Ativo- recursos (Bens e direitos).
	Passivo- conjunto de obrigações (Dividas).
	Capital Próprio- resulta da diferença entre o Ativo Passivo.
	Equação geral do Balanço
	Capital próprio = Ativo – Passivo ou SL = A – P
	Sendo: SLA = A> P: Situação líquida Ativa.
SLP: A <P: Situação líquida Passiva.
SLN: A = P: Situação líquida Nula.
	Classificação do Balanço
	O balanço é geralmente classificado nas seguintes óticas:
Quanto a apresentação; O balanço em dois dispositivos que são:
Dispositivo horizontal – é quando os elementos do Ativo situam-se do lado esquerdo e os do passivo do lado direito.
Dispositivo vertical – é quando os elementos do passivo situam-se abaixo dos elementos do ativo.
Quanto ao grau de análise; O balanço é analisado de duas formas que são:
Balanço analítico – é o balanço em que as contas encontram-se desdobradas em respetivas subcontas.
Balanço sintético – é o balanço em que apresentam-se apenas os valores totais do ativo, capital próprio e do Passivo.
Quanto a competência do exercício;
A necessidade de obtenção de informações regulares sobre o andamento dos negócios, de forma a possibilitar aos gestores tomarem decisões, criou-se a necessidade de dividir a atividade ou exercício da empresa em intervalos de tempo, que no fim dos mesmos elaboram-se os balanços e apuram-se os resultados. Em princípio, os balanços elaboram-se com uma certa periodicidade e em geral tem sido em um ano.
Quanto a competência do exercício da empresa o balanço é distinguido da seguinte forma:
Balanço inicial – é aquele que se efetua no inicio de uma atividade económica.
Balanço final – é aquele que se efetua no final da atividade económica.
Representação gráfica do Balanço
Como sabemos o balanço é uma igualdade entre dois membros representando-se no primeiro membro as massas do ativo e no segundo as massas do passivo e capital próprio, referidos a uma determinada empresa a uma certa data.
Assim sendo o balanço é graficamente representado da seguinte forma:
	Cod
	Ativo
	Valor
	Cod
	Capital próprio e Passivo
	Valor
	1
11
12
13
14
2
22
23
24
26
27
331
34
35
36
4
41
42
43
45
	Ativo fixo
Imobilizado corpóreo
Imobilizado incorpóreo
Investimentos financeiros
Imobilizado em curso
Total do ativo fixo
Ativo corrente
Existências 
Matérias-primas, materiais de consumo
Produto e trabalho em curso
Produtos acabados
Mercadorias
Mercadorias, matérias em trânsito
Contas a receber
Clientes
Estado
Entidades participantes e participadas
Pessoal
Disponibilidades
Títulos negociáveis
Depósitos a prazo
Depósitos a ordem
Caixa
Total do Ativo corrente
	
	5
51
52
55
81
88
33
3
32
33
34
35
36
	Capital próprio
Capital
Ações e quotas próprias
Reservas
Resultado transitado
Resultado líquido do exercício
Total do capital próprio
Passivo
Passivo não corrente Ml/P
Empréstimos
Passivo corrente C/P
Contas a pagar
Fornecedores
Empréstimos
Estado
Entidades participantes e participadas
Pessoal
Total do passivo corrente
Total do passivo
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Exercício nº 4
A empresa MADAPAULO, Lda. Comercializa artigos diversos para o lar. Foi criada no dia 01/12/2011 e apresente o seguinte património.
Imobilizado corpóreo-----3.500.000.00
Mercadorias-----8.000.000.00
Clientes-----5000.000.00
Depósitos à ordem-----9.500.000.00
Caixa-----4.000.000.00
Fornecedores-----2.500.000.00
Empréstimo-----6.600.000.00
Estado------900.000.00
Pretende-se a elaboração do Balanço Inicial.
IIº MODULO
3.4- FACTOS PATRIMONIAIS (A DINAMICA PATRIMONIAL)
3.4.1-Conceitos de factos patrimoniais
	No desenvolvimento da sua atividade económica, a empresa desenvolve relações outros agentes económicos, na forma de prestações recebidas (compras, matérias, maquinas, ferramentas, mercadorias e serviços) e de prestações cedidas (vendas de produtos e prestações de serviços). O património da empresa está, sujeito a constantes alterações quantitativas e qualitativas em consequência da atividade económica desenvolvida.
	Factos patrimoniais: As operações que acontecem com frequência originam variações positivas e negativas no património da empresa, pois ao conjunto dessas variações designamos de factos patrimoniais.
A empresa é um centro de realização de várias operações que suscitam aumento ou diminuição do património, são essas operações que chamamos de factos patrimoniais.
Os factos podem ser:
- Qualitativos ou permutativos: esse tipo de facto patrimonial altera a composição do património, mas não o valor do património (capital próprio).
- Quantitativos ou modificativos: são aquelas operações ou factos patrimoniais que alteram a composição do património e simultaneamente o seu valor.
O balanço e o inventário nos apresentam uma situação meramente estática ou seja sem qualquer movimento ou alterações no património, como se fosse simplesmente um retrato do património da empresa em determinado período. A partir deste momento passaremos a visualizar como o património de uma entidade varia de tempo em tempo ou de operação a operação.
Para melhor esclarecimento sobre este processo, observamos o esquema a seguir:
3.4.2-Documentos utilizados nos registos contabilísticos e nas empresas
Os factos patrimoniais resultantes das relações estabelecidas entre a empresa e os outros agentes económicos devem ser contabilizados. Esse registo deve fazer-se com base em documentos. Os documentos são elementos fundamentais da contabilidade, devido ao facto de serem representados e comprovativos de uma determinada operação.
Podemos definir documentos como sendo, o suporte material da informação resultante de um facto ou transações. Distinguem-se os documentos de movimentos internos (folhas de salários, nota de lançamento, etc.) e os de movimentos externos, os que provêm ou se destinam ao exterior (Guia de depósitos, fatura, letras, recibos, nota de crédito e nota de debito, etc.).
Muitos dos documentos têm origem no contrato de compra e venda que se desenrola em várias fases:
1ª Encomenda, 2ª Entrega, 3ª Liquidação, 4ª Pagamento.
Cada uma das fases referidas origina o preenchimento de documentos representativos das relações entre a empresa e terceiros. Documentos que devem obedecer as normas legais estabelecidas.
Documentos não sujeitos a registos contabilísticos e nas empresas
Nota de encomenda: Documento onde são especificados a qualidade e quantidade da mercadoria a adquirir e as condições de entrega e de pagamento.
Nota de venda: documento que especifica a encomenda feita pelo representante do vendedor (caixeiro-viajante).
Fatura pró-forma ou nota de preço: documento emitido pelo vendedor, antes da efetivação da venda, como solicitação dos preços, quantidade e o valor das mercadorias solicitadas.
Ordem de compra: este documento é utilizado quando o comprador se serve de um intermediário para lhe efetuar a compra, pelo que é ele que transmite a sua encomenda.
Requisição: Este documento é utilizado quando o comprador se dirige ao armazém do vendedor, fazendo a encomenda no local e pretendendo a entrega imediata da mesma encomenda.
Guia de remessa e talão de receção: documento que corresponde á fase da entrega que acompanha a mercadoria e serve para o comprador proceder á conferência dos bens recebidos. A guia de remessa é preenchida em triplicado ou em quadruplicado tenha ou não o talão de receção e a outra para ser entregue a administração, caso seja efetuada fiscalização durante o transporte. 
Fatura: documento mais importante no contrato de compra e venda. É comprovante oficial da compra e venda a credito de bens e serviços neste documento, o vendedor indica ao comprador os valores das mercadorias, dos descontos comerciais, das despesas de transporte, seguro e imposto de consumo, em caso de ser incluído. A fatura deve ser emitida até ao 5º dia útil após a realização da operação, por isso pode ou não acompanhar a mercadoria. Os valores que incluem registam-se na contabilidade.
Nota de crédito: Este documento é emitido para retificar a redução do valor contido na fatura, ou por erros cometidos por excesso devido á:
- Erros de soma cometido por excesso isto é; o valor da fatura é maior que o valor da transação, ou encomenda.
- Descontos concedidos que constam na fatura.
- Devoluções de mercadorias ou embalagens.
Nota de débito: este documento é emitido quando existe erros de calculo a menos após a emissão da fatura, ou se não inclui despesas de transporte, e outras despesas que tinham que constar na fatura, quando isto acontecer o vendedor emite um documento (nota de debito, que visa fazer a retificação (acréscimos) na fatura).
A fatura, a nota de crédito e a nota débito correspondem a fase de liquidação.
Recibo: é um documento emitido pelo vendedor que serve de comprovativo do pagamento das mercadorias adquiridas pelo comprador.
Factura-recibo ou venda a dinheiro: documento de compra e venda a pronto pagamento.
Nas operações bancarias
Talão de depósitos: documento emitido pelas instituições bancarias, no ato de depósitos de valores em conta registada pelo banco.
Talão de levantamentos bancários: documento emitido pelas instituições bancarias, no ato de levantamentos de valores em conta registada pelo banco.
Borderoux de transferência bancarias: este documento surge no momento em que uma entidade emite a sua ordem de pagamento a favor de outrem.
Cheque: é um documento emitido pelo banco. È um tipo de documento, que é sempre normativo e sendo emitido por um banco, existe a garantia do seu pagamento. 
Instrumentos contabilísticos e Regra de movimentação de contas
O inventario, balanço, Demonstração de resultados, diário e Razão, a informática e os softwares, os documentos, Balancetes, plano geral da contabilidade, etc. São os instrumentos utilizados na contabilidade.
A contabilidade como uma ciência e técnicas de registos dos factos patrimoniais, obedece a determinadas regras e princípios, neste casopara os registos dos factos patrimoniais deve-se ter me conta as regras e classificações que se seguem abaixo:
As contas do Ativo debitam-se pelos saldos iniciais e pelos aumentos, e creditam-se pelas diminuições.
As contas do capital Próprio e do passivo debitam-se pelas diminuições, e creditam-se pelos saldos iniciais e pelos aumentos.
As contas de Proveitos e ganhos debitam-se pelos lançamentos estornos e creditam-se pelos aumentos.
As contas de Custos e perdas debitam-se pelos aumentos e creditam-se pelos lançamentos estornos.
Síntese sobre a regra de movimentação das contas:
	Contas
	Debitam-se
	Creditam-se
	Ativo 
	Aumentos (+)
	Diminuições (-)
	Passivo
	Diminuições (-)
	Aumentos (+)
	Capital Próprio
	Diminuições (-)
	Aumentos (+)
Classificação dos lançamentos 
	Um lançamento é registo de qualquer facto patrimonial, nos livros ou suportes contabilísticos. Os lançamentos podem ser:
	Simples ou do 1º grau: quando um débito corresponde a um crédito de igual valor.
	Compostos: 
Do 2º grau: um débito corresponde a vários créditos;
Do 3º grau: vários débitos correspondem a um crédito;
Do 4º grau: vários débitos correspondem a vários créditos.
Tipos de lançamentos
Lançamentos de abertura de escrita ou de reabertura;
Lançamentos correntes;
Lançamentos estornos;
Lançamentos de regularização e retificação;
Lançamentos de apuramento de resultados;
Lançamentos de encerramentos das contas.
3.4.3- Diário e Razão
3.4.4- Demonstração de resultados
A demonstração de resultados de exercício (DRE) é uma demonstração contabilística, dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido de um exercício, através do confronto dos proveitos ou ganhos e os custos ou perdas (despesas), apuradas segundo os princípios contabilísticos geralmente aceites (PCGs) de regime e competência.
	3.4.5- Balancetes
	O balancete é uma ferramenta de controlo da contabilidade e da digrafia através da verificação das igualdades dos totais dos débitos e créditos, total dos saldos devedores e credores. Após os registos de todas operações no diário e razão, elabora-se a 31 de dezembro, o balancete de verificação a que se resume todo o movimento efetuado durante o exercício económico, para conferencia de todo trabalho realizado pela contabilidade da empresa, verifica-se se as contas contidas neste mapa apresentam valores reais, este mapa é designado por Balancete de Verificação ou de situação, dado que permite apreciar a situação das contas do balanço (Situação financeira) e das contas de proveitos e ganhos, custos e perdas (Situação económica), no sentido de proporcionar informações com credibilidade nas demonstrações financeiras. Deve realizar-se, por ordem, algumas tarefas realizadas pela empresa (Inventario Anual).
3.4.6- Apuramento de resultados
	Este processo (Apuramento de resultados), cosiste em fazer sucessivas transferências dos saldos das contas de custos e perdas, proveitos e ganhos para as suas devidas contas de resultados. Sendo este lançamento feito em 5 etapas sucessivas:
1ª Etapa – determinação do resultado operacional (proveitos operacionais – custos operacionais);
2ª Etapa – determinação do resultado financeiro (proveitos financeiros – custos financeiros);
3ª Etapa – determinação do resultado não operacional (proveitos não operacionais – custos não operacionais);
4ª Etapa – determinação do resultado extraordinário (proveitos e ganhos extraordinários – custos perdas extraordinárias);
5ª Etapa – determinação do imposto sobre lucros e resultado líquido do exercício.
Referencias Bibliográficas
Gonçalves, Manuel Alberto, Contabilidade geral, 2ª edição, Plátano editora, Lisboa.
Nlassa, Dongala, Contabilidade Geral 1, Fasciculo (Iº ano).
Plano geral de Contabilidade, Plural editores.
Professor: Ngimo Mateus

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