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Crimes Hediondos
- Conceito: esta lei é cercada de polêmicas e incoerências, pois de sua leitura é possível concluir que o objetivo do legislador não foi propriamente a ressocialização do infrator, mas sim de retirá-los do convívio social pelo maior tempo possível. Por isso há o aumento de penas, das restrições à progressão de seu regime de seu cumprimento e da concessão de liberdade provisória. 
Art. 5º, XLIII, CF “ A lei considerará crimes INAFIANÇAVEIS de graça, anistia a prática de tortura, o tráfico de entorpecentes ou drogas e afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por ele respondendo os mandantes, os executores e os que podendo evita-los se omitem.”
- Anistia, graça, indulto e fiança: proibidos!
Nota-se que se está diante de um verdadeiro mandado de criminalização, isto é, uma norma de eficácia limitada que impõe uma obrigação ao legislador, qual seja a de definir os crimes que são hediondos e lhes conferir tratamento penal e processual penal mais rigorosos.
Critérios adotados pela lei para definir os crimes hediondos:
- Critério Legal: compete ao legislador e não ao juiz, enumerar, em rol taxativo, quais delitos são considerados hediondos. Obs: ao considerar objetivamente um crime hediondo, o legislador acaba penalizando injustamente, casos de menor gravidade sob análise de um caso concreto;
- Critério Judicial: não cabe ao legislador, mas sim ao juiz, enumerar quais os delitos que são hediondos diante da análise do caso concreto. Obs: ao atribuir ao juiz a competência de decidir sobre a hediondez de um crime com base no caso concreto, perde-se em segurança jurídica, pois inevitavelmente haverá um pouco da carga emocional do julgador em cada caso e isso caria de juiz para juiz;
 - Critério Misto: em primeiro momento cabe ao legislador apresentar um rol exemplificativo de delitos hediondos, permitindo ao juiz que, diante do caso concreto, inclua outros crimes assemelhados, através de interpretação analógica. Todos os demais delitos do ordenamento jurídico não são considerados hediondos.
ROL TAXATIVO DOS CRIMES HEDIONDOS:
- Caráter hediondo depende única e exclusivamente da existência de uma previsão legal reconhecendo essa natureza para determinada espécie delituosa.
- Não admite que o magistrado deixe de reconhecer a natureza hedionda em delito que expressamente conste no rol.
- Crimes militares não estão abrangidos nessa lei, então crime de estupro previsto no Código Penal Militar não será considerado hediondo.
Art. 1º, caput — São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-lei n. 2.848/40 — Código Penal, consumados ou tentados:
I - Homicídio: 
Quando praticado em atividade de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente.
 Simples: quando praticado em atividade de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente
Grupo: divergência doutrinária!
- Para Alberto Silva Franco: exige-se pelo menos 3 pessoas, para não se confundir com a ideia de par;
- Para a maioria doutrinária: a definição de grupo é típica, equipara-se ao mínimo de integrantes do crime de quadrilha (Art. 288)
- Para Fernando Capez: pelo menos 2 pessoas, como ocorre no crime de associação para o tráfico.
 Qualificado: todas as figuras qualificadoras são hediondas (motivo torpe, recurso que dificulte a defesa da vítima e etc.)
- o homicídio qualificado privilegiado não é considerado hediondo, pois a lei não aborda expressamente o tema.
II - Latrocínio: (roubo qualificado pela morte)
- Roubo + Violência que resulta morte Subtrai e mata
- Roubo = patrimônio
- Violência que resulta morte = vida
- Se da violência acarretar a morte
- Grave ameaça não configura
- Roubo qualificado pela lesão grave ou gravíssima não é hediondo
- Doloso ou culposo = hediondo
 Consumação: com a MORTE.
- Subtrai + violência sem morte = latrocínio tentado
- Não subtrai + violência com morte = latrocínio
- Subtrai + violência com morte = latrocínio 
III - Extorsão Qualificada pela Morte:
- constranger a vítima para obter vantagem indevida
- comportamento/conduta da vítima é indispensável
- mediante violência que resulta morte = hediondo
- sequestro relâmpago (priva a liberdade para obter vantagem indevida e resulta morte) = NÃO é hediondo.
IV - Extorsão Mediante Sequestro e na forma qualificada:
- e na sua forma qualificada: se durar mais que 24 horas, se a vítima é menor de 18 anos ou maior de 60, se o crime é cometido por quadrilha, se a vítima sofre lesão grave ou morre.
- sequestrar e exigir conduta de terceiro ou da vítima 
- não exige a morte
- extorquir + sequestrar + matar = NÃO É HEDIONDO! – Sequestro relâmpago
V - Estupro: todas as formas
- estupro simples e suas formas qualificadas (resultado de lesão corporal grave ou morte).
VI – Estupro de Vulnerável:
- Ter conjunção carnal ou praticar qualquer outro ato libidinoso com menor de 14 anos, deficiente mental que não tenha o necessário discernimento para a prática do ato, ou com pessoa que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 
- Também as hipóteses qualificadas (lesão grave ou morte)
VII – Epidemia com resultado Morte:
- Epidemia: surto de uma doença que atinge grande número de pessoas em determinado local ou região, mediante propagação de germes patogênicos.
- Provocação intencional da epidemia é punida com reclusão de 10 – 15 anos
- Só será hedionda se resultar morte!
VII-B – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais:
- Falsificação de medicamento
- Também na forma qualificada (lesão grave ou morte)
- não se considera o crime de falsificação culposa de medicamento (simples ou qualificado)
* O crime de envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal, qualificado pela morte, constava no rol original da Lei dos Crimes Hediondos, mas foi retirado pela nova Lei nº 8.930/94, tentado ou consumado.
- Genocídio
 - tentado ou consumado, quem com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racional ou religioso
- quem mata membros do grupo
- causa lesão grave à integridade física ou mental em membros do mesmo grupo
- submete intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhes a destruição física total ou parcial
- adota medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo
- efetua transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo
 associação de 3 pessoas para prática dos crimes mencionados 
 quem incita, direta e publicamente, alguém a cometer qualquer dos crimes.
Regime inicial fechado: O regime inicial a ser fixado pelo juiz deverá ser sempre o fechado.
Progressão de Regime: A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes hediondos, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 da pena, se o apenado for primário, e de 2/5, se reincidente.
- STF: cumprir a pena integralmente em regime fechado é inconstitucional por ferir princípios da individualização da pena e da dignidade humana.
- Antes da Lei 11.464/2006: cumprimento de 1/6 da pena para progredir de regime
- Depois da Lei 11.464/2006: cumprimento de 2/5 – réu primário; 3/5 – réu reincidente
- Para crimes comuns: cumprimento de 1/6 da pena
Recurso do Réu em liberdade: direito de apelar em liberdade – Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentalmente se o réu poderá apelar em liberdade.
- Juiz irá analisar se estão presentes os requisitos da prisão preventiva e decidirá se o condenado que está solto poderá ou não apelar em liberdade, desde que justifique sua decisão. 
- Mesmo que seja reincidente, o juiz poderá decretar sua prisão por ocasião da condenação recorrível, caso entenda que não existe necessidade imediata de prisão.
Prisão Temporária: terá o prazo de trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade;
- Prazo: 30 dias, prorrogáveis por mais 30;
- nos casos não hediondos, o prazo é de 05 dias.
Estabelecimentos penais: A União manterá estabelecimentos penais, de segurançamáxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.
- Cumprirão pena em estabelecimento de segurança máxima!
Livramento Condicional: cumprido mais de 2/3 da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.
Delação Premiada: Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de 1 a 2/3.
Na Extorsão mediante sequestro: o concorrente que denunciar, facilitando a libertação do sequestrado, sendo imprescindível a libertação do sequestrado em razão de suas informações – pena reduzida de 1 a 2/3 
No crime de Quadrilha: a contribuição deverá ser determinante para o desmantelamento da quadrilha, bem como que a quadrilha se destine a prática de crimes hediondos equiparados – tráfico, tortura e terrorismo.
Lei de Drogas
Lei 11.343/2006
Houve um abrandamento sensível à conduta de consumo pessoal e um tratamento mais rigoroso sobre a conduta do traficante. Foi realizada uma nítida diferenciação entre usuário e dependente. 
- Usuário: consome a droga ocasionalmente
- Dependente: consome a droga de forma patológica
Art. 27 – possibilita a aplicação da pena de maneira cumulativa ou isolada, dependendo das condições do usuário ou dependente.
Art. 28 – Legalização, descriminalização ou despenalização?
Formas de abordagem do tratamento das drogas no mundo:
Modelo Norte-Americano: Prega a abstinência e a tolerância zero. Parte do pressuposto de que a droga é um mal social, devendo ser encarada como um problema policial, dessa forma é considerada criminosa, tanto a atividade do traficante, como a conduta do usuário que a compra. Para essa teoria é o usuário que alimenta o tráfico sendo parte integrante da cadeia criminosa, por esse motivo, o usuário e o traficante devem ser punidos. Esse era o modelo adotado pela lei 6368/76.
 Modelo liberal radical: Influencia inglesa e conta com inúmeros defensores. Seus pontos principais são: A completa ineficácia do tratamento penal das drogas é uma distorção de ordem prática que impõe tratamento diferenciado para ricos e pobres.
 Modelo da redução dos danos: Encara a questão das drogas como um problema de saúde pública e privada, não como questão penal. Desta forma, propõe a descriminalização gradual das drogas, buscando inicialmente reduzir os danos causados à saúde dos usuários (fornecendo seringas, garantindo acompanhamento médico) – Modelo adotado na Holanda.
 Modelo da redução dos danos e da justiça restaurativa: Além de enxergar o problema das drogas como de saúde pública e descriminalizar gradualmente a conduta, atua na prevenção e reinserção social do usuário, mantendo tratamento penal rigoroso ao traficante, ao colaborador e financiador do tráfico. Deixa de considerar o usuário como criminoso e o encara como vítima, adotando política de recuperação e não de repressão. – Modelo adotado atualmente pelo Brasil.
Análise da Conduta de Consumo Pessoal das Drogas
 Houve legalização, descriminalização ou despenalização da conduta de consumo pessoal das drogas?
- Para maioria doutrinária, a lei não legalizou o consumo das drogas como se infere, a leitura do art. 28.
- Para Luiz Flávio Gomes, houve a descriminalização das drogas que no entanto ainda configura ilícito penal. Disse em outros termos: não se trata de crime, tal qual descrito não é crime conceitualmente falando, mas continua sendo vedada a conduta pela legislação penal. O que no seu entender configura ilícito “surgêneres” algo único.
- Para Fernando Capez, a conduta é criminosa, o que houve foi a despenalização, que é o primeiro passo para uma futura descriminalização. Este posicionamento é apontado pelo STF e pelo Tribunal de Justiça.
 Art. 28: Art. 28 — Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I — advertência sobre os efeitos das drogas;
II — prestação de serviços à comunidade;
III — medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
Trata-se de um crime .... de tal sorte que a realização de mais de uma conduta em um mesmo contexto, importará em crime único. 
A expressão droga não possui definição no preceito primário do art. 28, em razão disso, está-se diante de uma norma penal em branco. 
- Norma penal em branco: preceito secundário está completo, permanecendo em determinado o preceito primário que necessitará de complementação através de outra fonte normativa. Se a norma complementar vier de fonte normativa da mesma natureza (lei + lei), estaremos diante de uma norma penal em branco homogênea, se a fonte normativa for diversa (lei + portaria), trata-se de norma penal em branco heterogênea. 
- No caso da complementação do artigo 28, no que se refere à DROGA, tem origem na portaria 344/98 da Anvisa Norma penal em branco heterogênea!
- O uso da droga não é crime, pois não há tal descriminação típica.
- objeto jurídico: crime contra saúde pública e não contra a saúde pública e não contra a saúde do usuário, não se admite aplicação do princípio da autoridade, pois não diante de auto lesão.
- objeto material: substancia entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica – princípio ativo componente da droga constatada por exame químico-toxicológico. 
- natureza jurídica: crime – Juizado Especial Criminal
- crime comum: pode ser praticado por qualquer pessoa
 - sujeito passivo: coletividade; Estado.
- sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa – usuário eventual ou viciado
- crime vago: atinge um nº indeterminado de pessoas
- crime de ação múltipla: realização de mais de uma conduta em relação à mesma droga, constitui crime único.
- crime impossível: quando não for encontrado o princípio ativo da droga
- objeto material: droga
- elemento normativo do tipo: “sem autorização” ou “em desacordo com determinação legal ou irregulamentar”.
 Condutas típicas:
- Adquirir: obter a propriedade, a título oneroso ou gratuito.
- Trazer consigo: portar, conduzir pessoalmente a droga
- Guardar/ter em depósito: manter a droga em algum lugar
- Transportar: conduzir de um local para outro em algum meio de transporte
 Conduta equiparada: mesmo tratamento penal 
- Para seu CONSUMO PESSOAL – plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
- Semeia
- Cultiva
- Colhe
O legislador inovou ao trazer a figura do cultivo para consumo pessoal que inexistia na legislação anterior, gerando divergência doutrinária. Atualmente punem-se as condutas de semear, cultivar e colher plantas destinadas, em pequena quantidade, para consumo pessoal.
- Critério para distinção entre consumo e tráfico: art. 28, caput.
 Constatação da destinação para uso/consumo pessoal: leva-se em conta, além da quantidade da droga, o local e as condições em que se desenvolveu a conduta, bem como as circunstancias sociais e pessoais do agente.
 De acordo com o artigo 2º da Lei, admite-se a utilização de plantas psicotrópicas para fins, estritamente, de uso ritualístico religioso, desde que atendidas às normas da Convenção de Viena/78 é uma decorrência da liberdade de crença.
Art. 28 Procedimento penal: no caso não haverá inquérito policial, mas apenas a elaboração de um Termo Circunstanciado, havendo a imediata apreensão da droga pela autoridade policial. A droga será periciada para constatação do princípio ativo, sendo o agente encaminhado à delegacia para constatação dosefeitos da droga, bem como o exame clínico, mesmo sem seu consentimento.
Após a realização do exame de corpo de delito, a vítima é imediatamente encaminhada ao juiz para realização de audiência, salvo impossibilidade do juízo, ocasião em que prestará compromisso de comparecer em data e horário designados pelo Juizado Especial para realização de audiência preliminar. Com esse compromisso, não se dará prisão em flagrante.
Procedimento Penal no caso de Localização do Cultivo ilegal de drogas:
A lei determina a imediata destruição do cultivo com preservação do cultivo suficiente para exame e prova. A destruição far-se-á por incineração e por determinação judicial, assegurada a presença do MP e da autoridade sanitária dependente, sendo executada pela polícia judiciária.
Além da destruição das drogas, as globas onde foi realizado o cultivo legal, serão expropriadas na forma do artigo 243, CF, isto é, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
Tráfico Ilícito de Drogas
Art. 33 – Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Pena: Reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500,00 a 1000,00 dias-multa.
- Objetividade jurídica: Saúde Pública
- Sujeito ativo: qualquer pessoa, crime comum. Coautoria e participação são possíveis
- Sujeito que comete o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de função de educação, poder familiar, guarda ou vigilância, a pena será aumentada de 1/6 a 2/3;
- Sujeito passivo: Coletividade;
- Elemento subjetivo: doloso;
 Condutas típicas: 18 condutas;
1) Importar: fazer entrar o tóxico no país. Consuma-se no momento em que a droga entra no país;
2) Exportar: enviar entorpecente para outro país
3) Remeter: deslocar a droga de um local para outro do território nacional
4) Preparar: combinar substâncias, não entorpecentes, formando uma tóxica pronta para o uso
5) Produzir: criar, preparação com capacidade criativa – não consiste apenas em misturar outras substâncias;
6) Adquirir: comprar, obter propriedade
7) Vender: é alienar mediante contraprestação em dinheiro ou outro valor econômico
8) Expor à venda: exibir mercadoria aos interessados
9) Oferecer: abordar eventuais compradores
10) Guardar, ter em depósito
11) Transportar
12) Trazer consigo
13) Prescrever: consuma-se no momento em que a receita é entregue ao destinatário
Se alguém que não é médico ou dentista, falsifica uma receita e consegue comprar a droga, responde por trágico na modalidade “adquirir” com intuito de venda posterior.
14) Ministrar: aplicar, introduzir a substância entorpecente no organismo da vítima
15) Fornecer: proporcionar
 Crime de ação múltipla: varias condutas típicas; pluralidade de condutas envolvendo o mesmo objeto material constitui crime único.
 Objeto material (norma penal em branco) 
 Elemento normativo do tipo: “sem autorizar ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

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