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MANUAL DE ROTINAS DO IML

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MANUAL	
  DE	
  ROTINAS	
  	
  
INSTITUTO	
  DE	
  MEDICINA	
  LEGAL	
  
LEONÍDIO	
  RIBEIRO	
  
	
  
POLICIA	
  CIVIL	
  DO	
  DISTRITO	
  
FEDERAL	
  	
  
2014	
  
	
   2	
  
APRESENTAÇÃO	
  Em	
   1957,	
   foram	
   efetuados	
   em	
   Brasília	
   os	
   primeiros	
   registros	
   de	
  atividades	
  médico-­‐legais,	
  sendo	
  que	
  os	
   laudos	
  de	
  necropsia	
  estavam	
  restritos	
  a	
  meras	
  informações	
  sobre	
  a	
  idade,	
  a	
  causa	
  da	
  morte,	
  data	
  e	
  local	
  do	
  óbito,	
  como	
  se	
  vê	
  abaixo:	
  	
  
Registro	
  1.	
  Vítima:	
  Benedito	
  Xavier	
  da	
  Silva	
  —	
  idade	
  45	
  anos,	
  data	
  do	
  óbito:	
  20	
  de	
  
abril	
   de	
   1957.	
   Local:	
   Acampamento	
   do	
   Guará.	
   Causa	
   Mortis:	
   colapso	
   cardíaco.	
  
Sepultado	
  em:	
  Formosa,	
  GO.	
  	
  Os	
   procedimentos	
   legais	
   em	
   referência	
   ao	
   óbito	
   eram	
   efetuados	
   em	
  Planaltina	
   ou	
   em	
   Luziânia,	
   onde	
   os	
   cadáveres	
   eram	
   sepultados.	
   “Até	
   1957,	
   os	
  mortos	
   encontrados	
   além	
  do	
   córrego	
  Vicente	
  Pires	
   (Núcleo	
  Bandeirante)	
   eram	
  levados	
   para	
   Luziânia	
   (GO)	
   e	
   os	
   do	
   lado	
   de	
   cá	
   (rumo	
   ao	
   Plano	
   Piloto)	
   eram	
  levados	
   para	
   Planaltina	
   uma	
   vez	
   que	
   ainda	
   não	
   havia	
   polícia	
   judiciária	
   no	
   que	
  seria	
  o	
  DF”.	
  	
  Em	
  meados	
  de	
  1957,	
  findavam-­‐se	
  as	
  obras	
  do	
  Hospital	
  Craveiro	
  Lopes,	
  no	
  Núcleo	
  Bandeirante.	
  Segundo	
  o	
  relato	
  abaixo,	
  naquela	
  época	
  ocorreu	
  o	
  primeiro	
  caso	
   de	
   Traumatologia	
   Forense,	
   quando	
   um	
   motorista,	
   ao	
   ver	
   o	
   caminhão	
  desgovernar-­‐se,	
   saltou	
   e	
   teve	
   a	
   perna	
   esmagada,	
   e,	
   logo	
   depois,	
   amputada	
  naquele	
   hospital	
   (que	
   nem	
   mesmo	
   havia	
   sido	
   inaugurado)	
   “por	
   uma	
   equipe	
  médica	
  improvisada,	
  mas	
  de	
  alta	
  qualidade	
  técnica”.	
  	
  Em	
   18	
   de	
   junho	
   de	
   1959,	
   o	
   Instituto	
   Médico-­‐Legal	
   (IML)	
   foi	
   criado	
  oficialmente	
   em	
   Brasília.	
   Era	
   subordinado	
   à	
   Divisão	
   de	
   Polícia	
   Técnica	
   do	
  Departamento	
  Federal	
  de	
  Segurança	
  Pública	
  (DFSP).	
  Já	
  em	
  abril	
  de	
  1960,	
  o	
  laudo	
  de	
   necropsia	
   obteve	
   discreto	
   aperfeiçoamento,	
   incorporando	
   dados	
   de	
  identificação,	
  como:	
  filiação,	
  assinatura	
  do	
  médico	
  e	
  local	
  de	
  nascimento.	
  	
  Em	
  novembro	
  de	
  1961,	
  o	
   chefe	
  de	
  Polícia	
  extinguiu	
  a	
  Divisão	
  de	
  Polícia	
  Técnica	
   e	
   criou	
   a	
   Divisão	
   de	
   Polícia	
   Científica,	
   integrando	
   no	
   DFSP	
   a	
  Superintendência	
   da	
   Polícia	
   Metropolitana,	
   composta	
   dos	
   seguintes	
   órgãos:	
  Superintendência,	
   Setor	
   Urbano,	
   Setor	
   Rural,	
   Divisão	
   de	
   Polícia	
   Científica,	
   que	
  abrangia	
   o	
   Instituto	
   de	
   Criminalística	
   (IC),	
   o	
   Instituto	
   de	
   Identificação	
   (II),	
   e	
   o	
  Instituto	
  Médico-­‐Legal	
  (IML).	
  Em	
   13	
   de	
   março	
   de	
   1962,	
   foi	
   extinta	
   a	
   Divisão	
   de	
   Polícia	
   Científica	
   e	
  criada	
  a	
  Superintendência	
  de	
  Polícia	
  Técnico-­‐Científica.	
  Em	
  18	
  de	
  abril	
  de	
  1962,	
   aconteceu	
  a	
   inauguração	
  da	
  nova	
   sede	
  do	
   IML,	
  instalada	
  no	
  Setor	
  Policial	
  Sul,	
  com	
  uma	
  sala	
  de	
  necropsia,	
  uma	
  câmara	
  frigorífica	
  com	
   seis	
   gavetões,	
   recepção,	
   sala	
   de	
   repouso	
   do	
   médico	
   de	
   plantão	
   e	
   sala	
   do	
  diretor.	
  Era	
  então	
  superintendente	
  da	
  Polícia	
  Técnica	
  e	
  Científica	
  o	
  Dr.	
  Antônio	
  Carlos	
  Villanova.	
  O	
  chefe	
  de	
  Polícia	
  do	
  DFSP	
  era	
  o	
  Tenente-­‐Coronel	
  Carlos	
  Cairoli.	
  Naquela	
  ocasião,	
  Villanova	
  fez	
  o	
  seguinte	
  discurso:	
  	
  
	
   3	
  
...	
  Na	
  missão	
  que	
  recebemos	
  o	
  trabalho	
  a	
  executar,	
  é	
  ainda	
  dos	
  mais	
  árduos,	
  pois	
  
estamos	
   ainda	
   apenas	
   no	
   começo,	
   como	
   Brasília,	
   que	
   ainda	
   não	
   completou	
   seus	
  
dois	
  anos	
  de	
  idade	
  e,	
  para	
  assegurar	
  à	
  Capital	
  da	
  República	
  a	
  primazia	
  nacional	
  e	
  
mesmo	
   pan-­americana	
   no	
   terreno	
   da	
   polícia	
   técnica,	
   não	
   basta	
   o	
   formidável	
  
equipamento	
  de	
  que	
  estaremos	
  dotados	
  até	
  o	
  fim	
  do	
  corrente	
  ano.	
  A	
  partir	
  de	
  1963,	
  os	
  laudos	
  de	
  exame	
  começaram	
  a	
  apresentar	
  um	
  modelo	
  próximo	
  do	
  atual:	
  no	
  cabeçalho	
  consta	
  a	
  nomenclatura	
  Instituto	
  Médico-­‐Legal	
  do	
  Departamento	
  Federal	
  de	
  Segurança	
  Pública	
  do	
  Ministério	
  da	
  Justiça	
  e	
  Negócios	
  Interiores;	
   os	
   legistas	
   passam	
   a	
   ser	
   nomeados	
   pelo	
   diretor	
   do	
   IML;	
   exige-­‐se	
  assinatura	
  de	
  dois	
  legistas;	
  desaparece	
  a	
  assinatura	
  do	
  delegado.	
  	
  Em	
  setembro	
  de	
  1963,	
  já	
  constava	
  solicitação	
  de	
  exames	
  de	
  verificação	
  de	
  idade	
   e	
   de	
   conjunção	
   carnal.	
   Em	
   novembro	
   de	
   1964,	
   o	
   DFSP	
   passou	
   por	
   uma	
  reorganização,	
  e	
  foi	
  criada	
  a	
  Divisão	
  de	
  Polícia	
  Técnica,	
  subordinada	
  à	
  Polícia	
  do	
  Distrito	
  Federal	
  (PDF).	
  Em	
   junho	
  de	
  1965,	
   foi	
  aprovado	
  o	
  Regulamento	
  Geral	
  do	
  Departamento	
  Federal	
  de	
  Segurança	
  Pública.	
  A	
  Divisão	
  de	
  Polícia	
  Técnica	
  ficou	
  composta	
  de:	
  	
  
- Secretaria;	
   Instituto	
   de	
   Medicina	
   Legal;	
   Instituto	
   de	
   Criminalística;	
  Instituto	
  de	
  Identificação;	
  Serviço	
  Fotográfico;	
  Setor	
  Escolar.	
  O	
   IML	
   realizava	
   perícias	
   de	
   natureza	
   médico-­‐legal	
   requisitadas	
   pelas	
  autoridades	
   policiais,	
   judiciárias,	
   administrativas	
   ou	
   órgãos	
   do	
   Ministério	
  Público;	
  e	
  ainda	
  desenvolvia	
  pesquisas	
   científicas	
   relacionadas	
  com	
  a	
  medicina	
  legal.	
  Era	
  composto	
  de:	
  Perícia	
  no	
  Vivo;	
  Perícia	
  no	
  Morto;	
  Perícia	
  de	
  Laboratório;	
  e	
  Seção	
  Administrativa.	
  A	
   Seção	
   de	
   Perícia	
   no	
   Vivo,	
   chefiada	
   por	
   um	
   médico-­‐legista,	
   cabia	
  realizar	
   perícias	
   em	
   lesões	
   corporais,	
   exames	
   complementares,	
   de	
   conjunção	
  carnal,	
   de	
   estupro,	
   de	
   atentado	
   ao	
   pudor,	
   de	
   verificação	
   de	
   idade,	
   de	
   aborto	
   e	
  puerpério,	
   de	
   embriaguez,	
   de	
   sanidade	
   física	
   e	
   mental	
   e	
   de	
   infortunística	
   do	
  trabalho.	
  Além	
  disso,	
  realizava	
  também	
  exames	
  de	
  aptidão	
  física	
  para	
  habilitação	
  de	
  motoristas	
  profissionais	
  ouamadores.	
  	
  A	
   Seção	
  de	
  Perícia	
  no	
  Morto	
   tinha	
  a	
   atribuição	
  de	
  estabelecer	
   a	
   causa	
  determinante	
   do	
   óbito,	
   em	
   seu	
   aspecto	
   clínico.	
   Podia	
   também	
   realizar	
  embalsamamento.	
  	
  A	
  Perícia	
   de	
   Laboratório	
   compreendia:	
   Seção	
   de	
   Toxicologia,	
   Setor	
   de	
  Anatomia	
  Patológica	
  e	
  Microscópica,	
  Seção	
  de	
  Raios	
  X	
  e	
  Setor	
  de	
  Fotografias.	
  Em	
  março	
  de	
  1967,	
  foi	
  criada	
  a	
  Secretaria	
  de	
  Segurança	
  Pública	
  do	
  DF,	
  em	
  cuja	
  estrutura	
   foi	
   inserida	
  o	
  Departamento	
  de	
  Polícia	
  Técnica.	
  Em	
  agosto	
  desse	
  mesmo	
  ano,	
  foi	
  estabelecida	
  a	
  estrutura	
  e	
  competência	
  básica	
  dos	
  órgãos	
  que	
  lhe	
  eram	
   subordinados,	
   compreendendo:	
   Divisão	
   de	
   Criminalística;	
   Divisão	
   de	
  Identificação;	
  Instituto	
  de	
  Medicina-­‐Legal;	
  Divisão	
  Escolar.	
  
	
   4	
  
Ainda	
  em	
  1967,	
   foi	
   realizado	
  o	
  primeiro	
   concurso	
  público	
  para	
  médico-­‐legista,	
  com	
  dez	
  vagas,	
  sendo	
  que	
  oito	
  dos	
  aprovados	
  assumiram	
  imediatamente	
  e	
  dois,	
  um	
  ano	
  depois.	
  Tal	
  concurso	
  foi	
  um	
  marco	
  na	
  história	
  da	
  medicina	
  legal	
  do	
  Distrito	
  Federal,	
  por	
   ser	
  o	
  primeiro;	
  por	
  ampliar	
  o	
  quadro	
  e	
  pela	
  qualidade	
  profissional	
  dos	
  novos	
  legistas.	
  	
  Os	
  dez	
  candidatos	
  aprovados	
  no	
  1º	
  concurso	
  público	
  para	
  médico-­‐legista	
  foram:	
   Edmundo	
   Souza,	
   Hermes	
   Rodrigues	
   de	
   Alcântara,	
   Jofran	
   Frejat,	
   Lúcio	
  Afonso	
   Campello,	
   Márcio	
   Baun	
   di	
   Domenico,	
  Wilson	
   Campos	
   de	
  Miranda,	
   José	
  Maria	
  Rodrigues	
  de	
  Moraes,	
  Euler	
  Costa	
  Vidigal,	
  Ozerides	
  Pedro	
  Graziani	
  e	
  José	
  Felipe	
  dos	
  Santos.	
  	
  Em	
   16	
   de	
   dezembro	
   de	
   1978,	
   o	
   Congresso	
   Nacional	
   homenageou	
   o	
  professor	
  Leonídio	
  Ribeiro	
  ao	
  dar	
  o	
  seu	
  nome	
  ao	
  Instituto	
  de	
  Medicina	
  Legal,	
  que	
  passou	
  a	
  ser	
  denominado	
  Instituto	
  de	
  Medicina	
  Legal	
  Leonídio	
  Ribeiro	
  (IMLLR).	
  Tratava-­‐se	
  do	
  emérito	
  professor	
  do	
  IML	
  do	
  Rio	
  de	
  Janeiro,	
  que	
  veio	
  duas	
  vezes	
  daquele	
  Estado	
  lecionar	
  para	
  os	
  médicos	
  do	
  IML	
  de	
  Brasília.	
  Em	
   julho	
  de	
  1984,	
   foram	
  criadas	
  na	
  Divisão	
  de	
  Perícias	
  Médico-­‐Legais	
  a	
  Seção	
  de	
  Toxicologia	
  e	
  Análises	
  Clínicas	
  e	
  a	
  Seção	
  de	
  Histologia.	
  	
  Em	
  julho	
  de	
  1993,	
  foi	
  alterado	
  o	
  nome	
  da	
  carreira	
  de	
  médico-­‐legista	
  para	
  perito	
  médico-­‐legista.	
  	
  	
  	
  A	
   partir	
   de	
   2001,	
   o	
   IML	
   iniciou	
   o	
   processo	
   de	
   informatização,	
   sendo	
   a	
  digitação	
   feita	
   pela	
   Seção	
   de	
   Digitação	
   de	
   Laudos.	
   Em	
   2002,	
   a	
   informatização	
  aprimorou-­‐se,	
   quando	
   os	
   próprios	
   peritos	
  médicos-­‐legistas	
   passaram	
   a	
   digitar	
  seus	
   laudos,	
   os	
   quais,	
   através	
   do	
   sistema	
  Millenium,	
   que	
   integra	
   a	
   Intranet	
   da	
  Polícia	
   Civil	
   do	
  Distrito	
   Federal	
   (PCDF),	
   foram	
  disponibilizados	
  on-­line	
   para	
   as	
  delegacias	
  após	
  a	
  homologação.	
  Atualmente,	
  o	
  Instituto	
  de	
  Medicina	
  Legal	
  do	
  Distrito	
  Federal	
  é	
  composto	
  por	
  61	
  peritos,	
  em	
  um	
  quadro	
  de	
  80.	
  O	
  quadro	
  foi	
  aumentado	
  para	
  160	
  no	
  ano	
  de	
  2014.	
  Eles	
   estão	
   distribuídos	
   nas	
   seguintes	
   seções:	
   Direção	
   Geral,	
   Direção	
   do	
   IML,	
  Ministério	
   Público,	
   Policlínica,	
   Instituto	
   de	
   DNA	
   Forense,	
   Perícia	
   do	
   Morto,	
  Perícia	
   do	
   Vivo,	
   Laboratório	
   de	
   Histopatologia	
   e	
   Toxicologia,	
   Antropologia	
   e	
  Psiquiatria.	
  
	
   5	
  
	
  	
  
OBJETIVO	
  	
  	
   Este	
  manual	
  tem	
  o	
  objetivo	
  de	
  ser	
  uma	
  contribuição	
  à	
  Instituição	
  PCDF	
  e	
  aos	
  destinatários	
  finais	
  do	
  trabalho	
  desenvolvido	
  pelo	
  IML,	
  como	
  fonte	
  rápida	
  de	
  consulta,	
  com	
  informações	
  básicas	
  sobre:	
  	
  1)	
  estrutura	
  e	
  funcionamento	
  do	
  IML	
  	
  	
  2)	
  sistemática	
  das	
  diferentes	
  atividades	
  desenvolvidas	
  pelo	
  Instituto	
  	
  	
  3)	
   conhecimentos	
   teórico-­‐práticos	
   que	
   cercam	
   as	
   diversas	
   perícias	
   realizadas	
  pelo	
  Instituto	
  	
  	
   Neste	
   texto,	
   apresentam-­‐se	
   alguns	
   modelos	
   de	
   laudos	
   que	
   podem	
  subsidiar	
  o	
  trabalho	
  dos	
  peritos	
  em	
  perícias	
  menos	
  usuais	
  ou	
  mais	
  específicas	
  e	
  sugestões	
   de	
   procedimentos	
   a	
   serem	
   adotados	
   em	
   casos	
   mais	
   comuns,	
  amparados	
   pela	
   literatura	
   médica	
   e	
   pelas	
   capacidades	
   técnicas	
   atuais	
   do	
  Instituto.	
  	
  	
   Por	
   tudo	
   isso,	
   espera-­‐se	
   que	
   este	
   trabalho	
   facilite	
   o	
   entendimento	
   das	
  atividades	
   periciais	
   desenvolvidas,	
   suas	
   possibilidades,	
   potencialidades	
   e	
  limitações,	
   visando	
   que	
   as	
   perícias	
   sejam	
   corretamente	
   realizadas,	
   solicitadas,	
  subsidiadas	
  por	
  informações	
  e	
  corretamente	
  interpretadas.	
  	
  
	
   6	
  
ÍNDICE	
  	
  
1.	
  PERITOS	
  DO	
  IML	
  EM	
  2014.............................................................................	
   009	
  
2.	
  ORGANOGRAMA	
  DO	
  IML-­DF	
  ........................................................................	
   011	
  
3.	
  CONTEXTUALIZAÇÃO	
  LEGAL	
  E	
  ÉTICA	
  ....................................................	
   012	
  
4.	
  DIVISÃO	
  DE	
  PERÍCIA	
  NO	
  VIVO	
  ....................................................................	
   023	
  	
  	
  	
  4.1.	
  EXAMES	
  AD	
  CAUTELAM	
  .........................................................................................	
  	
   026	
  	
  	
  	
  4.2.	
  EXAMES	
  DE	
  LESÕES	
  CORPORAIS	
  .......................................................................	
  	
   026	
  	
  	
  	
  4.3.	
  CONCEITOS	
  DE	
  LESÕES	
  CORPORAIS	
  ................................................................	
   027	
  	
  	
  	
  4.4.	
  CASOS	
  DE	
  DPVAT	
  .......................................................................................................	
  	
   031	
  	
  	
  	
  4.5.	
  LAUDOS	
  INDIRETOS	
  .................................................................................................	
   034	
  	
  	
  	
  4.6.	
  PERÍCIAS	
  EXTERNAS	
  ................................................................................................	
   035	
  	
  	
  	
  4.7.	
  EXAME	
  PARA	
  VERIFICAÇÃO	
  DE	
  IDADE	
  	
  ...........................................................	
   036	
  	
  	
  	
  4.8.	
  EXAMES	
  EM	
  VÍTIMASDE	
  VIOLÊNCIA	
  SEXUAL	
  ..............................................	
   038	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4.8.1.	
  EXAMES	
  DE	
  PESQUISA	
  DE	
  CORPO	
  ESTRANHO	
  EM	
  CAVIDADES......	
   038	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4.8.2.	
  EXAMES	
  EM	
  CASO	
  DE	
  ABORTO	
  .....................................................................	
   041	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4.8.3.	
  EXAMES	
  EM	
  CASOS	
  DE	
  ESTUPRO	
  E	
  CONJUNÇÃO	
  CARNAL	
  ...............	
   044	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4.8.4.	
  EXAMES	
  LABORATORIAIS	
  EM	
  CASO	
  DE	
  VIOLÊNCIA	
  SEXUAL	
  .........	
   046	
  	
  	
  	
  4.9.	
  EXAME	
  DE	
  EMBRIAGUEZ	
  .........................................................................................	
   046	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4.9.1.	
  CÓDIGO	
  DE	
  TRÂNSITO	
  BRASILEIRO	
  ..........................................................	
  	
   048	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4.9.2.	
  EXAME	
  CLÍNICO	
  ...................................................................................................	
   049	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  4.9.3.	
  MODELOS	
  UTILIZADOS	
  NO	
  IML-­‐DF	
  ............................................................	
   051	
  	
  	
  	
  	
  	
  4.10.	
  EXAMES	
  DE	
  MAUS	
  TRATOS	
  E	
  ABUSO	
  SEXUAL	
  EM	
  CRIANÇA	
  	
  .............	
   052	
  	
  	
  	
  	
  4.11.	
  SOLICITAÇÃO	
  DE	
  COLETA	
  DE	
  MATERIAL	
  PARA	
  DNA	
  ............................	
   053	
  	
  	
  5.	
  DIVISÃO	
  DE	
  EXAMES	
  TÉCNICOS......................................................................	
   060	
  	
  	
  	
  5.1.	
  COLETA	
  DE	
  MATERIAL	
  BIOLÓGICO....................................................................	
   061	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.1.1.	
  URINA	
  ......................................................................................................................	
   061	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.1.2.	
  SECREÇÃO	
  VAGINAL	
  E	
  ANAL..........................................................................	
   061	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.1.3.	
  MATERIAL	
  PARA	
  DNA	
  .......................................................................................	
   061	
  
	
  	
  	
  5.2.	
  NORMAS	
  PARA	
  COLETA	
  DE	
  AMOSTRAS	
  PARA	
  HISTOLOGIA	
  ..................	
   062	
  	
  	
  	
  5.3.	
  PRINCIPAIS	
  DROGAS	
  TÓXICAS	
  ..............................................................................	
   073	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.1.	
  COCAÍNA	
  ...................................................................................................................	
  	
   073	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.2.	
  MACONHA	
  ...............................................................................................................	
  	
   075	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.3.	
  ÁLCOOL	
  E	
  METANOL	
  ..........................................................................................	
  	
   077	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.4.	
  BENZODIAZEPÍNICOS	
  .......................................................................................	
  	
   080	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.5.	
  ANFETAMINAS	
  .....................................................................................................	
  	
   081	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.6.	
  PESTICIDAS	
  ............................................................................................................	
  	
   083	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.7.	
  LSD	
  .............................................................................................................................	
  	
   084	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.8.	
  ARSÊNICO	
  ...............................................................................................................	
   084	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.9.	
  MONÓXIDO	
  DE	
  CARBONO	
  ................................................................................	
   084	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.10.	
  OPIOIDES	
  ...............................................................................................................	
   085	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  5.3.11.	
  HEROÍNA	
  ...............................................................................................................	
   085	
  	
  	
  	
  5.4.	
  DESCRIÇÃO,	
  GRÁFICOS,	
  FOTOGRAFIAS	
  .............................................................	
   086	
  	
  	
  	
  5.5.	
  EXAMES	
  RESIDUOGRÁFICOS	
  ..................................................................................	
   087	
  	
  	
  	
  5.6.	
  SEÇÃO	
  DE	
  MATERIAL	
  E	
  VESTÍGIOS	
  .....................................................................	
   087	
  
6.	
  DIVISÃO	
  DE	
  TANATOLOGIA	
  ...........................................................................	
   089	
  	
  	
  	
  6.1.	
  REMOÇÃO	
  DE	
  CADÁVERES.......................................................................................	
   090	
  	
  	
  	
  6.2.	
  ADMISSÃO	
  E	
  IDENTIFICAÇÃO	
  ................................................................................	
   090	
  	
  	
  	
  6.3.	
  PROCEDIMENTOS	
  DA	
  NECROPSIA	
  .......................................................................	
   091	
  	
  	
  	
  6.4.	
  LIBERAÇÃO	
  DE	
  CADÁVERES....................................................................................	
   091	
  	
  	
  	
  6.5.	
  LIBERAÇÃO	
  DE	
  CADÁVERES	
  PARA	
  CREMAÇÃO	
  ............................................	
   091	
  	
  	
  	
  6.6.	
  NORMA	
  PARA	
  CADÁVER	
  NÃO	
  RECLAMADO	
  ..................................................	
  	
   092	
  
	
   7	
  
	
  	
  	
  6.7.	
  NORMA	
  PARA	
  DOAÇÃO	
  DE	
  CADÁVER	
  PARA	
  PESQUISA	
  ............................	
   093	
  	
  	
  	
  6.8.	
  RADIOLOGIA	
  ..................................................................................................................	
   093	
  
7.	
  DECLARAÇÃO	
  DE	
  ÓBITO	
  .................................................................................	
   095	
  
8.	
  EXAMES	
  NECROSCÓPICOS	
  ..............................................................................	
  	
   100	
  	
  	
  	
  8.1.	
  NECROPSIA	
  CLÍNICA	
  X	
  NECROPSIA	
  FORENSE	
  .............................................	
  	
   101	
  	
  	
  	
  8.2.	
  NORMAS	
  DE	
  FUNCIONAMENTO	
  DO	
  INSTITUTO	
  ..........................................	
   101	
  	
  	
  	
  8.3.	
  PROCEDIMENTOS	
  INICIAIS	
  PARA	
  O	
  EXAME	
  CADAVÉRICO	
  .....................	
   103	
  	
  	
  	
  8.4.	
  ERROS	
  MAIS	
  COMUNS	
  EM	
  NECROPSIAS	
  MÉDICO-­‐LEGAIS	
  .......................	
   104	
  	
  	
  	
  8.5.	
  TÉCNICAS	
  DE	
  EXAME	
  NECROSCÓPICO	
  .............................................................	
   104	
  	
  	
  	
  8.6.	
  PROCEDIMENTOS	
  PARA	
  CADÁVER	
  NÃO	
  IDENTIFICADO	
  .........................	
   106	
  	
  	
  	
  8.7.	
  LAUDO	
  NECROSCÓPICO	
  PADRÃO	
  ........................................................................	
   106	
  	
  	
  	
  8.8.	
  COLETA	
  DE	
  MATERIAL	
  PARA	
  DNA	
  EM	
  CADÁVERES...................................	
   108	
  
9.	
  LESÕES	
  PRODUZIDAS	
  POR	
  INSTRUMENTOS	
  CONTUNDENTES..111	
  
	
  	
  	
  9.1.	
  EXAMES	
  NECROSCÓPICOS	
  EM	
  ACIDENTES	
  DE	
  TRÂNSITO	
  .....................	
   114	
  
	
  	
  	
  9.2.	
  TRAUMATISMO	
  CRANIOENCEFÁLICO	
  ..............................................................	
   116	
  	
  	
  	
  9.3.	
  EXAMES	
  NECROSCÓPICOS	
  EM	
  QUEDAS	
  DE	
  ALTURAS	
  ...............................	
   118	
  	
  	
  	
  9.4.	
  LESÕES	
  PROVOCADAS	
  POR	
  MANOBRAS	
  DE	
  REANIMAÇÃO	
  ....................	
  	
   118	
  	
  	
  	
  9.5.	
  OUTRAS	
  LESÕES	
  ..........................................................................................................	
   119	
  
10.	
  LESÕES	
  PRODUZIDAS	
  POR	
  ARMAS	
  BRANCAS	
  ..................................	
   120	
  	
  	
  	
  	
  	
  10.1.	
  DESCRIÇÃO	
  MODELO	
  DE	
  LESÕES	
  POR	
  ARMA	
  BRANCA..........................	
   122	
  
11.	
  LESÕES	
  POR	
  INSTRUMENTOS	
  PÉRFURO-­CONTUNDENTES........	
   123	
  	
  	
  	
  	
  11.1.	
  INVESTIGAÇÃO	
  RADIOLÓGICA	
  ...........................................................................	
   124	
  	
  	
  	
  	
  11.2.	
  ARMAZENAMENTO	
  DE	
  PROJETIS	
  ......................................................................	
   124	
  	
  	
  	
  	
  11.3.	
  TIPOS	
  DE	
  LESÕES	
  ......................................................................................................	
   124	
  	
  	
  	
  	
  11.4.	
  MODELO	
  DE	
  DESCRIÇÃO	
  PARA	
  LESÃO	
  ............................................................	
   126	
  	
  	
  	
  	
  	
  11.5.	
  LESÕES	
  POR	
  TIRO	
  DE	
  ESPINGARDA	
  .................................................................	
   126	
  	
  	
  	
  	
  11.6.	
  LESÕES	
  POR	
  PROJETIS	
  DE	
  ALTA	
  ENERGIA	
  ...................................................	
   127	
  
12.	
  EXAME	
  NECROSCÓPICO	
  EM	
  FETOS	
  E	
  RECÉM-­NASCIDOS	
  	
  ............	
  	
   128	
  	
  	
  	
  	
  12.1.	
  IDADE	
  GESTACIONAL	
  ............................................................................................	
   129	
  	
  	
  	
  	
  12.2.	
  EXAME	
  DA	
  PLACENTA	
  .....................................	
  .....................................................	
   130	
  	
  	
  	
  	
  12.3.	
  CAUSAS	
  DE	
  MORTE	
  PERINATAL........................................................................	
  	
   133	
  	
  	
  	
  	
  12.4.	
  DETERMINAÇÃO	
  DO	
  TEMPO	
  DE	
  SOBREVIDA	
  FETAL................................	
   133	
  	
  	
  	
  	
  12.5.	
  DETERMINAÇÃO	
  TEMPO	
  DE	
  MORTE	
  INTRAUTERINA.............................	
   134	
  	
  	
  	
  	
  12.6.	
  MODELO	
  DE	
  LAUDO	
  CADAVÉRICO	
  PARA	
  FETOS........................................	
   134	
  
13.	
  EXAMES	
  NECROSCÓPICOS	
  EM	
  CARBONIZADOS	
  ...............................	
  	
   136	
  
14.	
  EXAMES	
  NECROSCÓPICOS	
  EM	
  CORPOS	
  EM	
  DECOMPOSIÇÃO....	
  	
   140	
  
15.	
  EXAMES	
  NECROSCÓPICOS	
  EM	
  ASFIXIAS	
  .............................................	
  	
   147	
  
16.	
  MORTE	
  SÚBITA	
  EM	
  ADULTOS	
  ..................................................................	
  	
   156	
  
17.	
  MORTE	
  SÚBITA	
  EM	
  CRIANÇAS	
  ..................................................................	
  	
   163	
  
18.	
  EXAME	
  NECROSCÓPICO	
  EM	
  VITIMAS	
  DE	
  ENVENENAMENTO	
  ..	
  	
   167	
  
19.	
  EXAME	
  NECROSCÓPICO	
  EM	
  VÍTIMAS	
  DE	
  QUEIMADURAS	
  .........	
  	
   173	
  
20.	
  EXAME	
  NECROSCÓPICO	
  EM	
  QUEIMADURAS	
  QUÍMICAS	
  .............	
   180	
  
21.	
  EXAME	
  NECROSCÓPICO	
  EM	
  ACIDENTES	
  COM	
  ELETRICIDADE	
  .	
  	
   182	
  
22.	
  EXAME	
  NECROSCÓPICO	
  EM	
  ASMÁTICOS	
  ...........................................	
   188	
  
23.	
  EXAME	
  NECROSCÓPICO	
  EM	
  EPILEPSIA	
  ..............................................	
   191	
  
24.	
  MORTES	
  EM	
  ANAFILAXIA	
  ...........................................................................	
   194	
  
25.	
  EXAMES	
  EM	
  ANTROPOLOGIA	
  ....................................................................	
  	
   198	
  
26.	
  NORMAS	
  PARA	
  EXUMAÇÃO	
  .........................................................................	
  	
   204	
  
27.	
  ACIDENTES	
  COM	
  GRANDE	
  NÚMERO	
  DE	
  VÍTIMAS	
  FATAIS	
  ..........	
  	
   206	
  
28.	
  EXAME	
  NECROSCÓPICO	
  EM	
  CASOS	
  DE	
  DOENÇAS	
  INFECCIOSAS	
   211	
  	
  
29.	
  EXAMES	
  REALIZADOS	
  EM	
  PSIQUIATRIA	
  FORENSE	
  ......................	
   214	
  	
  	
  	
  	
  29.1.	
  CONCEITOS	
  E	
  DEFINIÇÕES	
  .................................................................................	
   215	
  
	
   8	
  
	
  	
  	
  	
  	
  29.2.	
  TIPOS	
  DE	
  PERÍCIAS	
  PSIQUIÁTRICAS..............................................................	
   225	
  
30.	
  ANEXOS	
  ..................................................................................................................	
   240	
  
31.	
  BIBLIOGRAFIA	
  ...................................................................................................	
   246	
  
	
   9	
  
	
  
1.	
  PERITOS	
  EM	
  2014	
  	
  	
  1.	
  Adriana	
  Vieira	
  de	
  Moraes	
  2.	
  Alexandre	
  França	
  Ricciardi	
  3.	
  Alexandre	
  Lacerda	
  de	
  Brito	
  	
  4.	
  Aluísio	
  Trindade	
  Filho	
  	
  5.	
  Ana	
  Lúcia	
  Silva	
  Néto	
  	
  6.	
  Ana	
  Rosa	
  Villas	
  Boas	
  de	
  Souza	
  	
  7.	
  André	
  Luiz	
  de	
  Faria	
  Leite	
  	
  8.	
  Antonio	
  Gomes	
  Franqueiro	
  	
  9.	
  Arquimedes	
  Tolentino	
  da	
  Silva	
  	
   	
  10.	
  Áurea	
  Sakr	
  Cherulli	
  	
  11.	
  Carlúcio	
  Moura	
  Leão	
  	
  12.	
  Cristiane	
  Alves	
  Costa	
  13.	
  Cristofer	
  Diego	
  Beraldi	
  Martins	
  	
  14.	
  Cyntia	
  Gioconda	
  Honorato	
  Sobreira	
  	
  15.	
  Edmilson	
  Mendes	
  Coutinho	
  	
  16.	
  Elvis	
  Adriano	
  da	
  Silva	
  Oliveira	
  	
  17.	
  Erudith	
  Mendes	
  Rocha	
  	
  18.	
  Fábio	
  França	
  de	
  Souza	
  	
  19.	
  Filipe	
  Barbosa	
  Cavalcanti	
  	
  20.	
  Francisco	
  Antonio	
  de	
  Moraes	
  Neto	
  	
  21.	
  Gilberto	
  Pereira	
  Alves	
  	
  22.	
  Hildeci	
  José	
  Resende	
  	
  23.	
  Hugo	
  Ricardo	
  Valim	
  de	
  Castro	
  	
  24.	
  Jamile	
  Coelho	
  Soares	
  Noleto	
  	
  25.	
  Joel	
  de	
  Souza	
  Matos	
  	
  26.	
  José	
  Damião	
  de	
  Almeida	
  Júnior	
  	
  27.	
  José	
  Flávio	
  de	
  Sousa	
  Bezerra	
  	
  28.	
  José	
  Geraldo	
  De	
  Andrade	
  Júnior	
  	
  29.	
  José	
  Gerardo	
  Ponte	
  Pierre	
  Filho	
  	
  30.	
  José	
  Raimundo	
  Levino	
  da	
  Silva	
  	
  31.	
  Luciana	
  Satie	
  Narita	
  do	
  Amaral	
  Gurgel	
  	
  32.	
  Luciano	
  Ferreira	
  Morgado	
  	
  33.	
  Maciel	
  dos	
  Santos	
  Rodrigues	
  	
  34.	
  Malthus	
  Fonseca	
  Galvão	
  	
  35.	
  Manoel	
  Eugenio	
  dos	
  Santos	
  Modelli	
  	
  36.	
  Márcia	
  Cristina	
  Barros	
  e	
  S.	
  dos	
  Reis	
  	
  37.	
  Márcia	
  Schelb	
  	
  38.	
  Marco	
  de	
  Agassiz	
  Almeida	
  Vasques	
  	
  39.	
  Marcos	
  Egberto	
  Brasil	
  de	
  Melo	
  	
  40.	
  Margarida	
  Helena	
  Serejo	
  Machado	
  	
  41.	
  Maria	
  Christina	
  da	
  Silva	
  Sá	
  	
  42.	
  Maria	
  da	
  Conceição	
  deC.C.	
  Krause	
  	
  43.	
  Marinã	
  Ramthum	
  do	
  Amaral	
  	
  44.	
  Nadja	
  Maria	
  N.L.	
  Scalassara	
  	
  45.	
  Paulo	
  César	
  Dias	
  de	
  Oliveira	
  	
  
	
   10	
  
46.	
  Paulo	
  Machado	
  Ribeiro	
  Júnior	
  	
  47.	
  Rafael	
  Souza	
  Maurno	
  	
  48.	
  Regina	
  Maura	
  A.	
  U.	
  Brown	
  de	
  Andrade	
  	
  49.	
  Ricardo	
  César	
  Frade	
  Nogueira	
  	
  50.	
  Roberto	
  Ferreira	
  Wanderley	
  	
  51.	
  Rodolfo	
  de	
  Paula	
  Gomes	
  	
  52.	
  Rodrigo	
  Nascimento	
  Fonseca	
  	
  53.	
  Ronney	
  Eustórgio	
  Machado	
  	
  54.	
  Rubiane	
  Yoshimura	
  Alvarenga	
  	
  55.	
  Samuel	
  Teixeira	
  Gomes	
  Ferreira	
  	
  56.	
  Sérgio	
  de	
  Castro	
  Cunha	
  Júnior	
  	
  57.	
  Silmara	
  Alves	
  Diniz	
  	
  58.	
  Simone	
  Correa	
  Rosa	
  	
  59.	
  Vilson	
  de	
  Matos	
  Lima	
  	
  60.	
  Volnei	
  Paulino	
  Ferreira	
  T.	
  Mendes	
  	
  61.	
  Zildinai	
  França	
  de	
  Oliveira	
  	
  	
  
	
   11	
  
2.	
  ORGANOGRAMA	
  DO	
  IML-­DF	
  	
  	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
 
 DIRETOR 
 DIRETOR ADJUNTO 
 
 
 
 
- NÚCLEO DE ENSINO E PESQUISA 
- SECRETARIA ADMINISTRATIVA 
- ASSESSORIA DO IML 
DIVISÃO EXAMES 
TÉCNICOS 
PERÍCIA NO 
VIVO 
TANATOLOGIA ADMINISTRATIVO 
SEÇÃO 
-HISTOPATOLOGIA 
 E CITOLOGIA 
- TOXICOLOGIA 
- APOIO ÀS PERÍCIAS 
 MÉDICO-LEGAIS 
- RADIOLOGIA 
 
- PERÍCIA	
  MÉDICA -­‐PSICOPATOLOGIA -­‐	
  SEXOLOGIA 
 
- NECROPSIA 
-ANTROPOLOGIA 
 
- PROTOCOLO 
EXPEDIENTE ARQUIVO 
- MATERIAL, 
PATRIMÔNIO E 
TRANSPORTE 
- INFORMÁTICA, 
PLANEJAMENTO E 
ESTATÍSTICA 
 
	
   12	
  
	
  
3	
  
	
  
CONTEXTUALIZAÇÃO	
  
LEGAL	
  E	
  ÉTICA	
  DA	
  
ATIVIDADE	
  
PERICIAL	
  
	
  
	
  
	
  
	
   13	
  
3.	
  Contextualização	
  legal	
  e	
  ética	
  da	
  atividade	
  pericial	
  
	
   A	
  análise	
  da	
  atividade	
  médica	
  pericial	
  em	
  perspectiva	
  é	
  fundamental	
  para	
  que	
   os	
   peritos	
  médicos-­‐legistas	
   tenham	
   em	
  mente	
   o	
   porquê	
   e	
   o	
   para	
   quê	
   das	
  perícias	
  desempenhadas.	
  	
   A	
   perícia	
   médico-­‐legal	
   é	
   uma	
   atividade	
   médica,	
   contudo	
   com	
   viés	
   de	
  observação	
  pericial/criminal,	
  por	
  isso	
  deve	
  ser	
  diferenciada	
  da	
  prática	
  clínica	
  da	
  medicina	
  e	
  da	
  perícia	
  médica	
  nas	
  esferas	
  civil,	
  trabalhista	
  e	
  previdenciária.	
  	
   Além	
   disso,	
   também	
   é	
   importante	
   ressaltar	
   a	
   natureza	
   médica	
   da	
  atividade	
  pericial,	
  estando	
  sujeita	
  aos	
  códigos	
  e	
  às	
  restrições	
  médicas.	
  	
   O	
   Instituto	
  de	
  Medicina	
  Legal	
   é	
   ainda	
  um	
   Instituto	
  do	
  Departamento	
  de	
  Polícia	
  Técnica	
  da	
  Polícia	
  Civil	
  do	
  Distrito	
  Federal,	
  sujeito	
  ao	
  controle	
  externo	
  do	
  Ministério	
   Público	
   do	
   Distrito	
   Federal	
   e	
   Territórios.	
   Desempenha	
   o	
   IML/DF	
  atividade	
  pericial	
  e	
  administrativa,	
  esta	
  última	
  inerente	
  ao	
  Poder	
  Executivo.	
  	
   Não	
   obstante	
   tal	
   localização	
   e	
   vinculações,	
   o	
   IML	
   presta	
   serviço	
   à	
  sociedade	
  de	
  PERÍCIA	
  MÉDICA	
  JUDICIAL,	
  com	
  vista	
  a	
  consubstanciar	
  o	
  inquérito	
  policial,	
   a	
   investigação	
  do	
  Ministério	
  Público	
   e,	
   fundamentalmente,	
   as	
   decisões	
  do	
  Poder	
  Judiciário,	
  tendo	
  em	
  vista	
  o	
  compromisso	
  do	
  perito	
  com	
  a	
  verdade	
  e	
  a	
  irrepetibilidade	
  da	
  prova	
  obtida	
  na	
  fase	
  inicial	
  da	
  apuração	
  penal.	
  	
  	
   A	
  seguir	
  os	
  artigos	
  relacionados	
  à	
  atividade	
  pericial	
  constantes	
  no	
  Código	
  de	
  Ética	
  Médica,	
  no	
  Código	
  Penal	
  Brasileiro	
  e	
  no	
  Código	
  de	
  Processo	
  Penal:	
  	
  	
  	
  	
  
CONSELHO	
  FEDERAL	
  DE	
  MEDICINA	
  –	
  CÓDIGO	
  DE	
  ÉTICA	
  	
  
Artigo	
  118:	
  É	
  vedado	
  ao	
  médico	
  deixar	
  de	
  atuar	
  com	
  absoluta	
   isenção	
  quando	
  designado	
  para	
  servir	
  como	
  perito	
  ou	
  auditor,	
  assim	
  como	
  ultrapassar	
  os	
  limites	
  das	
  suas	
  atribuições	
  e	
  competência.	
  	
  	
  
Artigo	
   119:	
   É	
   vedado	
   ao	
   médico	
   assinar	
   laudos	
   periciais	
   ou	
   de	
   verificação	
  médico-­‐legal,	
   quando	
   não	
   o	
   tenha	
   realizado	
   ou	
   participado	
   pessoalmente	
   do	
  exame.	
  	
  
Artigo	
   120:	
   é	
   vedado	
   ser	
   perito	
   de	
   paciente	
   seu,	
   de	
   pessoa	
   da	
   família	
   ou	
   de	
  qualquer	
  pessoa	
  com	
  a	
  qual	
  tenha	
  relações	
  capazes	
  de	
  influir	
  em	
  seu	
  trabalho.	
  	
  
Artigo	
  121:	
  é	
  vedado	
  intervir,	
  quando	
  em	
  função	
  de	
  auditor	
  ou	
  perito,	
  nos	
  atos	
  profissionais	
   de	
   outro	
   médico,	
   ou	
   fazer	
   qualquer	
   apreciação	
   em	
   presença	
   do	
  examinado,	
  reservando	
  suas	
  observações	
  para	
  o	
  relatório.	
  	
  	
  	
  
CÓDIGO	
  PENAL	
  
	
   14	
  
	
  
Psiquiatria	
  
	
  
Art.	
  26	
  -­‐	
  É	
  isento	
  de	
  pena	
  o	
  agente	
  que,	
  por	
  doença	
  mental	
  ou	
  desenvolvimento	
  mental	
   incompleto	
   ou	
   retardado,	
   era,	
   ao	
   tempo	
   da	
   ação	
   ou	
   da	
   omissão,	
  inteiramente	
  incapaz	
  de	
  entender	
  o	
  caráter	
  ilícito	
  do	
  fato	
  ou	
  de	
  determinar-­‐se	
  de	
  acordo	
  com	
  esse	
  entendimento	
  (redação	
  dada	
  pela	
  Lei	
  nº	
  7.209,	
  de	
  11.7.1984).	
  	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  A	
  pena	
  pode	
  ser	
  reduzida	
  de	
  um	
  a	
  dois	
  terços,	
  se	
  o	
  agente,	
  em	
  virtude	
   de	
   perturbação	
   de	
   saúde	
   mental	
   ou	
   por	
   desenvolvimento	
   mental	
  incompleto	
   ou	
   retardado,	
   não	
   era	
   inteiramente	
   capaz	
   de	
   entender	
   o	
   caráter	
  ilícito	
  do	
   fato	
  ou	
  de	
  determinar-­‐se	
  de	
  acordo	
   com	
  esse	
  entendimento	
   (redação	
  dada	
  pela	
  Lei	
  nº	
  7.209,	
  de	
  11.7.1984).	
  	
  
Art.	
  27.	
  Os	
  menores	
  de	
  18	
  (dezoito)	
  anos	
  são	
  penalmente	
  inimputáveis,	
  ficando	
  sujeitos	
  às	
  normas	
  estabelecidas	
  na	
  legislação	
  especial.	
  	
  
	
  
Embriaguez	
  
	
  
Art.	
   28.	
  Não	
   excluem	
   a	
   imputabilidade	
   penal:	
   II.	
   A	
   embriaguez,	
   voluntária	
   ou	
  culposa,	
   pelo	
   álcool	
   ou	
   substância	
   de	
   efeitos	
   análogos.	
   §	
   1.	
   É	
   isento	
   de	
   pena	
   o	
  agente	
   que,	
   por	
   embriaguez	
   completa,	
   proveniente	
   de	
   caso	
   fortuito	
   ou	
   força	
  maior,	
  era,	
  ao	
  tempo	
  da	
  ação	
  ou	
  da	
  omissão,	
  inteiramente	
  incapaz	
  de	
  entender	
  o	
  caráter	
  ilícito	
  do	
  fato	
  ou	
  de	
  determinar-­‐se	
  de	
  acordo	
  com	
  esse	
  entendimento.	
  §	
  2.	
  A	
   pena	
   pode	
   ser	
   reduzida	
   de	
   um	
   a	
   dois	
   terços,	
   se	
   o	
   agente,	
   por	
   embriaguez	
  proveniente	
  decaso	
  fortuito	
  ou	
  força	
  maior,	
  não	
  possuía,	
  ao	
  tempo	
  da	
  ação	
  ou	
  da	
  omissão,	
   a	
   plena	
   capacidade	
   de	
   entender	
   o	
   caráter	
   ilícito	
   do	
   fato	
   ou	
   de	
  determinar-­‐se	
  de	
  acordo	
  com	
  esse	
  entendimento.	
  	
  	
  
	
  
Art.	
   41.	
  O	
   condenado	
   a	
   quem	
   sobrevém	
   doença	
  mental	
   deve	
   ser	
   recolhido	
   ao	
  hospital	
   de	
   custódia	
   e	
   tratamento	
   psiquiátrico	
   ou,	
   à	
   falta,	
   a	
   outro	
  estabelecimento	
  adequado.	
  	
  
	
  
Art.	
   47	
   –	
   As	
   penas	
   de	
   interdição	
   temporária	
   de	
   direitos	
   são:	
   I.	
   proibição	
   do	
  exercício	
  de	
  cargo,	
  função	
  ou	
  atividade	
  pública,	
  bem	
  como	
  de	
  mandato	
  eletivo;	
  II.	
  proibição	
   do	
   exercício	
   de	
   profissão,	
   atividade	
   ou	
   ofício	
   que	
   dependam	
   de	
  habilitação	
  especial,	
   de	
   licença	
  ou	
  autorização	
  do	
  poder	
  público;	
   III.	
   suspensão	
  de	
  autorização	
  ou	
  de	
  habilitação	
  para	
  dirigir	
  veículo;	
  IV.	
  proibição	
  de	
  frequentar	
  determinados	
   lugares;	
   V.	
   proibição	
   de	
   inscrever-­‐se	
   em	
   concurso,	
   avaliação	
   ou	
  exames	
  públicos.	
  
	
  
Homicídio	
  simples	
  
	
  
Art.	
  121.	
  Matar	
  alguém.	
  Pena	
  –	
  reclusão	
  de	
  6	
  a	
  20	
  anos.	
  	
  	
  §	
  1.	
  Se	
  o	
  agente	
  comete	
  o	
  crime	
  impelido	
  por	
  motivo	
  de	
  relevante	
  valor	
  social	
  ou	
  moral,	
   ou	
   sob	
   o	
   domínio	
   de	
   violenta	
   emoção,	
   logo	
   em	
   seguida	
   a	
   injusta	
  provocação	
  da	
  vítima,	
  o	
  juiz	
  pode	
  reduzir	
  a	
  pena	
  de	
  um	
  sexto	
  a	
  um	
  terço.	
  	
  
	
   15	
  
§	
   2.	
   Homicídio	
   qualificado	
   se	
   for	
   cometido:	
   mediante	
   paga	
   ou	
   promessa	
   de	
  recompensa,	
   ou	
   por	
   outro	
   motivo	
   torpe;	
   por	
   motivo	
   fútil;	
   com	
   emprego	
   de	
  veneno,	
   fogo,	
  explosivo,	
  asfixia,	
   tortura	
  ou	
  outro	
  meio	
   insidioso	
  ou	
  cruel,	
  ou	
  de	
  que	
  possa	
  resultar	
  perigo	
  comum;	
  à	
  traição,	
  emboscada	
  ou	
  dissimulação......;	
  para	
  assegurar	
   a	
   execução,	
   a	
   ocultação,	
   a	
   impunidade	
   ou	
   vantagem	
  de	
   outro	
   crime.	
  Pena	
  de	
  reclusão	
  de	
  12-­‐30	
  anos.	
  	
  §	
   3.	
   Homicídio	
   culposo.	
   Detenção	
   de	
   1-­‐3	
   anos.	
   §	
   5.	
   ....	
   o	
   juiz	
   poderá	
   deixar	
   de	
  aplicar	
   a	
   pena,	
   se	
   as	
   consequências	
   da	
   infração	
   atingirem	
   o	
   próprio	
   agente	
   de	
  forma	
  tão	
  grave	
  que	
  a	
  sanção	
  penal	
  se	
  torne	
  desnecessária.	
  	
  
	
  
Suicídio	
  
	
  
Art.	
  122.	
  Induzir	
  ou	
  instigar	
  alguém	
  a	
  suicidar-­‐se	
  ou	
  prestar-­‐lhe	
  auxílio	
  para	
  que	
  o	
  faça.	
  Pena	
  de	
  reclusão	
  de	
  2-­‐6	
  anos,	
  se	
  o	
  suicídio	
  se	
  consumar;	
  ou	
  reclusão	
  de	
  1-­‐3	
  anos,	
  se	
  da	
  tentativa	
  resultar	
  lesão	
  corporal	
  de	
  natureza	
  grave.	
  
	
  
Infanticídio	
  	
  
Artigo	
  123.	
  Matar,	
  sob	
  a	
  influência	
  do	
  estado	
  puerperal,	
  o	
  próprio	
  filho,	
  durante	
  o	
  parto	
  ou	
  logo	
  após.	
  Pena:	
  detenção	
  de	
  2-­‐6	
  anos.	
  
	
  
Aborto	
  
	
  
Artigo	
   124.	
   Provocar	
   o	
   aborto	
   em	
   si	
   mesma	
   ou	
   consentir	
   que	
   outrem	
   lhe	
  provoque.	
  Pena:	
  detenção	
  de	
  1	
  -­‐3	
  anos.	
  	
  
Artigo	
  125.	
  Provocar	
  aborto	
  sem	
  o	
  consentimento	
  da	
  gestante.	
  Pena:	
  reclusão	
  de	
  3-­‐10	
  anos.	
  	
  
Artigo	
  126.	
   Provocar	
  aborto	
   com	
  o	
   consentimento	
  da	
  gestante.	
  Pena:	
   reclusão	
  de	
  1-­‐4	
  anos.	
  Parágrafo	
  único:	
  aplica-­‐se	
  a	
  pena	
  do	
  artigo	
  anterior,	
   se	
  a	
  gestante	
  não	
  for	
  maior	
  de	
  14	
  anos,	
  ou	
  for	
  alienada	
  ou	
  débil	
  mental,	
  ou	
  se	
  o	
  consentimento	
  for	
  obtido	
  mediante	
  fraude,	
  grave	
  ameaça	
  ou	
  violência.	
  	
  
Artigo	
  127.	
  As	
  penas	
  cominadas	
  nos	
  dois	
  artigos	
  anteriores	
  são	
  aumentadas	
  de	
  um	
   terço	
   se,	
   em	
   consequência	
   do	
   aborto	
   ou	
   dos	
   meios	
   empregados	
   para	
  provocá-­‐lo,	
  a	
  gestante	
  sofrer	
  lesão	
  corporal	
  de	
  natureza	
  grave;	
  e	
  são	
  duplicadas	
  se,	
  por	
  qualquer	
  destas	
  causas,	
  lhe	
  sobrevier	
  à	
  morte.	
  	
  
Artigo	
  128.	
  Não	
  se	
  pune	
  o	
  aborto	
  provocado	
  por	
  médico:	
  I.	
  se	
  não	
  houver	
  outro	
  meio	
  de	
  salvar	
  a	
  vida	
  da	
  gestante;	
  II.	
  se	
  a	
  gravidez	
  resultar	
  de	
  estupro	
  e	
  o	
  aborto	
  é	
   precedido	
   do	
   consentimento	
   da	
   gestante	
   ou,	
   quando	
   incapaz,	
   de	
   seu	
  representante	
  legal.	
  	
  
	
  
	
  
Lesão	
  corporal	
  
	
  
	
   16	
  
Art.	
  129	
  -­‐	
   Ofender	
   a	
   integridade	
   corporal	
   ou	
   a	
   saúde	
   de	
   outrem:	
   Pena	
  -­‐	
  detenção,	
  de	
  3	
  (três)	
  meses	
  a	
  1	
  (um)	
  ano.	
  
	
  
Lesão	
   corporal	
  de	
  natureza	
   grave. §	
  1º	
  -­‐	
   Se	
   resulta:	
   I	
  -­‐	
   incapacidade	
  para	
   as	
  ocupações	
   habituais,	
   por	
   mais	
   de	
   30	
   (trinta)	
   dias;	
   II	
  -­‐	
   perigo	
   de	
   vida;	
   III	
  -­‐	
  debilidade	
  permanente;	
  IV	
  -­‐	
  aceleração	
  de	
  parto:	
  Pena	
  -­	
  reclusão,	
  de	
  1	
  (um)	
  a	
  5	
  (cinco)	
  anos.	
  §	
  2º	
  -­‐	
  Se	
  resulta:	
   I	
  -­‐	
   incapacidade	
  permanente	
  para	
  o	
  trabalho;	
   II	
  -­‐	
  enfermidade	
  incurável;	
  III	
  -­‐	
  perda	
  ou	
  inutilização	
  de	
  membro,	
  sentido	
  ou	
  função;	
  IV	
  -­‐	
  deformidade	
  permanente;	
  V	
  -­‐	
  aborto.	
  Pena	
  -­	
   reclusão,	
  de	
  2	
  (dois)	
  a	
  8	
  (oito)	
  anos.	
  
	
  
Lesão	
  corporal	
   seguida	
  de	
  morte. §	
  3º	
  -­‐	
   Se	
   resulta	
  morte	
  e	
  as	
   circunstâncias	
  evidenciam	
  que	
  o	
  agente	
  não	
  quis	
  o	
  resultado,	
  nem	
  assumiu	
  o	
  risco	
  de	
  produzi-­‐lo:	
  Pena	
  -­‐	
  reclusão,	
  de	
  4	
  (quatro)	
  a	
  12	
  (doze)	
  anos.	
  
	
  
Diminuição	
  de	
  pena.	
  §	
  4º	
  -­‐	
  Se	
  o	
  agente	
  comete	
  o	
  crime	
  impelido	
  por	
  motivo	
  de	
  relevante	
  valor	
   social	
  ou	
  moral	
  ou	
   sob	
  o	
  domínio	
  de	
  violenta	
  emoção,	
   logo	
  em	
  seguida	
  a	
  injusta	
  provocação	
  da	
  vítima,	
  o	
  juiz	
  pode	
  reduzir	
  a	
  pena	
  de	
  um	
  sexto	
  a	
  um	
  terço.	
  §	
  5º	
  -­‐	
  O	
  juiz,	
  não	
  sendo	
  graves	
  as	
  lesões,	
  pode	
  ainda	
  substituir	
  a	
  pena	
  de	
   detenção	
   pela	
   de	
   multa:	
   I	
  -­‐	
   se	
   ocorre	
   qualquer	
   das	
   hipóteses	
   do	
   parágrafo	
  anterior;	
  II	
  -­‐	
  seas	
  lesões	
  são	
  recíprocas.	
  
	
  
Lesão	
   corporal	
   culposa.	
   §	
   6º	
  -­‐	
   Se	
   a	
   lesão	
   for	
   culposa:	
   pena	
  -­‐	
   detenção,	
   de	
   2	
  (dois)	
  meses	
  a	
  1	
  (um)	
  ano.	
  
	
  
Aumento	
   de	
   pena.	
   §	
   7º	
  Aumenta-­‐se	
   a	
   pena	
   de	
   1/3	
   (um	
   terço)	
   se	
   ocorrer	
  qualquer	
  das	
  hipóteses	
  dos	
  §§	
  4º	
  e	
  6º	
  do	
  art.	
  121	
  deste	
  Código.	
  §	
  8º	
  -­‐	
  Aplica-­‐se	
  à	
  lesão	
  culposa	
  o	
  disposto	
  no	
  §	
  5º	
  do	
  art.	
  121.	
  	
  
 
Violência	
   doméstica.	
   §	
   9º	
  	
   Se	
   a	
   lesão	
   for	
   praticada	
   contra	
   ascendente,	
  descendente,	
   irmão,	
   cônjuge	
   ou	
   companheiro,	
   ou	
   com	
   quem	
   conviva	
   ou	
   tenha	
  convivido,	
   ou,	
   ainda,	
   prevalecendo-­‐se	
   o	
   agente	
   das	
   relações	
   domésticas,	
   de	
  coabitação	
   ou	
   de	
   hospitalidade:	
   pena	
  -­	
   detenção,	
   de	
   3	
   (três)	
   meses	
   a	
   3	
   (três)	
  anos.	
  §	
  10.	
  Nos	
  casos	
  previstos	
  nos	
  §§	
  1º	
  a	
  3º	
  deste	
  artigo,	
  se	
  as	
  circunstâncias	
  são	
  as	
  indicadas	
  no	
  §	
  9º	
  deste	
  artigo,	
  aumenta-­‐se	
  a	
  pena	
  em	
  1/3	
  (um	
  terço).	
  §	
  11.	
  Na	
  hipótese	
  do	
  §	
  9º	
  deste	
  artigo,	
  a	
  pena	
  será	
  aumentada	
  de	
  um	
  terço	
  se	
  o	
  crime	
  for	
  cometido	
  contra	
  pessoa	
  portadora	
  de	
  deficiência.	
  	
  	
  
Perigo	
  de	
  contágio	
  venéreo	
  
	
  
Art.	
  130.	
  Expor	
  alguém,	
  por	
  meio	
  de	
  relações	
  sexuais	
  ou	
  qualquer	
  ato	
  libidinoso,	
  a	
  contágio	
  de	
  moléstia	
  venérea,	
  de	
  que	
  sabe	
  ou	
  deva	
  saber	
  que	
  está	
  contaminado.	
  Pena	
  detenção	
  de	
  3	
  meses	
  a	
  1	
  ano,	
  ou	
  multa.	
  	
  	
  
Abandono	
  de	
  incapaz	
  
	
  
Art.	
   133.	
   Abandonar	
   pessoa	
   que	
   está	
   sob	
   seu	
   cuidado,	
   guarda,	
   vigilância	
   ou	
  autoridade,	
   e,	
   por	
   qualquer	
   motivo,	
   incapaz	
   de	
   defender-­‐se	
   dos	
   riscos	
  resultantes	
  do	
  abandono:	
  pena	
  de	
  detenção	
  de	
  6	
  meses	
  a	
  3	
  anos.	
  	
  
	
   17	
  
	
  
Omissão	
  de	
  socorro	
  
	
  
Art.	
   135.	
   Deixar	
   de	
   prestar	
   assistência,	
   quando	
   possível	
   fazê-­‐lo	
   sem	
   risco	
  pessoal,	
  à	
  criança	
  abandonada	
  ou	
  extraviada,	
  ou	
  à	
  pessoa	
  inválida	
  ou	
  ferida,	
  ao	
  desamparo	
  ou	
  em	
  grave	
  e	
  iminente	
  perigo;	
  ou	
  não	
  pedir,	
  nesses	
  casos,	
  o	
  socorro	
  da	
  autoridade	
  pública.	
  Pena	
  de	
  detenção	
  de	
  1	
  a	
  6	
  meses.	
  	
  
Maus	
  tratos	
  
	
  
Art.	
  136.	
  Expor	
  ao	
  perigo	
  a	
  vida	
  ou	
  a	
  saúde	
  de	
  pessoa	
  sob	
  sua	
  autoridade,	
  guarda	
  ou	
   vigilância,	
   para	
   fim	
   de	
   educação,	
   ensino,	
   tratamento	
   ou	
   custódia,	
   quer	
  privando-­‐a	
   de	
   alimentação	
   ou	
   cuidados	
   indispensáveis,	
   quer	
   sujeitando-­‐a	
   a	
  trabalho	
   excessivo	
   ou	
   inadequado,	
   quer	
   abusando	
   de	
   meios	
   de	
   correção	
   ou	
  disciplina.	
  Pena	
  de	
  detenção	
  de	
  2	
  meses	
  a	
  1	
  ano.	
  	
  
Estupro	
  
	
  
Art.	
   213.	
   Constranger	
   alguém,	
   mediante	
   violência	
   ou	
   grave	
   ameaça,	
   a	
   ter	
  conjunção	
   carnal	
   ou	
   a	
   praticar	
   ou	
   permitir	
   que	
   com	
   ele	
   se	
   pratique	
   outro	
   ato	
  libidinoso.	
   Pena	
   de	
   reclusão	
   de	
   6-­‐10	
   anos.	
   §	
   1.	
   Se	
   da	
   conduta	
   resultar	
   lesão	
  corporal	
  de	
  natureza	
  grave	
  ou	
  se	
  a	
  vítima	
  for	
  menor	
  de	
  18	
  ou	
  maior	
  de	
  14	
  anos.	
  Pena	
  de	
  reclusão	
  de	
  8-­‐12	
  anos.	
  §	
  2.	
  Se	
  resultar	
  em	
  morte	
  –	
  pena	
  de	
  reclusão	
  de	
  12-­‐30	
  anos.	
  	
  	
  
Violação	
  sexual	
  mediante	
  fraude	
  
	
  
Art.	
   215.	
   Ter	
   conjunção	
   carnal	
   ou	
   praticar	
   outro	
   ato	
   libidinoso	
   com	
   alguém,	
  mediante	
  fraude	
  ou	
  outro	
  meio	
  que	
  impeça	
  ou	
  dificulte	
  a	
   livre	
  manifestação	
  de	
  vontade	
  da	
  vítima.	
  Pena	
  de	
  reclusão	
  de	
  2-­‐6	
  anos.	
  	
  	
  
Estupro	
  de	
  vulnerável	
  
	
  
Art.	
  217-­A.	
  Ter	
  conjunção	
  carnal	
  ou	
  praticar	
  outro	
  ato	
  libidinoso	
  com	
  menor	
  de	
  14	
  anos.	
  Pena	
  de	
  reclusão	
  de	
  8-­‐15	
  anos.	
  	
  	
  
Documentos	
  públicos	
  	
  
Art.	
   299	
   –	
   Omitir,	
   em	
   documento	
   público	
   ou	
   particular,	
   declaração	
   que	
   dele	
  devia	
  constar,	
  ou	
  nele	
  inserir	
  ou	
  fazer	
  inserir	
  declaração	
  falsa	
  ou	
  diversa	
  da	
  que	
  devia	
   ser	
   escrita,	
   como	
   fim	
   de	
   prejudicar	
   direito,	
   criar	
   obrigação	
   ou	
   alterar	
   a	
  verdade	
   sobre	
   fato	
   juridicamente	
   relevante.	
   Parágrafo	
   único:	
   se	
   o	
   agente	
   é	
  funcionário	
   público,	
   e	
   comete	
   o	
   crime	
   prevalecendo-­‐se	
   do	
   cargo,	
   ou	
   se	
   a	
  falsificação	
  ou	
  alteração	
  é	
  de	
  assentamento	
  de	
  registro	
  civil,	
  aumenta-­‐se	
  a	
  pena	
  de	
  sexta	
  parte.	
  	
  
	
  
Falsidade	
  de	
  atestado	
  médico	
  
	
  
	
   18	
  
Art.	
   302.	
  Dar	
   o	
  médico,	
   no	
   exercício	
   da	
   sua	
   profissão,	
   atestado	
   falso.	
   Pena	
   de	
  detenção	
  de	
  1	
  mês	
  a	
  1	
  ano.	
  
	
  
Falso	
  testemunho	
  ou	
  falsa	
  perícia	
  
	
  
Art.	
  342	
  –	
  Fazer	
  afirmação	
  falsa,	
  ou	
  negar	
  ou	
  calar	
  a	
  verdade	
  como	
  testemunha,	
  perito,	
  contador,	
  tradutor	
  ou	
  intérprete	
  em	
  processo	
  judicial,	
  ou	
  administrativo,	
  inquérito	
  policial,	
  ou	
  em	
  juízo	
  arbitral.	
  
	
  
Art.	
   343	
   –	
  Dar,	
   oferecer,	
   ou	
   prometer	
   dinheiro	
   ou	
   qualquer	
   outra	
   vantagem	
   à	
  testemunha,	
  perito,	
  contador,	
  tradutor	
  ou	
  intérprete,	
  para	
  fazer	
  afirmação	
  falsa,	
  negar	
   ou	
   calar	
   a	
   verdade	
   em	
   depoimento,	
   perícia,	
   cálculos,	
   tradução	
   ou	
  interpretação.	
  
	
  
Exploração	
  de	
  prestígio	
  
	
  
Art.	
  357	
  –	
  Solicitar	
  ou	
  receber	
  dinheiro	
  ou	
  qualquer	
  outra	
  utilidade,	
  a	
  pretexto	
  de	
   influir	
   em	
   juiz,	
   jurado,	
   órgão	
   do	
   Ministério	
   Público,	
   funcionário	
   de	
   justiça,	
  perito,	
  tradutor,	
  intérprete	
  ou	
  testemunha.	
  Pena	
  de	
  reclusão	
  de	
  1	
  a	
  5	
  anos.	
  
	
  	
  
CÓDIGO	
  DE	
  PROCESSO	
  PENAL	
  
	
  
Infração	
  penal	
  	
  
Art.	
  ,6	
  -­‐	
  Logo	
  que	
  tiver	
  conhecimento	
  da	
  prática	
  da	
  infração	
  penal,	
  a	
  autoridade	
  policial	
  deverá:	
   I.	
  dirigir-­‐se	
  ao	
   local,	
  providenciando	
  para	
  que	
  não	
  se	
  alterem	
  o	
  estadoe	
   conservação	
   das	
   coisas,	
   até	
   a	
   chegada	
   dos	
   peritos	
   criminais;	
   II.	
  apreender	
   os	
   objetos	
   que	
   tiverem	
   relação	
   com	
   o	
   fato,	
   após	
   liberados	
   pelos	
  peritos	
  criminais;	
  III:	
  determinar,	
  se	
  for	
  o	
  caso,	
  que	
  se	
  proceda	
  a	
  exame	
  de	
  corpo	
  de	
  delito	
  e	
  a	
  quaisquer	
  outras	
  perícias.	
  
	
  
Art.	
   105	
  –	
   As	
   partes	
   poderão	
   também	
   arguir	
   de	
   suspeitos	
   os	
   peritos,	
   os	
  intérpretes	
   e	
   os	
   serventuários	
   ou	
   funcionários	
   de	
   justiça,	
   decidindo	
   o	
   juiz	
   de	
  plano	
  e	
  sem	
  recurso,	
  à	
  vista	
  da	
  matéria	
  alegada	
  e	
  prova	
  imediata.	
  
	
  
Art.	
  112	
  –	
  o	
  juiz,	
  o	
  órgão	
  do	
  Ministério	
  Público,	
  os	
  serventuários	
  ou	
  funcionários	
  de	
  justiça	
  e	
  os	
  peritos	
  ou	
  intérpretes	
  abster-­‐se-­‐ão	
  de	
  servir	
  no	
  processo,	
  quando	
  houver	
   incompatibilidade	
   ou	
   impedimento	
   legal,	
   que	
   declararão	
   nos	
   autos.	
   Se	
  não	
  se	
  der	
  a	
  abstenção,	
  a	
  incompatibilidade	
  ou	
  impedimento	
  poderá	
  ser	
  arguido	
  pelas	
  partes,	
  seguindo-­‐se	
  o	
  processo	
  estabelecido	
  para	
  a	
  exceção	
  de	
  suspeição.	
  	
  
	
  
Da	
  insanidade	
  mental	
  do	
  acusado	
  
	
  
Art.	
  149.	
  Quando	
  houver	
  dúvida	
  sobre	
  a	
   integridade	
  mental	
  do	
  acusado,	
  o	
   juiz	
  ordenará	
   de	
   ofício	
   ou	
   a	
   requerimento	
   do	
   Ministério	
   Público,	
   do	
   defensor,	
   do	
  curador,	
   do	
   ascendente,	
   descendente,	
   irmão	
   ou	
   cônjuge	
   do	
   acusado,	
   seja	
   este	
  submetido	
  a	
  exame	
  médico-­‐legal.	
  	
  
	
   19	
  
Art.	
   151.	
   Se	
   os	
   peritos	
   concluírem	
   que	
   o	
   acusado	
   era,	
   ao	
   tempo	
   da	
   infração,	
  irresponsável	
   nos	
   termos	
   do	
   art.	
   22	
   do	
   Código	
   Penal,	
   o	
   processo	
   prosseguirá,	
  com	
  a	
  presença	
  do	
  curador.	
  
	
  
Art.	
   153.	
  O	
   incidente	
   da	
   insanidade	
  mental	
   processar-­‐se-­‐á	
   em	
   auto	
   apartado,	
  que	
  só	
  depois	
  da	
  apresentação	
  do	
  laudo,	
  será	
  apenso	
  ao	
  processo	
  principal.	
  
	
  
Da	
  prova	
  
	
  
Art.	
  155.	
  O	
  juiz	
  formará	
  sua	
  convicção	
  pela	
  livre	
  apreciação	
  da	
  prova	
  produzida	
  em	
  contraditório	
  judicial,	
  não	
  podendo	
  fundamentar	
  sua	
  decisão	
  exclusivamente	
  nos	
   elementos	
   informativos	
   colhidos	
   na	
   investigação,	
   ressalvadas	
   as	
   provas	
  cautelares,	
  não	
  repetíveis	
  e	
  antecipadas.	
  	
  	
  
Art.	
  157.	
  São	
  inadmissíveis,	
  devendo	
  ser	
  desentranhadas	
  do	
  processo,	
  as	
  provas	
  ilícitas,	
   assim	
   entendidas	
   as	
   obtidas	
   em	
   violação	
   a	
   normas	
   constitucionais	
   ou	
  legais.	
  	
  	
  
	
  
Do	
  exame	
  do	
  corpo	
  de	
  delito	
  
	
  
Art.	
   158	
  -­‐	
   Quando	
   a	
   infração	
   deixar	
   vestígios	
   será	
   indispensável	
   o	
   exame	
   de	
  corpo	
  de	
  delito,	
  direto	
  ou	
  indireto,	
  não	
  podendo	
  supri-­‐lo	
  a	
  confissão	
  do	
  acusado.	
  	
  	
  
Art.	
   159.	
   O	
   exame	
   de	
   corpo	
   de	
   delito	
   e	
   outras	
   perícias	
   serão	
   realizados	
   por	
  perito	
   oficial,	
   portador	
   de	
   diploma	
   de	
   curso	
   superior.	
   §	
   1º	
  Na	
   falta	
   de	
   perito	
  oficial,	
   o	
   exame	
   será	
   realizado	
   por	
   2	
   (duas)	
   pessoas	
   idôneas,	
   portadoras	
   de	
  diploma	
  de	
   curso	
   superior	
  preferencialmente	
  na	
  área	
  específica,	
   dentre	
   as	
  que	
  tiverem	
  habilitação	
  técnica	
  relacionada	
  com	
  a	
  natureza	
  do	
  exame.	
  §	
  2º	
  Os	
  peritos	
  não	
   oficiais	
   prestarão	
   o	
   compromisso	
   de	
   bem	
   e	
   fielmente	
   desempenhar	
   o	
  encargo.	
  §	
  3º	
  Serão	
   facultadas	
  ao	
  Ministério	
  Público,	
  ao	
  assistente	
  de	
  acusação,	
  ao	
  ofendido,	
  ao	
  querelante	
  e	
  ao	
  acusado	
  a	
  formulação	
  de	
  quesitos	
  e	
  indicação	
  de	
  assistente	
  técnico.	
  §	
  4º	
  O	
  assistente	
  técnico	
  atuará	
  a	
  partir	
  de	
  sua	
  admissão	
  pelo	
  juiz	
  e	
  após	
  a	
  conclusão	
  dos	
  exames	
  e	
  elaboração	
  do	
  laudo	
  pelos	
  peritos	
  oficiais,	
  sendo	
   as	
   partes	
   intimadas	
   desta	
   decisão.	
   §	
   5º	
  Durante	
   o	
   curso	
   do	
   processo	
  judicial,	
  é	
  permitido	
  às	
  partes,	
  quanto	
  à	
  perícia:	
  I	
  -­	
  requerer	
  a	
  oitiva	
  dos	
  peritos	
  para	
   esclarecerem	
   a	
   prova	
   ou	
   para	
   responderem	
   a	
   quesitos,	
   desde	
   que	
   o	
  mandado	
   de	
   intimação	
   e	
   os	
   quesitos	
   ou	
   questões	
   a	
   serem	
   esclarecidas	
   sejam	
  encaminhados	
  com	
  antecedência	
  mínima	
  de	
  10	
  (dez)	
  dias,	
  podendo	
  apresentar	
  as	
   respostas	
   em	
   laudo	
   complementar;	
   II	
  -­	
   indicar	
   assistentes	
   técnicos	
   que	
  poderão	
  apresentar	
  pareceres	
  em	
  prazo	
  a	
  ser	
  fixado	
  pelo	
  juiz	
  ou	
  ser	
  inquiridos	
  em	
  audiência.	
  §	
  6º	
  Havendo	
  requerimento	
  das	
  partes,	
  o	
  material	
  probatório	
  que	
  serviu	
  de	
  base	
  à	
  perícia	
   será	
  disponibilizado	
  no	
  ambiente	
  do	
  órgão	
  oficial,	
  que	
  manterá	
   sempre	
   sua	
   guarda,	
   e	
   na	
   presença	
  de	
   perito	
   oficial,	
   para	
   exame	
  pelos	
  assistentes,	
   salvo	
   se	
   for	
   impossível	
   a	
   sua	
   conservação.	
   §	
   7º	
  Tratando-­‐se	
   de	
  perícia	
  complexa	
  que	
  abranja	
  mais	
  de	
  uma	
  área	
  de	
  conhecimento	
  especializado,	
  poder-­‐se-­‐á	
  designar	
  a	
  atuação	
  de	
  mais	
  de	
  um	
  perito	
  oficial	
  e	
  a	
  parte	
  indicar	
  mais	
  de	
  um	
  assistente	
  técnico.	
  	
  	
  
	
   20	
  
Art.	
   160	
  -­‐	
   Os	
   peritos	
   elaborarão	
   o	
   laudo	
   pericial,	
   em	
   que	
   descreverão	
  minuciosamente	
  o	
  que	
  examinarem,	
  e	
  responderão	
  aos	
  quesitos	
  formulados.	
  	
  	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  O	
  laudo	
  pericial	
  será	
  elaborado	
  no	
  prazo	
  máximo	
  de	
  10	
  (dez)	
  dias,	
  podendo	
  este	
  prazo	
  ser	
  prorrogado,	
  em	
  casos	
  excepcionais,	
  a	
  requerimento	
  dos	
  peritos.	
  
	
  
Art.	
   161	
  -­‐	
   O	
   exame	
   de	
   corpo	
   de	
   delito	
   poderá	
   ser	
   feito	
   em	
   qualquer	
   dia	
   e	
   a	
  qualquer	
  hora.	
  
	
  
Art.	
  162	
  -­‐	
  A	
  autópsia	
  será	
  feita	
  pelo	
  menos	
  6	
  (seis)	
  horas	
  depois	
  do	
  óbito,	
  salvo	
  se	
   os	
   peritos,	
   pela	
   evidência	
   dos	
   sinais	
   de	
  morte,	
   julgarem	
  que	
   possa	
   ser	
   feita	
  antes	
  daquele	
  prazo,	
  o	
  que	
  declararão	
  no	
  auto.	
  
	
  
Parágrafoúnico	
  -­‐	
  Nos	
  casos	
  de	
  morte	
  violenta,	
  bastará	
  o	
  simples	
  exame	
  externo	
  do	
  cadáver,	
  quando	
  não	
  houver	
  infração	
  penal	
  que	
  apurar,	
  ou	
  quando	
  as	
  lesões	
  externas	
   permitirem	
   precisar	
   a	
   causa	
   da	
   morte	
   e	
   não	
   houver	
   necessidade	
   de	
  exame	
  interno	
  para	
  a	
  verificação	
  de	
  alguma	
  circunstância	
  relevante.	
  
	
  
Art.	
   163	
  -­‐	
   Em	
   caso	
   de	
   exumação	
   para	
   exame	
   cadavérico,	
   a	
   autoridade	
  providenciará	
   para	
   que,	
   em	
   dia	
   e	
   hora	
   previamente	
   marcados,	
   se	
   realize	
   a	
  diligência,	
  da	
  qual	
  se	
  lavrará	
  auto	
  circunstanciado.	
  	
  	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  O	
  administrador	
  de	
  cemitério	
  público	
  ou	
  particular	
  indicará	
  o	
  lugar	
  da	
  sepultura,	
  sob	
  pena	
  de	
  desobediência.	
  No	
  caso	
  de	
  recusa	
  ou	
  de	
  falta	
  de	
  quem	
  indique	
  a	
  sepultura,	
  ou	
  de	
  encontrar-­‐se	
  o	
  cadáver	
  em	
  lugar	
  não	
  destinado	
  a	
   inumações,	
   a	
   autoridade	
   procederá	
   às	
   pesquisas	
   necessárias,	
   o	
   que	
   tudo	
  constará	
  do	
  auto.	
  	
  	
  
Art.	
   164	
  -­‐	
   Os	
   cadáveres	
   serão	
   sempre	
   fotografados	
   na	
   posição	
   em	
   que	
   forem	
  encontrados,	
   bem	
   como,	
   na	
   medida	
   do	
   possível,	
   todas	
   as	
   lesões	
   externas	
   e	
  vestígios	
  deixados	
  no	
  local	
  do	
  crime.	
  	
  	
  
Art.	
  165	
  -­‐	
  Para	
  representar	
  as	
  lesões	
  encontradas	
  no	
  cadáver,	
  os	
  peritos,	
  quando	
  possível,	
  juntarão	
  ao	
  laudo	
  do	
  exame	
  provas	
  fotográficas,	
  esquemas	
  ou	
  desenhos,	
  devidamente	
  rubricados.	
  	
  	
  
Art.	
  166	
  -­‐	
  Havendo	
  dúvida	
  sobre	
  a	
  identidade	
  do	
  cadáver	
  exumado,	
  proceder-­‐se-­‐á	
   ao	
   reconhecimento	
   pelo	
   Instituto	
   de	
   Identificação	
   e	
   Estatística	
   ou	
   repartição	
  congênere	
   ou	
   pela	
   inquirição	
   de	
   testemunhas,	
   lavrando-­‐se	
   auto	
   de	
  reconhecimento	
  e	
  de	
  identidade,	
  no	
  qual	
  se	
  descreverá	
  o	
  cadáver,	
  com	
  todos	
  os	
  sinais	
  e	
  indicações.	
  	
  	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  Em	
  qualquer	
  caso,	
  serão	
  arrecadados	
  e	
  autenticados	
  todos	
  os	
  objetos	
  encontrados,	
  que	
  possam	
  ser	
  úteis	
  para	
  a	
  identificação	
  do	
  cadáver.	
  	
  	
  
Art.	
   167	
  -­‐	
   Não	
   sendo	
   possível	
   o	
   exame	
   de	
   corpo	
   de	
   delito,	
   por	
   haverem	
  desaparecido	
  os	
  vestígios,	
  a	
  prova	
  testemunhal	
  poderá	
  suprir-­‐lhe	
  a	
  falta.	
  	
  	
  
	
   21	
  
Art.	
  168	
  -­‐	
  Em	
  caso	
  de	
   lesões	
  corporais,	
   se	
  o	
  primeiro	
  exame	
  pericial	
   tiver	
  sido	
  incompleto,	
   proceder-­‐se-­‐á	
   a	
   exame	
   complementar	
   por	
   determinação	
   da	
  autoridade	
   policial	
   ou	
   judiciária,	
   de	
   ofício,	
   ou	
   a	
   requerimento	
   do	
   Ministério	
  Público,	
   do	
   ofendido	
   ou	
   do	
   acusado,	
   ou	
   de	
   seu	
   defensor.	
   §	
   1º	
  -­‐	
  No	
   exame	
  complementar,	
   os	
   peritos	
   terão	
   presente	
   o	
   auto	
   de	
   corpo	
   de	
   delito,	
   a	
   fim	
   de	
  suprir-­‐lhe	
  a	
  deficiência	
  ou	
  retificá-­‐lo.	
  §	
  2º	
  -­‐	
  Se	
  o	
  exame	
  tiver	
  por	
   fim	
  precisar	
  a	
  classificação	
  do	
  delito	
  no	
  art.	
  129,	
  §	
  1º,	
  I,	
  do	
  Código	
  Penal,	
  deverá	
  ser	
  feito	
  logo	
  que	
  decorra	
  o	
  prazo	
  de	
  30	
  (trinta)	
  dias,	
  contado	
  da	
  data	
  do	
  crime.	
  §	
  3º	
  -­‐	
  A	
  falta	
  de	
  exame	
  complementar	
  poderá	
  ser	
  suprida	
  pela	
  prova	
  testemunhal.	
  	
  	
  
Art.	
  169	
  -­‐	
  Para	
  o	
  efeito	
  de	
  exame	
  do	
  local	
  onde	
  houver	
  sido	
  praticada	
  a	
  infração,	
  a	
  autoridade	
  providenciará	
   imediatamente	
  para	
  que	
  não	
  se	
  altere	
  o	
  estado	
  das	
  coisas	
   até	
   a	
   chegada	
   dos	
   peritos,	
   que	
   poderão	
   instruir	
   seus	
   laudos	
   com	
  fotografias,	
  desenhos	
  ou	
  esquemas	
  elucidativos.	
  	
  	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  Os	
  peritos	
  registrarão,	
  no	
   laudo,	
  as	
  alterações	
  do	
  estado	
  das	
  coisas	
  e	
  discutirão,	
  no	
  relatório,	
  as	
  consequências	
  dessas	
  alterações	
  na	
  dinâmica	
  dos	
  fatos.	
  	
  	
  
Art.	
  170	
  -­‐	
  Nas	
  perícias	
  de	
   laboratório,	
  os	
  peritos	
  guardarão	
  material	
   suficiente	
  para	
  a	
  eventualidade	
  de	
  nova	
  perícia.	
  Sempre	
  que	
  conveniente,	
  os	
   laudos	
  serão	
  ilustrados	
  com	
  provas	
  fotográficas,	
  ou	
  microfotográficas,	
  desenhos	
  ou	
  esquemas.	
  
	
  
Art.	
   176	
  –	
   A	
   autoridade	
   e	
   as	
   partes	
   poderão	
   formular	
   quesitos	
   até	
   o	
   ato	
   da	
  diligência.	
  	
  	
  
Art.	
   177	
  –	
   No	
   exame	
   por	
   precatória,	
   a	
   nomeação	
   dos	
   peritos	
   far-­‐se-­‐á	
   no	
   juízo	
  deprecado.	
   Havendo,	
   porém,	
   no	
   caso	
   de	
   ação	
   privada,	
   acordo	
   das	
   partes,	
   essa	
  nomeação	
  poderá	
  ser	
  feita	
  pelo	
  juiz	
  deprecante.	
  Parágrafo	
  único.	
  Os	
  quesitos	
  do	
  juiz	
  e	
  das	
  partes	
  serão	
  transcritos	
  na	
  precatória.	
  
	
  
Art.	
   178	
  -­‐	
   No	
   caso	
   do	
   art.	
   159,	
   o	
   exame	
   será	
   requisitado	
   pela	
   autoridade	
   ao	
  diretor	
  da	
  repartição,	
  juntando-­‐se	
  ao	
  processo	
  o	
  laudo	
  assinado	
  pelos	
  peritos.	
  	
  	
  
Art.	
  179	
  -­‐	
  No	
  caso	
  do	
  §	
  1º	
  do	
  art.	
  159,	
  o	
  escrivão	
  lavrará	
  o	
  auto	
  respectivo,	
  que	
  será	
  assinado	
  pelos	
  peritos	
  e,	
  se	
  presente	
  ao	
  exame,	
  também	
  pela	
  autoridade.	
  	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  No	
  caso	
  do	
  art.	
  160,	
  parágrafo	
  único,	
  o	
  laudo,	
  que	
  poderá	
  ser	
  datilografado,	
  será	
  subscrito	
  e	
  rubricado	
  em	
  suas	
  folhas	
  por	
  todos	
  os	
  peritos.	
  	
  	
  
Art.	
  180	
  -­‐	
  Se	
  houver	
  divergência	
  entre	
  os	
  peritos,	
  serão	
  consignadas	
  no	
  auto	
  do	
  exame	
   as	
   declarações	
   e	
   respostas	
   de	
   um	
   e	
   de	
   outro,	
   ou	
   cada	
   um	
   redigirá	
  separadamente	
  o	
  seu	
  laudo,	
  e	
  a	
  autoridade	
  nomeará	
  um	
  terceiro;	
  se	
  este	
  divergir	
  de	
   ambos,	
   a	
   autoridade	
   poderá	
   mandar	
   proceder	
   a	
   novo	
   exame	
   por	
   outros	
  peritos.	
  	
  	
  
Art.	
   181	
  -­‐	
  No	
   caso	
  de	
   inobservância	
   de	
   formalidades,	
   ou	
  no	
   caso	
  de	
   omissões,	
  obscuridades	
   ou	
   contradições,	
   a	
   autoridade	
   judiciária	
   mandará	
   suprir	
   a	
  formalidade,	
  complementar	
  ou	
  esclarecer	
  o	
  laudo.	
  
	
   22	
  
Parágrafo	
  único-­‐	
  A	
  autoridade	
  poderá	
  também	
  ordenar	
  que	
  se	
  proceda	
  a	
  novo	
  exame,	
  por	
  outros	
  peritos,	
  se	
  julgar	
  conveniente.	
  
	
  
Art.	
  182	
  -­‐	
  O	
  juiz	
  não	
  ficará	
  adstrito	
  ao	
  laudo,	
  podendo	
  aceitá-­‐lo	
  ou	
  rejeitá-­‐lo,	
  no	
  todo	
  ou	
  em	
  parte.	
  	
  	
  
Art.	
  183	
  -­‐	
  Nos	
  crimes	
  em	
  que	
  não	
  couber	
  ação	
  pública,	
  observar-­‐se-­‐á	
  o	
  disposto	
  no	
  art.	
  19.	
  	
  	
  
Art.	
   184	
  -­‐	
   Salvo	
   o	
   caso	
   de	
   exame	
   de	
   corpo	
   de	
   delito,	
   o	
   juiz	
   ou	
   a	
   autoridade	
  policial	
   negará	
   a	
   perícia	
   requerida	
   pelas	
   partes,	
   quando	
   não	
   for	
   necessária	
   ao	
  esclarecimento	
  da	
  verdade.	
  	
  
Dos	
  peritos	
  e	
  intérpretes	
  	
  
Art.	
   275	
   –	
   O	
   perito,	
   ainda	
   quando	
   não	
   oficial,	
   estará	
   sujeito	
   à	
   disciplina	
  judiciária.	
  	
  
Art.	
  276	
  –	
  As	
  partes	
  não	
  intervirão	
  na	
  nomeação	
  do	
  perito.	
  
	
  
Art.	
  277	
  –	
  O	
  perito	
  nomeado	
  pela	
  autoridade	
  será	
  obrigado	
  a	
  aceitar	
  o	
  encargo,	
  sob	
   pena	
   de	
   multa	
   de	
   cem	
   a	
   quinhentos	
   mil-­‐réis,	
   salvo	
   escusa	
   atendível.	
  
Parágrafo	
   único:	
   incorrerá	
   na	
   mesma	
   multa	
   o	
   perito	
   que,	
   sem	
   justa	
   causa,	
  provada	
   imediatamente:	
   a)	
   deixar	
   de	
   acudir	
   à	
   intimação	
   ou	
   ao	
   chamado	
   da	
  autoridade;	
  b)	
  não	
  comparecer	
  no	
  dia	
  e	
   local	
  designados	
  para	
  o	
  exame;	
   c)	
  não	
  der	
   o	
   laudo,	
   ou	
   concorrer	
   para	
   que	
   a	
   perícia	
   não	
   seja	
   feita,	
   nos	
   prazos	
  estabelecidos.	
  	
  
Art.	
   278	
  –	
   No	
   caso	
   de	
   não	
   comparecimento	
   do	
   perito,	
   sem	
   justa	
   causa,	
   a	
  autoridade	
  poderá	
  determinar	
  a	
  sua	
  condução.	
  	
  	
  
Art.	
  279	
  –	
  Não	
  poderão	
  ser	
  peritos:	
  I.	
  Os	
  que	
  estiverem	
  sujeitos	
  à	
  interdição	
  de	
  direito	
  mencionada	
  nos	
  no	
   I	
  e	
   IV	
  do	
  art.	
  69	
  do	
  Código	
  Penal;	
   II.	
  Os	
  que	
  tiverem	
  prestado	
  depoimento	
  no	
  processo	
  ou	
  opinado	
  anteriormente	
  sobre	
  o	
  objeto	
  da	
  perícia;	
  III.	
  Os	
  analfabetos	
  e	
  os	
  menores	
  de	
  21	
  anos.	
  	
  
Art.	
   280	
  –	
   É	
   extensivo	
   aos	
   peritos,	
   no	
   que	
   lhes	
   for	
   aplicável,	
   o	
   disposto	
   sobre	
  suspeição	
  dos	
  juízes.	
  	
  	
  
	
   23	
  
4	
  
	
  
	
  
DIVISÃO	
  
DE	
  	
  
PERÍCIA	
  
NO	
  
VIVO	
  
	
  
	
   24	
  
4.	
  DIVISÃO	
  DE	
  PERÍCIAS	
  NO	
  VIVO	
  
	
   Os	
   exames	
   médico-­‐legais	
   deverão	
   ser	
   realizados	
   somente	
   mediante	
  requisição	
  escrita,	
  por	
  parte	
  de	
  autoridade	
  competente,	
  em	
  que	
  conste	
  o	
  tipo	
  de	
  exame	
   a	
   ser	
   realizado,	
   o	
   órgão	
   solicitante	
   e	
   o	
   registro	
   da	
   ocorrência	
   (se	
   for	
  solicitado	
   por	
   juiz,	
   constará	
   o	
   número	
   do	
   processo	
   e	
   não	
   da	
   ocorrência.	
   Em	
  caráter	
   excepcional	
   poderá	
   ser	
   solicitado	
   verbalmente	
   e	
   depois	
   formalizado.	
  Nestas	
  solicitações	
  necessariamente	
  o	
  pedido	
  do	
  exame	
  deverá	
  estar	
  consignado	
  conforme	
  consta	
  na	
  relação	
  de	
  exames	
  realizados	
  pelo	
   IML.	
  Cabe	
  ao	
  solicitante	
  especificar	
  o	
  exame	
  desejado	
  para	
  esclarecimento	
  do	
  caso,	
  não	
  podendo	
  o	
  perito	
  subtrair,	
  alterar	
  ou	
  acrescentar	
  pedidos	
  de	
  exame.	
  	
  	
   As	
   solicitações	
   de	
   exames	
   podem	
   ser	
   emitidas	
   pelas	
   seguintes	
  autoridades:	
   delegado	
   de	
   Polícia,	
   promotor	
   de	
   Justiça,	
   juiz	
   de	
   Direito	
   ou	
  autoridade	
  militar	
  presidindo	
  inquérito.	
  	
   A	
   realização	
   de	
   exames	
   preliminares,	
   ou	
   seja,	
   os	
   laudos	
   entregues	
   no	
  momento	
  do	
  exame,	
  está	
  restrita	
  aos	
  casos	
  de	
  determinação	
  de	
  embriaguez	
  e	
  aos	
  exames	
  sumários	
  de	
   lesões	
  corporais.	
  Não	
  serão	
  emitidos	
  exames	
  preliminares	
  ou	
   parciais,	
   em	
   outras	
   solicitações	
   eventuais,	
   incluindo	
   casos	
   de	
   conjunção	
  carnal,	
  ato	
  libidinoso	
  ou	
  exames	
  cadavéricos.	
  	
  	
   A	
  Seção	
  de	
  Perícias	
  no	
  Vivo	
  funciona	
  24	
  horas,	
  todos	
  os	
  dias	
  da	
  semana.	
  Com	
   exceção	
   do	
   período	
   diurno	
   de	
   domingo,	
   as	
   equipes	
   são	
   fixas,	
   com	
   pelo	
  menos	
  dois	
  plantonistas	
  por	
  período.	
  No	
  domingo	
  de	
  dia,	
  são	
  dois	
  plantonistas	
  por	
  turno	
  (matutino	
  e	
  vespertino).	
  	
   Os	
  exames	
  não	
  emergenciais	
  são	
  realizados	
  somente	
  durante	
  o	
  dia.	
  Após	
  entendimentos	
  com	
  a	
  Direção-­‐Geral	
  da	
  Polícia	
  Civil,	
  foi	
  publicitado	
  no	
  Boletim	
  de	
  Serviço	
   no	
   040/2013,	
   publicado	
   em	
   28	
   de	
   fevereiro	
   de	
   2013,	
   que	
   os	
   exames	
  realizados	
  durante	
  o	
  período	
  noturno	
  (19h	
  às	
  6h59)	
  serão	
  apenas	
  os	
  seguintes:	
  cautelares;	
   de	
   atos	
   libidinosos;	
   toxicológicos	
   no	
   vivo;	
   avaliação	
   da	
   capacidade	
  psicomotora;	
   verificação	
   de	
   aborto;	
   verificação	
   de	
   substância	
   entorpecente	
   em	
  cavidades	
  naturais	
  do	
  corpo;	
  exame	
  de	
  lesões	
  corporais	
  em	
  que	
  o	
  evento	
  tenha	
  ocorrido	
  até	
  24	
  horas	
  antes	
  da	
  realização	
  da	
  perícia;	
  aqueles	
  em	
  que	
  haja	
  risco	
  de	
   perda	
   da	
   materialidade	
   do	
   vestígio.	
   Todos	
   os	
   demais	
   exames	
   serão	
  
realizados	
  apenas	
  no	
  período	
  diurno.	
  	
   Antes	
   da	
   realização	
   do	
   exame,	
   o	
   perito	
   deve	
   conferir	
   a	
   identificação	
   do	
  periciando,	
  apresentar-­‐se	
  a	
  ele	
  e	
  notificá-­‐lo	
  da	
  realização	
  do	
  exame.	
  Em	
  caso	
  de	
  recusa	
  do	
  periciando	
  em	
  se	
  submeter	
  ao	
  exame,	
  deve	
  ser	
  consignado	
  no	
   laudo,	
  tal	
   recusa.	
   Nesse	
   caso,	
   a	
   conclusão	
   da	
   perícia	
   fica	
   prejudicada,	
   bem	
   como	
   a	
  resposta	
  aos	
  quesitos,	
  sendo	
  recomendado	
  o	
  uso	
  desse	
  termo	
  nas	
  suas	
  respostas.	
  	
  	
   São	
  partes	
  integrantes	
  do	
  laudo	
  médico-­‐legal:	
  	
  
	
  
Histórico	
  
	
   25	
  
	
   Toda	
  perícia	
  médico-­‐legal	
   está	
   baseada	
  no	
   item	
  histórico.	
  O	
   objetivo	
   da	
  perícia	
   é	
   exatamente	
   comprovar	
   o	
   nexo	
   de	
   causalidade	
   entre	
   os	
   achados	
   da	
  perícia	
   e	
   o	
   histórico.	
   É	
   importante	
   salientar	
   que,	
   nos	
   casos	
   de	
   perícias	
  necroscópicas,

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