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2014.02 – Processo Penal I - 2ª Avaliação Parcial - Prova Presencial - Questões Objetivas 01 a 24. Nome______________________________Matricula___________________Data_______________Hora_______________ 01. É de se ressaltar que o constrangimento que o processo penal pode provocar na vítima do delito – que deverá comparecer em várias audiências e oitivas, tanto na delegacia de polícia, quanto no Poder Judiciário, bem como o fato de ser submetida a perícia para fins de comprovação da materialidade delitiva, no caso de exame de corpo de delito – termina por superar o interesse estatal na punição criminal do acusado da prática do delito. Por tal razão, é que a ação penal privada está prevista para os casos em que o interesse do particular (vítima), em relação ao delito, supera o interesse estatal pela persecução criminal em juízo. Segundo Fernando Capez: “Ação Penal Privada é aquela em que o Estado, titular exclusivo do direito de punir, transfere a legitimidade para a propositura da ação penal à vítima ou a seu representante legal”. Para o referido doutrinador, a justificativa da existência processual da ação penal privada reside na necessidade de se evitar que o escândalo e o constrangimento do processo penal, provoque na vítima do delito um mal maior do que a impunidade do criminoso, sendo esta decorrente da não propositura judicial da ação penal. (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 17ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 187). Nesse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I – A ação penal privada constitui-se em um direito de natureza pública PORQUE II – Na ação penal privada o Estado transfere apenas o direito de acusar processualmente, mas não, o direito de punir, que continua sob o controle jurisdicional do Estado. Sobre as duas afirmações acima é possível concluir que: a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas. 02. Os princípios, na ciência do direito processual penal, são essenciais para o estabelecimento da compreensão acerca das direções de sentido que a interpretação do julgador deverá seguir. Desse modo, é possível afirmar que os princípios são marcos delimitadores dos rumos que o intérprete judicial (juiz) possa outorgar ao caso concreto, evitando assim, se observados o limite constitucional de atribuição de sentido ao texto, o arbítrio discricionário no instante da aplicação singular do direito. (STRECK, Lênio Luiz. Verdade e Consenso. Constituição, Hermenêutica e Teorias Discursivas. Da Possibilidade à necessidade de respostas corretas em Direito. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Júris, 2007, p. 123). Sob tal perspectiva doutrinária, assinale a única opção que responde integral e corretamente ao problema formulado a seguir: Quais são os princípios correlatos e informadores da Ação Penal Privada? a) ( ) oportunidade, ampla defesa e contraditório; b) ( ) obrigatoriedade, indivisibilidade e disponibilidade; c) ( ) oportunidade, indivisibilidade, disponibilidade e intranscedência; d) ( ) oportunidade, divisibilidade, indisponibilidade e intranscedência; e) ( ) obrigatoriedade, divisibilidade, indisponibilidade e intranscedência; 03. A ação penal privada subsidiária da pública constitui-se em espécie de ação penal privada. Assim, na ação penal privada subsidiária da pública, existem alguns elementos técnicos que caracterizam o referido instituto de direito processual penal, a fim de viabilizar o exercício postulatório da ação penal em juízo quando o titular legal da ação estiver em situação de inércia. Assim, segundo Fernando Capez, a referida espécie de ação penal privada, pode ser proposta nos crimes de ação penal pública, condicionada ou incondicionada, quando o Ministério Público deixar de fazê-lo no prazo legal. (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 17ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 183). Nesse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I – A ação penal privada subsidiária da pública não perde sua natureza pública em virtude da substituição processual do acusador público originário. PORQUE II – O querelante, na ação penal privada subsidiária da pública, não poderá dispor da mesma, através do exercício da renúncia ou do perdão. Sobre essas duas afirmações acima é possível concluir que: a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas. 04. A titularidade da ação penal pública decorre da força de lei constitucional, mais precisamente do Art. 129, inciso I, da Lei Máxima no Brasil, que assim determina: Constituição Federal de 1988. Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público. I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. Entretanto, no caso da ação penal privada subsidiária da pública, existem alguns elementos técnicos que caracterizam o referido instituto de direito processual penal, a fim de viabilizar o exercício postulatório da ação penal em juízo quando o titular legal da ação estiver em situação de inércia postulatória. Nesse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I – A ação penal privada subsidiária da pública constitui-se em exceção à regra da titularidade constitucional da ação penal pública. PORQUE II – A própria Constituição Federal admite ação penal privada nos crimes de ação penal pública, se esta não for intentada no prazo legal. Sobre essas duas afirmações acima é possível concluir que: a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas. 05. A Ação Penal Privada é composta de causas extintivas da punibilidade, são estas: renúncia, perdão, desistência e perempção. As referidas hipóteses versam sobre causas extintivas da punibilidade. Assim, conforme prescreve o Art. 107, do Código Penal brasileiro: Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. Tendo em vista a incidência, em um processo penal, das possíveis causas de extinção da punibilidade nos crimes de ação penal privada, importa compreender e caracterizar a aplicação processual de institutos jurídicos que podem extinguir a punibilidade do agente, antes mesmo de qualquer resultado processual de mérito. Considerando o texto, analise as afirmações abaixo: I – A renúncia é ato da vítima, através do qual manifesta a vontade de não ingressar com a ação penal, podendo ser manifestada de forma expressa ou tácita; II – O perdão do acusado consiste no ato pelo qual o ofendido resolve perdoar o autor do delito. Pode ser concedido dentro dos autos do processo ou fora dele, mas está subordinado ao aceite do acusado, o que o torna atode caráter bilateral; III – A perempção significa a morte, a destruição do direito de ação penal, e consiste na desistência da ação por parte do autor, manifestada expressamente nos autos do processo penal; IV – O perdão, na ação penal privada, é ato unilateral, e, por isso, pode extinguir a punibilidade do acusado; Estão corretas apenas: a) ( ) I e II. b) ( ) I e III. c) ( ) I e IV. d) ( ) II e III. e) ( ) II e IV. 06. Em relação ao instituto da Ação Civil EX DELICTO, a doutrina de Fernando Capez refere, que, “conquanto independentes as responsabilidades civil e criminal, quando do ilícito penal resultarem prejuízos de ordem material ou moral para a vítima, seus herdeiros ou dependentes ou para terceiros, estará caracterizado o dever de indenizar. Por essa razão, o Código Penal brasileiro prevê, em seu Art. 91, inciso I, como efeito genérico e automático de toda e qualquer condenação criminal, tornar certa a obrigação de reparar o dano”. (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 17ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 209). Por tais razões legais, a ação civil ex delicto tem elementos que lhe são peculiares, ressaltando-se a necessidade de compreender a correta caracterização e incidência normativo-legal do referido instituto. Nesse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I – A ação civil ex delicto consiste em uma ação que visa a reparação de um dano, moral ou material, oriundo de uma lesão originada de um ilícito penal. PORQUE II – A ação civil ex delicto tem como pressuposto uma sentença penal condenatória transitada em julgado, consistente em um título executivo judicial, podendo ser proposta em face do agente causador do dano, ou de quem a lei civil apontar como responsável pela indenização. Sobre essas duas afirmações acima é possível concluir que: a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas. 07. É possível afirmar, com fundamento da doutrina de Fernando Capez, que, “conquanto independentes as responsabilidades civil e criminal, quando do ilícito penal resultarem prejuízos de ordem material ou moral para a vítima, seus herdeiros ou dependentes ou para terceiros, estará caracterizado o dever de indenizar. Por essa razão, o Código Penal brasileiro prevê, em seu Art. 91, inciso I, como efeito genérico e automático de toda e qualquer condenação criminal, tornar certa a obrigação de reparar o dano”. (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 17ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 209). A lei processual penal trata e regula os termos de proposição judicial da ação civil resultante do desfecho de um litígio penal. Desse modo, a legislação processual penal disciplinou algumas situações de natureza processual penal, dentre as listadas abaixo, que podem impedir ou não a propositura da ação civil ex delicto. Considerando o texto, analise as afirmações abaixo: I – não impede a propositura da ação civil ex delicto a decisão que julgar extinta a punibilidade; II – não impede a propositura da ação civil ex delicto a sentença absolutória que decidir que o acusado agiu ao abrigo da legítima defesa; III – a propositura da ação civil ex delicto será impedida se ocorrer o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; IV – não impede a propositura da ação civil ex delicto a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime; Estão corretas apenas: a) ( ) I e II. b) ( ) I e III. c) ( ) I e IV. d) ( ) II e III. e) ( ) II e IV. 08. Existem medidas jurídicas passíveis de provocarem a indisponibilidade, por tempo indeterminado, de bens do acusado no processo penal ou do indiciado no inquérito policial. Assim, em caso de existir indícios veementes da proveniência ilícita de bens imóveis (ou de bens móveis) do pretenso culpado, o juiz, por ato de ofício, ou, ainda, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou ainda, mediante representação da autoridade policial; poderão determinar a medida de _______________________ de bens do acusado ou indiciado, consistente no instituto que poderá autorizar a medida coercitiva de natureza real, a fim de garantir a satisfação civil que dos danos que o delito tenha causado à vítima. Diante de tais caracterizações, assinale a opção que preenche corretamente a referida lacuna: a) ( ) arresto; b) ( ) hipoteca; c) ( ) embargos; d) ( ) sequestro; e) ( ) arresto de bens imóveis; 09. Em um processo penal, que julga a prática do crime de furto (Art. 155, do Código Penal: Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel) há uma série e contundente dúvida sobre a propriedade do bem furtado. O acusado alega, em sua defesa, que o bem lhe pertence, não sendo, portanto, produto de furto, pois seria impossível furtar algo que já lhe pertence. A vítima do delito alega, por outro lado, que é proprietária legítima do bem. Diante da controvérsia civil sobre a propriedade do bem, o juiz criminal poderá optar em decidir no próprio juízo criminal sobre a propriedade do bem, ou então, encaminhar ao juízo cível essa questão prejudicial ao processo penal, para que este decida em definitivo sobre o legítimo proprietário do bem litigioso, vindo a repercutir no desfecho criminal do processo, eis que é uma questão decisiva. Tendo em vista o contexto processual narrado, assinale a única opção que identifica tecnicamente a espécie de questão processual penal que o presente caso fático-processual trata: a) ( ) questão incidental heterogênea supletiva; b) ( ) questão prejudicial homogênea facultativa; c) ( ) questão prejudicial heterogênea facultativa; d) ( ) questão prejudicial homogênea obrigatória; e) ( ) questão prejudicial heterogênea obrigatória; 10. A defesa técnica em um processo penal pressupõe diferentes modos de exercício defensivo. Desse modo, no processo penal, há duas espécies de defesa técnica. A defesa direta, que ataca o mérito, e a defesa indireta, que ataca questões de ordem formal, relacionadas à forma dos atos praticados no curso do processo penal. Sob tais aspectos, a defesa indireta é denominada pela doutrina de exceção, e se subdivide em exceção peremptória e exceção dilatória. A exceção dilatória, por exemplo, prorroga a duração do processo, e permite o julgamento do fato. Sob tal contexto, assinale a única opção que corresponde integralmente aos elementos que são espécies de exceção dilatória: a) ( ) coisa julgada e prescrição; b) ( ) litispendência e coisa julgada; c) ( ) suspeição e competência de juízo; d) ( ) suspeição, litispendência e coisa julgada; e) ( ) suspeição, incompetência de juízo e ilegitimidade de parte; 11. Os órgãos responsáveis pela condução do processo penal não devem relacionar-se entre si, mantendo um necessário distanciamento em prol da imparcialidade julgadora no curso do processo penal. Assim, se o Juiz, o Promotor de Justiça, ou mesmo o perito, tiverem qualquer espécie de relação pessoal entre si, ou com qualquer das partes, devem afastar-se ou ser afastados do processo penal, e os atos processuais praticados serão considerados nulos. A essa nulidade processual penal dá-se a classificação doutrinária de: a) ( ) exceção peremptória; b) ( ) exceção dilatória de suspeição; c) ( ) exceção dilatória de incompetência; d) ( ) exceção peremptória de litispendência; e) ( ) exceção dilatória de ilegitimidade de parte; 12. Uma pessoa não pode ser processada ou julgada mais de uma vez pelo mesmo fato criminoso (proibição do bis in idem). Assim, se dois ou maisprocessos, tendo como acusado a mesma pessoa, exatamente pelo mesmo fato, e, com existência processual simultânea, o que se iniciou por último deve ser extinto, permanecendo apenas o primeiro processo penal instaurado. A essa nulidade processual penal do segundo feito criminal dá-se a classificação técnica de: a) ( ) exceção dilatória de litispendência; b) ( ) exceção peremptória de suspeição; c) ( ) exceção peremptória de litispendência; d) ( ) exceção peremptória de incompetência; e) ( ) exceção dilatória de ilegitimidade de parte; 13. Tendo em vista a necessidade de se evitar tribunais ou juízos de exceção, ou seja, aqueles criados após a ocorrência do fato criminoso, o que poderiam vir a demonstrar a total ausência de imparcialidade e isenção dos julgadores, que seriam formados com um fim específico e dirigido a emitir um julgamento parcial, torna-se imprescindível a observância de princípios informadores da jurisdição estatal. Diante disso, assinale a única opção que evidencia o princípio que adequadamente se correlaciona à necessidade estatal de se manter um julgamento jurisdicional dotado de imparcialidade: a) ( ) inércia; b) ( ) juiz natural; c) ( ) investidura; d) ( ) indelegabilidade; e) ( ) improrrogabilidade; 14. O Juiz não pode subtrair-se do seu ministério jurisdicional, como se infere do Art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal, que assim expressa: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Se a lei não pode impedir que o Juiz aprecie qualquer ofensa a direito, muito menos poderá ele abster-se de apreciá-la, quando invocado. E, uma vez invocado, também não poderá abster-se, eximindo-se de proferir um julgamento, por mais complexa que seja a causa posta em julgamento no âmbito de um processo penal. Diante disso, assinale a única opção que identifica corretamente o princípio correlato ao referido contexto jurisdicional apresentado. a) ( ) inércia; b) ( ) juiz natural; c) ( ) investidura; d) ( ) inevitabilidade; e) ( ) improrrogabilidade; 15. A Suspeição, no processo penal, destina-se a rejeitar o juiz, do qual a parte requerente defenda a falta de imparcialidade ou quando existam motivos relevantes que ensejam suspeita de sua isenção em razão de interesses ou sentimentos pessoais (negócios, amor, ódio, cobiça, etc). (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 17ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 460). Sob tais circunstâncias, a lei processual penal disciplina situações que podem ensejar a suspeição do juiz criminal. Considerando o texto, analise as afirmações abaixo: I – O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles. II – O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes se for praticante da mesma religião de qualquer das partes. III – O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia. IV – O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes se frequentar a mesma associação ou clube recreativo no qual qualquer das partes no processo penal também frequente. Estão corretas apenas: a) ( ) I e II. b) ( ) I e III. c) ( ) I e IV. d) ( ) II e III. e) ( ) II e IV. 16. A Ação Penal Privada é composta de causas extintivas da punibilidade, são estas: renúncia, perdão, desistência e perempção. As referidas hipóteses versam sobre causas extintivas da punibilidade. Tendo em vista a incidência, em um processo penal, das possíveis causas de extinção da punibilidade nos crimes de ação penal privada, importa compreender e caracterizar a aplicação processual de institutos jurídicos que podem extinguir a punibilidade do agente, antes mesmo de qualquer resultado processual de mérito. Assim, sobre o instituto do perdão, na ação penal privada, está correta a afirmação constante na alternativa: a) ( ) o ofendido pode perdoar o ofensor apenas expressamente, por ocasião da audiência; b) ( ) o querelante pode perdoar o querelado, independentemente da aceitação deste; c) ( ) a aceitação do perdão pelo querelado não extingue a sua punibilidade; d) ( ) o querelante pode perdoar o querelado, uma vez aceito por este ocorrerá a extinção da punibilidade; e) ( ) o perdão é ato unilateral, feito antes da propositura da ação penal e não depende de consentimento do ofensor; 17. Na ação penal privada subsidiária da pública, existem alguns elementos técnicos que caracterizam o referido instituto de direito processual penal, a fim de viabilizar o exercício postulatório da ação penal em juízo quando o titular legal da ação estiver em situação de inércia em relação à prática de atos formais de natureza processual penal. Desse modo, a não atuação do órgão do Ministério Público, no ajuizamento da ação penal pública, constitui-se em inércia processual, e, demanda, por parte dos interessados, o surgimento do direito de legitimidade postulatória ativa, ainda que se trate de um delito de ação penal pública. Assim, tendo em vista a ocorrência da situação contemplada no contexto acima, a Ação Penal Privada Subsidiária da Pública pode ser corretamente caracterizada pela assertiva: a) ( ) o ofendido passa a ter a titularidade subsidiária, em face da inércia do Ministério Público; b) ( ) apenas o ofendido pode ingressar com a denúncia-crime, uma vez que é personalíssima; c) ( ) poderão ajuizar denúncia-crime o ofendido e o promotor de justiça, conjuntamente; d) ( ) o prazo para o ajuizamento da queixa-crime é de 3 meses, contados da inércia do órgão ministerial; e) ( ) o prazo para o ajuizamento da queixa-crime é de 6 meses, contados do conhecimento do autor da infração penal; 18. Quando o interesse particular se sobrepõe ao interesse público, ou quando a repressão ao injusto penal interessa mais ao ofendido do que ao Estado; aí tem-se o caminho para a ação penal privada. Entretanto, algumas regras legais acerca da competência processual para o ajuizamento da ação penal privada devem ser observados, como forma de promover a adequada iniciativa do Poder Jurisdicional, por ocasião do julgamento da lide penal entre as partes do processo penal em comento. Desse modo, nos crimes de ação penal privada, a determinação da competência jurisdicional para a postulação em juízo ficará a cargo: a) ( ) do querelado; b) ( ) do querelante, que poderá preferir o foro de seu próprio domicílio; c) ( ) do juiz da causa; d) ( ) do querelante, que pode preferir o foro de domicílio do querelado, ainda que se saiba o local do fato; e) ( ) do órgão do Ministério Público, que poderá preferir o foro de domicílio do querelado; 19. Os princípios constituem-se em pautas diretivas acerca do sentido interpretativo que as partes da relação de direito processual penal devem observar por ocasião do ajuizamento da ação penal. Assim, dentre os princípios referidos abaixo, a única alternativa que caracteriza corretamente um princípio incidente sobre a Ação Penal Privada está na opção: a) ( ) Princípio da oficialidade; b) ( ) Princípio da divisibilidade; c) ( ) Princípio da oportunidade; d) ( ) Princípio da obrigatoriedade; e) ( ) Princípio da inércia do Ministério Público; 20. Nos termos da doutrina de Fernando Capez: “a ilegitimidade de parte no processo penal abrange não só a titularidade do direito de ação penal, como também a capacidade de exercício, isto é, a necessária para a prática dos atos processuais (posição majoritária na doutrina). Assim, pode-se arguir a exceção quando a queixa-crime é oferecida em caso de ação penal pública; quando a denúncia-crime é oferecida em caso de ação penal privada, quando o querelanteé incapaz, não podendo estar em juízo, quando o querelante não é o representante legal do ofendido; quando, na ação penal privada personalíssima, a queixa é oferecida pelo sucessor da vítima”. (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 21ª Ed. 2014, p. 491). Diante disso, assinale a única opção que identifica corretamente a classificação da espécie de processo incidente que o instituto da coisa julgada integra: a) ( ) exceção dilatória. b) ( ) exceção peremptória. c) ( ) defesa direta de mérito. d) ( ) conflito de jurisdição. e) ( ) exceção de suspeição do juízo. 21. Em direito processual penal importa conhecer as espécies de ação penal privada. Sob tal aspecto, ressalta-se que a ação penal privada subsidiária da pública constitui-se em espécie de ação penal privada. Assim, na ação penal privada subsidiária da pública existem alguns elementos técnicos que caracterizam o referido instituto de direito processual penal, a fim de viabilizar o exercício postulatório da ação penal em juízo quando o titular legal da ação estiver em situação de inércia. Assim, segundo Fernando Capez, a referida espécie de ação penal privada, pode ser proposta nos crimes de ação penal pública, condicionada ou incondicionada, quando o Ministério Público deixar de fazê-lo no prazo legal. (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 17ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 183). Nesse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I – A ação penal privada subsidiária da pública caracteriza-se como sendo aquela na qual o ofendido, ou seus familiares, passam a ter a titularidade de ajuizamento processual da ação penal PORQUE II – A inércia no ajuizamento da denúncia-crime pelo órgão do Ministério Público é capaz de transferir a legitimidade processual de ajuizamento da ação penal. Sobre essas duas afirmações acima é possível concluir que: a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas. 22. Existem causas extintivas da punibilidade do agente acusado da prática da infração penal, que são próprias da Ação Penal Privada, são estas: renúncia, perdão, desistência e perempção. As referidas hipóteses versam sobre causas extintivas da punibilidade, e estão dispostas na legislação penal em vigor. Assim, conforme prescreve o Art. 107, do Código Penal brasileiro: Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. Tendo em vista a incidência, em um processo penal, das possíveis causas de extinção da punibilidade nos crimes de ação penal privada, importa compreender e caracterizar a aplicação processual de institutos jurídicos que podem extinguir a punibilidade do agente, antes mesmo de qualquer resultado processual de mérito (CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 544). Desse modo, suponha que, em determinada ação penal privada, na qual se apura a prática dos delitos de calúnia e difamação, a parte querelante não apresenta, em alegações finais orais, pedido de condenação em relação ao delito de calúnia, fazendo-o tão somente em relação ao delito de difamação. Com relação ao caso apresentado, assinale a afirmativa correta: a) ( ) Ocorreu a perempção em relação ao delito de calúnia. b) ( ) Não ocorreu perempção em relação a nenhum delito. c) ( ) Ocorreu o perdão tácito em relação ao delito de calúnia. d) ( ) Não ocorreu perempção, mas, sim, renúncia em relação ao delito de calúnia. e) ( ) Ocorreu perempção em relação ao delito de difamação. 23. Importante referir que algumas regras legais acerca da competência processual para o ajuizamento da ação penal devem ser observadas, como forma de promover a adequada iniciativa do Poder Jurisdicional, por ocasião do julgamento da lide penal entre as partes do processo penal. Themis tem 17 anos, e um dia antes de completar sua maioridade fora vítima do delito de estupro, praticado por Mévio, seu vizinho. Durante as investigações Mévio permaneceu preso preventivamente, tendo em vista que há, nos autos do inquérito policial, sérios indícios de autoria contra Mévio e prova da existência material do crime em questão. Diante de tal situação fática, assinale a opção que determina corretamente o prazo legal de oferecimento da denúncia-crime contra Mévio, em razão da prática de estupro: a) ( ) 5 dias contados da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial. b) ( ) 10 dias contados da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial. c) ( ) 15 dias contados da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial. d) ( ) 5 dias contados da data em que o órgão do Ministério Público receber a representação da vítima. e) ( ) 6 meses contados da data em que o órgão do Ministério Público receber a representação da vítima. 24. Conforme doutrina de Fernando Capez: “A litispendência ocorre quando uma ação repete outra em curso. No processo penal isso se verifica sempre que a imputação atribuir ao acusado, mais de uma vez, em processos diferentes, a mesma conduta delituosa. Fundamenta-se no princípio de que ninguém pode ser julgado duas vezes pelo mesmo fato: princípio do non bis in idem.” (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 21ª Ed. 2014, p. 490). Diante disso, assinale a única opção que identifica corretamente a classificação da espécie de processo incidente que a litispendência integra: a) ( ) exceção dilatória. b) ( ) exceção peremptória. c) ( ) defesa direta de mérito. d) ( ) conflito de jurisdição. e) ( ) exceção de suspeição do juízo. GABARITO PARA ANOTAÇÃO DAS RESPOSTAS DAS QUESTÕES OBJETIVAS O aluno pode destacar esta página da prova e levar consigo. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
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